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"Alita" reúne espetáculo visual e uma boa pretensão como franquia

Finalmente um derivado de mangá para os otakinhos se orgulharem.
Ninguém lembrava que "Alita: Anjo de Combate" iria chegar nos cinemas em 2019, né? A produção, mesmo finalizada, acabou sendo adiada algumas vezes e empurrada para este mês, quase dois anos após o seu primeiro trailer. A espera valeu a pena e "Alita" mostra para o que veio, apostando em uma computação gráfica ultrarrealista para a protagonista e uma ambiciosa, mas interessante, vontade de tornar-se uma franquia.

Com direção de Robert Rodriguez, "Alita" conta a história de uma ciborgue (Rosa Salazar) que foi reanimada pelo cientista Dr. Ido (Christopher Waltz) na Cidade de Ferro, que alimenta a inalcançável Zalam. A ciborgue, entretanto, não lembra de seu passado e entra em uma jornada para se redescobrir mesmo que vários empecilhos surjam em seu caminho.


É importante ressaltar que o longa-metragem é uma adaptação do mangá "Battle Angel Alita", criado por Yukito Kishiro, e esta review não irá abordar os pontos que se referem a tradução da obra aos cinemas, mas como um produto único porque o blogueiro que vos escreve não teve oportunidade de ler o original. Feito o esclarecimento, vamos lá.

O CGI de Alita representa um passo ainda maior porque entrega um trabalho totalmente único.


O maior trunfo da produção é a computação gráfica e captura de movimentos que constrói a personagem de Rosa Salazar. Se ficamos impressionados com o realismo de Thanos em "Vingadores: Guerra Infinita", o CGI de Alita representa um passo ainda maior porque entrega um trabalho totalmente único. É a vontade de proporcionar traços irrealistas, como os grandes olhos da personagem, e a necessidade de tornar tudo crível ao espectador que traz esse resultado.

É de admirar os olhos quando o trabalho visual para Alita traz detalhes extremamente sutis, como a musculatura acima das sobrancelhas que contribuem para que suas expressões sejam de tirar o folego. A sutilidade também auxilia para a interação da personagem com aqueles não possuem computação gráfica. Em uma cena em específico, quando Alita beija um humano, é imperceptível qualquer nível de CGI ali.


A ação é outro ponto bem inspirado. É muito criativo e em certos momentos inovador demais. É uma grande piração que só possível por conta do universo construído em volta de Alita. O grande destaque fica para uma cena de luta em que a personagem combate somente com um braço, sem suas pernas. Sim, é tão bizarro quanto essa curta descrição parece.

Apesar dos pontos positivos discutidos até aqui, a trama se atrapalha, principalmente no terceiro ato. É uma jornada clássica de redescobrimento de personagem, mas a vontade de trazer pequenas reviravoltas, muitas vezes previsíveis, para estender um pouco mais o longa-metragem faz com que o seu ritmo seja prejudicado.

O último ato é desgastante, mas seu propósito é bem claro: tornar "Alita" em uma nova franquia.


O último ato é desgastante, mas seu propósito é bem claro: tornar "Alita" em uma nova franquia. A pretensão é bem-vinda por se tratar de um dos poucos filmes baseados em mangás decentes. A pretensão é tanta que há um gancho para um novo longa. É torcer para este fazer uma boa bilheteria e garantir sua merecida sequência.

O engasgo dos últimos 20 minutos se tornam pouco relevantes quando analisamos a obra por completo, ainda mais sabendo onde ela quer chegar. E ela chega! Não vamos a hora de uma nova sequência que proporcionará o crescimento de Alita e uma franquia totalmente desprendida dos blockbusters de heróis clássicos que estão começando a saturar o mercado.

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