O emo vive! Lucas Silveira e Di Ferrero se unem na inédita “Será” e regravam “Silêncio”, de 2008; ouça

Dois dos maiores nomes da cena emo brasileira, marcada pelo auge da metade dos 2000 até o começo dos anos ‘10, os músicos Lucas Silveira (vocalista da Fresno) e Di Ferrero (NX Zero) se reuniram neste ano para uma sequência de dois feats que chegaram ao público nesta sexta-feira (04).

“Silêncio”, primeira música anunciada, se trata de uma releitura que tem uma história bem inusitada: a faixa, lançada pelo NX Zero em 2008, na época foi composta por Lucas Silveira, sob o codinome Beeshop, ao lado de Esteban Tavares, ex-integrante da Fresno. Até então, esse havia sido o mais perto que as bandas chegaram de lançar uma parceria em estúdio, tendo eles se encontrado apenas em especiais de TVs e festivais em que dividiram músicas do próprio repertório ou se aventuraram com covers.

Na nova versão, produzida por Lucas, a música de 12 anos atrás ganha uma roupagem muito mais enxuta, com camadas eletrônicas que sobrepõem o som roqueiro de 2008 sob uma melodia pop, mais próxima da sonoridade explorada por ambos os artistas atualmente.


“Será”, faixa inédita presente no mesmo registro, vem pra frisar o quanto a colaboração entre os músicos é uma proposta muito mais atual do que presa à nostalgia ou necessidade de reproduzir o que fazem e fizeram ao lado de suas bandas. Repleta de sintetizadores e camadas onde eles revezam entre primeira e segunda voz, a canção deixa o espírito emo, inevitavelmente invocado quando falamos sobre os dois, pra narrativa da sua letra.


Atualmente dedicado a sua carreira solo, Di Ferrero têm realizado várias colaborações com as chamadas “Di Boa Sessions”, sendo essa sua quarta edição. Longe da sonoridade explorada com o NX Zero, o cantor têm trabalhado ao lado de produtores e compositores como Ruxell, Pablo Bispo e Sérgio Santos, famosos por hits de IZA, Gloria Groove e Pabllo Vittar.

Lucas Silveira, por sua vez, lançou com a Fresno no ano passado o disco “Sua alegria foi cancelada”, responsável por todo um reposicionamento da banda na era dos streamings, acumulando milhões de execuções só no Spotify. Se não fosse a pandemia e a consequente quarentena, neste ano a banda seria uma das atrações nacionais do Lollapalooza; no lugar, vieram as lives intituladas “QuarentEMO”, nas quais o vocalista se encontra com integrantes da banda remotamente e apresenta hits próprios e diversos covers.

Em sua segunda e última edição, transmitida no dia 22 de agosto, a live trouxe presenças ilustres, incluindo o vocalista do My Chemical Romance, Gerard Way, e uma participação especial do músico Chris Carrabba, frontman da banda Dashboard Confessional.


“Di Boa Sessions 4”, com as duas colaborações entre Di e Lucas, já está disponível nas principais plataformas internet afora.

Pop a “911”! Parece que Lady Gaga já escolheu o novo single do “Chromatica”

Depois de rumores envolvendo “Alice” e “Free Woman”, Lady Gaga pode ter escolhido “911” como novo single do “Chromatica”.

A faixa, uma das favoritas dos fãs, foi performada no VMAs, que aconteceu neste domingo (31), ao lado dos singles “Rain On Me” e “Stupid Love”.


Logo depois, a canção ganhou uma aba de promoção com links para todos os serviços de streaming (veja aqui), e até a Siri, assistente pessoal do iPhone, avisou que “911” é sim o próximo single de Gaga.


Depois do Video Music Awards, Bloodpop, um dos produtores do “Chromatica”, disse em seu Instagram que agora a era vai finalmente começar. Vem aí ou não vem?

Tire nove minutos do seu dia para conhecer o som de Demian, nova aposta da Sony

A indústria do k-pop é inflada com lançamentos semanais, por isso até mesmo quem acompanha assiduamente o gênero acaba perdendo uma coisa ou outra e, em alguns casos, um grande artista não consegue a devida atenção que merece. Nos últimos meses, um cantor passou a chamar minha atenção por fugir um pouco das fórmulas mais convencionais do gênero e revolvi trazer para cá: Demian.

Pouco tempo depois de sua estreia, o cantor deu uma pequena viralizada nas redes sociais, principalmente no Twitter, mas não demorou muito para que parassem de falar do moço. Por isso, eu peço: tire nove minutos do seu dia para conhecer o seu som. É o suficiente visto que o cantor tem apenas três músicas lançadas.

A estreia de Demian aconteceu em março, com "Cassette", canção escrita pelo cantor. A faixa tem uma batida bem envolvente, enquanto o seu videoclipe é todo simples, ao ponto de parecer um artista independente tentando vender o seu som.


Após "Cassette", veio "Karma". Para Demian, as faixas se completam. "Definitivamente há uma conexão entre 'Cassette' e 'Karma' porque ambas as canções descrevem momentos pós-termino. Enquanto 'Cassette' descreve um término de forma bem bonito, 'Karma' descreve aquele momento doloroso baseado na sensação de perder alguém. Eu tentei entregar emoções mistas a partir de duas situações diferentes", explicou em entrevista a The Kraze Magazine.


Demian não é contratado pelas grandes empresas que comandam a indústria do k-pop, tampouco assinou contrato com uma pequena empresa desconhecida. Demian responde pelo selo de uma filial sul-coreana da Sony Music, que não possui uma atuação tão grande no país, mas talvez o suficiente para que em um futuro não muito distante o cantor tente outros mercados, como os Estados Unidos, já que até em inglês ele já cantou.

O último lançamento cantor foi "Yes", divulgada na última quarta-feira (25), uma faixa quase inteiramente em inglês se não fossem alguns versos em seu idioma nativo. A canção foi liberada junto de um lyric video que parece muito mais uma videoclipe, mas isso só prova o cuidado artístico que o cantor possui junto de sua equipe.


Esses são apenas os primeiros passos do cantor que ama Frank Ocean, The Weeknd Harry Styles. Com tão pouco e com apenas 26 anos, Demian já conseguiu mostrar o seu potencial; e nós não vemos a hora do cantor ganhar o reconhecimento que merece. Alimente um Demian você também.

O “Club Future Nostalgia”, novo projeto da Dua Lipa, é ótimo, mas não é pra todo mundo

E aí, bora fritar? Dua Lipa fez a sexta-feira (28) dos amantes das pistas de dança ao lançar o “Club Future Nostalgia”, versão remixada e ousada de seu mais recente disco. 

Com produção de The Blessed Madonna e participações de Mark Ronson, Gwen Stefani, Neneh Cherry, Stevie Nicks, Jamiroquai e BLACKPINK, além de Missy Elliott e Madonna, creditadas no remix de “Levitating”, o “Club Future Nostalgia” é, de longe, a coisa mais diferente que Dua fez em sua carreira.

O álbum de remix funciona num estilo rádio mix, daqueles que tocavam à meia-noite nas rádios brasileiras de música pop: muita batida, muita experimentação e muita nostalgia também. Ou seja: esse realmente não é um projeto pra todo mundo.


Se você, como a pessoa que vos escreve, já curtia algo assim, contínuo, e é até apegada a esse estilo de mix, então esse álbum é pra você. Se não, fique tranquilo. O “Future Nostalgia” em sua versão original continua lá em todos os serviços de streamings e muito em breve deve ganhar um relançamento com novas músicas não tão remixada assim.

Aos que pretendem se aventurar, mesmo não sendo esse o tipo de projeto que mais curte, ou que querem ouvir uma coisa ou outra pra saber se vão tentar mesmo escutar tudo, recomendamos a inédita “Love Is Religion”, o remix com carinha de samba de “Boys Will Be Boys” e a nova versão de “Physical”, com produção de Mark Ronson e participação de Gwen Stefani. 

Tanto pra quem curtiu e pra quem não curtiu o “Club Future Nostalgia”, não podemos negar que é louvável ver Dua Lipa se comprometer tanto com o conceito de uma era em pleno 2020. Entre erros para alguns e acertos para outros, ela é, de fato, a salvação do pop.

Tá calor? Vem se refrescar com “Ice Cream”, pareceria entre BLACKPINK e Selena Gomez

SELEPINK IN YOU AREA! Depois de muita espera, a aguardada parceria entre BLACKPINK e Selena Gomez finalmente está entre nós. "Ice Cream" chega no finalzinho do verão norte-americano e sul-coreano, mas já tem cara de hit. Confira.



A parceria entre as cantoras vem sendo especulada desde o início do mês, quando o BLACKPINK anunciou uma parceria misteriosa por meio das redes sociais. No comecinho, muitos especularam que se tratava de Ariana Grande, mas não demorou muito para que o portal sul-coreano "My Daily" confirmasse que a canção seria em colaboração com Selena Gomez.

"Ice Cream" é a terceira grande parceria internacional do grupo. BLACKPINK já colaborou com a Dua Lipa para faixa "Kiss and Make Up", e recentemente com Lady Gaga para a faixa "Sour Candy", do disco "Chromatica". "Ice Cream" faz parte do disco "The Album", o primeiro álbum de estúdio do grupo previsto para outubro.

Anitta virou trapper. Em músicas novas, com Djonga e Dfideliz, cantora revela seu flow

Anitta agora é trapper. O gênero, derivado do rap, cresce no Brasil há alguns anos e, principalmente pela internet, já catapultou inúmeros nomes ao cenário mainstream, tendo forte presença digital e, consequentemente, um público majoritariamente jovem, possui como alguns dos seus grandes nomes artistas como Recayd Mob, Sidoka e Raffa Moreira, além de agora, é claro, Anitta.

A cantora que começou sua carreira no funk e, pelos últimos anos, se dividiu entre o mercado pop e latino, já vinha se aproximando desse estilo musical pelas beiradas e, em seus dois últimos lançamentos, deixou mais do que clara a nova empreitada.

Quem assinou a estreia de Anitta no trap foi outro nome influente do meio: WC no Beat. Apontado como uma das referências na mistura do trap com o funk, WC lançou na semana passada seu novo disco, “GRIFF”, e conseguiu um dos feitos mais inesperados desse ano, que foi unir Anitta e Djonga na mesma canção.

Longe dos versos em espanhol e influências do reggaeton que ditaram o tom de suas últimas músicas, “Cena de Novela” traz a artista carioca mais do que enturmada dentro de sua nova proposta, com versos rimados que buscam fazer o encontro das suas novas inspirações no rap com a familiaridade do funk.



O flow de Anitta está aprovado?

Uma semana depois de “Cena de Novela”, foi a vez de mais uma parceria de Anitta no trap chegar ao público. Ao lado de Dfideliz, do Recayd Mob, BIN e seu parceiro de longa data, Papatinho, em “Tá com o Papato” Anitta vem ainda mais ousada, aqui sequer flertando com o funk pra facilitar a assimilação do público. “Chegou a patroa”, ela versa, em referência a treta com Ludmilla, que também rendeu a música “Cobra Venenosa”, enquanto segue falando sobre ela, Papatinho e manda até alguns versos em inglês, se autointitulando uma “diva worldwide”.

Anteriormente, Papatinho e Anitta haviam colaborado na música “Onda Diferente”, com Ludmilla, presente no disco “Kisses”.



Apesar da chegada de Anitta ao trap ainda ser uma novidade, a cantora nunca escondeu a sua influência no hip-hop, o que vai desde a sua admiração por Beyoncé a recente aproximação de artistas como Cardi B e Megan Thee Stallion pelas redes sociais, sem contar nos inúmeros feats com rappers em todas suas investidas no mercado internacional, como Tyga em “Desce pro play”, Swae Lee em “Poquito” e Snoop Dogg em “Onda Diferente”.

Será que essa nova fase da cantora pega?

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