Há um ano, Taylor Swift foi exposta por Kim Kardashian na internet



Nessa semana faz um ano desde que a internet foi quebrada por Kim Kardashian que, no dia 17 de julho de 2016, revelou um vídeo em que seu marido, o rapper Kanye West, conversava amigavelmente com Taylor Swift sobre a faixa “Famous”, do álbum “The Life of Pablo”, na qual ele afirma que a fez famosa e que eles deveriam fazer sexo por conta disso.

No vídeo, Kanye e Taylor conversam sobre a canção por telefone e, após ouvir o trecho em que o rapper sugere que os dois deveriam transar, a cantora de “Blank Space” afirma: “Eu acho que isso é uma coisa boa pra colocar na música. E, tipo, é um elogio”.

Kanye continua, afirmando: “Eu me importo com você, como pessoa e amiga, e quero fazer algo que te faça sentir bem. Eu não quero fazer rap que faça as pessoas se sentirem mal”. E ela responde: “Vá em frente com os versos que achar melhor (...) E eu realmente te agradeço por me contar isso. É muito legal [da sua parte]”.

Eu não acho que as pessoas ouvirão isso e pensarão ‘Ela deve estar chorando agora’”, continua Taylor. “Você tem que contar a história do jeito que ela aconteceu pra você, porque você não sabia quem eu era antes do ocorrido. Não importa que eu tenha vendido 7 milhões de álbuns antes do que você fez. O que aconteceu, aconteceu.  Você não sabia quem eu era antes disso. (...) Quando a música sair e me perguntarem, eu direi que você me ligou”, finaliza.

Mas a gente se lembra que a história não foi bem assim...



Quando o disco “The Life of Pablo” foi lançado, incluindo a parceria com Rihanna em “Famous”, Taylor Swift não disse uma linha sobre essa conversa com Kanye West, depois afirmando que gostaria de ser retirada de uma narrativa que nunca pediu para fazer parte.

Por meio de textos em suas redes sociais, a cantora foi firme em dizer que não sabia da existência da música, ainda que Kanye contasse o contrário, e, obviamente, teve sua versão acatada pela maioria, apenas reforçando todo o mal entendido que se estendia desde a premiação da MTV em que o rapper a interrompeu pra discutir sobre o privilégio branco e a perda de Beyoncé, que na época foi passada por Taylor Swift com o clipe de “Single Ladies” - one of the best videos of all time.

Com a exposição de Kim Kardashian, uma nova perspectiva foi dada para toda a história, que não anulava a misoginia por trás dos versos de Kanye West, mas acrescentava pontos sobre a forma como Taylor Swift usufruiu de seus privilégios ao colocar sua palavra acima do que realmente aconteceu, deixando que o rapper saísse como mentiroso e com o estereotipo do homem negro raivoso.

No Brasil, toda a história se transformou no meme que apresentou para o mundo Duny, de “Girls In The House”, e essa versão maravilhosa de “Keeping Up With The Kardashians”:



Ela é dissimulada essa garota.

Cupcakke lança clipe do seu novo single, “Barcodes”, e essa é a sua chance de conhece-la

A gente não sabe onde estava quando a rapper Cupcakke lançou um dos melhores e mais divertidos álbuns do ano, mas felizmente chegamos a tempo de enaltecer a estreia do seu novo clipe, para a dançante e desbocada “Barcodes”.

Na faixa, presente no álbum “Queen Elizabitch”, Cupcakke canta na perspectiva de uma mulher que se relaciona com um cara casado e está indisposta a ir pra cama com ele, ao menos que ele te dê muito dinheiro. “Essa vagina não tá de graça, então eu preciso cobrar mais caro (...) Pague a porra do preço ou vá ficar com sua esposa em casa.”

Seu clipe, lançado na última segunda-feira (17), é bem menos explicito do que a letra sugere, trazendo a cantora e um cara num quarto de motel, enquanto ela manda suas rimas até que, enfim, acerta suas contas. Olha só:



Com outros três discos já lançados, sendo eles “Cum Cake”, “S.T.D.” e “Audacious”, Cupcakke divide as opiniões por conta do teor de suas letras, como são os casos de suas músicas mais famosas: “Pedophile”, um relato sobre como foi vítima de pedofilia aos quinze anos, “LGBT”, na qual demonstra seu apoio a comunidade LGBT+, e “Spider-Man Dick”, em que compara as extremidades de suas partes intimas com as paredes escaladas pelo Homem-Aranha.



No clipe anterior ao de “Barcodes”, para a faixa “33rd”, a rapper intercala cenas apresentando sua música com comentários de ódio que recebe pelo Facebook, Twitter e Youtube, muitos de teor misógino e racista. “Foi nisso que as mulheres negras se transformaram?”, diz o autor de um deles:



Felizmente, ela aparenta não dar uma foda para isso.

Neste ano, Cupcakke começou a chamar nossa atenção quando colaborou com Charli XCX em “Lipgloss”, da mixtape “Number 1 Angel”. Durante seu show pelo Brasil, a cantora de “After The Afterparty” puxou um coro pra que os brasileiros gritassem o nome da rapper antes de cantar a sua parceria.



Ouça o álbum “Queen Elizabitch” na íntegra pelo Spotify:

Mais um hino! Kesha escolhe "Hymn" como o segundo single promocional do "Rainbow"

Kesha está divulgando o álbum "Rainbow" da melhor forma possível: liberando uma música nova por semana até seu lançamento. Depois de lançar a parceria com o The Dap-Kings Horns"Woman", com clipe e tudo na última quinta, nessa próxima (20) ela se prepara para revelar ao mundo mais uma faixa do disco, "Hymn"



Assim como "Woman" antes de ser lançada, o tempo de duração de "Hymn" já consta no iTunes (o que confirma que é esse mesmo o novo single) e é de 3:25. Como já é de costume, coloque seu relógio para as 9h da manhã dessa quinta, horário em que a nova música estará entre nós. Ainda não sabemos se a faixa virá acompanhada de um clipe como "Woman", mas um dos vídeos do canal da cantora está oculto. Será? 


O Metro News UK, que já escutou essa e outras faixas do "Rainbow", revelou que a canção tem uma "batida sexy e desacelerada" e que lembra bastante "Roar", da Katy Perry, por abordar a temática da autoaceitação e da busca por identidade própria. Para Kesha, "Hymn" é uma musica "para aqueles que sentem que não se encaixam"

O álbum "Rainbow" chega no dia 11 de agosto. Até lá, ainda ouviremos mais duas músicas além da que sairá nessa semana. Amém, Kesha!

O verão não acabou para o Rico Dalasam em seu novo single, a contagiante “Fogo em Mim”

O novo disco do rapper e cantor brasileiro, Rico Dalasam, finalmente começou a ganhar forma. “Balanga Raba” é o sucessor de “Orgunga”, do qual ele extraiu singles como “Riquíssima” e “Esse Close Eu Dei”, e chega meses depois dele conquistar o Brasil com a Pabllo Vittar em “Todo Dia”, sendo inicialmente apresentado pela faixa “Fogo em Mim”.

Prolongando o seu verão, a música nova de Dalasam foi revelada na última sexta-feira (14) e volta a explorar o pop brasileiríssimo do seu CD de estreia, contando com a produção do seu parceiro de longa data, Mahal Pita, também conhecido por integrar a banda BaianaSystem, o que explica todo o gingado contagiante da faixa, que mescla muita percussão com elementos eletrônicos, contrastados com os vocais roucos do rapper.

Ouça:



“Desejo pra você que nunca nos falte fogo no cu!” 

“Fogo em Mim” foi lançada no Youtube, com direito a download gratuito, mas estará disponível no Spotify e outras plataformas de streaming a partir da próxima sexta-feira (21). Seu videoclipe, por sua vez, chega na semana seguinte, dia 29, como parte da programação do Music Video Festival 2017, que acontecerá no MIS, em São Paulo.

Já ouviu “Slay-Z”, da Azealia Banks? A mixtape está todinha no Spotify!

Finalmente podemos ouvir a mixtape “Slay-Z”, da Azealia Banks, pelo Spotify. A rapper soltou todo o material na plataforma na última sexta-feira (14), dando início aos relançamentos que ficará com a sua própria gravadora, Chaos & Glory, até que termine as gravações de seus trabalhos futuros, como o disco sucessor do “Broke With Expensive Taste” e a sequência da mixtape “Fantasea”.

Um dos seus trabalhos mais comerciais até aqui, “Slay-Z” foi o álbum que resultou no single “The Big Big Beat”, mas, na época, foi lançado de forma gratuita, numa das muitas complicações da rapper com o selo que distribuía suas canções, o que afetou de forma significativa a sua divulgação.

Entre os destaques da mixtape, temos a parceria com o duo Nina Sky em “Riot” e a club banger “Queen of Clubs”, além de outras faixas que comprovam a versatilidade de Banks em estúdio, que vai de trabalhos comerciais a produções mais elaboradas de uma maneira bastante fluída.

Ouça abaixo:



Atualmente em estúdio, Azealia Banks tem se dividido entre seus novos trabalhos e a regravação de algumas faixas antigas. Parte de álbuns como “Fantasea” e “1991” será retrabalhada pra que seja disponibilizada nas plataformas de streaming, visto que nem todos os produtores autorizaram seu lançamento nesses serviços. Um desses casos é da faixa “Fuck Up The Fun”, produzida pelo Diplo, com quem Banks se desentendeu na época me que trabalharam num remix para “Harlem Shake”, do Baauer.


Fora seus próprios lançamentos, Banks também começou a gravar a sua colaboração para o novo disco da Iggy Azalea, “Digital Distortion”, confirmada pelas próprias artistas há algumas semanas.

As coisas nunca estiveram tão bem.

Há dois anos, Carly Rae Jepsen fazia história com o videoclipe de “Run Away With Me”

Toda vez que pensamos em Carly Rae Jepsen, pensamos no quanto a cantora, compositora e ícone canadense foi injustamente subestimada durante toda a sua carreira e, nessa segunda-feira, 17 de julho, temos mais um motivo para pensar nisso e, claro, fazer a nossa parte por um mundo melhor: foi nesta data que, em 2015, Jepsen lançou o videoclipe de “Run Away With Me”.

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Segundo single do álbum “Emotion”, inicialmente promovido pela canção “I Really Like You”, “Run Away With Me” foi a faixa que definiu boa parte da sonoridade de Carly neste disco, terceiro de sua carreira, bem como se tornou a razão de diariamente não compreendermos o que foi que a música pop se tornou.

No videoclipe da canção, a cantora nos guia por sua fuga ao redor do mundo, por perspectivas que vão de uma câmera num avião em pleno voo a uma Polaroid nas mãos da pessoa sortuda que a acompanha nesta saga tão convidativa.

Dois anos e pra sempre icônico. 

Relembre também o disco “Emotion”, no Spotify:

Crítica: "Ex Machina: Instinto Artificial" usa o metal de um robô para questionar a nossa própria carne

Filmes que discutem a relação homem com a máquina são nada novos. Só voltarmos 90 anos, para 1927, e vermos a obra-prima “Metrópolis” do alemão Fritz Lang, onde retrata a revolução trabalhista a partir do caos instaurado por uma robô. A concepção futurista que mistura o sangue com o ferro é algo idealizado pelo homem há tempos, e até hoje, nosso lustrado e utópico futuro, filmes com o tema rendem bastante.

Em 2014 o filme “Ela”, de Spike Jonze, arrebatou corações pelo romance do homem com a máquina, levando a questionamentos profundos e inteligentes sobre amor, necessidade e solidão, tanto que rendeu o mais que merecido Oscar de “Melhor Roteiro Original” para Jonze. Outro filme que explora esse relacionamento sangue/plástico é “Ex Machina: Instinto Artificial” (2015), a estreia de Alex Garland no cinema como diretor. Vindouro do Reino Unido, o longa conta a história de Nathan Bateman (Oscar Isaac), um excêntrico CEO de uma empresa que convida o programador Caleb Smith (Domhnall Gleeson) para realizar o Teste de Turing numa robô humanoide dotada de inteligência artificial chamada Ava (Alicia Vikander).


O Teste de Turing, introduzido por Alan Turing em 1950 e que abre o clássico “Blade Runner – O Caçador de Androides” (1982), testa a capacidade de uma máquina exibir comportamento inteligente equivalente a um ser humano, ou indistinguível deste. Caleb aceita realizar o teste em Ava, feito a partir de conversas e perguntas, mas ele se vê íntimo demais da robô, algo que pode ser perigoso.

Como já dá para notar, o filme gira em torno de Ava, mesmo Caleb sendo o protagonista. E é nela que habita a mágica do filme. Alicia Vikander, vencedora do Oscar de “Melhor Atriz Coadjuvante” por “A Garota Dinamarquesa” (2015), venceu pelo filme errado: é em “Ex Machina” que ela brilha. A sueca compõe uma atuação delicada e no ponto para a robô, de forma que não fique tão humana nem tão mecânica, dando o aspecto ideal para que, mesmo sendo mostrado na tela uma criatura não humana, consigamos nos afeiçoar com algo feito de parafuso e borracha. Os efeitos visuais em cima da atriz são fenomenais e super-realistas, completando a construção visual da personagem, finalizada pelos efeitos sonoros discretos da máquina. Enche os olhos percorrer seu corpo translúcido e rígido e desbravar os mistérios feitos pelos CGI – que rendeu o surpreendente Oscar de “Melhores Efeitos Visuais” ao longa.


Já os cientistas, Caleb e Nathan, são personagens com composições menores ao caírem em clichês facilmente evitáveis. Enquanto Caleb é o jovem promissor abobalhado e temeroso, Nathan é o playboy rico, bem sucedido, cheio da pinta descolada e maneira (cof cof Tony Stark cof). Ao submeter os personagens em caixinhas tão óbvias, o filme perde força em construções que poderiam ser mais elaboradas, deixando Ava roubar a cena – efeito que só melhora a composição dessa.

Como todo bom sci-fi, “Ex Machina” usa de forma bem inteligente vários dilemas humanos sobre sociedade e relacionamentos, que passam por machismo, sexualidade e idealismo feminino. Notem: Ava é um robô construído por um homem. Ela, assim como todas as outras robôs feitas por Nathan, são construídas em moldes femininos magros e curvilíneos, o padrão estético hegemônico. É só olhar para o pôster com a carcaça da robô: seios firmes, cintura fina, quadris largos. Isso mostra a idealização e objetivação do corpo feminino, principalmente por ter sido feita por mãos masculinas – algo similar no recente "A Vigilante do Amanhã: Ghost In The Shell".


E tais mãos masculinas de Nathan são a representação da supremacia do homem na nossa sociedade. O cientista vai construindo várias robôs – todas femininas – e descartando-as com o passar do tempo e o aprimoramento da sua técnica, cada vez avançando mais de uma perfeição histriônica, numa alusão à indústria opressora que busca encaixar e objetificar as mulheres em formas que prezem o prazer do homem. As robôs são fantoches e objetos do seu mestre, tão qual o machismo nosso de cada dia tenta adestrar as mulheres humanas. Porém, mesmo com a composição lugar-comum de Nathan, o personagem é dotado de dualidades e profundidades dignas de serem dissecadas. Um dos diálogos mais interessantes do filme é:

- Caleb: Você programou [Ava] para dar em cima de mim?

- Natan: Se eu tiver feito, seria trapaça?

- Caleb: Não seria?

- Nathan: Caleb, qual seu tipo de garota? Digamos que sejam garotas negras. Por que esse é seu tipo? Porquê você fez uma análise detalhada de todos os tipos raciais e você cruzou as referências dessa análise com um sistema de bases? Não! Você simplesmente é atraído por garotas negras. Uma consequência de estímulos externos acumulados que você provavelmente nem sequer notou.

- Caleb: Você a programou para gostar de mim ou não?     

- Nathan: Eu a programei para ser heterossexual, da mesma forma que você é programado para ser heterossexual.

- Caleb: Ninguém é programado para ser hétero.

- Nathan: Você escolheu ser hétero? Por favor! Claro que você foi programado, pela natureza.

As noções da sexualidade humana ainda são misteriosas e causam bastante dúvidas e ignorâncias na cabeça das pessoas, mas, usando a noção de criação robótica de Ava, Nathan consegue explicar de forma básica o conceito de sexualidade, algo instintivo e que reside numa profundidade que nós não podemos ter acesso. Não somos literalmente programados para ser o que somos, mas somos o resultado da explosão de diversas variáreis da natureza que, combinadas, transformaram o caos em nossa ordem. É uma metáfora que pode soar pequena, no entanto carrega material bélico poderosíssimo.

O título do filme é derivado da expressão em latim “Deus Ex-Machina”, que significa “um deus vindo da máquina”. A frase foi originada nas tragédias gregas, com um ator interpretando deus, que desce no cenário numa plataforma (a máquina) para resolver os problemas dos personagens e gerando um final feliz. No longa, o deus vindo da máquina é Nathan, que em certo momento se auto declara a divindade por conseguir gerar “vida”, mesmo que de forma artificial – o nome da robô, uma alusão à Eva, a primeira mulher criada por Deus, é auto-explicativo. Só que Ava deixa de ser mera máquina que conduz deus para tomar as rédeas de seu próprio destino, interferindo no curso sacro do seu criador.


Além da riqueza de conteúdo, tecnicamente a fita também esbanja competência. Além dos já citados efeitos visuais de Ava, a fotografia e direção de arte conseguem transmitir o tom perfeito para o filme. Enquanto o exterior da casa de Nathan é carregado de luz e muito verde, o interior é escuro, com luzes artificiais, corredores com superfícies refletoras e muito vidro, além de roupas em tons brancos e cinzas nos personagens, moldando a noção tecnológica e futurista da caverna da robô, como se estivéssemos dentro duma nave fora da Terra.

Ao contrário das abordagens tradicionais, “Ex Machina: Instinto Artificial” não traz um apoio à inteligência artificial ou retrata um apocalipse/distopia tecnológica, mas sim uma versão mais palpável e próxima de como seria nossas vidas em meio a criaturas como Ava. De forma bem pessimista, a exploração sombria do filme mostra que o “fazer pensar” faria com que o robô tentasse conseguir sua liberdade das garras humanas. Ava começa a tomar ciência do seu próprio corpo e o usa para conseguir o que quer, algo que, para nós humanos, pode ser considerado “errado”. Mas para ela, era simplesmente a fome de sua autonomia. Como diz o próprio slogan do filme, há nada mais humano do que a vontade de sobreviver. E essa ciência adquirida pela robô é tão grande que não sabemos se era de fato os cientistas que a testavam ou se os testes eram realizados por ela.


Mesmo contendo sua carga dramática cada vez mais forte quando Ava vai tomando conta da situação, a riqueza de “Ex Machina” está nas discussões existenciais e éticas provocadas, e todas elas caem em cima dos próprios seres humanos. Deveríamos mesmo criar algo tão parecido conosco? Se criarmos, temos o direito de destruí-lo? Até onde podemos avançar no relacionamento com essa criatura? Aliás, podemos chamar de “relacionamento”? Nathan fala “No futuro, nós seremos destruídos pela inteligência artificial”, então é sábio se dedicar a algo que pode superar o próprio criador? Mas se for para ser inferior, o que diminuiria os riscos de rebelião, por que criá-lo?

Outro ponto intrínseco com nossa realidade é a abordagem dada pelo filme sobre o império dos dados. Na era digital, empresas como o Google controlam bilhões de correntes com informações sobre todos nós que estamos conectados nesse momento, e como isso pode ser usado contra nós a qualquer momento. Não de forma cinematográfica como Ava, a união de infinitos dados coletados por Nathan, mas com algo mais realístico e tão perigoso quanto. Ou será que a realidade de Ava está tão distante assim de nós?

Pode parecer confuso, mas o que “2001: Uma Odisseia no Espaço” (1968), um dos maiores filmes de ficção científica da história e grande inspiração de “Ex Machina: Instinto Artificial” nos ensinou, foi que não são as respostas que movem o mundo. São as perguntas. Para entender a carne, o Cinema mais uma vez recorre ao metal.

Os melhores lançamentos da semana: Azealia Banks, Kesha, Demi Lovato e mais

Nada foi a mesma coisa após junho de 2015, quando as gravadoras e plataformas de streaming se uniram para a chamada New Music Friday: um dia global de lançamentos com artistas de todos os gêneros nas principais plataformas pela rede mundial de computadores.

Ao virar do dia entre quinta e sexta-feira, nós religiosamente corremos para o Spotify, pra sabermos quais são as novidades mais interessantes da semana, sejam elas de artistas  novos ou consolidados, e reunimos todas nesta playlist que, sendo assim, é atualizada semanalmente.




Apesar de todas as músicas acima serem 10/10, vale ressaltarmos que as melhores das melhores se encontram no topo da lista.

Caso se interesse em ler mais sobre as faixas escolhidas, aqui vamos nós, e não deixe de nos seguir pelo Spotify!

O QUE TEVE DE BOM


👍 Azealia Banks volta a colocar sua carreira nos trilhos com o relançamento da mixtape “SLAY-Z”, agora no Spotify. Você encontrará uma série de suas músicas pela playlist, incluindo a dançante “Queen of Clubs”, a radiofônica “Riot” e a sangue-nos-olhos “Skylar Diggins”. Bom proveito.

👍 Kesha fez de “Praying” o seu desabafo e, no single seguinte, entrega o dedo do meio que tanto queria ter mostrado para Dr. Luke – e qualquer outro homem que tenha tentado calá-la nos últimos anos. “Woman” é libertadora e boa pra caralho.

👍 Mais confiante do que nunca, Demi Lovato soa como uma mistura da Jessie J com a Ariana Grande numa música do Chance The Rapper em “Sorry Not Sorry”. A mistura pode parecer confusa, mas resultou num dos seus melhores singles.



👍 Dos vocais ao arranjo, é perceptível o esforço de Selena Gomez para investir numa sonoridade cada vez mais distante do pop que fez em seu tempo de Disney. “Fetish” é sexy, madura e tem cara de hit.

👍 O RAC lançou seu novo CD, “Unusual”, e a parceria com a MNDR em sua faixa-título é o convite perfeito pra que você ouça o disco completo. Satisfação garantida ou seu scrobble de volta.

 O QUE TEVE DE RUIM


👎 As pessoas precisam seriamente superar o tropical house.

NÃO PODE SAIR SEM OUVIR



Ouça e siga a playlist “It’s Nü Music Friday” no blog:

Os dias de crise das cantoras pop estão contados: P!nk prepara o seu retorno

Faça chuva ou faça sol, seja o ano que for, P!nk é sinônimo de sucesso. E, como se ela tivesse nos escutado gritar por ajuda em meio à tempos difíceis para as mulheres do pop, a cantora acaba de anunciar no Twitter que está preparando seu retorno! 

Durante uma sessão de perguntas e respostas com seus fãs, um deles perguntou a ela quando que seu novo álbum seria lançado, ao que P!nk respondeu, "bom, gravarei um novo clipe na próxima semana". Misteriosa e contida, mas aceitamos! 


Aproveitando o bate papo, um fã a perguntou qual lugar ela nunca visitou e gostaria de visitar e ela respondeu Brasil! Isso mesmo! P!NK, SÓ VEM, A GENTE TE IMPLORA! 


O último álbum da cantora foi o bem sucedido criticamente e comercialmente "The Truth About Love", que lhe rendeu o mega hit "Just Give Me a Reason", uma parceria com o Nate Ruess da banda fun.

Hugh Jackman interpretará Scar na nova versão de "O Rei Leão"

[ATUALIZAÇÃO: O ator NÃO estará em "O Rei Leão. Seus representantes desmentiram o fato em entrevista ao The Wrap]

A Disney não pegou ninguém de surpresa quando anunciou que "O Rei Leão" seria sua nova aposta dentre as novas versões que anda fazendo para praticamente todos os seus clássicos. O longa-metragem será banhado no CGI, e vai contar com a mesma tecnologia do incrível "Mogli". Aliás, por falar neste filme, seu diretor Jon Favreau é quem comanda a produção, então já tá permitido gritar "que hino!" antes mesmo de termos algum material oficial.

Assim como em "Mogli", o longa-metragem trabalhará por completo na computação gráfica e acompanhá com um puta elenco para dar vozes aos personagens. Prova disso é a presença de James Earl James (Darth Vader) reprisando seu papel como Mufasa, além de Beyoncé que pode dar voz à leoa Nala — lembrando, por enquanto apenas sendo tratado como rumor. Donald Glover fica responsável pelo carismático Simba, enquanto Billy Eichner e Seth Rogen serão Timão e Pumba.

Quem acaba de entrar para o time de voz é o homão da porra Hugh fucking Jackman. O australiano será ninguém menos do que Scar, e por este motivo nós gostaríamos de saber se é estranho ter crush em leão. Brincadeiras a parte, o cara é um grande adicional, deixando a produção ainda mais rica. Pode entrar, melhor remake do século.

A versão computadorizada de "O Rei Leão" chega aos cinemas em 19 de julho de 2019.

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