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O que vem aí? Vamos falar sobre a carreira da Ava Max

Fofa, mas psicótica: a loirinha faz sucesso com seu álbum de estreia, mas o que podemos esperar dela no futuro?

Dona de dois hits – o smash global “Sweet But Psycho” e o mais recente “Kings & Queens” –, a fofa, mas psicótica Ava Max, está colhendo bons frutos do seu álbum de estreia, lançado no ano passado, “Heaven & Hell”. Após inúmeros singles e adiamentos, o projeto finalmente viu a luz do dia. Trazendo a sonoridade que apresentou a gata no início da carreira e com um leve conceito inspirado pela obra “A Divina Comédia” de Dante Alighieri, o trabalho é um inegável sucesso - alcançou 2 bilhões de streams no Spotify em menos de dois meses de lançamento. Mas o que podemos esperar da cantora e sua arte para o futuro?

Ava estourou em 2018 com a proposta de um dance pop que revisita o final da década 2000 e início dos anos ‘10, uma estética específica e temas como “fé nas malucas” ou “o aluno excluído” apresentado em “So Am I”. Mas, acabamos por nos perguntar, o quanto essa representação da artista é original? É difícil falarmos sobre autenticidade em uma indústria tão capitalizada, e agora, algoritmizada quanto a indústria musical. 


Quando estreou, a estadunidense foi fortemente comparada com Lady Gaga por conta da estética loira freak – vice-versa, podemos concordar que “Plastic Doll”, do mais recente trabalho de Gaga poderia facilmente ser uma música da Ava? A cantora exibe um marcante cabelo assimétrico inspirado em uma criança com uma tesoura em um surto - disposto em variadas cores, conforme o necessário.

Nas incontáveis tentativas de segundo hit, ela conseguiu servir algo novo em momentos. “Torn” é um destaque, tanto pela produção inspirada na música disco –  não tão em alta em 2019 quanto agora – quanto pelo visual de HQs muito bem trabalhado no vídeo. “Naked” foi o último vídeo lançado antes do álbum, com uma estética similar ao filme “O Quinto Elemento”. A música também mostrou um lado mais sensível, e ainda assim dançante, característico da artista.

Quando finalmente lançou seu primeiro trabalho completo em setembro de 2020, já havíamos escutado metade das suas faixas - foram mais de 7 singles liberados antes do álbum, sem contar os descartados. Seu dance pop enérgico e jovial é fácil de permanecer no repeat - ótimo para dançar numa pista ou correr na esteira - mas acaba por não se destacar. Falta um pouco mais de consistência narrativa ou aprofundamento lírico que suas colegas entregam com mais facilidade – alô “Future Nostalgia”, “Sawayama”, “Plastic Hearts” - mas pode ser injusto comparar uma artista debutante com a Dua Lipa que em seu segundo álbum já é quase uma A-list, e quando Ava – finalmente – conseguiu lançar seu primeiro álbum.

Ava Max está prestes a lançar o conteúdo visual para sua nova aposta “My Head & My Heart”. O lyric video trouxe um visual tecnológico, futurista, lembrando “Naked”, que casa bem com a excentricidade da artista. Estamos ansiosos para ver a cantora se libertar da estética usada desde 2018 – como ansiávamos ver a Ariana Grande sem o rabo de cavalo. Quem é ela como artista? O que ela pode alcançar se quebrar os próprios limites? Ava Max certamente tem o potencial e, com alguns sucessos já acumulados no bolso, resta saber se ela tem o necessário para nos manter assistindo seus próximos passos.

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