Mostrando postagens com marcador Hitômetro. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Hitômetro. Mostrar todas as postagens

Hitômetro: Selena Gomez - "Slow Down"


A corrida pra mostrar ser a Disneystar mais digievoluída da atualidade continua dura para Miley Cyrus e Selena Gomez, mas se querem saber, nossa favorita nesta competição (saudável, que fique claro) é a protagonista deste post. Já conhecida como a “queridinha” da Hollywood Records, que custa a investir de verdade em seus artistas, a atriz e cantora Selena Gomez lança no próximo mês o seu novo álbum, “Stars Dance”, e com ele se torna rival direta da antiga Hannah Montana nas rádios e paradas, uma vez que as duas são produtos de diferentes gravadoras e apresentam novos materiais simultaneamente, além de também estarem juntas neste barco que ruma à maturidade para o público/mídia.

Selena Gomez, por sua vez, mesmo que ainda no time café-com-leite da brincadeira e contando, como ponto negativo, sua relação com o canadense Justin Bieber, tem estado bem a frente de suas concorrentes nesta disputa, se é que realmente existe uma, mostrando não só ser a mais preparada para realmente assumir o posto de uma artista pop, como também a mais entendida quando o objetivo é mostrar que cresceu sem apelar para medidas drásticas.

Estreando seu novo álbum nas rádios, o primeiro single de Selena Gomez com o vindouro material foi a morna e recusada pela Rihanna, “Come & Get It”. A canção, composta pela Ester Dean com produção do Stargate, convenceu os que ainda não eram tão adeptos ao som da grande cabeça pensante, mas foi um verdadeiro desafio para a moça nos palcos que, entre trancos e barrancos, conseguiu nos surpreender. Entretanto, alguém achou que ela não era comercial o suficiente e por isso trataram de fazê-la cantar algo ainda mais radiofônico em seu segundo single com o CD, dando espaço para a nova “Slow Down”.

Sob a produção do The Cataracs, conhecidos pelos hits “Like A G6” e “Bass Down Low”, o novo single de Selena Gomez pode soar decepcionante na primeira ouvida, mas basta dar uma segunda e terceira chance pra ele para cair de amores. Cumprindo uma fórmula genérica, mas funcional, a música apresenta o refrão chiclete, com o dubstep batendo ponto e a letra sobre romance de festa, mas faz bem seu papel em todo esse momento de Selena, com versos como “tudo o que quero sentir é seu corpo bem perto do meu pelo resto da noite”, que faz ponte com a vontade de que a próxima música do DJ que comanda a festa seja bem devagar, permitindo que a dança dure por muito tempo e a mantenha próxima do rapaz capturado por seu radar. O que soa bem maduro para nós.

Em seus vocais, Gomez mantém algumas limitações que a acompanham desde seus primeiros CDs, mas mostra que também aprendeu muito nos últimos anos e utiliza seus limites ao seu favor, ora contando com o bom trabalho de seus produtores, ora apelando (talvez essa nem seja a palavra certa) para a sensualidade, como a veterana Britney Spears. Mas não acaba aí! Ainda sendo uma música redondinha para as rádios, sem uma mensagem que realmente precise ser passada e com grandes créditos aos seus produtores, que não se esqueceram de colocar Dev para dizer o já marcante “It’s the Cataracs!”, “Slow Down” tem lá seus quês Selenísticos e um deles, bem notável no início da música, é essa pegada latina que a moça, filha de pai mexicano, dificilmente deixa passar em suas canções (muitos singles de seus últimos álbuns contaram, inclusive, com versões alternativas em espanhol).

Por fim, não podemos negar que a canção tem toda aquela sensação de “já ouvi isso antes”, mas não costumamos nos importar muito se essa for sucedida por uma como “quero ouvir isso de novo”, principalmente se o resultado estiver tão animador quanto esse. Ao contrário da sua concorrente, Selena Gomez parece conhecer o território em que está pisando e, desde já, sabemos que não nasce aqui uma Adele, mas ficamos felizes em ter a certeza de que o futuro ainda contará com novas “Britney Spears” ou “Katy Perrys”.

Selena Gomez - Stars Dance, Album Review (Parte 2 de 13)

Hitômetro: Jessie J - "Wild (feat. Big Sean e Dizzee Rascal)"


Com grandes poderes, vem também as grandes responsabilidades, e agora que está perto de lançar seu segundo álbum de inéditas, a inglesa Jessie J sabe melhor do que ninguém sobre o que estamos falando. Revelada ao mundo com o hit “Price Tag”, a cantora já nos mostrou que talento, como cantora e compositora, é algo que não deverá deixa-la na mão tão cedo, mas depois de emplacar alguns hits significativos, incluindo a radiofônica produção do Dr. Luke em “Domino” e a um tanto perdida “Laserlight”, parceria com o francês David Guetta, Jessie J decidiu provar para si mesma que não perderia o andar da carruagem e em seu novo single, “Wild”, nos reapresenta aquela cantora que ‘fazia isso como um cara’ há alguns anos atrás, aproveitando o momento para agradecer aos fãs por tudo o que conquistou até hoje — o que, dependendo do ponto de vista, também pode ser uma genial jogada de marketing.

“Se eu exagerar, deixe eu te contar que vale a pena. Jogo as cartas certas, sem medo de tentar. Deixe-os de lado se disserem que eu não mereço. Mãos no coração, vocês mantém meu fogo acesso” entoa Jessie J nos primeiros versos da canção, composta pela própria em parceria com o Claude Kelly e sob a produção do Ammo.

Na falta de alguns itens necessários para um hit pronto dos dias atuais, como breaks dançantes, o datado dubstep ou até um flerte com o trap (que é o dubstep do hip-hop), Jessie J não vem desarmada e conta com a colaboração dos rappers Big Sean e Dizzee Rascal, sendo que B-I-G (é assim que o mesmo se chama na canção) não se faz tão necessário, enquanto Dizzee Rascal dá todo um quê extra a canção, seja por contar com uma ponte diferente no instrumental ou sua voz parecida com do will.i.am.

Tendo seus últimos singles como experiência, Jessie J sabe que para uma música chamar a atenção, ela precisa de um bom refrão, e também acerta em cheio aqui, com versos como “se isso for um sonho, não quero acordar. Estou dormindo? Não, estou acordada. Simplesmente não posso acreditar que essa seja minha vida. Nas minhas fantasias, estamos correndo selvagemente” — tente ouvir e não sair cantarolando, mesmo que mentalmente, depois.

Sem espaço para discussões sobre, “Wild” é uma dessas canções produzidas para hitar e cumpre bem seu papel. Em tempos de artistas como Rihanna (que unem cerca de 10 produtores e compositores para a criação de uma só música), chega a ser tolice dizer que a mulher da franja reta em “Do It Like A Dude” (agora utilizando o cabelo, ou falta dele, como uma marca registrada outra vez) não tem direito a créditos pelo resultado final da canção e a coisa fica mais séria ainda se não acreditarem, nem que seja um pouquinho, em seu potencial para as rádios/paradas.

Hitômetro: Jennifer Lopez - "Live It Up (feat. Pitbull)"


A fórmula funcionou pela primeira vez em “On The Floor”, deu certo outra vez em “Dance Again” e agora tem seu poder testado numa terceira parceria: até aonde topamos ir com Jennifer Lopez e Pitbull? A cantora, já nem tão em forma quando o assunto é a indústria, tem se mostrado cada vez mais interessada nisso de investir em hits para o verão e agora que nos EUA “tá calor, tá quente”, bota o bumbum para trabalhar em “Live It Up”, canção que abre seus trabalhos com um novo disco de inéditas, ainda sem detalhes divulgados.

Como sabem, a inseparável parceria de JLo em seu novo single é o rapper Pitbull e, por mais que toda essa coisa já soe um tanto datada, eles conseguem nos convencer, como se “Live It Up” fosse a coisa mais genial produzida em um estúdio nos últimos anos. Mas por que, uma vez que a música não acrescenta nada de novo ao nossos ouvidos? Porque, com tantos anos na estrada (aos desinformados, Pitbull já existia antes de “Calle Ocho”, assim como JLo antes de “On The Floor”), ambos aprenderam bastante sobre o que se deve ou não vender e mostram toda essa experiência na nova produção, ao lado do também grudento RedOne (outro mestre quando a missão é ser genialmente genérico).

Em “Live It Up”, vamos do hip-hop às club-bangers, seja com Pitbull e suas rimas em espanglês sobre Miami ou Jennifer Lopez (aqui saudosista, adotando de volta o “Jenny From The Block”) mostrando que ainda não perdeu o jeito com seu lado urban. Entre mais altos do que baixos, ainda temos a cantora com um momento cheerleader (“I hit the spotlight, all night, rea-dy-to-go...”), além de Pit tornando toda essa experiência toscamente épica, se auto-descrevendo como uma marca e com o memorável “let’s fuck tonight”.

De fato, em algum momento num futuro próximo estaremos cansados de todas essas parcerias repetitivas, refrões fáceis e misturebas de batidas, mas no momento continuamos dispostos a escutá-los juntos mais algumas vezes e aproveitamos então até o último segundo, pois a música trata subliminarmente justamente disso, sendo um grande “viva!” às farofas.

Hitômetro: Mariah Carey - "#Beautiful (feat. Miguel)"


Com novo álbum previsto pra ser lançado no próximo semestre deste ano, a cantora Mariah Carey tinha alguns meses para nos convencer de que seu novo trabalho valia nossas Dilmas e, certa de que seu perfil tradicional e datado não seria o suficiente para “colocá-la” de novo no jogo, ela decidiu pedir reforço e investiu pesado, apostando nos nomes que fazem o R&B dos dias atuais. Em seu novo disco, podemos esperar por nomes como Darkchild, Hit-boy e Make Will Made It, nomes que estiveram por trás dos últimos álbuns de Rihanna, Ciara e Alicia Keys, mas ela ainda queria um pouco mais que isso, e foi nesta parte que o ainda novato Miguel, elogiadíssimo por seu disco de estreia “Kaleidoscope Dreams”, teve sua chance.

Lançada há algumas semanas, a primeira música de trabalho de Mariah com seu novo álbum é “#Beautiful”, parceria com o Usher da nova geração. A canção, que Mimi diz ter saído de uma descompromissada produção, é um acerto do início ao fim e deve agradar tanto aos fãs de longa data aos que ainda não eram chegados na moça dos agudos, justamente por soar como novidade — ao menos pra quem ainda não escutou o CD do Miguel — e mostrar que Carey finalmente deu uma pausa em suas auto-carícias, para dar uma olhada no calendário e notar que o tempo passou.

O primeiro indício desse tombo no século atual já começa no título da canção, que vem como as famigeradas hashtags das redes-sociais, mas esse #detalhe é uma das poucas partes ruins do lançamento que, musicalmente falando, consegue nos encantar logo nos acordes iniciais — onde já temos uma clara noção de quem é a atração principal da música. 

Com percussão levemente dosada, risadinhas ao decorrer da faixa e Miguel fazendo o que faz de melhor, a música é uma surpresa agradável até seu primeiro refrão, então eis que surge Mariah com os primeiros vocais propriamente seus e bang, não é que ela pega rapidamente o andar da carruagem? 

Em partes, pode ser preocupante para alguns fãs a maneira com que Carey deixa sua identidade ser ofuscada por todos os quês e érres do seu parceiro de dueto ao decorrer da canção, mas levando em consideração que ela não tem o mesmo tempo e disposição de artistas como Rihanna, que podem se reinventar e mostrar isso ao mundo anualmente, achamos a velocidade da mudança válida, principalmente sendo para melhor, só nos resta saber se teremos mais disso (ou de “Almost Home”) no novo CD.

NÃO SAIA ANTES DE LER

música, notícias, cinema
© all rights reserved
made with by templateszoo