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Azealia Banks responde ameaças de brasileiros que planejam “atacá-la” durante show em São Paulo

Faltando alguns meses para se apresentar no Brasil, rapper tem sido alvo de ameaças e respondeu: “se me atacá, eu vou atacá”.
Seja por seu posicionamento mais agressivo ou pura manipulação de vários veículos pop sensacionalistas, a rapper Azealia Banks sempre dividiu opiniões, entre pessoas que gostam do seu trabalho e concordam com suas declarações aos que realmente alimentaram uma aversão por sua imagem, mas parece que, se tratando do lado negativo da história, as coisas ganharam proporções maiores do que deveriam.

No dia 12 de junho, Zezé vem ao Brasil para uma apresentação única em São Paulo, no Áudio Club, e por suas redes sociais, a rapper vem recebendo ameaças de brasileiros que afirmam estarem se organizando para “atacá-la” durante seu show. Que vacilo, hein?

Pelo Instagram, Banks publicou uma imagem em que um brasileiro afirma que ela será atacada e que já existem “vários grupos no Facebook se preparando para isso”. Na foto, apagada horas depois, o cara ainda afirma que queria assistir ao momento de camarote, mas os ingressos já estão esgotando. Em sua legenda, a rapper responde às ameaças com um “let a nigga try me” que, em tradução livre, significa “se me atacá, eu vou atacá”.

Recentemente, a hitmaker de “Used To Being Alone” excluiu a sua página no Twitter, que era a rede social que mais utilizava, mas, até por questões profissionais, mantém ativos seus perfis em outras redes, como Facebook e Instagram. Nessas, não é preciso muito tempo lendo para encontrar comentários repletos de ofensas e críticas desmedidas, transbordando machismo, misoginia e racismo, além de várias menções a outras artistas, como a australiana Iggy Azalea. O famoso close errado.



Em muitas de suas discussões, Azealia já falhou bastante, como nos casos em que defendeu o uso da expressão “faggot”(equivalente ao termo “bichinha”), por exemplo, mas a rapper sempre teve um posicionamento bastante significativo em causas pela qual pode assumir o lugar de fala, como a militância negra, e isso, na perspectiva da própria, é algo que a “atrapalhou”, artisticamente falando.

Desde sua ascensão, com o hit “212”, Banks foi colocada contra diversas artistas, incluindo nomes com quem discutiu ou se desentendeu pelos bastidores da indústria, como Pharrell Williams, Diplo, Lady Gaga e Rihanna. Mas nada disso justificaria qualquer ataque contra a artista durante sua passagem por aqui, nos dando, inclusive, uma puta vergonha em saber que ainda se deram ao trabalho de reunir grupos para discutirem e organizarem algo assim.

No fundo, a gente duvida que realmente aconteça algo do gênero, até porque de “justiceiros virtuais” a internet está cheia, mas vale pensar nas razões que motivam um ataque como esse, principalmente se olharmos para um cenário mais amplo, lembrando que outros nomes também envolvidos em polêmicas com outros artistas, como o rapper Eminem e o produtor Diplo, estiveram há pouco por aqui e sem sofrerem qualquer tipo de retaliação. Seletividade pra quem?



É claro que a gente espera que nada disso aconteça, bem como que o evento, realizado pela W+ Entertainment, garanta a segurança não só da artista, mas também dos seus fãs, mas na dúvida, ressaltamos que Azealia Banks não leva desaforo pra casa, se precisar sai até nos dentes e, aproveitando que está no Brasil, pode ligar pra MC Carol, que é outra negra empoderadíssima, pra pegar a 12 emprestada com o Jorginho. Ingressos ainda podem ser adquiridos no Clube do Ingresso.
disqus, portalitpop-1

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