Slider

Review: Jason Derulo e A Experiência 8/80 do seu novo álbum, “Tattoos”!


Nos dias atuais não é fácil se garantir sendo um cantor de música pop. Na maioria das vezes, as rádios e, consequentemente, o público dá prioridade às divas, então os marmanjos que resolveram seguir os passos do Michael Jackson acabam ralando e muito em busca de ao menos uma canção no topo das paradas ou marcando presença por mais de uma semana nos famosos “TOP 10” mundo afora. Impossível isso não é, Justin Timberlake taí pra provar, mas com exceção dele é difícil pensar em qualquer outro grande nome masculino e vivo no pop atual, o que é ruim, até porque músicas boas vindas desses nomes não faltam.



Nesse ano, porém, as coisas aconteceram de uma forma diferente, com Macklemore & Ryan Lewis, Baauer, Robin Thicke e o já citado Timberlake dominando as rádios e paradas, além de baterem alguns recordes em vendas digitais, então Jason Derulo pensou: por que não agora? Sucedendo seu ótimo segundo disco e o de estreia homônimo, o cantor retornou nesse ano com os singles “The Other Side” e “Talk Dirty”, abrindo os trabalhos do seu terceiro álbum de inéditas, “Tattoos” — com a participação de nomes como os rappers 2 Chainz, The Game e Pitbull, além da sua namorada, Jordin Sparks.



Por mais que seus primeiros cds tenham se saído bem nas críticas, colocando rapidamente o novato entre grandes nomes como Usher e R. Kelly, em “Tattos” Jason Derulo ainda tinha muito o que provar. Ele realmente merece um espaço na indústria? É mais que um cantor pra 2 ou 3 grandes singles? Se comparado ao Usher, R. Kelly e derivados, tem algum diferencial? A resposta só pode ser uma e ela é “SIM”.

Trabalhando pra se mostrar um artista mais versátil que em seus primeiros materiais, no novo álbum Jason vai das baladinhas às club-bangerz, e consegue fazer isso sem que soe desesperado por um hit ou de maneira que oculte a sua personalidade. A primeira música de trabalho é a mesma que abre o disco, “The Other Side”, e o que temos com ela é uma espécie de transição entre a sonoridade dos trabalhos anteriores com o atual. “Talk Dirty”, segunda faixa e single, porém, quebra o gelo logo de início e depois da colaboração com o rapper 2 Chainz ao som do instrumental que, mesmo bem minimalista, nos prende do início ao fim da música, temos a certeza: colocaram uma cereja a mais nesse bolo.



Como é quase tradicional vindo de artistas negros no pop, o flerte com a música urbana acontece durante quase todo o álbum e taí o seu trunfo — ou não, visto que é uma produção 8 ou 80, sendo um grande acerto ou um enorme erro, dependendo de quem escuta. Tem como ficar parado ao som de “With The Lights On” (uma canção que parece ter saído do “Pink Friday: Roman Reloaded” da Nicki Minaj, mas sem as rimas desenfreadas da rapper)? Tem como não cair na farofa com “Fire”, uma parceria com *booom* o Pitbull? E caso queiram hinos, lá também tem, só parar pra escutar “Trumpets” (a melhor do álbum, além de ser também a que melhor evidencia a evolução vocal do Jason) e “Rest of Our Life” (canção que lembra e muito o seu disco de estreia, mas sem soar datada ou genérica).



Em suma, de maneira até irônica, “Tattoos” não é um marco na música pop, é um disco pop ok, com músicas que funcionam nas rádios e outras que não, mesmo também sendo muito boas, mas no geral é isso que também estamos esperando dos novos discos de divas como Britney Spears, Katy Perry e Lady Gaga, então qual a razão de não valorizarmos quando vindo de uma voz masculina? 
0

Nenhum comentário

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

disqus, portalitpop-1

NÃO SAIA ANTES DE LER

música, notícias, cinema
© all rights reserved
made with by templateszoo