PUTΔQUΣPΔRIU! Tem disco novo da Beyoncé, “Homecoming”, inteirinho no Spotify

Gente, a Beyoncé não sabe brincar, né?

Nesta quarta (17) saiu o documentário que mostra os bastidores do seu show icônico no Coachella, realizado no ano passado, e além do filme, disponível na Netflix, rolou também o lançamento de um disco ao vivo, com o show COM-PLE-TA-ÇO em todas as plataformas de streaming.

Sim, sim, todas. Nada de Tidal Exclusive.

Com uma hora e meia de duração, “Homecoming: The Live Album” conta com 40 faixas, incluindo seus hits, as interludes e falas do show, todas em edições bem limpinhas, pra gente curtir enquanto se sente a própria Beyoncé ou, para as mais modestas, se sente o próprio fã que vivenciou tudo isso no festival, agora com a experiência direto no seu fone de ouvido.

Encerrando o jejum de lançamentos da cantora no Spotify, “Homecoming” é seu primeiro disco completo na plataforma desde “Beyoncé”, de 2014. “Lemonade”, de 2016, segue indisponível.

Ouça na íntegra abaixo:




“Homecoming”, o documentário, também está disponível na Netflix. E, lembre-se, o  mundo é de Beyoncé, todos estamos aqui de favor.

“Homecoming”, Coachella e o maior show da maior artista da nossa geração

Texto por Vinícius Zacarias, com revisão de Guilherme Tintel

Na madrugada desta quarta-feira (17) chega a Netflix o documentário obrigatório “Homecoming”, que disseca o maior show da carreira de uma das maiores artistas da nossa geração. Quem assistiu ao show da Beyoncé no Festival Coachella há um ano, não conseguiu voltar a dormir naquela noite de domingo. A deusa jamais igualada subiu ao palco com uma apresentação recheada de referências políticas, musicais e cênicas, ficando difícil enumerar todas neste breve texto. O espetáculo histórico e cultural, com muitas surpresas, repertório vasto e participações especiais, correspondeu a perfeição da virginiana que ficou ensaiando junto aos seus mais de 200 componentes 14 horas por dia nas últimas semanas.

Beyoncé é inerente a artista pois "reflete seus tempos", como dizia a Nina Simone, também referenciada no show junto a Malcolm X e Big Freedia, uma rapper negra transviada de New Orleans. Sua direção criativa construiu complementos ao fundo do palco com composição de fanfarras. O mais notável foi o trabalho da direção musical que montou todos os arranjos das músicas com base nos instrumentos de sopro e percussão, num trabalho notadamente exaustivo. São diversas referências que vão desde os uniformes das fraternidades negras norte-americanas até as leves indiretas à ex-amante de seu marido.

Essa noção de “culturas de fanfarras ou bandas musicais”, sobre a qual me dedico a discorrer, faz referência à expressão cultural muito forte no estado do Alabama, EUA, terra natal de seu pai, onde existem grandes organizações de escolas, bairros, corporações e concursos musicais. O Alabama também foi o palco do estopim para a organização do movimentos dos direitos civis depois que Rosa Parks, em 1955, resistiu a pressão de ceder assento no ônibus para brancos no período da oficial segregação racial no país. Apesar de forte incidência de resistência negra, o estado do Alabama é considerado o mais LGBTfóbico dos Estados Unidos.

Devido a isso, em 2015, a TV Oxigen estreou o reality show gay afro-americano de dança intitulado The Prancing Elites Project, composto por Adrian Clemons, Kentrell Collins, Kareem Davis, Jerel Maddox e Tim Smith que tentam conciliar suas vidas pessoais e profissionais na cidade de Mobile. O reality mostra o cotidiano e as provas que os meninos precisam passar diariamente, mostrando os conflitos que interseccionam os problemas de raça, gênero e sexualidade.

O reality teve apenas duas temporadas, mas destaco um dos primeiros episódios onde os meninos são desafiados a se apresentarem como balizas de fanfarra, com maiô justíssimo ao corpo e cheios de brilho, em meio a uma parada cívica tradicional. As reações foram de espanto e rejeição, gerando até mesmo represálias, como o fato de terem sido retirados do desfile por policiais (confira o vídeo abaixo).


Outra grande inspiração de cena para a Beyoncé foi o estilo de dança criado por jovens dançarinas de bandas escolares da universidade negra na cidade Jackson, no Mississipi. O estilo mistura acrobacias com movimentos de dança afro, jazz contemporâneo. No entanto a dança foi criado originalmente em 1971 pelo grupo Prancing J-Settes, ao apoiarem a banda Sonic Boom Of The South. Esse estilo, provavelmente, também serviu de inspiração para o The Prancing Elites Project.


Para muitos de nós, negros e gays ou mulheres negras, vivemos numa celeuma identitária que imbricam diversas dores, mas que nos motivam a resistir neste mundo estruturado pelo racismo e patriarcado e regido pelo heterossexualidade e sexismo. Assim como os meninos do Elites e as dançarinas do Mississipi, que também são fãs da Beyoncé, resistimos e tornamos nossas vidas possíveis através da arte. Tornamos nossa sobrevivência um produto criativo da vida.

Foi gratificante assistir um espetáculo que traz a referência cultural do Alabama intercalado com outras representações de masculinidades negras, como na sensibilidade e na capacidade da inteligência cômica dos novos dançarinos, propondo suas projeções para além do sexual, e também nas mulheres dançarinas gordas e com muita auto confiança. Faltou, claro, uma “fechação” bem viada no palco, mas tenho certeza que isso sobrou na platéia repleta de bichas pretas prontas para o ataque.

Mais uma vez, Beyoncé mostra-se antenada com a cena cultura negra de seu país e preparou um espetáculo altamente black pop conceitual, sem, necessariamente, ser enunciadas de forma explícita. Existe todo um charme conceitual por volta disso. O show do Coachella já é um clássico do entretenimento da produções de festivais de música. E como todo clássico, por mais que assistamos, sempre nos revelará surpresas.

Beyoncé é a maior inspiradora da cultura pop mundial, depois de Michael Jackson. Junto à Madonna, uma lenda ainda viva. Só um ser sagrado tem a capacidade de fazer de um show uma catarse de reflexão política sobre o mundo. Nina Simone deve estar orgulhosa.

O documentário está disponível na Netflix.

Vinícius Zacarias é doutorando em estudos étnicos, pesquisa movimentos culturais LGBT+ negros no Brasil. Siga-o pelo Facebook!

Novo disco de Madonna terá parceria com Anitta, além de duas músicas com Maluma

Madonna toda trabalhada nas parcerias com os novos nomes do pop, né?

Não que isso seja uma novidade para a Rainha. Ela trabalhou com Justin Timberlake quando ele surgia, aproveitou a companhia de Nicki Minaj e M.I.A nesses últimos anos e agora lançará colaborações com Maluma e Anitta em seu novo álbum, "Madame X"

Além dos dois latinos, ela recrutou também o rapper Quavo e o Swae Lee, que está presente no mais recente projeto visual de Anitta, o álbum "Kisses". A tracklist total, liberada pelo iTunes nessa terça-feira (16), ficou assim:

1. Medellín (Madonna & Maluma)
2. Dark Ballet
3. God Control
4. Future (feat. Quavo)
5. Batuka
6. Killers Who Are Partying
7. Crave (feat. Swae Lee)
8. Crazy
9. Come Alive
10. Extreme Occident
11. Faz Gostoso (feat. Anitta)
12. Bitch I'm Loca (feat. Maluma)
13. I Don't Search I Find
14. Looking For Mercy

Será que teremos Madonna cantando em português com a Anitta? É bom lembrar que a Rainha do pop está morando em Portugal e costuma postar Stories ouvindo músicas brasileiras, em sua maioria funks, então é bem possível que ela já esteja arriscando um português.

Além da tracklist, foi revelada também a capa do material, na qual Madonna incorpora seu alter ego:


A primeira amostra do sucessor do "Rebel Heart" (2015) será "Medellín", uma de suas parcerias com o colombiano Maluma. O lançamento da faixa acontece nessa quarta-feira (17) e a capa dela ficou lindíssima:




Uma publicação compartilhada por Madonna (@madonna) em


E, claro, tem também o trailer do "Madame X", porque onde tem Madonna, tem conceito.



"Madame X é uma agente secreta, Viajando pelo mundo. Mudando de identidade. Lutando por liberdade. Levando luz à lugares escuros"

Ainda não temos a data exata em que o novo disco de Madonna estará entre nós, mas com tantas informações saindo em um espaço curto de tempo, não deve demorar muito para termos todas as datas na nossa mesa. 

Conversamos com a Sofia Reyes sobre "R.I.P.", parcerias femininas e aprender português com a Anitta

Depois de “Despacito” e “Mi Gente”, não tem mais volta: o mercado latino vai continuar a dominar o mundo, um lançamento de cada vez. E se a indústria latino-americana está sempre apostando em novos artistas, que pegam o Spotify e o YouTube de surpresa, um desses principais novos nomes é o de Sofia Reyes, de apenas 25 anos.

A mexicana já tem um hit pra chamar de seu: a improvável parceria com Jason Derulo e De La Ghetto em "1, 2, 3", que acumula quase 500 milhões de visualizações no YouTube e conquistou um espacinho no Top 50 mundial do Spotify, tendo alcançado o pico de #31, além de vários Top 10 em países que falam espanhol. Agora, Sofia quer expandir seus horizontes, e tem uma nova aposta: a parceria trilíngue com Anitta e Rita Ora em “R.I.P.”.



Batemos um papo com a estrela em ascensão sobre como essa parceria acabou rolando, os próximos passos em sua carreira e a visão da artista sobre a união entre mulheres do mundo da música. Dá uma olhada: 

It Pop: E aí, Sofia? Como foi seu dia?
Sofia: Muito legal! Tem sido um looongo dia. Aterrissamos tem umas 4 horas em Los Angeles e desde então estamos fazendo entrevistas. Mas bem legal! 

It Pop: Vamos falar de "R.I.P."? Seu novo single está indo muito bem. Estava esperando esse resultado positivo tão rapidamente? 
Sofia: Honestamente, não. Não tive tempo de entender tudo o que está acontecendo com “R.I.P.”, toda essa recepção. Está sendo louco, louco, louco! O vídeo já tem mais de 20 milhões de visualizações e saiu tem pouco tempo [atualização: agora o clipe já tem mais de 50 milhões! Go, Sofia!]. O apoio tem sido incrível, Anitta e Rita foram incríveis também, um time maravilhoso. Não poderia estar mais grata por tudo e estou muito feliz que as pessoas estejam se conectando com a música. 

It Pop: Você queria mesmo que tivessem três idiomas na música ou foi algo que aconteceu naturalmente? E como a Anitta e a Rita acabaram participando da canção?
Sofia: Sim! Eu amo línguas e sabia que queria português na música. Na verdade, eu queria até que tivesse mais português na faixa, pois adoro! Eu adoro línguas, adoro aprender sobre, em “1, 2, 3” experimentamos com francês também e isso foi bem legal. 

It Pop: Você sempre quis trabalhar com a Anitta, né? Como foi essa experiência?
Sofia: Foi um sonho poder fazer essa colaboração. Anitta e eu somos amigas há 3 anos, nos conhecíamos tem tanto tempo, só faltava a música certa. Então, foi. Tínhamos a música, mandei pra ela, ela amou e em uma semana já tínhamos os vocais dela. Foi maravilhoso. Ela é ótima, assim como a Rita. Estou muito feliz que todo mundo tem curtido essa parceria e que formamos um ótimo time. 

It Pop: Você já colaborou com tantos artistas incríveis... Jason Derulo, Prince Royce, a própria Anitta... Tem mais alguém na sua lista de colaborações dos sonhos?
Sofia: Ah, Ed Sheeran, J Balvin, Dua Lipa... Tem vários artistas ótimos. Troye Sivan também. Eu estava no aeroporto e o vi por lá, comendo, e fiquei sem acreditar! Seria ótimo fazer algo com ele.  

It Pop: Você já experimentou com inglês, francês, português e, claro, espanhol. Se pudesse experimentar com mais alguma língua, uma que você ainda não incorporou em uma canção sua, qual escolheria? 
Sofia: Italiano! Japonês também seria legal, por que não? E coreano. 

It Pop: Fazer K-pop... 
Sofia: Seria legal! Eu amo a ideia de explorar novas linguagens.


It Pop: Vamos falar de seu novo disco! Já está trabalhando nele? Pode nos contar alguma coisa sobre esse álbum?
Sofia: Estou muito animada e espero lançar ainda esse ano. Eu tenho, tipo, 6 ou 7 músicas que amo, amo, amo e quero lançá-las logo. Tenho que fazer mais músicas também. Agora estou divulgando “R.I.P.”, mas depois vou voltar a focar no disco. 

It Pop: A indústria musical é bem competitiva, principalmente entre as mulheres, mas temos visto um movimento contrário, em que as garotas estão se unindo e tralhando juntas, lançando colaborações. O que está achando dessa união?
Sofia: Eu amo! O mundo precisa disso e isso está acontecendo. Não é algo que está começando apenas, já é realidade. Todos querem colaborar com as novas garotas da música porque temos artistas incríveis surgindo. Há alguns anos, essas cantoras estavam surgindo e ninguém prestava muita atenção, mas agora estão crescendo, estão sendo notadas e isso é muito bacana. Todos querem trabalhar com mulheres, apoiar essas mulheres. Nós, mulheres, precisamos ficar juntas, se ajudar. Eu espero que “R.I.P.” sirva de inspiração para que mais mulheres colaborem também. 

It Pop: Não está sendo um momento fácil para os imigrantes do mundo todo. Temos o Trump nos Estados Unidos, o Reino Unido fechando suas fronteiras... Mas, ao mesmo tempo, temos visto tantas colaborações entre artistas de diferentes partes do mundo, misturando línguas e estilos musicais. Você, como imigrante, o que está achando disso? Acha que essas parcerias acabam mandando uma mensagem de esperança e união? 
Sofia: Sim, e isso é lindo! Eu amo ver artistas que não falam espanhol se arriscando, como Beyoncé e Justin Bieber. O mundo deveria ser mais receptivo com culturas. Eu espero também que “R.I.P.” inspire as pessoas a serem mais abertas. Sabe, o mundo é feito de várias culturas, devemos abraçá-las, com certeza.

It Pop: Há um ano você lançou “1, 2, 3” e rapidamente se tornou um hit, tudo aconteceu de forma muito rápida pra você. Hoje, um ano depois, o que mudou para você? Quem era a Sofia naquele momento e quem é a Sofia agora? 
Sofia: Ótima pergunta! Como pessoa, eu cresci tanto, porque estou numa idade em que tudo acontece ao mesmo tempo e tudo muda rápido. Agora, como artista, eu sinto que entendo melhor qual é o meu som. Tenho mais noção do que quero fazer. “1, 2, 3” abriu portas pra mim, pra que eu entendesse isso. É a minha maior música até agora e eu realmente não imaginava que seria tão grande. Eu estava até nervosa, porque depois de “1, 2, 3” foi tão assustador, a grandiosidade das coisas, e aí agora estou vindo com “R.I.P.”... Mas, claro, é tudo muito animador também, acredito que estou melhorando e me tornando mais eu a cada lançamento.

It Pop: Pode mandar uma mensagem para seus fãs brasileiros? 
Sofia: Sim, eu os amo! Espero poder voltar mais vezes, ir à mais cidades e conhecer muitos lugares. Quero poder conhecer à todos eles! Obrigada pelo apoio. Estou feliz de ver vocês curtindo “R.I.P.”, espero que a música inspire vocês. Amo vocês! E quem sabe quando eu vier numa próxima já vou estar arriscando um português? 

It Pop: Você sabe falar alguma coisinha? Anitta tentou te ensinar? 
Sofia: Ah, eu sempre peço pra Anitta me ensinar, mas ainda não peguei o jeito. Mas vou melhorar, prometo!

***

Já imaginou as conversas da Anitta com a Sofia tentando aprender português? E se a Rita Ora tentou aprender um pouquinho da nossa língua também? A gente bem queria fazer parte dessas aulas de idioma, viu!

E já aprendeu o mantra com a Sofia, né? "R.I.P. to the bullshit!"

Lista: 10 personagens do cinema que amamos odiar (ou só queremos matar mesmo)

Quem nunca, enquanto assiste a um filme, não desejou matar um personagem? É curioso como os vilões são tão icônicos, e exemplos ao longo da história do Cinema são fartos, como Darth Vader, Hannibal Lecter, Coringa, Cruella de Vil e Norman Bates. Curioso também como essa iconicidade passeia entre o amor e o ódio, e adoramos amar e odiar quando esses personagens conseguem evocar sensações durante suas respectivas obras.

Tendo isso em mente, decidi listar 10 personagens do cinema moderno que amamos odiar - ou que puramente queremos ver mortos. Passeando pelo cinema mainstream até películas mais desconhecidas, todos os 10 são garantia de pelo menos um "olha esse maldito" durante a sessão. É importante pontuar que alguns exemplos carregam spoilers, então aconselho a ler o texto de cada personagem apenas se você já tiver assistido ao filme.


Veniamin Yuzhin: O Estudante (2016)

O russo "O Estudante" conta a história de Veniamin (Pyotr Skvortsov), um garoto violentamente fanático por religião que vai gradualmente infernizando a vida de todos ao seu redor. Presente na tela em todos os momentos, o personagem é um daqueles que desejamos dar um tiro de tão insuportável que é, levando todo mundo ao seu próprio obscurantismo e realizando tragédias. A fita é ainda mais sagaz quando coloca TODAS as citações bíblicas do menino na tela, indicando os versículos - e acredite, são muitas.

Terence Fletcher: Whiplash (2014)

Quando um aluno apaixonado por jazz entra na maior escola de música da cidade, seus sonhos parecem estar finalmente se realizando. Mal sabia ele que, na verdade, eram seus pesadelos que estavam por vir. E tudo graças a um homem: Terence Fletcher, o professor e maestro. Interpretado por JK Simmons - que lhe rendeu o Oscar e vários outros prêmios na temporada -, Fletcher grita, xinga, humilha e beira a agressão com todos seus alunos pelo seu modo psicótico de atingir a perfeição. Um dos personagens mais complexos do cinema moderno, a linha entre amor e ódio aqui é tênue.

Dona Bárbara: Que Horas Ela Volta? (2015)

A década nem acabou mas já posso afirmar que "Que Horas Ela Volta?" é o maior filme brasileiro do período. Quando pensamos no filme de Anna Muylaert, imediatamente evocamos Regina Casé, que está sensacional como a empregada que se dá conta do sistema escravocrata que ainda habita nossa sociedade, todavia, devemos também dar apreço a Karine Teles, a patroa. O longa não se trata de mocinhos e bandidos, mas dentro desse arquétipo, Bárbara é a força oposta do filme, e costurada de maneira exemplar: ela é doce e simpática, contudo, vai aos poucos mostrando sua verdadeira cara em cenas que conseguem revoltar - ela falando em inglês na frente da empregada que não vai entender, por exemplo.

Antoine Besson: Custódia (2018)

Um casal recém separado briga na justiça pela guarda do filho mais novo. A declaração colhida pelos advogados informa que o menino não quer ficar com o pai, e este afirma ser artimanha da mãe para separá-los. Passando por um filme de tribunal até chegar no drama familiar, o francês "Custódia" não demora a solucionar a real situação e como Antonie (Denis Ménochet) é um autêntico monstro. No machismo nosso de cada dia, o pai toma a família como posse e ultrapassa o limite do tolerável em um dos finais mais agonizantes dos últimos tempos.

Ele: Mãe! (2017)

Um dos marcos do cinema "ame ou odeie", o último filme de Darren Aronosfky tá cheio de caos - e pias quebradas -, para o desespero da personagem de Jennifer Lawrence. Uma alegoria bíblica gigante, fora de qualquer simbologia ou interpretação, é divertido acompanhar a montanha-russa que é a relação da Mãe com o marido, simplesmente chamado de Ele (Javier Bardem). O devoto escritor e porto-seguro da mulher é um completo imbecil quando está ali mais atrapalhando do que ajudando. Basicamente, todas as desgraças do filme acontecem porque ele deliberadamente permite - e quase se delicia com isso. A cena com o bebê não mente.

A obra-prima do terror que é "A Bruxa" tem o próprio Satanás na tela, no entanto, a Katherine de Kate Dickie consegue ser pior que o capiroto. Fanática, extremista e beirando à loucura em todos os segundos, a matriarca se encontra numa situação cada vez mais crítica, mas joga todas as frustrações em cima da filha mais velha, Thomasin, que é acusada de ser uma bruxa. A mãe cogita até mesmo vender a menina por culpá-la pela perda do filho recém-nascido, e não parece ter o menor afeto por ninguém além do seu amor incondicional por um cruel deus - e ela aprendeu com o melhor exemplo.

Abril: As Filhas de Abril (2017)

Valeria, de 17 anos, está grávida do namorado e foge de qualquer oportunidade de informar Abril, sua distante mãe. Quando a notícia chega aos ouvidos de Abril, ela prontamente surge para ajudar a menina em tudo possível. O que soava como uma família feliz é aniquilada quando a mãe revela suas reais intenções ali: ela deseja roubar a vida de Valeria. Começando pelo namorado e indo aos extremos quando rouba o bebê, Abril ganha facilmente o Oscar de pior mãe do ano quando toca o terror de maneira tão crível e real. Quanto mais o filme passa, mais o nosso queixo vai ao chão.

Dolores Umbridge: Harry Potter e a Ordem da Fênix (2007)

Assim que pensei em conceber essa lista, Dolores Umbridge foi a primeira que surgiu na minha cabeça. Os motivos são óbvios: a vilã de "Ordem da Fênix" enfia suas garras em Hogwarts e instaura uma ditadura que vai atormentar todos os alunos, chegando a humilhar e até torturar. Imelda Staunton realiza um trabalho fantástico no papel ao unir uma doçura nauseante com o ódio maquiado por tantos tons de rosa, sendo, de longe, o melhor que o longa entrega na tela.

O Pai: Miss Violência (2013)

No aniversário de 11 anos, uma menina sorridentemente comete suicídio durante a festa. O grego "Miss Violência" já é aberto com um tapa, e continua numa estranheza absurda quando a família finge que nada aconteceu. Quando entramos na solução, vemos o mal em forma de gente: o pai (Themis Panou) cria uma rede de prostituição em que as filhas são as mercadorias. Não existe possibilidade de gerar qualquer simpatia pelo psicopata que ele é, existente no ecrã para ser simplesmente odiado.

Rose Armitage: Corra! (2017)

Rose (Allison Williams) leva o namorado negro para conhecer a família (inteiramente branca) durante um ensolarado fim de semana. Há uma palpável tensão no ar, como se algo de muito errado estivesse ali do lado, aguardando o ataque. Rose fica perdida com o comportamento dos pais, até que, opa, ela sempre esteve por trás do golpe. Com uma atuação brilhante, Williams sai da mocinha para a vilã numa velocidade e competência extrema, e, mesmo não sendo a cabeça dos vilões, consegue ser a pior por se tratar de um lobo em pele de cordeiro.

Tá acontecendo! Taylor Swift começa contagem regressiva em suas redes sociais

Pode ativar sua contagem regressiva aí! Depois de uma série de posts enigmáticos no Instagram, Taylor Swift revelou nesse sábado (13) que já tem uma data para voltar: 26 de abril.

A informação foi dada pela própria em suas redes sociais. Por lá, Taylor fez questão de avisar que tem algo chegando de várias formas: ela não só revelou a data como botou countdown no Stories, mudou foto de perfil e capa no Twitter e até postou uma foto com um coração incrustado de diamantes. 



É claro que a cantora não se limitaria a avisar de seu retorno apenas nas redes sociais. A contagem regressiva para seu comeback tomou conta de prédios ao redor do mundo. Estamos esperando o countdown no Brasil igual esperamos pela turnê: sentados. 


E Taylor não seria Taylor se não tivesse pensado em tudo, né? O anúncio de sua data de retorno foi feito no dia 13 de abril. Treze, como sabemos, é o seu número da sorte. E faltam também 13 dias para dia 26 de abril. Aliás, sabe como se diz 26 em inglês? Twenty Six. Reparou nas iniciais? TS. Taylor Swift. Sim, nós estamos surtando nesses pequenos detalhes. 

Então, você já sabe: no dia 26 de abril, Taylor Swift vai nos revelar ou talvez lançar algo. Tá anotado aqui na nossa agenda. 

Mark Ronson anuncia novo álbum para Junho e lança single com Lykke Li


Mark Ronson tá de música nova! Depois da parceria com Miley Cyrus em “Nothing Breaks Like a Heart”, o produtor divulgou hoje (12) “Late Night Feelings”, que conta com a participação da cantora Lykke Li.



A faixa é o segundo single do novo álbum de Ronson, também entitulado “Late Night Feelings”, que foi anunciado para o dia 21 de Junho. Com 13 faixas, o disco terá várias participações além de Lykke e Miley, como Camila Cabello, King Princess e Alicia Keys.

Olha só a capa e a track list:

1. "Late Night Prelude"
2. "Late Night Feelings" (feat. Lykke Li)
3. "Find U Again" (feat. Camila Cabello)
4. "Piece of Us" (feat. King Princess)
5. "Knock Knock Knock" (feat. YEBBA)
6. "Don’t Leave Me Lonely" (feat. YEBBA)
7. "When U Went Away" (feat. YEBBA)
8. "Truth" (feat. Alicia Keys & The Last Artful, Dodgr)
9. "Nothing Breaks Like A Heart" (feat. Miley Cyrus)
10. "True Blue" (feat. Angel Olsen)
11. "Why Hide" (feat. Diana Gordon)
12. "2 AM" (feat. Lykke Li)
13. "Spinning" (feat. Ilsey)

Junho já pode chegar!

Essas são as atrações que nós queremos ver no Lollapalooza 2020

O Lollapalooza 2019 mal acabou, mas, ansiosos que somos, já estamos aqui pensando em quais artistas nós veremos por aqui na edição de 2020. E, embora esteja muito cedo para fazermos previsões, sonhar é de graça. Por isso, resolvemos lista aqui o nosso line up dos sonhos para a próxima edição:

Baco Exú do Blues 

O rap conquistou espaço nos festivais brasileiros, especialmente no Lollapalooza, que esse ano trouxe Kendrick Lamar e os brasileiros Rashid e BK'. Por isso, nada mais justo do que vermos um dos maiores expoentes da vertente brasileira, Baco, mandando ver na edição de 2020. Faz acontecer, Lolla!


Billie Eilish

Rumores diziam que Billie estaria no Lolla 2019, mas acabou não rolando, já que ela resolveu aproveitar o momento para lançar seu disco de estreia. Porém, não deve demorar para vermos a garota por aqui. Ela já revelou que o lugar que mais quer visitar é o Brasil, e com sua legião de fãs crescendo cada dia mais, não duvidamos nada que o próprio festival continue atrás dela para a edição de 2020.


BLACKPINK

O girl group de K-pop fará sua estreia em festivais norte-americanos nessa sexta-feira (12) no Coachella, e esta dominando o mundo batendo recorde atrás de recorde, tanto no Spotify quanto no YouTube. A gente já sabe que shows de K-pop lotam no Brasil, então por quê não dar uma chance as garotas no nosso Lolla?


Carly Rae Jepsen

Nós nunca perdemos a esperança de ver a Carly no Brasil e ano que vem será um ótimo momento pra que um show dela por aqui finalmente aconteça. Isso porque ela lançará, no dia 17 de maio, seu novo disco, "Dedicated", o que significa que provavelmente estará em turnê em 2020. Tá na hora, hein, Lolla? Call her, maybe?


Childish Gambino

Dá pra acreditar que o Gambino esteve no Lolla Brasil em 2015? Muita coisa mudou desde então - e uma "This Is America" passou pelo caminho - e agora, anos depois, com certeza o cara voltaria com a moral de um pré-headliner, pra dizer o mínimo. Se o artista está pensando em se aposentar dos palcos, ele não pode deixar de passar pelo menos mais uma vez por aqui.


Djonga

Esse ano nós tivemos a presença de Djonga no Lollapalooza, mas só na plateia. É que o rapper apareceu meio "disfarçado" curtindo o show do amigo BK' direto da grade. Mas o que nós queremos ver mesmo é o cara trazer o show de seu recém-lançado disco, "Ladrão", para o palco do festival. Aí sim, hein?!



Flume 

Headliner do Lollapalooza Chicago 2019, que acontece em agosto, o Flume já se apresentou no palco do nosso Lolla, lá em 2017. Esse ano, o australiano lançou uma nova mixtape, "Hi This Is Flume", em que explora a PC Music ao lado da SOPHIE. Seria incrível vê-lo trazer mais uma vez sua sonoridade única e cheia de misturas para a nossa edição do festival. 



Funk

O funk sempre aparece no Lollapalooza, mas em forma de participações especiais, como foi o caso da aparição surpresa do Kevin O Chris no show do Post Malone. E mesmo assim, com pouco espaço, rouba a cena. Por quê lá fora os gringos valorizam tanto o nosso funk e por aqui ele ainda não tem o espaço que merece? Tal como o rap nacional, tá na hora de vermos o funk se consolidar por aqui, e ver MCs como o próprio Kevin ou Bin Laden conseguirem um espaço no nosso Lolla já seria um ótimo começo. 



Gloria Groove

Só de nos imaginarmos ouvindo um "GLORIA GROOOOVEEEE" direto do Autódromo de Interlagos já ficamos arrepiados. A drag, que estará no palco Sunset do Rock in Rio 2019, sabe como fazer um show, cantando, dançando e fazendo rap, e ainda poderia chamar vários convidados, como Lexa e Lia Clark. Queremos!



J Balvin

Fugurinha carimbada no Lollapalooza Chicago, que vai dos dias 1 a 4 de agosto, e no Coachella, que começa nessa sexta-feira (12), J Balvin se tornou um grande nome nos últimos anos e teria tudo pra ser um ótimo pré-headliner do Lolla Brasil. Sem contar que o cara gosta bastante do nosso país (como todas as parcerias com a Anitta indicam) e com certeza faria um showzão pra gente.



Janelle Monáe

A gente falou que nossa lista seria baseada em sonhos, né? Ver a artista por aqui, no nosso Lollapalooza, seria incrível. Ok, talvez nem seja tão impossível assim: Janelle estará no Lolla Chicago e no Coachella. Quem sabe ela não vem terminar a era "Dirty Computer" por aqui?



Kali Uchis

Esse ano tivemos Jorja Smith no Lolla, o que foi maravilhoso, mas nos fez questionar: "se ela e Kali Uchis vão fazer uma turnê juntas, por que, então, elas não vieram pra cá juntas também?". Felizmente tem mais Lollapalooza no ano que vem e sempre tá em tempo de chamar a colombiana. 



Kanye West

Falamos aqui sobre como o rap está se consolidando nos festivais brasileiros, com Kendrick Lamar sendo o grande nome do gênero esse ano no Lollapalooza. E quem estaria a altura do cara para ocupar o papel de headliner de hip-hop na próxima edição do Lolla? Nós sugerimos o Kanye West, é claro. Pra ficar melhor, só se ele trouxesse seu Sunday Service, que já tem apresentação marcada no dia 21 de abril, no Coachella. 



LSD

Se rolasse show de qualquer um dos membros do LSD (Labrinth, Sia e Diplo) separadamente já seria ótimo, mas imagine só um show dos três juntinhos aqui no Brasil? Repertório o trio teria, afinal eles lançaram nessa sexta-feira (12) seu primeiro e ótimo disco. 



Pabllo Vittar

Como é possível que Pabllo Vittar esteja se apresentando em vários festivais ao redor do mundo, mas não aqui? Precisamos valorizar os nossos, e Pabllo, que é muito citada por artistas que vem ao Lollapalooza quando perguntamos sobre música brasileira, merece um espacinho no line up. 



Rosalía

Estamos até agora sem entender porque Rosalía veio ao Lolla Chile e Argentina, mas não ao Brasil. Vê-la em solo brasileiro no próximo Lollapalooza, trazendo dos hinos do "EL MAL QUERER" ao seu novo single, a ótima "Con Altura", é mais do que um desejo, é questão de reparação histórica. 



Solange

Esse ano o Lollapalooza Brasil bem que tentou, mas não conseguiu trazer Beyoncé e JAY-Z. Mas, tudo bem, a gente aceita um pedido de desculpas pela falta do casal dono da indústria musical se ela vier na forma de um showzão da Solange, irmã da Bey, na próxima edição.



SZA 

Muitos artistas que surgiram na mesma época da SZA já vieram ao Brasil. Khalid e Jorja estiveram nos últimos dois Lollas, respectivamente. Bebe Rexha estará no Rock in Rio e Dua Lipa até já fez show solo por aqui. Por quê não a SZA? Se a performance de "All The Stars" no show do Kendrick for um indicativo, temos certeza de que ela será muito bem recebida por aqui.



Tame Impala

Kevin Parker e sua banda estão com presença marcada tanto no Lolla Chicago quanto no Coachella. O Tame Impala já esteve no Lollapalooza Brasil em 2016, o que significa que a galera do festival com certeza tem o contatinho do Kevin no celular. Com um disco novo saindo esse ano, já dá pra fazer um repeteco por aqui, né?



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E aí? Esquecemos de alguém na nossa lista de desejos? Quem você quer ver no Lollapalooza Brasil 2020? Conta pra gente nos comentários!

Trocamos uma ideia com o Illusionize sobre a música eletrônica no Lollapalooza


Uma das experiências mais interessantes do Lollapalooza é o Palco Perry, que reúne as mais diversas atrações da música eletrônica. Com um público fiel que chega a passar o dia todo no mesmo espaço do festival, a programação de 2019 trouxe nomes internacionais de peso como Tiestö, Steve Aoki e KSHMR, e ainda deu espaço para os djs que estão despontando no cenário nacional, como Vintage Culture, Chemical Surf, Dubdogz e o goiano Illusionize, que bateu um papo com o ItPop! sobre a sua segunda participação no Lollapalooza.

"Fazer parte do festival é surreal", conta Illusionize, "meu horário era a abertura do palco e já tinha muita gente, me arrepiei igual a primeira vez aqui. É uma troca de energia massa demais com a galera". Com uma agenda lotada de performances ao redor do mundo, ele já vive uma fase bem diferente de quando começou a produzir aos 14 anos de idade, ainda Pedro Mendes e baixando as músicas em uma lan-house em Goiânia.

"De onde eu vim, o sertanejo era muito forte, e não tinha muito espaço para a música eletrônica quando comecei", conta, "eu nem frequentava muito as festas porque não tinha grana, e ia só nas que eu era chamado para tocar. Mas aos poucos, foi acontecendo". E aconteceu mesmo, porque hoje o dj já integra o lineup de alguns dos maiores festivais do gênero no mundo, como Tomorrowland e Songkran.


Entre os favoritos do Illusionize para o festival estão o também brasileiro, Vintage Culture - "o Lukas sempre manda bem", ele garantiu - e o trio australiano Rüfus du Sol, que reuniu uma multidão no palco Adidas para assistir o seu espetáculo indie-dance.

Quem você quer ver no Palco Perry's do próximo Lolla? Confira as nossas apostas para a próxima edição do festival aqui.

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