Sucessora de “Girlfriend”, “Dumb Blonde”, parceria de Avril Lavigne com Nicki Minaj, está entre nós

Essa semana tem disco novo da Avril Lavigne após quase 6 (!) anos de espera, mas enquanto não podemos escutar o material completo, a cantora aproveitou essa terça-feira (12) para liberar uma nova faixa do álbum: “Dumb Blonde”, sua parceria com a Nicki Minaj.

Seu novo single é um pop bem divertido em que Avril manda avisar que não é bobinha e não vai ser subestimada, tudo ao som de uma batida que nos lembra bastante a de bandas que acompanham líderes de torcida. “Veja eu provar que você está errado”, ela diz. Uma vibe bem “Girlfriend”, hein? 


Originalmente, “Dumb” seria mais uma música solo do “Head Above Water”, e a adição de Nicki foi feita de último instante. Não chegamos a escutar a versão solo, mas a presença da rapper encaixa muito bem com a música, ajudando a solidificá-la em sua aposta mais pop do que os singles anteriores de Avril, “Tell Me It’s Over” e a faixa-título do álbum. 

Por falar em Nicki, ela foi ao Twitter nesta segunda (11) contar o quão feliz estava de poder participar de uma faixa da Avril, uma artista que ela sempre gostou muito:



Ahhh, que fofa! 

“Head Above Water”, sexto disco de Avril, chega nessa sexta-feira, 15 de fevereiro.

Crítica: gourmetização de filme B, nada salva “Velvet Buzzsaw” do fracasso

Atenção: a crítica contém detalhes da trama.

Durante meu tempo de faculdade, um dos filmes que mais ovacionei dentro da Academia foi "O Abutre" (2014), que fala exatamente do meu curso, Comunicação e Jornalismo. A saga de um freelancer que vê sua humanidade indo para o lixo enquanto busca um furo bombástico fez um dos melhores filmes da década, e sempre que via a oportunidade, metia a discussão sobre o longa em sala de aula. Sou desses, divulgando e enaltecendo sempre que posso.

Então não havia como conter o entusiasmo após o anúncio de "Velvet Buzzsaw", novo filme de Dan Gilroy, diretor/roteirista de "O Abutre". Para melhorar, Jake Gyllenhaal e Rene Russo, protagonistas do longa anterior, voltam na nova empreitada, que soava incrível: uma ambiciosa agente, Josephina (Zawe Ashton), rouba pinturas de um artista recém falecido. Ao mostrar para o crítico Morf (Gyllenhaal) e a dona da galeria em que trabalha, Rhodora (Russo), os três logo percebem que estão diante de uma mina de ouro. Só que há algo de sobrenatural ao redor das pinturas, e quem as possuir vai logo se arrepender.

O trio de "O Abutre", terror e arte? Sim, senhor! Os elementos que garantiam a atenção sobre "Velvet Buzzsaw" eram abundantes, e corri para assistir quando saiu na Netflix, produtora do filme. Não demorou muito para perceber que o entusiasmo não seria recompensado. A película começa com uma grande sequência dentro de uma galeria, enquanto Morf passeia de obra a obra. A sequência é um amplo panorama de demonstração da elite artística: fria, cínica e arrogante.

O filme gira quase inteiramente ao redor de Morf, e não consigo deixar de achar que sua posição é estratégica, da mesma forma feita em "A Dama na Água" (2006). No filme de M. Night Shyamalan também há um personagem de um crítico - interpretado por ele mesmo - que funciona como blindagem do diretor contra o meio (que àquela altura já o considerava em declínio). O roteiro coloca Morf em posição de egocentrismo e discute seu papel diante da arte.


Após criticar negativamente uma exposição, o artista, num surto graças à crítica, sofre um acidente. A comunidade passa a culpar Morf pelo ocorrido, o primeiro passo do personagem rumo à loucura. Apesar de trazer um debate bastante interessante aqui - até onde a crítica da arte pode ser maléfica -, senti como se tal posição fosse uma resposta antecipada do texto contra as possíveis críticas que viria a receber - e nem estou sendo prepotente, afinal, todo e qualquer trabalho artístico está sujeito a críticas negativas, é inevitável.

Mas tudo bem, podemos seguir. Logo no primeiro ato, peguei-me quase "justificando" certas derrapagens da obra, numa ânsia de gostar do filme. Um efeito automático, tive que parar para poder analisar o que estava vendo, e a tela me mostrava afetações visuais aos baldes. Desde uma nuvem amedrontadora feita com pobre CGI pairando a cidade - um óbvio prelúdio de problemas - até as várias inconsistências do roteiro - há tramas que surgem e somem sem respaldo -, a maior gratuidade é o desfile de homens nus. Basicamente todos os personagens masculinos da fita vão tirar a roupa em algum momento do filme, mesmo quando não há real sentido para tal: Gyllenhal, que exibe seus músculos inúmeras vezes, analisa quadros descamisado - quando não aparece realmente nu.

Então entra o arco narrativo do terror. "Velvet Buzzsaw" é puramente sobrenatural, e se há uma vertente do horror saturada, é essa. Dificilmente encontramos longas que se esforcem a sair do feijão-com-arroz, o que faz sucessos como "Hereditário" (2018) ainda melhores. Não é o caso de "Velvet"; todos os aspectos do gênero dentro da obra são batidíssimos. Desde o momento que Josephina entra no apartamento do falecido Ventril Dease - achei curioso como seu sobrenome lembra "disease" e "decease", "doença" e "morte" em inglês -, tudo que é composto não se livra do clichê.


Romper a barreira do clichê é realmente laborioso, e conseguimos até darmos um desconto quanto a película usa o chavão de maneira minimamente competente. Só que "Velvet" vai muito além do clichê e cai no pastelão sem piedade. Logo na primeira morte - de um personagem que serve unicamente para ser morto -, é impossível não lembrar da franquia "Todo Mundo em Pânico" (2000-13) e suas mortes estapafúrdias. O cara - sim, sem camisa - desaparece quando macacos de um quadro o atacam. Essa é a "maldição" de quem põe as mãos em um quadro de Dease: tudo que for arte - pinturas, esculturas, tatuagens - vai tentar matá-lo.

Pausa para assimilarmos essa informação.

Como é de se esperar, depois de macacos feitos de tinta virarem assassinos, é ladeira abaixo. O mistério ao redor de "quem era Dease?" põe em cheque o quão sem criatividade é o trato dado à construção: é uma repetição de todo filme de terror do mundo em que o passado sombrio do vilão é a chave para entender o que está acontecendo. Só que, no caso de "Velvet", nem entendemos. Dease e seu pai abusivo, passagem por clínica psiquiatra e blá blá blá acrescentam em coisa nenhuma ao todo. Se o roteiro não pincelasse um mínimo contexto, poderia ser até melhor do que essa emulação preguiçosa.

Entre diálogos vergonhosos e personagens sem razão de existir - há uma garota que, literalmente, está no filme unicamente para encontrar os outros personagens mortos -, fica claro que havia um rumo concreto para a produção: a crítica do que chamamos de "arte". Afinal, o que é ela? Há especialmente duas cenas em que o filme sarcasticamente explora o quão volátil é esse conceito - quando um cara chega em um ateliê e fica impressionando com uma obra, para logo ser corrigido: era apenas lixo; e quando uma personagem morre e todos acham que o cadáver fazia parte da exposição. Logo surge à memória "The Square: A Arte da Discórdia" (2017), que tem como motor exatamente esse levantamento.


Só que comparar "Velvet" com "Square" é injusto. Absolutamente todos os porquês e comos dos dois filmes são diferentes, mesmo partilhando da mesma discussão. "The Square" possui alto requinte de produção, e não cede à perfumaria enquanto desce a lenha na mesma elite de "Velvet", aquela que vende uma bola metálica por sete milhões de dólares. A monetização da arte acaba diminuindo-a? O valor da etiqueta não seria um parâmetro errôneo de classificação da arte?

Muito me impressiona ver atores tão consagrados aceitando papéis que os fazem parecer medíocres. Essa é a segunda parceira de Jake Gyllenhaal com a Netflix, ambas desastrosas: a primeira foi com o terrível "Okja" (2017), talvez a pior atuação de sua carreira. Até Toni Collette, que merecia um Oscar pelo brilhantismo em "Hereditário", entrou aqui com uma peruca à la Sia. Netflix segue sendo um selo de maculação na carreira de bons atores.

Não exagero quando dou o rótulo de "péssimo" a "Velvet Buzzsaw" - a crítica à "alta arte", mesmo com toda a pertinência, é diluída em meio a tanta babaquice com nome de "sátira". No meio da duração, tive que dar uma pausa para ver na ficha técnica se a "comédia" era listada como gênero, afinal, não fica claro se a palhaçada é proposital ou não. Sim, é proposital, mas vir como um "Todo Mundo em Pânico" gourmet não salva a sessão desse não-assumido filme B. Longe de mim querer ser Morf Vandewalt, mas "Velvet" termina soando como uma das obras que o roteiro critica: no alto da indústria do cinema sem trazer um mísero minuto de inventividade.

Novo trailer de "Aladin" traz o visual "final" de Will Smith como Gênio

"Aladin" é uma das maiores animações da história do cinema, isso ninguém pode negar, né? Com a nova leva de produções em live-action dos clássicos da Casa do Mickey, é claro que a história do ladrão mais lindo da sétima arte ganharia uma nova versão.

Estralado por novos nomes do cinema, como Mena Massoud e Naomi Scott, o principal nome no elenco fica por Will Smith, que interpresa ninguém menos do que o Gênio, papel destinado a Robin Williams na animação original. Assim, existe uma pressão o acerca de Smith por conta da iconicidade do papel. 

Tudo tem que sair perfeito porque qualquer problema, por mais mínimo que seja, será motivo de chacota seja pelo público ou pela crítica. Infelizmente o filme já está sofrendo com isso por conta do visual revelado ontem.

Antes de criticarmos, temos que admitir que praticamente todo o design de produção está impecável - a impressão que fica é de que teremos cenas contemplativas em boa parte de play. MAS!, o visual do ator de "Esquadrão Suicida" está pra lá de duvidoso, viu?
Na melhor das hipóteses, o CGI ainda precisa passar por um refinamento, mas com poucos meses para a estreia do filme, não é possível esperar uma melhoria tão significativa. Pelo menos todo o material divulgado até o momento flui para acreditarmos que serão poucas as vezes que teremos o Gênio em seu visual clássico. Uma solução simples, mas um tanto quanto preguiçosa.
"Aladin" chega aos cinemas em maio.

Lendária pra c*ralho: Ariana Grande coloca 9 faixas do "thank u, next" no Top 10 do Spotify Global

Essa coroa tá muito pesada, Britney!

Não é novidade pra ninguém que Ariana Grande é uma artista muito forte nos streamings, e quando ela lançou nessa sexta-feira (08) seu quinto álbum, "thank u, next", já sabíamos que ela quebraria o Spotify. Mas, mesmo assim, conseguimos nos chocar quando, após 24 horas do lançamento, demos de cara com uma dominação total (no mais completo sentido da palavra) da parada global da plataforma.


É sério, gente. Ela conseguiu colocar nada menos do que 9 (!) faixas do disco no top 10 do Spotify mundial. O Ariana chart completo ficou assim:

1. 7 rings
2. break up with your girlfriend, i'm bored
3. needy
4. thank u, next
5. NASA
6. bloodline
7. bad idea
8. fake smile
9. ghostin
12. imagine
14. in my head
15. make up

Nos Estados Unidos, a dominação foi ainda maior e ela fez do Top 12 um top das faixas do "thank u, next". Por lá, ficou desse jeito:

1. 7 rings
2. break up with your girlfriend, i'm bored
3. needy
4. NASA
5. bloodline
6. bad idea
7. fake smile
8. ghostin
9. thank u next
10. in my head
11. imagine
12. make up 

No Reino Unido, a hitmaker é dona de 9 entre as 10 principais faixas. Já no chart do Brasil, que costuma ter pouquíssimas canções internacionais, Ariana conseguiu a ótima marca de 9 músicas entre as 50 principais. Destaque para "7 rings", que chegou ao Top 10 em 8º lugar, o novo single "break up with your girlfriend, i'm bored", em 19º, e "bloodline", que aparece em 24º, provando que o brasileiro tem bom gosto.

Agora vamos falar dos recordes que essas estreias trouxeram à mulher perigosa? Ariana e Drake são os únicos artistas a terem pelo menos 9 músicas no Top 10 do Spotify Global, dos Estados Unidos e do Reino Unido simultaneamente. Ser memorável é essencial. 

A canção "break up with your girlfriend, i'm bored" se tornou a terceira maior estreia feminina no Spotify, com 7.6 milhões de streams, perdendo apenas para Taylor Swift com "Look What You Made Me Do", que fez 7.91 milhões, e (olha só!), "7 rings", da própria Ariana, que acumulou 8.55 milhões de plays em suas primeiras 24 horas. 


Além desses resultados impressionantes, Ariana pode adicionar mais um recorde específico para "7 rings": a música se tornou, ao lado de "All I Want For Christmas Is You" da Mariah Carey, e "SAD!" do XXXTentacion, uma das únicas faixas a conseguir mais de 10 milhões de streams em apenas um dia. 

E, pra fechar, a artista tem a melhor estreia de um álbum feminino no Spotify: foram 70.15 milhões de streams só nas primeiras 24 horas! Ela quebrou seu próprio recorde com o "Sweetener", que conseguiu 36.9 milhões de streams globais. Esse bilhão vai vir facinho, facinho, hein?



Eu olhei pra ela e disse: LENDA!

“Welcome to the Jungle”: produtor de “Blackout”, Danja começa mistério sobre novo disco de Britney

Tá sentindo o gostinho da areia?

Logo mais completaremos três anos desde o último disco da Britney Spears, “Glory”, e se os fãs da princesa do pop estavam sentindo sua falta, podem se preparar porque, ao que tudo indica, tem material novo à caminho.

Pelo menos foi isso o que deu a entender o produtor Danja, que trabalhou pela última vez com a hitmaker de “Slumber Party” em um dos discos mais icônicos de sua carreira: “Blackout”.

Em seu Twitter, o músico publicou a frase: “Bem vindos a selva”, seguida da hashtag “#B10”, geralmente utilizada por fãs da cantora para se referirem ao seu décimo e futuro trabalho.



A gente ama uma selvageria do pop!

Em seu disco de 2016, Britney já sinalizava um interesse em modernizar seu repertório, trazendo parcerias com nomes como os produtores Bloodpop (Grimes, Lady Gaga, Justin Bieber) e Cashmere Cat (Ariana Grande, Camila Cabello), além dos compositores Justin Tranter e Julia Michaels, que já fizeram hits para Selena Gomez e Justin Bieber.

Com esse mesmo intuito, a divulgação do álbum teve foco em suas parcerias, incluindo o rapper G-Eazy na baladinha “Make Me” e a cantora Tinashe no smash hit que não foi, “Slumber Party”.


Já estamos na torcida pra que a nova era ganhe vida o quanto antes. Ariana Grande deve estar morrendo de dores após tanto tempo carregando o pop nas costas.

Ariana encontra o equilíbrio perfeito entre o "Dangerous Woman" e o Sweetener" no "thank u, next"

O quinto disco da Ariana Grande, "thank u, next", chegou nessa sexta-feira (08) pronto para quebrar muitos recordes com um pop que vai desde o mais chiclete que a gente viu no "Dangerous Woman" às batidas trap muito exploradas no "Sweetener". 


Podemos ver algumas similaridades do "thank u, next" com a era perigosa logo entre as primeiras músicas. Também produzida por Max Martin, "bloodline" é a filha de "Side To Side": um reggae-pop divertido e que consegue soar refrescante mesmo nos lembrando outra de suas canções. "NASA" também reflete seus trabalhos anteriores: tem um pouco de "Dangerous", de "Yours Truly" e até de Destiny's Child.

Mas o que faz o "thank u, next" não ser apenas uma tentativa de emular um novo "Dangerous Woman" é justamente... o "Sweetener". Renegado por muitos, o material foi essencial para que Ariana aprendesse a lidar com os primeiros eventos traumáticos de sua vida, como o atentado de Manchester. E ela fez isso da melhor forma possível: expondo suas vulnerabilidades, encontrando na música uma saída para o seu caos e, principalmente, escolhendo ver a vida de uma forma positiva. As lágrimas vem, mas uma hora cessam.

Toda essa atmosfera de "a vida é muito louca, rola umas m*rdas, mas é boa no final das contas" permeia o "thank u, next" de forma muito natural: na faixa título, em que Ariana olha para seus antigos relacionamentos, tão explorados pela mídia, e resolve agradecer pelo aprendizado ao invés de mandar indiretas aos ex-namorados; em "7 rings", quando ela canta sobre um dia de terapia de consumo ao lado de suas amigas (e quem pode julgá-la?); e até em "bad ideia", quando ela sabe que as ideias terríveis são as mais convidativas, e está pronta para lidar com todos os problemas que surgirem, mas isso fica pra depois.



Porém, assim como em "No Tears Left To Cry", Ariana sabe que é preciso sentir a dor para, então, seguir adiante. Em "fake smile", ela relembra como se sentiu ao ver sua vida pessoal se tornar matéria principal dos tabloides:


"Eu leio as coisas que escrevem sobre mim, escuto o que estão falando na TV, é chocante. Está ficando difícil pra eles me chocarem, mas de vez em quando, é chocante, não me culpe"


Em "needy", Ari não tem medo de assumir pra si os rótulos de "apaixonada demais" e até "obsessiva", se intitulando uma "montanha-russa de emoções"; e em "ghostin", no que já é uma das melhores composições e mais lindas músicas de sua carreira, ela fala do conflito de se estar em um novo relacionamento sem ter saído completamente do anterior.

Permeado por áudios de sua avó, o que só mostra ainda mais o quão pessoal o "thank u, next" é, o quinto disco de Ariana a coloca ainda mais no meio do olho do furacão. Mais madura e consciente de si mesma, Ariana Grande está no controle de sua carreira, sabe o que quer e sabe quem é, e por isso não tem mais medo de julgamentos, mas sim os abraça e se mostra pronta pra compartilhar sua verdade. Já que vão expor sua vida, falar mal, culpá-la sem saber nem meia verdade, que pelo menos escutem seu lado. E você vai escutar.

Omulu e Duda Beat vão do funk em 150 ao bregafunk na parceria “Meu Jeito de Amar”

Ao som do 150, o carnaval deste ano segue em busca do seu hit pelo funk e depois de Lexa, com “Só Depois do Carnaval”, e Gloria Groove, que também apostou no gênero para a sua “Coisa Boa”, chegou a vez da pernambucana Duda Beat emprestar os seus vocais para a inusitada “Meu Jeito de Amar”, música nova do Omulu, produzida em parceria com a dupla Lux & Tróia.

Nascida em Pernambuco e radicada no Rio de Janeiro, Duda é quem assina a composição da faixa, originada de um inesperado convite de Omulu, que já produziu e remixou artistas como Elza Soares e Pabllo Vittar, e na canção, justifica melhor do que ninguém a sua participação, gingada por uma sonoridade que leva o seu sotaque e sentimentalismo por ritmos que vão do bregafunk ao funk carioca.

O resultado não poderia ter sido melhor e você pode concluir isto com o player abaixo:


Que delícia de música! <3

Duda Beat lançou no ano passado seu disco de estreia, “Sinto Muito”, do qual extraiu singles como “Bixinho” e “Bédi Beat”. Atualmente, a artista tenta, com a ajuda da internet, conquistar a autorização da cantora Lana Del Rey para lançar a sua versão de “High By The Beach”, aqui chamada “Chapadinha na Praia”.

Já Omulu, promete para esse ano uma série de parcerias: recentemente o produtor soltou a voz em “Chora Viola”, da banda baiana ÀTTØØXXÁ; na semana que vem lançará um single em espanhol, com os mexicanos Alan Rosales e Barbie Mur, e promete ainda músicas novas com artistas como Jaloo e Luedji Luana.

Parece que a Camila Cabello vai apresentar uma música nova no Grammy

Camila Cabello conquistou duas indicações ao Grammy desse ano, em Melhor Álbum Pop Vocal pelo "CAMILA" e Melhor Performance Pop Solo por "Havana". Por isso, todo mundo já esperava que a artista, programada para abrir o evento, fosse cantar o seu maior hit, certo? Bom, talvez não seja bem assim. 

É que, em um recente show, a fada cubana deu a entender que vai performar algo novo na cerimônia, que acontece neste domingo (10):


"Mas eu realmente tenho muitas novidades pra vocês. Vocês vão ver que a novidade de que estou falando vai rolar nesse domingo e estará no próximo álbum"


Deu pra criar uma expectativa, hein? Mas não vamos tirar os pés do chão, porque vai que ela está planejando apenas fazer um anúncio sobre seu novo álbum?

Camila já tinha avisado que estava trabalhando em seu segundo disco, marcado para esse ano. Ela contou em entrevistas que está bastante animada com sua nova era, escrevendo sem parar e que o próximo capítulo deve chegar em "breve". E no ritmo que as coisas estão, parece mesmo que ela falou sério quando disse isso. 

Fato é que, com ou sem nova música provavelmente estreando no Grammy, Camila deve sim performar "Havana". Seu número de abertura tem presença confirmada do rapper Young Thug, que participa da faixa, além do trompetista Arturo Sandoval e dos cantores J Bavin e Ricky Martin. Quem desses fará parte da performance de "Havana", de um novo single ou até de um tributo à música latina, a gente só vai saber no domingo. 

Crítica: “Vice”, cópia ruim de “House of Cards”, e o espetáculo de homens brancos no poder

Indicado a 08 Oscars:
- Melhor Filme
- Melhor Direção
- Melhor Ator (Christian Bale)
- Melhor Atriz Coadjuvante (Amy Adams)
- Melhor Ator Coadjuvante (Sam Rockwell)
- Melhor Roteiro Original
- Melhor Montagem
- Melhor Cabelo & Maquiagem

Eu devo começar esse texto com uma confissão: só assisti a “Vice” graças à sua indicação ao Oscar de “Melhor Filme”. “Vice” é um molde cinematográfico que particularmente não me atrai: drama político norte-americano. Para a Academia, no entanto, a opinião é oposta: não pode ver um longa do tipo que já saem distribuindo indicações. Duvida? "The Post: A Guerra Secreta" em 2018, "Ponte dos Espiões" em 2016, "Lincoln" em 2013, e estou apontando apenas nessa década e apenas os que focam nos EUA - se abrir para outros países e colocar guerra no meio, a lista só aumenta.

“Vice” saiu com os bolsos cheios na 91ª edição: foram oito indicações, incluindo “Melhor Direção” e "Roteiro Original" para Adam McKay, “Ator” para Christian Bale e “Atriz Coadjuvante” para Amy Adams. Não foi uma surpresa, e você nem precisa assistir ao filme para entender os motivos do apreço da Academia.

A obra é mais uma cinebiografia indicada ao maior prêmio da indústria, e segue Dick Cheney (Bale), vice-presidente dos Estados Unidos. Ao lado de sua esposa, Lynne (Adams), vemos o desenrolar que levou o homem até a segunda maior cadeira do país. Oscar bait sim senhor.


Além do motivo citado anteriormente, minha falta de animação para a sessão foi devido ao próprio McKay, diretor que não gosto. “Vice” é uma repetição de estilo do filme anterior, “A Grande Jogada” (2015), que também se viu afogado em honrarias, vencendo um contestável Oscar de “Melhor Roteiro Adaptado”. Se não funcionou na primeira vez, não podia esperar um sucesso com o mesmo esquema.

“Vice” começa – e é conduzindo inteiramente – por narração, o problema número #1 da narrativa: ela fala o que está acontecendo ao invés de mostrar. Uma imagem vale mais que mil palavras, já dizem, e McKay tenta comprovar essa afirmação soltando mil palavras para compensar cada imagem. A narração, num saldo geral, serve para basicamente nada, já que nem sua função principal, dar ritmo ao longa, é realizada.

Com o empecilho de carregar um bilhão de diálogos, a montagem busca meios de contornar a verborragia, com cortes rápidos, metáforas visuais e letreiros gigantes. Mas a impressão de estarmos diante de um documentário acadêmico não consegue ser espantada. Essa é a deficiência clássica de cinebiografias do gênero: mais parecem aulas de História do que filmes.


Como comentei na crítica de “Bohemian Rhapsody”, quando o personagem central da cinebiografia não é tão conhecido, ela tende a atingir maior sucesso. Dick Cheney se enquadra aqui muito mais que Freddie Mercury, e “Vice” tem o cuidado de entrar na intimidade do protagonista e abordar lados que não estejam diretamente ligados à Casa Branca, afinal e inevitavelmente, a fita é uma abertura das portas do Olimpo político. Enquanto no mundo real comentamos como o filho da vizinha acabou de entrar na faculdade de Odontologia, lá, o comentário é como o filho do amigo já está concorrendo à presidência.

Não demora muito para notarmos que esses convites para estarmos nos corredores da casa de Cheney são ferramentas políticas de qualquer forma. Quando a trama de sua filha homossexual é introduzida, respirei de alívio; estava ali uma mina de ouro narrativa, todavia, a sexualidade da garota é moeda de troca dos jogos de influência do pai.

Isso soou familiar? “Vice” é uma emulação fracassada de “House of Cards”: seguimos o marido manipulando e se esgueirando entre o corpo político a fim de atingir o maior poder possível – até mesmo Lynne se assemelha com a representação de Claire Underwood. O personagem quebrando a quarta-parede e falando diretamente com o espectador? Sim, temos. O que separa as duas produções – em uma distância esmagadora – é que as ações e acontecimentos de Dick são chatíssimos.


Bale, indicado a mais um Oscar de “Melhor Ator”, está dentro do mesmo padrão do vencedor de 2018, Gary Oldman por “O Destino de Uma Nação”: performance sobre um político embaixo de quilos de maquiagem e enchimentos corporais. Seu trabalho é bem feito, entretanto, a persona de seu papel é monótona, apática e rasteira. Há muito mais interesse no papel de Amy Adams, mas nem mesmo ela é capaz de salvar o filme. Sam Rockwell, recém oscarizado pelo brilhante papel em “Três Anúncios Para um Crime” (2017), só entrou no bolo de indicados mais uma vez por dar vida a George Bush.

“Vice” é aquele filme majoritariamente masculino que tenta ser “cool” para os “parças”, com uma latente tentativa de humor – no meio do filme, os créditos finais começam a subir. Há diversas jogadas que se perdem em meio a tanto blá blá blá – quando aparece na tela que os protagonistas criam cachorros premiados, pensei que tudo estaria perdido; e a “culpa” é do roteiro e direção de McKay. Martin Scorsese usou o mesmo estilo com brilhantismo no divertido “O Lobo de Wall Street” (2013), que tem uma duração ainda maior que a de “Vice”. Há tantos acontecimentos, soterrados pela incessante narrativa, que acompanhar se torna uma tortura.

Nos inúmeros momentos em que meu cérebro se recusava a assimilar o que estava sendo dito, não conseguia imaginar alguém envolvido na produção se divertindo enquanto o filme era feito. E, se do lado de lá todo mundo parece aborrecido com a película, pedir algo diferente do lado de cá soa absurdo. Contudo, abrirei mão: a cena pós crédito, com um cara anti-Donald Trump caindo na porrada com um eleitor enquanto duas garotas falam calmamente o quanto estão empolgadas para o novo “Velores & Furiosos”, é genial.

“Vice” nem tenta ser algo além de uma exibição de homens brancos brincando com o poder e fortalecendo o status quo, que revolução. É assustador, ao término da fita, chegar à conclusão que basicamente nada pode ser retirado de um roteiro que não cala a boca um segundo. Se Hollywood acha essa perda de tempo uma história fundamental para ser contada na telona, alguns produtores teriam ataques cardíacos se soubessem a novela que é a política brasileira atual. Jamais pensei que diria isso, mas o filme sobre um vice-presidente que eu queria assistir seria o de Michel Temer. Poderia até usar o mesmo slogan de "Vice": "Alguns vices são mais perigosos do que outros".

NÃO SAIA ANTES DE LER

música, notícias, cinema
© all rights reserved
made with by templateszoo