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Seis discos inspirados em términos pra você ouvir – e abraçar a sofrência

Se existe um sentimento universal que gera identificação em absolutamente todas as pessoas desse mundão é o luto por um amor que acabou. Você com certeza já se apaixonou e quebrou a cara. Ou viveu por anos uma relação que eventualmente chegou ao fim. Términos podem ser traumáticos, ou mais tranquilos. Podem render uma boa amizade, ou um ranço que você simplesmente não consegue superar.

Reza a lenda que, para um artista, nada como uma boa fossa pra dar um belo empurrão na criatividade. É o caso desses seis artistas que a gente listou aqui pra você. Todos esses nomes vivenciaram términos que os inspiraram a pôr no papel todas as emoções que envolvem o fim de um ciclo ao lado de um amor. Além de muitos deles terem encontrado na arte uma forma de digerir o luto e encontrar a cura, esses artistas por meio de suas músicas nos ajudam a acolher a própria dor e a seguir em frente.

Todas prontas pro choro?

Amy Winehouse - Back to Black

Um clássico dos anos 2000, "Back to Black" narra com clareza a história conturbada do relacionamento entre Amy e Blake Fielder-Civil. Os vaivéns, as brigas e as traições da relação são expostas nas composições densas e melancólicas de Amy, e eternizam o sentimento de vulnerabilidade e tristeza quando se enxerga o fim iminente de uma relação. Sem dúvidas, o aclamado segundo e último disco de Amy estará para sempre em nossos corações. 

Kacey Musgraves - star-crossed

Dona de um dos discos mais aclamados dos últimos anos, o vencedor do Grammy Golden Hour, Kacey Musgraves agora também tem um disco sobre término para chamar de seu. Lançado nesta sexta-feira, dia 10, star-crossed já nasceu aclamado e tem tudo para entregar algumas das músicas mais pessoais da cantora americana. Descrito como “uma tragédia moderna em três atos”, o disco traz a narrativa da jornada pessoal de mágoa e cura da própria Kacey, que se divorciou do marido em meados de 2020. A gente não espera menos do que um álbum poderoso pra ajudar a gente a superar um amor que deu errado.

Tim Bernardes - Recomeçar

O representante brasileiro da lista, Tim Bernardes lançou em 2017 seu primeiro disco sem seus mates d’O Terno. Longe da irreverência e da despretensiosidade da banda, Tim se entregou à melancolia e serviu um disco que foi (e ainda é!) presença obrigatória em qualquer playlist de bad. Com muita honestidade, franqueza e sem medo de mostrar o que sentia ao fim de um amor, o boy deu o nome em "Recomeçar" e se concretizou como um dos maiores compositores da nova geração da MPB. Se você não ouviu, essa é a hora (de sofrer!)

Hayley Williams – Flowers for vases/descansos

Lançado no começo deste ano, o segundo disco solo de Hayley Williams traz composições mais pessoais e uma sonoridade mais íntima e sentimentalista do que o primeiro. Gravado por Hayley em casa durante a pandemia, "Flowers for vases/descansos" traz composições melancólicas que abordam luto, perdas e separações, fruto de um processo da própria artista, que parece não ter o superado por completo. Desde sua separação de Chad Guilbert após 10 anos de relacionamento, Hayley enfrentou dificuldades com sua saúde mental para processar o luto do término – que já havia sido tema de “Petals for Armor”, seu primeiro disco solo. 

Kanye West – 808s & Heartbreak

O nome já diz tudo. Entre 2007 e 2008, dois acontecimentos desestabilizaram a vida de Kanye West: a perda de sua mãe, Donda, e o fim do noivado com Aleis Phifer, com quem se relacionou por seis anos. A dor do artista ficaram claros no revolucionário “808s & Heartbreak”, em que Kanye entrega algumas das canções mais emocionais e vulneráveis de sua carreira, sem medo de expor sentimentos como tristeza, raiva e autopiedade – comuns aos diversos processos de luto.  É sem dúvida um de seus trabalhos mais aclamados pela crítica, sendo um dos pioneiros da mistura de ritmos pop e eletrônico com o rap. Além de, claro, ser uma trilha sonora perfeita para aqueles momentos mais difíceis.

Bjork – Homogenic

Terceiro disco da islandesa, Homogenic marca uma virada na carreira da cantora e compositora. Além de posicioná-la como a maior expoente do pop experimental eletrônico ainda no final dos anos 90. Bjork pela primeira vez explorou sua vida pessoal e suas origens. Como boa escorpiana que sabemos que é, a cantora falou de dolorosas experiências amorosas, chamando até de “covarde” que “não conseguia lidar com o amor”, um suposto ex-namorado na música “5 Years”. Porque tem términos que a gente só consegue superar na base da raiva, né? Por favor procurem terapia!

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