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Há quatro anos, Margot Robbie roubava a cena em “Esquadrão Suicida”

Há exatos quatro anos, os fãs de quadrinhos quebravam a cara com "Esquadrão Suicida". O terceiro longa-metragem do Universo Estendido DC mostrava potencial, mas acabou se tornando um verdadeiro Frankenstein, com dois tons distintos no mesmo filme que mais pareceu um compilado de videoclipes. Pelo menos, Margot Robbie roubou a cena como Arlequina.

Margot parece ter nascido para viver a personagem e, assim como Gal Gadot em "Batman VS Superman: A Origem da Justiça", se tornou unanimidade quando o questionamento era se que tinha algo verdadeiramente bom no longa-metragem. No caso de "Esquadrão", entretanto, não é difícil separar o que realmente funcionou do restante. Sim, elogiamos o filme na época de seu lançamento, mas ele é um desastre cinematográfico.

Uma pena que a personagem de Margot sofreu com a mão de homens na produção. Sua Arlequina neste filme é bem sexualizada. Além do figurino, há enquadramentos e cenas que não fazem sentido algum para a narrativa. A cena em que Arlequina rouba uma joia exemplifica bem tudo que acabamos de dizer.

Ainda bem que a própria Margot teve mais controle em "Aves de Rapina: Arlequina e Sua Emancipação Fantabulosa" - ela é produtora - e deu o tratamento que a personagem realmente merecia. O novo tratamento parte desde a personalidade de Arlequina - menos independente - aos figurinos usados. Durante a promoção de seu filme solo, aliás, a atriz comentou sobre a escolha das roupas e deixou claro: "definitivamente, tem menos foco em satisfazer os homens".


Uma pena que "Aves de Rapina" não fez o sucesso que merecia. Enquanto a critica amou e boa parte do público também, o filme não teve a força que merecia e arrecadou apenas US$ 209 milhões. Pelo menos, a Warner ainda não desistiu da personagem. Além de aparecer em "Esquadrão Suicida 2", Arlequina pode ganhar um novo filme solo.

Enquanto "Aves" não foi muito bem na bilheteria, "Esquadrão Suicida" foi surpreendentemente um tremendo sucesso. Com orçamento de US$ 175 milhões, a produção arrecadou US$ 746 milhões. O número cresce mais se levarmos em consideração que grande parte dos personagens são desconhecidos pelo público, o que prova que a campanha de marketing foi certeira - ainda que tenha enganado muita gente.

Na época de seu lançamento, a arrecadação de "Esquadrão" só perdeu para "Batman VS Superman". Até mesmo "Homem de Aço" teve uma arrecadação mais baixa. O longa-metragem de David Ayer, aliás, ainda é mais lucrativo que "Liga da Justiça", que tinha a responsabilidade de ser o maior trunfo da DC Comics no cinema.

Assim como "Batman VS Superman" e "Liga da Justiça", "Esquadrão" sofreu muito nas mãos dos chefões da Warner. Rumores apontavam para um filme completamente diferente do que foi entregue e a campanha de marketing dá mais reforço as teorias. O sucesso abaixo do esperado de "BVS" infelizmente influenciou muito nesse filme. A produção foi de sombria para coloridona bem Marvel em questão de meses.

Com o lançamento da versão de Zack Snyder para "Liga da Justiça", muitos fãs especulam a possibilidade de uma versão de David Ayer. A AT&T, dona do time Warner, até afirmou que há a possibilidade dessa versão ver a luz do dia, mas sabe se lá quando. Acreditamos que a Warner está esperando a recepção da versão de Snyder para ver se vale a pena desembolsar milhões para recuperar uma versão que eles mesmos caparam.

Crítica: “O Escândalo”, a cultura do estupro e as escolhas de gênero na realização do cinema

Desde o boom do movimento "Me Too" em 2017 - potencializado pelas acusações contra o produtor Harvey Weinstein, magnata de Hollywood -, a indústria se mantém mais alerta às condutas predatórias dos homens em altos cargos. Uma das peças solidificadoras do movimento, dessa vez no mundo da televisão, foi quando a jornalista Gretchen Carlson processou Roger Ailes, presidente da gigante Fox, de assédio sexual em 2016.

O projeto para "O Escândalo" (Bombshell), adaptação do caso, foi aprovado assim que Ailes faleceu em 2017. No filme, o plot orbita em torno de Gretchen (interpretada por Nicole Kidman); Megyn Kelly, uma das maiores apresentadoras da Fox no período (interpretada por Charlize Theron); e Kayla Pospisil (Margot Robbie), uma repórter recém-contratada pela emissora, a única das protagonistas a não ser baseada em alguém real. John Lithgow é Ailes, em uma versão mais insana do seu Winston Churchill em "The Crown".

O início da fita é totalmente a cara do seu roteirista; Charles Randolph, que ganhou um questionável Oscar pelo roteiro de "A Grande Aposta" (2015), emula o estilo ali usado e que (infelizmente) é uma das febres da Hollywood moderna: "O Escândalo" abre como um documentário, com a personagem de Theron quebrando a quarta parede enquanto explica os acontecimentos dos corredores da Fox. O tom dado é inquestionável: esse é um filme que se passa no coração dos EUA, lida com sua cultura e expõe seus indivíduos.

Um desânimo imediatamente me abateu - os dois últimos grandes longas com esse estilo foram sofríveis ("Vice", 2018, e "As Golpistas", 2019) -, todavia, foi uma bênção quando vi que tal escolha criativa foi apenas para a introdução, sendo deixado de lado rapidamente e adotando uma narrativa convencional. Dá para se questionar se esse prólogo involuntário não seria dispensável ou uma quebra de estrutura evitável, porém, não consigo nem apontar como defeito quando o estilo foi abandonado.

Outro aspecto que pode desanimar no primeiro ato é a maneira que o filme adentra no cenário político norte-americano. Os eventos que levaram a exposição de Ailes têm como linha de partida a ascensão de Donald Trump na corrida presidencial. O passeio pelas tensões políticas e sociais do país pode soar chato, mas é importante para visualizarmos como a misoginia é peça preponderante daquela cultura - Trump ataca Kelly pelo Twitter após uma entrevista, e usa a imagem da mulher como artilharia.


Por estar no seio de uma das mais poderosas emissoras do planeta, a película mostra a correlação entre jornalismo e política, algo importante de ser lembrado. Não como uma "aula na tela", e sim com alguns momentos bastante sutis - há uma cena em que uma repórter explica para Kayla que tipo de histórias a Fox vai aceitar contar, que nada mais é que um estudo das linhas editoriais, um aspecto primordial para comprovar a ilusão da imparcialidade do jornalismo. E meu diploma de jornalismo se sentiu feliz em ver essas abordagens no filme.

Se a Fox possuía um molde para agradar o seu público-alvo (majoritariamente conservador e eleitor do Trump), as contratações também passavam por um crivo bastante específico quando falamos de mulheres: elas eram contratadas não pelo currículo, e sim pela aparência - as jornalistas são obrigadas a usarem apenas vestidos e as bancadas são transparentes para que suas pernas fiquem sempre em evidência (!?!?). Kayla, almejando um cargo mais elevado dentro da empresa, consegue um encontro com Ailes, afirmando que poderia ser muito útil para a Fox. A metodologia do homem para aceitar ou não a proposta é fazer com que a mulher dê uma "voltinha" para que ele analise o "material".

Kayla, meio desconcertada, jocosamente atente ao pedido, que, para seu assombro, vai além da "voltinha". Ailes pede para que ela levante o vestido e mostre suas pernas. Essa cena é importantíssima dentro da obra, e possui vários pontos para discutirmos. Kayla vai levantando seu vestido cada vez mais até mostrar sua calcinha, mesmo claramente se sentindo agredida por aquilo. Quem está do lado de cá pode se questionar porquê diabos ela se submeteu a aceitar aquilo quando poderia virar as costas e ir embora, mas esse é um pensamento que exclui um fator que muda tudo.

O poder que aquele homem possui. Ele é um dos mais influentes empresários de todo o país, e detém a possibilidade de criar e destruir carreiras com um telefonema. É deveras intimidador receber um pedido de Ailes, e muitas vezes as mulheres ficam tão abismadas com o ocorrido que não conseguem nem ao menos pensar de forma clara o que está acontecendo. Uma das mulheres reais que denunciaram Ailes contou em entrevista que até hoje não sabe porque fez o que o homem pedia em um dos encontros em seu escritório privativo, e essa pergunta deve assombrá-la pelo resto da vida - algumas das personagens reais da história, como Megyn Kelly, estão em uma entrevista sobre o filme e a veracidade do mesmo.

É crucial que a personagem de Robbie seja inventada pois é ela que é assediada na tela - nem sou capaz de imaginar uma das mulheres reais vendo sua personagem, com seu nome e sua caracterização, na posição gráfica da cena. É verdade que a sequência em questão poderia ser muito mais refinada - seria bem mais interessante colocar a câmera no rosto da personagem enquanto ela levanta o vestido do que focá-la de corpo inteiro para que todos possam ver o que Ailes viu, uma cena grotesca. Pode ser que a escolha seja para tornar o espectador cúmplice daquele absurdo e, assim, gerar ainda mais revolta (o que pelo menos aqui funcionou), no entanto, com algo tão delicado, seria melhor a sutileza.


Kayla sai da sala após o assédio e continua sua vida sem revelar o que aconteceu. Quem teria coragem de acusar aquele que paga seu salário? Uma sequência bastante correta é quando Rudi Bakhtiar, uma âncora da Fox, é assediada por um apresentador. O roteiro intercala inteligentemente a conversa dos dois com os pensamentos da mulher, e a jornada que se passa em sua cabeça é elucidativa: ela se culpa, tenta barganhar com o homem e até passa a mão em sua cabeça, tirando a culpa que obviamente é dele. Por negar o assédio, ela é sumariamente demitida. É um sistema totalmente construído para oprimir e sair ileso.

Com a abertura do processo de Gretchen, ela precisa de reforços dentro da Fox para poder ter força contra Ailes, que possui a maior equipe possível para lhe proteger. O principal nome é o de Megyn, o maior nome feminino dentro da emissora. Ela também foi assediada por Ailes, mas não sabe se deve ou não vir a público por não querer ver sua carreira ser eternamente associada com isso. É engraçado até vê-la renegar o título de "feminista", usando a palavra como se fosse um palavrão, o que dá uma camada interessante de composição em sua personagem, que é dotada de lados certos e errados.

Como as premiações já comprovaram, as três protagonistas estão fenomenais. Kidman (a que menos possui espaço, mas que ainda assim conseguiu ser indicada a "Melhor Atriz Coadjuvante" no SAG 2020), adiciona mais um ótimo capítulo no seu retorno ao topo em Hollywood. Theron, que já tem um Oscar para chamar de seu por "Monster: Desejo Assassino" (2003) e acumula mais uma indicação a "Melhor Atriz", despe-se inteiramente a fim de incorporar a persona de Megyn Kelly, e confesso que achei que era a jornalista real nas primeiras cenas, tamanha competência de sua performance e do fenomenal trabalho de Maquiagem, o favorito ao Oscar da categoria. E Margot Robbie, ah, Margot Robbie... Sua segunda indicação ao prêmio da Academia - a primeira foi pelo maravilhoso "Eu, Tonya" (2017) - é um ponto final para qualquer dúvida sobre o imenso talento da atriz, que, mesmo tão nova dentro da indústria, já é um dos grandes nomes. Duas cenas em destaque para ela: a do assédio e quando ela finalmente revela o ocorrido. Aquele elevador, o único momento a unir as três na tela, teve que sustentar.

Muito tem se falado sobre como "O Escândalo" é o "Green Book: o Guia" (2018) da temporada porque é um filme sobre mulheres, mas escrito e dirigido por homens - assim como "Green Book" tratava sobre racismo sendo feito por brancos. Já abordei essa discussão diversas vezes aqui no Cinematogafia, entretanto, vamos repetir até entendermos. É inteiramente verdade que "O Escândalo" teria bem mais potencial se feito por mãos femininas, todavia, não podemos dizer quem pode falar o quê dentro da arte. Não podemos criar um apartheid artístico, delimitar temáticas para grupos específicos, pois, ao invés de evocar uma inclusão, excluiremos. Demandar mais inclusão e representatividade é feita por um caminho diferente, e diminuir "O Escândalo" só por ser dirigido/escrito por homens não acrescenta muita coisa para a complexa discussão da arte. Local de fala não garante competência artística. 

Colocando em uma balança, "O Escândalo" tem mais glórias do que tragédias, mas imprime a impressão de que todo o potencial que a história poderia ter não foi atingido - as atuações irretocáveis auxiliam a alavancar o apreço da obra. Se sua opção mais importante enquanto filme é gerar um senso de urgência sobre o assédio sexual e a cultura do estupro, é um objetivo atingido. A produção funciona bem como aviso para a indústria, cada vez mais atenta para esse crime ainda tão difícil de ser revelado, porém, deixa um gosto amargo ao fim: mesmo com as mulheres envolvidas na história possuindo enfim voz, o problema não foi solucionado. Cabe as vítimas aprenderem a seguir com suas vidas e com a mácula causada por um homem que fez o que fez como imposição de poder e convicção de impunidade.

Crítica: “Era Uma Vez em Hollywood” é uma tortura fantasiada de homenagem à Sétima Arte

Atenção: a crítica contém spoilers.

Indicado a 10 Oscars:

- Melhor Filme
- Melhor Direção
- Melhor Roteiro Original
- Melhor Ator (Leonardo DiCaprio)
- Melhor Ator Codjuvante (Brad Pitt)
- Melhor Design de Produção
- Melhor Fotografia
- Melhor Figurino
- Melhor Edição de Som
- Melhor Mixagem de Som

* Crítica editada após o anúncio dos indicados ao Oscar 2020

Quentin Tarantino lançando um filme significa que eu estarei no cinema. Não sou desses que acha o diretor o suprassumo da Sétima Arte, mas, de "Cães de Aluguel" (1992) até "Os 8 Odiados" (2015), nunca o vi lançar uma película ruim - "Pulp Fiction: Tempo de Violência" (1994), sua obra-prima, é um dos melhores filmes já feitos, inclusive. Não tinha como não dar meu dinheiro para "Era Uma Vez em Hollywood" (Once Upon a Time in Hollywood), seu novíssimo projeto.

No final da década de 60, Rick Dalton (Leonardo DiCaprio) é um ator que alcançou o ápice da fama em Hollywood na década anterior, andando atualmente por uma crise artística. Seu melhor amigo - e dublê e motorista e o que aparecer -, Cliff Booth (Brad Pitt), sempre está ali para dar suporte a Rick, no protagonismo ou como coadjuvante de uma série que ninguém assiste.

A mansão de Rick, nos altos montes da ensolarada Califórnia, é ao lado da residência de ninguém menos que Roman Polanski e sua esposa, Sharon Tate (Margot Robbie), um dos apogeus do Cinema na época - Polanski havia acabado de lançar "O Bebê de Rosemary" (1968), um dos maiores clássicos de toda a história.


Essa dicotomia representa perfeitamente o status artístico do fim da Era de Ouro de Hollywood: de um lado, Rick, a encarnação do declínio; do outro, Polanski e seu magnetismo de sucesso e genialidade. Você pode tentar, mas será árduo não lembrar de "Crepúsculo dos Deuses" (1950), o melhor estudo da fama dentro de Hollywood já criado na telona: Rick chega perto da insanidade de Norma Desmond, o cânone da fama perdida, ao tentar alcançar o prestígio de outrora - semelhanças com Riggan Thomson de "Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)" (2015) não são mera coincidência.

Já podemos apontar o óbvio: "Era Uma Vez..." é uma homenagem ao Cinema - mais especificamente à Hollywood, todavia, pincela outros nichos como o faroeste italiano, (conhecidos como Spaghettis). A metanarrativa, então, é uma das principais forças da produção, que mergulha na indústria até demais. O filme chega perto de 3h de duração, o que fundamentalmente não é um problema, a questão é a maneira como Tarantino decidiu preencher seu arrastado filme. Realmente me surpreendi quando lembrei que tanto "Django Livre" (2012) quanto "Os 8 Odiados" possuem durações maiores à de "Era Uma Vez...", e o tempo voa nos dois primeiros, ao contrário do último.

Para quem conhece a filmografia do diretor - que sempre escreve os próprios roteiros - sabe que suas narrativas evocam os dramas de seus personagens de maneira não tão linear. Os acontecimentos não são exatamente fechados, com cada passo sendo um tijolo na construção da trama - um estilo que, particularmente, não me agrada tanto. O que fazia com que isso jamais fosse um empecilho é a vivacidade de suas histórias, sempre cativantes - o que inexiste em "Era Uma Vez...".

A trama gira entorno dos três personagens principais - Rick, Cliff e Sharon. Mesmo se encontrando e se aproximando, eles possuem núcleos completamente distintos, três histórias deveras diferentes; e a montagem não se apressa em mostrar em detalhes cada uma delas. Rick gasta horas nos sets de filmagem, Sharon no cinema vendo o filme em que atua e Cliff flerta com uma garota que acaba se revelando uma das integrantes da família Manson. Nenhuma delas é exatamente empolgante.


Tarantino, cinéfilo inveterado, quer ovacionar o faroeste - gênero fundamentalmente hollywoodiano - e nos cola em Rick por intermináveis filmagens, que são sofríveis. Com cenas longuíssimas, a sensação de que 10% do exibido era o necessário está sentada do nosso lado, o que é reflexo do domínio criativo que o diretor tem sobre suas obras - que tem o poder em decidir como será o corte final do filme, algo raro dentro da indústria.

Com Cliff, soterrado na sombra do personagem de Rick, ganha camadas de composição que surgem e somem sem impacto algum - o filme literalmente para a história para mostrar que ele matou a própria mulher. O que em qualquer enredo seria ponto incontestável, serve para coisa nenhuma - se não existisse, o filme percorreria sem mudanças. E aqui é apenas um dos vários exemplos de entupimentos do roteiro.

É em Sharon que o plot parece alavancar. Não é a primeira vez que Tarantino se apropria de um fato real e a mistura com a ficção - "Bastardos Inglórios" (2009) ressignifica a História e mete a bala em Adolf Hitler, e o mesmo acontece em "Era Uma Vez...". No entanto, aqui temos um grande "porém": ao contrário de Hitler, Sharon Tate não é uma figura universalmente conhecida - durante a sessão que assisti, várias pessoas não a conheciam. E, por não a conhecerem, o viés híbrido do filme não fez sentido.

Sharon foi assassinada pela família Manson, e em "Era Uma Vez...", Tarantino faz o oposto de "Bastardos": poupa a vida da mulher com uma virada deliciosa que subverte expectativas. To-da-vi-a, essa expectativa, essencial no clímax, só existe se você conhecer o destino de Sharon. Sem um desenvolvimento digno em cima do culto bizarro criado por Charles Manson (que aparece em apenas UMA cena), o crime acontece na tela sem motivações e se apega demasiadamente em um fato aquém de sua existência e que não encontra explicações o suficiente dentro de seu corpo. Sem o conhecimento prévio, Sharon é só a vizinha que em uma noite descobriu que a casa ao lado foi invadida. E isso é um grande problema.


E Tarantino não está nem um pouco preocupado se você não catar as milhares de referências que explodem na tela a cada segundo, virando um festival impossível de ser assimilado tamanha afetação. Ele vai nos confins da cultura norte-americana das duas décadas exploradas e põe tudo na tela milimetricamente, uma porrada no interesse do público - ou você quer mesmo ver um episódio de uma série policial de 1965? Chega a ser uma tortura - e tenho certeza de que, caso estive assistindo ao filme em casa, teria abandonado.

Tudo é, como sempre, embalado com muito afinco, da fotografia coloridíssima da era dos hippies até a energética trilha sonora - mas a cansativa história, os inúmeros personagens de apoio que entram e saem da tela, as sequências infinitas de gravações, as subtramas deixadas pra trás, tudo colabora para assassinar a diversão que é elemento intrínseco dentro do cinema tarantiano - e que, em alguns momentos, faziam as falhas passadas serem perdoadas.

É uma surpresa ver o infortúnio de Tarantino ao abraçar um longa mais voltado para o drama - ele se saiu tão bem no subestimado "Jackie Brown" (1997). "Era Uma Vez em Hollywood" carrega os estilos que moldaram um cinema tão característico, porém, sua nova produção é uma inorgânica homenagem à fantasia hollywoodiana pela sua trama que vai matando a própria vida a cada minuto (e são muitos). Se as atuações são de primeira linha e os momentos de ação maravilhosos, "Era Uma Vez" parece não entregar uma recompensa à plateia, mesmo com seu protagonista sendo recebido de portões abertos na magia irrefreável da mitologia por trás da terra do Cinema - e que não está presente no filme que conta sua história, coisa diferente em outras homenagens à Sétima Arte na contemporaneidade, como "La La Land" (2016). Tarantino, pela primeira vez, não é cool, é só chato.

O live-action de "Barbie", com Margot Robbie, terá Greta Gerwig como roteirista

No fim das contas, o live-action de "Barbie" nada mais será do que o filme da Barbie cult cinéfila porque ninguém menos que Greta Gerwig, de "Lady Bird", e Noah Baumbach, que trabalhou junto de Greta em "Frances Há", irão cuidar de seu roteiro juntos.

Sim, não está fazendo o menor sentido dois cineastas com uma bagagem mais cult roteirizar um live-action. da. Barbie, porém é isto que a Variety assegura. O site ainda aponta que Greta Gerwig pode dirigir o longa-metragem, ainda que as negociações não tenham chegado ao fim. A produção ainda não tem data para sair.

Ninguém consegue pensar em como um live-action da boneca mais famosa do mundo poderia funcionar, mas agora é importante ficarmos de olhos virados para a produção porque pode vir algo bem bom dessa coisa louca.

Margot Robbie, que produz e protagoniza, é a terceira da lista a assumir o papel de Barbie em meio a pré-produção que já passou pela mão da Sony, mas que atualmente fica a cargo da Warner. Amy Schumer e Anne Hathaway também já foram contadas para o papel.

"Aves de Rapina": Mary Elizabeth Winstead e Jurnee Smollett-Bell entram para o elenco

Depois de muito rumor sondando na rede mundial de computadores sobre "Aves de Rapina", finalmente temos dois novos nomes oficiais para a produção. Mary Elizabeth Winstead e Jurnee Smollett-Bell acabam de ser oficializadas no filme, interpretando, respectivamente, Caçadora e Canário Negro — ambos os papéis aparentemente teriam sido oferecidos à Lady Gaga, mas a cantora recusou o papel. As informações são da Variety.

As atrizes de "Rua Cloverfield, 10" e "True Blood" agora formam um trio junto de Margot Robbie, que retorna para o seu icônico papel de Arlequina. Além destas três personagens, Cassandra Cain e Renee Montoya também devem fazer alguma participação na produção; as atrizes que cuidarão dos respectivos papéis ainda não foram divulgadas. Máscara Negra é prometido como o vilão; o ator também não foi divulgado.

Com lançamento marcado para fevereiro de 2020, as gravações de "Aves de Rapina" estão previstas para serem iniciadas logo no comecinho de 2019. O roteiro é assinado por Christina Hodson, enquanto Cathy Yan cuida da direção. 

Parece que Lady Gaga recusou um papel em “Aves de Rapina”, filme da DC com Margot Robbie

A hitmaker de “Joanne” está apostando cada vez mais em sua carreira como atriz nos últimos 5 anos. Depois de alguns papéis pequenos, Lady Gaga brilhou em “American Horror Story: Hotel”, lhe rendendo um Globo de Ouro. Neste ano, ela estrela o quadragésimo quinto remake de “Nasce Uma Estrela”, dando seu maior passo no mundo do cinema. E quase que vemos a moça em “Aves de Rapina”, que deve ser lançado em 2020.

Segundo informações de Daniel R, via Comic Book Movie, a atriz teria recusado dois papéis na produção protagonizada por Margot Robbie. POIS É! A Warner teria lhe ofertado os papéis de Caçadora ou Canário Negro. O motivo por trás da recusa deve ser a residência em Las Vegas da cantora; as filmagens de “Aves de Rapina” estão marcadas para o início de 2019, e a moça ficaria impossibilitada de gravar por conta da agenda de shows.

Esta não é a primeira vez que algum grande nome recusa papéis para produções da DC. Wagner Moura, por exemplo, recusou um papel em “Mulher-Maravilha 1984”, que depois foi destinado ao Pedro Pascal. Ninguém quer a DC, bicho.

Sem Lady Gaga, “Aves de Rapina” começa suas gravações no primeiro semestre de 2019, contando com o retorno de Margot Robbie como Arlequina. O roteiro é assinado por Christina Hodson, enquanto Cathy Yan cuida da direção. No filme, as personagens Batgirl, Hera Venenosa, Mulher-Gato e Katana devem integrar ao grupo. “Aves” ainda não tem data de lançamento.

Charlize Theron, Margot Robbie e Nicole Kidman devem se juntar para filme sobre assédio

Uma das grandes maravilhas proporcionadas pelo cinema são os encontros improváveis entre atores e atrizes renomados ou em ascensão que trazem produções incríveis. Em algum momento de 2019 ou 2020, nós teremos junção de Charlize Theron, Margot Robbie e Nicole Kidman em um possível filmão baseado em uma história real sobre assédio no canal Fox News.

Charlize Theron é a primeira confirmada na produção. A atriz de “Mad Max: Estrada da Fúria” dá vida à Megyn Kelly, jornalista que foi lançada por Roger Ailes, presidente e chefe da Fox News que foi acusado em 2016 por assédio sexual pela ex-âncora Gretchen Carlson. Megyn Kelly também liderou as acusações contra Roger Alies. Após o caso, a jornalista foi contratada pela NBC, recusando o contrato de US$ 20 milhões oferecidos pela Fox.

Segundo informações do Variety, Nicole Kidman será responsável por interpretar Gretchen Carlson, estando em negociações para pegar o papel. Já o The Hollywood Reporter, aponta que Margot Robbie também deve entrar para o filme, dando vida a uma produtora associada ao canal. Ambas as negociações devem caminhar para serem fechadas e as atrizes serem confirmadas na produção.

Intitulado “Fair and Balanced”, o filme tem direção de Adam McKay e roteiro de Charles Randolph, dupla responsável por “A Grande Aposta”, que recebeu o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado em 2016. “Fair and Balanced” está sem previsão de lançamento.

Precisamos falar rapidinho sobre o filme que dará um Oscar à Margot Robbie

Margot Robbie tem tudo para se tornar a nova queridinha de Hollywood, né? A moça fez um boom na indústria quando interpretou a Arlequina no terrivelmente bom "Esquadrão Suicida", em 2016. Nós últimos dois anos estrelou o incrível "Eu, Tonya" e produz atualmente "Aves de Rapina", que deve começar a ser rodado em janeiro.

Mas falta algo para Margot: um Oscar.


Com "Eu, Tonya", o sonho pela estatueta dourada nunca esteve tão próximo. A moça foi indicada aos principais prêmios cinematográficos, incluindo ao Oscar, mas ficamos por isso mesmo. Em 2019, o sonho ganha um novo capítulo com o filme "Mary Queen of Scots", que ganhou seu primeiro trailer nesta quinta-feira.


Não sabemos vocês, mas a gente terminou vendo o trailer com um cheiro de Oscar na mão de Margot e, se o mundo é realmente justo, na mão de Saoirse Ronan também. Tirando o fato da Margot estar a cara da Helena Bohan Carter na franquia "Alice" em alguns momentos, tá tudo tão incrível, né?

Na trama, Margot Robbie é a Rainha Elizabeth I, enquanto Saoirse Ronan é Mary Stuart. O filme explorará a rivalidade entre as primas reais, visto que Mary volta da Escócia para reivindicar o trono após a morte de seu marido, Rei Frances II; Elizabeth é quem comanda o trono inglês. 

"Mary Queen of Scots" chega aos cinemas norte-americanos em dezembro, e não há previsão para o Brasil. O filme conta com a direção de Josie Rourke.

Crítica: é um tapa emocionante acompanhar a sarcástica ascensão e queda do ídolo "Eu, Tonya"

É um privilégio poder acompanhar um artista do início e vivenciar seu apogeu. Margot Robbie até parece que tem muitos anos de carreira, mas a australiana só despontou no cinema em 2013 com "O Lobo de Wall Street", pouco mais de quatro anos atrás. De lá pra cá ela estrelou dois grandes blockbusters, o já esquecido "A Lenda de Tarzan" e o fatídico "Esquadrão Suicida", ambos em 2016. Se quase ninguém mais lembra que ela foi a Jane no primeiro, sua Arlequina gerou iconicidade tanto pelo visual quanto pela ótima atuação, uma das poucas coisas que se salvam no caos que foi "Esquadrão Suicida".

De "Suíte Francesa" (alguém soube que esse filme existiu?) até "Eu, Tonya" (I, Tonya), do início até ser uma das favoritas à indicação ao Oscar de "Melhor Atriz", Robbie conseguiu chegar no topo com rapidez e agilidade. E também pudera. Há bastante talento por trás daquele lindo rostinho, e em "Eu, Tonya" ela consegue provar sem deixar rastros de dúvidas.

"Eu, Tonya" é uma cinebiografia baseada na vida de Tonya Harding. Pro público brasileiro ela pode ser uma anônima, mas nos Estados Unidos protagonizou um dos maiores escândalos esportísticos do país. Todavia, além de ser lembrada negativamente pelo evento, Tonya foi a primeira mulher, na década de 90, a conseguir realizar dois triple axel numa competição, um dos saltos mais difíceis da patinação no gelo. O longa visa então mostrar a ascensão e queda de sua protagonista.


O primeiro chamariz de qualquer cinebiografia é: como o ator principal fará para encarnar o personagem. Sendo esse real, a composição imagética e performática do ator é o que garantirá, no mínimo, sucesso do foco principal da obra. E personagens reais transpostos para a tela são sempre envoltos de glórias e, geralmente, indicações ao Oscar. Eddie Redmayne como Stephen Hawking em "A Teoria de Tudo" (2014), Meryl Streep como Margaret Thatcher em "A Dama de Ferro" (2011), Daniel Day-Lewis como Abraham Lincoln em "Lincoln" (2012), Philip Seymour Hoffman como Truman Capote em "Capote" (2005), Marion Cotillard como Édith Piaf em "Piaf: Um Hino Ao Amor" (2007)... Todos papéis vencedores do Oscar.

O que todos têm em comum: a produção conseguiu deixá-los bastante parecidos com seus respectivos personagens - quando não assustadoramente iguais (ainda me choca lembrar como Day-Lewis estava a própria reencarnação de Lincoln). Um dos principais atributos, além do visual, é a voz do personagem - algo que Natalie Portman alcançou com perfeição ao viver Jacqueline Kennedy em "Jackie" (2016). Portman não venceu "Melhor Atriz", assim como Robbie eventualmente não vencerá com "Eu, Tonya", mas ambas conseguem criar suas versões de suas mulheres aliando traços iguais às suas próprias particularidades.

Robbie não parece tanto com a real Tonya fisicamente, entretanto, seus trejeitos de fala e os figurinos reproduzidos pela produção são o mais próximo do real possível. O trabalho de cabelo e maquiagem ajudam a retirar a real faceta da atriz e aproximar das características de Tonya, mas a falta de extrema semelhança é totalmente compensada pela entrega da atriz e as escolhas técnicas e narrativas do longa. Margot Robbie nem sequer conhecia a história real antes de ler o roteiro - e terminou achando que era ficção, que só dá peso à sua atuação por não ter familiaridade com o material.


"Eu, Tonya" recebe um trato de mockumentário - montado como se fosse um documentário real. A fita é dividida entre os depoimentos de três principais personagens envoltos da história: Tonya; Jeff, seu marido (Sebastian Stan) e LaVona, sua mãe (Allison Janney). Para dar um resumo na história, os acontecimentos foram: Tonya estava no auge da carreira de patinação e tinha como principal rival Nancy Kerrigan (interpretada por Caitlin Carver). Seu marido, juntamente com o guarda-costas, bolam um plano para machucarem Nancy e a tirarem do caminho das competições, garantindo que Tonya ganhe a medalha de ouro. O atentado foi um estouro na mídia e um circo foi formado. Moral da história: até hoje não se sabe com certeza se Tonya tinha ciência ou não dos planos para o atentado.

Ficaria muito fácil - e tendencioso - expor uma versão dos fatos, a da protagonista. Craig Gillespie, diretor do longa, juntamente com o roteirista Steven Rogers, bolam quase que um documento - dramatizado, claro - sobre diferentes pontos de vista que criam um todo. Os três peões do jogo dão seus relatos enquanto a montagem faz com que eles se desmintam a todo o momento. Tonya afirma que foi severamente abusada, física e psicologicamente, pela mãe quando criança. O filme remonta os momentos baseados nas falas da protagonista e em seguida mostra o lado da mãe, que afirma: "eu nunca fiz isso".


Acompanhamos o dificílimo amadurecimento da protagonista e notamos que o filme pega características que remetem a três grandes longas: "O Lobo de Wall Street", "Whiplash: Em Busca da Perfeição" (2014) e "Cisne Negro" (2010). A narrativa de "I, Tonya" é costurada com diversas quebras da quarta parede, assim como em "O Lobo". Os personagens, no meio das cenas, conversam com o expectador, xingam, dão opiniões e externalizam seus pensamentos sobre o que está se passando. Juntamente com a elétrica trilha-sonora e a incrível montagem, o ritmo da película é acelerado, sarcástico e recheado de gags visuais divertidíssimas.

Se em 2014 tivemos a monstruosidade que foi o Terence Fletcher em "Whiplash", que carimbou um mais que merecido Oscar de "Ator Coadjuvante" para JK Simmons, em 2017 temos a avassaladora LaVona de Allison Janney. A veterana, que jamais foi indicada ao Oscar (mas agora isso será reparado), cria uma personagem que rouba a cena a todo o momento pelas excentricidades e cruezas. Ela, assim como Fletcher, maltrata, humilha, intimida e leva sua pupila aos extremos em busca da perfeição, e acha que seus métodos são válidos caso crie uma vencedora. É impressionante a força magnética que a atriz alcançou, fazendo com que ansiemos pela próxima cena em que apareça mesmo com uma personagem tão desprezível - algo feito com extrema competência por Simmons.

E o traço de "Cisne Negro" presente em "Eu, Tonya" é: assim como os números de balé são o ponto alto do primeiro, as sequências de competição da protagonista guardam o coração acelerado da película. Robbie, assim como Portman com o balé clássico, não era uma patinadora profissional, então nas cenas com técnicas avançadas ambas foram substituídas por uma dublê, apenas introduzindo seus rostos na pós-produção. A grande diferença é a qualidade dessa substituição.


Enquanto em "Cisne Negro" esse trabalho é tão perfeito que, antes da polêmica do casting da dublê, era impossível reparar quando não era Portman na tela, a coisa é gritante em "Eu, Tonya". O CGI é perceptivo e em alguns momentos bem pobre, que diminui a qualidade das sequências, compensadas pelo magnífico trabalho fotográfico, explorando a mise-en-scène com maestria. A cena em que ela consegue realizar o primeiro triple axel é milimetricamente feita (com exceção dos efeitos já citados), e entrega o melhor momento da fita.

Para sermos justos, é importante pontuar que, enquanto "Cisne Negro" é produzido pela Fox, uma das maiores produtoras do planeta, "Eu, Tonya" é um filme independente, adquirido pela Neon, uma distribuidora anã perto da Fox. Mesmo os orçamentos sendo parecidos - $13 milhões de "Cisne" e $11 de "Tonya" -, esse foi financiado de modo mais difícil, com a própria Margot e o roteirista entrando com dinheiro para sua realização. Então é entendível a discrepância dos efeitos especiais, uma das técnicas mais caras de pós-produção. Dá para dar um desconto.

E o último elemento da cartilha de cinebiografias preenchido com competência por "Eu, Tonya" é a reconstituição dos fatos mais famosos. A última competição da protagonista, quando ela tem problemas com um dos patins, é refeita com alguns detalhes tão iguais que parecem apenas os momentos reais colocados no meio da ficção, como a narração dos jornalistas - algo repetido na cena do ataque contra Nancy. Os movimentos de Margot (e da dublê) copiam os de Tonya para tanto gerar a lembrança de quem conhece o caso quanto para elevar o nível da produção ao demonstrar preocupação pela dramatização.


Mas é evidente, o palco é inteiro de Robbie. A atriz brilha sem aparente esforço, e exala profundidades de uma personagem tão difícil, na melhor atuação de sua curta carreira. Abusada de todas as formas pela mãe e o marido, a personalidade bruta e seca de Tonya é mais que justificada quando ela mesma fala "A violência sempre foi tudo o que eu conheci", o que gera a melhor cena que-não-aconteceu-exatamente-na-vida-real, quando ela explode com uma jurada. É assustador pensar que se trata de fatos, de ver como alguém realmente passou por toda aquela violência doméstica e de como sua vida foi permanentemente abalada pelos mesmos autores.

Por se tratar de uma cinebiografia, "Eu, Tonya" acaba podado em termos de originalidade, preenchendo a tal cartilha que inevitavelmente deve ser marcada para o sucesso de seu formato. Todavia, a obra não se limita a dar o básico, nadando num mar de criatividade nos aspectos que possuam flexibilidade para fugir do óbvio e entregar um produto que se destaque. Carregado com uma épica luta de braço de Margot Robbie e Allison Janney, "Eu, Tonya" é um retrato irônico e violentamente emocionante sobre a criação de ídolos e como a verdade é um volátil porto-seguro que pode significar nada para você.

"Eles só queria alguém para amar e odiar". Tonya Harding era esse alguém perfeito.

Margot Robbie mandou avisar que um filme sobre a Arlequina está sendo desenvolvido

Não é de hoje que ouvimos falar dos rumores acerca do filme solo da Arlequina. A personagem introduzida no quase desastroso "Esquadrão Suicida" e interpretada pela fada do cinema, Margot Robbie, é um dos poucos acertos da produção e não foi surpresa ver seu nome envolvido em projetos futuros. Infelizmente, um deles é nem um pouco animador.

Inicialmente, a ideia era fazer um filme solo da personagem, que para muitos seria essencial para desprender a imagem da vilã ao Coringa, assim como já aconteceu nos quadrinhos — ponto positivo para a produção. Meses depois, surgiu que essa produção seria, na verdade, "Sereias de Gotham", que iria trazer a Mulher-Gato e Hera Venenosa ao lado da personagem, algo que seria bem legal de se ver nas telonas. Porém, a Warner quis dar um tiro no próprio pé e resolveu apostar em "Coringa e Arlequina", um filme dito como "uma história de amor e crime".

Margot Robbie é uma das produtoras do longa e, em entrevista a MTV, revelou que o projeto vem sido desenvolvido há dois anos e será uma espécie de derivado. A surpresa foi que a atriz assegurou que o filme da Arlequina não tem relação alguma com "Sereias de Gotham" e "Coringa e Arlequina". É agora que o hino vem.

Robbie atualmente está na sua corrida para seu primeiríssimo Oscar, por "I, Tonya". Na produção, a atriz interpreta Tonya Harding, uma famosa patinadora olímpica e boxeadora dos anos 90. Harding "ganhou os holofotes" e teve sua carreira indo de mal a pior quando foi acusada de estar envolvida no ataque da também patinadora Nancy Kerrigan, agredida no joelho por um cassetete.

Margot Robbie está sedenta por um Oscar e "I, Tonya" é a prova disso

Princesa do cinema, Margot Robbie é uma das novas acionistas da sétima arte e salvação de "Esquadrão Suicida". O ícone ficou conhecido por Hollywood após sua pequena participação no incrível "O Lobo de Wall Street", de Martin Scorsese. De lá pra cá desencadeou alguns projetos no cinema e finalmente deve mostrar todo seu potencial como atriz em "I, Tonya" e quem sabe receber alguma indicação ao Oscar.

Na produção, a atriz interpreta Tonya Harding, uma famosa patinadora olímpica e boxeadora dos anos 90. Harding "ganhou os holofotes" e teve sua carreira indo de mal a pior quando foi acusada de estar envolvida no ataque da também patinadora Nancy Kerrigan, agredida no joelho por um cassetete. No fim, foi descoberto que o marido de Tonya, Gillooly — vivido por Sebastian Stan —, e seu segurança arquitetaram o crime buscando eliminar obstáculos na carreira da patinadora. Bizarro.

Um trailer para maiores surgiu na rede mundial de computadores ontem e gente, Margot tá 10/10. O vídeo minucia o caso em mais de dois minutos, apostando nas caras e bocas da atriz de "Golpe Duplo" e muito palavrão. O Oscar é real, mores.

Confere aí.



Nos Estados Unidos, "I, Tonya" chega aos cinemas em dezembro, pertinho da temporada em que os filmes sedentíssimos por Oscar estreiam. Aqui no Brasil o filme ainda não tem data para sair, porém é provável que chegue aos cinemas brasileiros em janeiro.

Aparentemente, David Ayer, de "Esquadrão Suicida", vai dirigir o filme da Arlequina


Margot Robbie aconteceu com "O Lobo de Wall Street", e não demorou muito para a moça despontar bons projetos. Um destes projetos foi "Esquadrão Suicida", que, seremos sinceros, foi bom apenas para a atriz. A moça conseguiu transmitir uma versão fiel aos quadrinhos e animação que lhe deu origem, mas trouxe também um pouquinho de sua visão da personagem. Ela, inclusive, foi tão amada que garantiu um filme solo para chamar de seu.

O filme solo, na verdade, nem é só dela. A produção está rodeada de rumores desde o seu anúncio, e um deles é que teríamos as Aves de Rapina ao lado da maior louca que nós respeitamos, e é quase isso que teremos, porém não. Segundo o The Hollywood Reporter, o filme ganhou o título de "Sereias de Gotham". O nome em questão é de uma série da DC que traz a Arlequina, Mulher-Gato e Hera Venenosa.

Tudo parece promissor com a presença de três grandes personagens femininas do universo Batman, né? Parecia porque segundo o próprio site, David Ayer, de "Esquadrão Suicida", ficou responsável pela direção da produção. Nós adoramos aquela bagunça que chamam de filme, logo até que defendemos (bem pouco) a escolha. Entretanto, o cara ficou manchado pelo mesmo filme porque a recepção do público não foi muito boa. Corre que dá tempo de mudar, Warner.

Margot Robbie não acredita que The Weeknd é ele mesmo na promo de Saturday Night Live

The Weeknd mudou seu visual para a chegada do seu novo disco, “Starboy”, e no vídeo de divulgação da volta de Saturday Night Live, que contará com o cantor como sua atração musical, essa mudança é motivo de piada entre ele e a atriz Margot Robbie (a Arlequina do ‘Esquadrão Suicida’, gente!).

No breve vídeo, Margot se apresenta e conta que o programa contará com uma apresentação de The Weeknd, então o ator Kenan Thompson pergunta quem é o rapaz ao lado dela e ele se apresenta: “eu sou The Weeknd”. Os dois rapidamente duvidam, “não, você não é”. E Margot ainda explica, fazendo gestos com a mão: “não, o The Weeknd ele tem um cabelo meio assim...”.

Starboy mal chegou e já foi descoberto como um impostor. Olha só:


No programa que irá ao ar neste sábado (01), The Weeknd deve apresentar suas duas músicas novas, “Starboy” e “False Alarm”. Já estamos bem curiosos por suas versões ao vivo, principalmente dessa última.

Saiu o trailer final de "Esquadrão Suicida" e ansiedade só aumenta!


Quando a Marvel Studios reuniu seus heróis e lançou "Os Vingadores", a gente ficou se perguntando por onde andava a voz da DC. Sem saber o que fazer, se começava uma nova mitologia ou arriscava usar o que já havia sido criado pelo melhor pior diretor Christopher Nolan, ficamos num limbo por anos até que "Batman VS Superman" chegou e bem que poderia nunca ter existido. Mas!

Faltam menos de 3 semanas para estreia daquele não vai salvar o cinema, mas deve salvar a Warner após aquela decepção em forma de película. Estamos falando do provável divisor de águas, dele mesmo, "Esquadrão Suicida" Mello, que, inclusive, ganhou seu trailer final agora pouco, com quase várias nenhuma cena nova, mas é sempre bom dar uma olhada para ficarmos mais animados do que estamos, né nom?


O filme que se tornou propriedade da nova CEO do cinema, Margot Robbie, chega aos cinemas no próximo dia 4. "Esquadrão Suicida" conta com um elenco bem estreladinho até, com nomes como Will Smith e Jared Leto, e traz em sua trama vários que vilões que resolvem fazer o bem buscando diminuir suas penas na prisão.

Aparentemente, a Arlequina vai ganhar um filme para chamar de seu


Margot Robbie aconteceu com "O Lobo de Wall Street". De lá pra cá, despontou alguns projetos, estrelou alguns longas e mostrou que está cada mais mais poderosíssima, ela é linda. Dentre tais projetos, a atriz está dando vida à Arlequina em "Esquadrão Suicida" e só em seus trailers, já promete roubar algumas cenas com seu humor que só ela mesma entende durante o filme.

A personagem está sendo amada antes mesmo de fazer sua estreia em tela, e a Warner está consciente disto. Tão consciente que segundo o The Hollywood Reporter está desenvolvendo um filme ~solo~ para ela. No mais, Margot voltaria, é claro, ao papel, e ela, além de ter trazido a possível roteirista ao projeto, também estaria cuidando da produção. Rainha, viu, gatxs?

O site ainda comenta que a Arlequina não estaria sozinha em seu longa solo. Segundo o site, outras heroínas e vilãs da DC Comics devem aparecer — a Batgirl é uma delas, e tem também o grupo Aves de Rapina. Com o anúncio de que a personagem é lésbica nos quadrinhos, a gente vê uma possibilidade de encontrar a Hera Venenosa na película porque aumentar a visibilidade do meio LGBT nos cinemas nunca é demais.

A produção segue em total sigilo, e não tem ainda uma data de previsão para seu lançamento. Mas o filme, se realmente acontecer, não deve ser liberado tão tarde, visto que um roteiro já está sendo escrito. 

Margot Robbie mandou avisar que sua Arlequina será "assustadora e violenta"


2013 foi o ano em que o jogo virou para Margot Robbie. Até então, a atriz não era tão comentada até mesmo da maneira mais supérflua possível, mas com "O Lobo de Wall Street", Robbie ganhou os olhos de Hollywood, e hoje está envolvida em diversos projetos, de grandiosos até aos mais "tímidos".

Em 2016, a moça botará seu nome em duas apostas do cinema: "A Lenda de Tarzan" e "Esquadrão Suicida". O primeiro, chega aos cinemas em julho, e nem anda tão comentado como o segundo, que, aliás, é um dos filmes mais esperados de 2016, quase ficando atrás do filme A da mesma produtora, "Batman V Superman".

O hype de "Esquadrão Suicida" esteve alto antes mesmo da campanha de marketing foderosa começar, devido aos atores comentarem sobre o filme sempre que possível, ou então soltando alguma foto no Instagram com o elenco. E não é agora, que tal campanha finalmente começou, que o hype diminuiria, muito pelo contrário. E nossa querida Margot Robbie contribuiu para isso.

Em entrevista ao Cineplex, a atriz contou que a Arlequina reúne todas as coisas que ela adoraria ser, e a gente não vê a hora de poder assistir essa mistura em tela.

Harley é assustadora, violenta e louca – todas as coisas que eu quero ser! Não. Na verdade, é a diversão de viver através de uma pessoa que está fazendo coisas que eu nunca faria na vida real

Também, na mesma entrevista, Margot contou que deu um empurrão em Will Smith para que o mesmo aceitasse o papel no longa-metragem. Ambos se conhecem desde "Golpe Duplo", filme em que atuaram juntos.

Eu gostei tanto de trabalhar com Will, que fiquei muito feliz quando soube que estaríamos juntos de novo. Na verdade, eu mandei mensagens para ele quando soube das negociações com o 'Esquadrão Suicida', e fiquei pressionando: 'É melhor você conseguir esse filme'. Obviamente ele assinou o contrato por seus próprios motivos, mas fiquei incrivelmente feliz por esse segundo round. Ele é maravilhoso dentro e fora do set. Ele é realmente uma boa pessoa.

"Esquadrão Suicida" mostra vários personagens da DC Comics que se juntam em uma agência secreta do governo que recruta supervilões para que eles possam realizar missões perigosas e de caráter bastante duvidoso em troca do perdão de seus crimes. O elenco ainda conta com Jai Courtney como Capitão Bumerangue, Cara Delevingne como Magia, Joel Kinnaman como Rick Flag e Adewale Akinnuoye-Agbaje como Crocodilo. O longa tem direção de David Ayer e sua estreia agendada para o dia 4 de agosto.

Corre porque acabou de sair o primeiro (e ótimo) trailer de "The Legend Of Tarzan", com Margot Robbie e Alexander Skarsgard


Hoje surgiram as duas primeiras imagens de "The Legend Of Tarzan", e horas depois surgiu o primeiríssimo poster do longa-metragem, e é claro que um trailer estaria chegando junto. Por esse motivo, resolvemos esperar até o fim do dia para fazer alguma publicação, e não é que estávamos certos? Acabou de sair a primeira prévia do filme!

Seremos sinceros. Não estávamos dando uma foda para a nova adaptação. Estávamos nem animados com a nova queridinha da América, Margot Robbie, como Jane, e nem com a participação de Christoph Waltz e Samuel L. Jackson. Ainda bem que as nossas expectativas estavam baixas, porque fomos surpreendidos com o primeiro vídeo.

O trailer mescla passado e presente, mostrando Tarzan (Alexander Skarsgard) ainda bebê e depois evoluindo ao personagem que todos conhecemos, e entre tais takes, encontramos um personagem que adaptou-se ao mundo moderno — numa das últimas cenas, nem podemos dizer que aquele rapaz já foi um selvagem algum dia. Também é válido ressaltar o tom realista que o longa promete transmitir, com uma pitatinha de um tom sombrio. Enfim, só acertaram com esse primeiro trailer. Confira.




Na trama, Tarzan agora é um homem adaptado ao mundo moderno, mas tempos após sair do Congo, o personagem retorna a pedido da  Rainha Vitória para investigar alguns problemas na colônia. "The Legend of Tarzan" tem estreia prevista para 1º de julho de 2016 nos Estados Unidos. Ainda sem previsão para o Brasil.

Direto dos bastidores: Margot Robbie, Jared Leto e seus trejeitos como o Coringa nas novas imagens e vídeo de 'Esquadrão Suicida', confira!


Enquanto um certo filme aí, de mesmo estúdio, sequer teve algum buzz gerado antes mesmo de algo oficial ser lançado, "Esquadrão Suicida" está com o hype aumentado há um bom tempo, e com diversas informações divulgadas, além de um turbilhão de imagens extraoficiais dos bastidores. Inclusive, elas são o prato principal do post de hoje, tá? Saíram diversas imagens da gravação de uma cena específica com Jared Leto e Margot Robbie e até um vídeo.

No vídeo, podemos conferir uma cena completa (?) entre o cantor e da moça de "O Lobo de Wallstreet", e dá até para ter uma ideia de como o Coringa de Jared será. Pelo vídeo, percebemos que a sua versão do personagem terá vários trejeitos. Nós apenas queríamos que desse para ouvir, que seja alguns segundos, do dialogo entre Robbie e Leto, só para termos uma ideia de como será a voz do Coringa. Assista ao vídeo (roubado da fanpage do Pizza de Ontem ♥) abaixo e confira três imagens em seguida.


OMG! Emoticon gasp Primeira cena das gravações de "Esquadrão Suicida"! (cuidado com o spoiler)VEJA MAIS FOTOS INÉDITAS AQUI http://pizzadeontem.com.br/omg-coringa-e-arlequina-aparecem-em-novas-imagens-e-video-de-esquadrao-suicida/
Posted by Pizza de Ontem on Segunda, 18 de maio de 2015


"Esquadrão Suicida", grupo de vilões mercenários que aceita missões do governo em troca de perdão por suas penas, será dirigido por David Ayer. Will Smith, Tom Hardy, Margot Robbie, Jared Leto, Jai Courtney, Adewale Akinnuoye-Agbaje, Adam Beach, Cara Delavigne, Joel Kinnaman, Karen Fukuhara, Jay Hernandez e Scott Eastwood compõem o elenco.

"Esquadrão Suicida" tem estreia prevista para 5 de Agosto de 2016!

'Esquadrão Suicida': Margot Robbie será a Arlequina e Jared Leto é cotado para viver o Coringa!

Depois de rumores seguidos de rumores, a Warner, junto da DC Comics, anunciou dez filmes para até 2020! "Batman V Superman" e "Esquadrão Suicida" serão os primeiros longas lançados. Enquanto o primeiro já se encontra em estágio de gravações, o segundo está passando pela pré-produção. Durante esse processo, além de serem discutidas as ideias para o longa, são contratados os atores, e é a partir daí que os boatos e confirmações começam a circular na web.

Na sexta-feira chegou ao mundo (maravilhoso) da internet um rumor que até agora não sabemos se gostamos ou odiamos. Estamos indiferentes. Jared Leto, ao que tudo indica e de acordo com The Wrap, está sendo cotado para viver o icônico vilão dos quadrinhos do Batman, o Coringa. Já vimos uma chuva de comentários nas redes sociais afirmando que Jared, caso confirmado para o papel, terá uma grande tarefa pela frente: superar o Coringa de Heath Ledger. Gente, ele não é deus tá bom? Ele fez, sim, uma excelente atuação, mas endeusar o rapaz, talvez pela sua morte, a ponto de dizer que ninguém poderá superá-lo chega a ser uma tolice.

De um lado um rumor, de outro uma confirmação. Margot Robbie ("O Lobo de Wall Street") será Arlequina em "Esquadrão Suicida", e não conseguimos ver outra atriz além dela para o papel. É válido ressaltar que o nome da moça está envolvido no projeto desde o começo, mas até então sem papel definido. Por mais que a nova formação do Esquadrão Suicida sequer tenha o Coringa - nenhuma delas tem o vilão, na verdade -, apenas Arlequina, vemos uma grande possibilidade do personagem estar no longa, seja interpretado por Jared Leto ou não.

"Esquadrão Suicida", grupo de vilões mercenários que aceita missões do governo em troca de perdão por suas penas, será dirigido por David Ayer. Jesse Eisenberg poderá se juntar a Margot Robbie no elenco, porém fazendo apenas uma ponta no filme. Will Smith e Tom Hardy estão ainda em negociações.

"Esquadrão Suicida" estreia em 2016!

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