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Hitômetro: Selena Gomez - "Nobody Does It Like You"


Chegamos agora na versão Deluxe do "Stars Dance", que como uma das faixas bônus "Nobody Does It Like You", e como era de se esperar, temos mais uma música sobre o ~Jelena~.


Todo mundo sabe que depois que Justin Bieber atingiu a maioridade (e a puberdade rs) ele decidiu virar bad boy. Tatuagens, malhação bomba pesada, porte de drogas (que péssimo exemplo pras suas fãs de 10 anos de idade, garoto!) e blá blá blá. Fizemos uma imagem comparativa para título de ilustração.

"Baby baby baby oooooh" VS. "If I was your boyfriend YOU CAN BE"
Pois é. É exatamente disso que fala "Nobody Does It Like You". "Você é o meu bad boy dos conto de fadas / Desde a interferência com o lado escuro / Eu quero ser sua bad girl / Você traz para fora o meu lado selvagem / Seus olhos, seus lábios, seu toque / Sua fala, corrida sádica, seus swag meio sexy / O melhor que eu já tive". Tá podendo em Jus10 (me incomoda um pouco o "Você é o meu bad boy dos conto de fadas", que conto de fadas, mulher, larga a Disney!). Continuando falando no rapaz, "Nobody Does It Like You" é quase uma resposta a "Love Me Like You Do" do cantor, que também é sobre a amada do Jus10 e é toda safadinha: "O jeito que a calça jeans encaixa está me fazendo olhar fixamente".

A faixa já começa lá em cima. Mega animada, descarada, cheia de "tuts tuts tuts tuts" e bem repetitiva. A ponte (parte que antecede o refrão) é insana (Nobody, nobody, no nobody, no-body, nobody does it like you) e termina num dubstep para dar sua cara na pista - isso garante que a música seja radio friendly, mas, por se tratar de uma uma faixa bônus, ela não deverá ser single. Apesar de ser uma das melhores faixas do álbum, ficou bem como faixa bônus - talvez por ser muito boa acabou não soando como descartada que entrou no Deluxe para preencher espaço.

Chegando perto do fim, Selena Gomez já garantiu há séculos que sim, ela pode fazer com que as estrelas, as pessoas, o mundo, o universo, o que ela quiser, dance.
Selena Gomez – “Stars Dance”, Album Review (Parte 12 de 13)

Hitômetro: Selena Gomez - "Love Will Remember"


E os rumores eram verdadeiros: Selena Gomez possui apenas uma baladinha em seu “Stars Dance”! A parte boa é que, além de se destacar por ser a única lenta em um disco repleto de farofentas, a canção intitulada “Love Will Remember” também é uma das melhores dentro da proposta do disco. Quem acompanhou a trajetória da cantora com seu ex-futuro-atual-namorado Justin Bieber, deve se lembrar que “Love Will Remember” já era especulada há um tempo e confessamos ter ficado surpresos quando a vimos na tracklist do CD, só esperávamos que Selena pudesse aproveitar o momento um pouco melhor, lançando nas lojas a primeira versão da faixa (vazada um pouco antes do seu lançamento oficial), com Justin Bieber na gravação de uma ligação fazendo mil e uma juras de amor pra cantora (Taylor Swift achou ousadíssimo, aprovou e já disse que utilizará a mesma estratégia em seu novo cd, hahahaha), mas sabemos que isso poderia gerar processos, assim como muita polêmica desnecessária, então entendemos a atitude da Megamente e sua gravadora.

 

Com todo um ar nostálgico, a letra de “Love Will Remember” é simples, afirmando que, mesmo que os dois não queiram assim, o amor fará com que eles se lembrem de todos os momentos quer tiveram juntos.  As promessas de amor, a história sobre nunca se separarem, os momentos bons que tiveram juntos, o que houve com tudo isso? Ainda assim, mesmo aparentando ser triste, a baladinha é mais uma justificativa pra fila andar do que uma maneira de chorar enquanto lembra do passado e a parte boa disso é que ela consegue deixar claro o fato de ambos estarem partindo com a consciência limpa, sem remorsos, sabendo que o relacionamento deixará momentos que merecem ser recordados.

Provando mais uma vez que a intimidade em estúdio influencia muito para o resultado final do trabalho, o nome por trás de “Love Will Remember” é o time de produtores da Rock Mafia (parceiros de longa data de Selena Gomez), que realizam mais um trabalho impecável ao lado da estrela revelada pela Disney, não deixando que a baladinha soe piegas ou clichê, mesmo que assim ela seja. Ponto pra Selena!
Selena Gomez – “Stars Dance”, Album Review (Parte 11 de 13)

Hitômetro: Selena Gomez - "Undercover"


Selena Gomez. “Stars Dance”.

Já estamos na décima faixa do disco de estreia de Selena Gomez com seu disco de estreia, “Stars Dance”, e para a surpresa de muitos, continuamos com o mesmo pensamento que estávamos assim que começamos a ouvir o disco pela primeira vez. “Undercover”, a tal décima faixa, mantém o clima animado que predomina no disco, assim como alguns versos repetitivos, qual podemos chamar por chiclete.


Se tem uma coisa que não queríamos fazer com esse disco, era escutá-lo em busca de versos sobre o canadense e ex-futuro-atual-namorado da cantora, Justin Bieber, mas as coisas ficam um pouco complicadas quando flagramos Selena Gomez cantar versos como “você não precisa de outra amante, podemos manter isso em segredo” ou chamar seu boy por “sonho americano”, “máquina sexy”  e afins. Não que Bieber seja, literalmente, uma máquina de sensualidade, mas estamos certos de que muitas garotas americanas sonham em ter o rapaz como seu “Boyfriend” e Selena Gomez não só teve a chance, como também esnobou, mas “Undercover” taí pra provar que a carne é fraca.

Mantendo a fórmula do disco, “Undercover” vem repleta de sintetizadores e batidas dançantes, sendo mais uma daquelas que, caso fossem lançadas como singles, não decepcionariam nas rádios. A letra, moderadamente ousada, pode entrar para naquela sua checklist pessoal que comprova o amadurecimento de Selena Gomez e, assim como muitas outras do disco, não ficaríamos surpresos se em algum momento surgisse alguma notícia sobre essa ser mais uma descartada pela cantora Rihanna, sendo que em momentos ela soa como uma prima distante de “Don’t Stop The Music” (de 2007, do álbum “Good Girl Gone Bad”), mas vamos deixar isso undercover.

Selena Gomez – “Stars Dance”, Album Review (Parte 10 de 13)

Hitômetro: Selena Gomez - "Write Your Name"


Selena Gomez continua sua saga para fazer não só as estrelas dançarem, como a nós também. A próxima faixa do "Stars Dance" é "Write Your Name" e Selenoca quer que você escreva seu nome por todo o corpo dela, uy.


"Write Your Name" é uma música exótica, eletrônica e house. Começa lenta, quase como um sussurro, com "Pegue meu braço, pegue minha cabeça / Deixe sua marca como um homem / Escreva seu nome, vá escreva seu nome / A dor é tão boa, uma coisa amorosa / Quando tudo desaparece, você permanece", já mostrando que Paris Hilton cantaria essa música numa boa. No refrão ela acelera e ganha um instrumental belíssimo, apesar de a letra aqui ser simples e repetitiva (ela fala "escreva seu nome" 26 vezes durante toda a música - sim, nós contamos).

Assim como todas as músicas do álbum, "Write Your Name" remete a alguns artistas, como a já citada Paris Hilton, Nicola Roberts ou até mesmo as finadas Girls Aloud. Produzida por Dreamlab, que já está acostumado a produzir Disneystars (ele já trabalhou com Demi Lovato, Miley Cyrus, Bridgit Mendler e a própria Selena com o The Scene), não é uma faixa com grande expressão (temos no álbum músicas muito melhores), mas é tão fofa - e ainda tem um rap na parte final bem empolgante - que consegue conquistar. Daquelas para você pegar seu amado na balada e dançar agarrado. Delícia.
Selena Gomez – “Stars Dance”, Album Review (Parte 9 de 13)

Hitômetro: Selena Gomez - "B.E.A.T."


Eu vou fazer você dobrar as costas. Oh meu Deus, essa batida é crack! Quando eu fizer isso, você fazer isso. Hmmm, sugestivo, hein amiga. Dev parte agora para o ghetto com "B.E.A.T.", mas pera! Dev?


Sim, Dev. Caso você não tenha vivido no planeta Terra nos dourados anos de 2010, talvez não conheça "Bass Down Low", o single de estreia de Dev. Catapultada para os holofotes pelo hino "Like A G6" do Far East Movement com seu padrinho, o The Cataracs, "Bass Down Low" fez grande sucesso para um single de estreia (entrou no top 10 no UK e peak de #61 na Hot 100), com seus sintetizadores, auto-tune gritante e batida alucinante. Três anos depois, eis que nos aparece "B.E.A.T.", da Selenoca, uma das últimas pessoas do mundo que eu imaginaria cantando música do tipo.


"B.E.A.T.", assim como sua prima "Bass Down Low", é carregada de MUITO auto-tune, transformando a voz de Selena numa mistura nigga de rap e hip-hop de-li-ci-o-sa, algo iniciado com "Like A Champion". As duas faixas ("B.E.A.T" e "Bass Down Low") são parecidas? Sim, muito, gritante. Antes que comecem "Ah, só é parecida porque foi o The Cataracs que produziu": não, não foi, eles só produziram "Slow Down" e "Undecover". Então você tem que se dividir: a faixa é sim incrível, mas é quase cópia, mas gente, esse refrão é perfeito, mas não pode se fosse com a Leides tava todo mundo caindo em cima. Vai mesmo de cada um: se funciona com você mesmo sendo um Ctrl+C Ctrl+V, ótimo (se a da Dev funcionar com você, com certeza a da ex Sra. Bieber também vai), senão, é bastante entendível.

Deixando de lado a comparação, a música é muito contagiante e uma surpresa vindo de Selena. Batidão pesado, letra mega repetitiva e refrão pegajoso no mais alto grau (BE-BE-BEAT IN MY FACE) garantem uma das melhores faixas de todo o álbum. Daquelas para se sentir truta e gangster na balada. Se quiser lançar um remix com a Nicki Minaj eu juro que iria amar, viu?

Entre todos os "mas..." que envolvem a música, joguem tudo pra cima e se divirtam. Meio imprudente da nossa parte fazer isso, porém é um mundo grande e ruim mas não me envergonho de gostar das luzes na minha mão e a batida no meu rosto, tá queridas?
Selena Gomez - "Stars Dance", Album Review (Parte 8 de 13)

Hitômetro: Selena Gomez - "Save The Day"


Com o cd “Stars Dance”, está mais que claro que Selena Gomez quer soar mais madura e atraente para as rádios e em “Save The Day”, sétima faixa da produção, o que temos é essa mensagem sendo reforçada. Mesmo sem a produção de nenhum grande nome, a música é uma das que acabam em destaque nessa tracklist, seja por seu pop mais abrangente ou a forte presença, outra vez, dos quês latinos (aqui mais expostos após seus 2:45, com uns “eeee, oh eee...”), isso sem contar no mais uma vez presente dubstep.

 

Na sua letra, a cantora também repete a fórmula cantando sobre amor, mas acerta ao pegá-la naquele ponto de vista terminal, com toda uma ideia baseada no fim do mundo, o fim dos tempos. Ela quer aproveitar seu amado até os últimos segundos de sua vida e faz isso da melhor forma possível, enquanto o beija de olhos abertos (nunca se sabe quando meteoros podem começar a cair do Céu) e implora pra que ele salve seu dia.

Tá clichê, dançante e radiofônico, como grande parte do álbum, mas nesta altura do campeonato consegue se manter “sustentável”, sem nos cansar de algumas repetições e, sendo assim, se torna outra investida bem funcional (lembrando, vez ou outra, alguns trabalhos da cantora Shakira).

E mais uma vez o dia foi salvo pela  Selena superpoderosa! 
Selena Gomez - "Star Dance", Album Review (Parte 7 de 13)

Hitômetro: Selena Gomez - "Forget Forever"


Mostrando que a "Unidade Escolar Patê Sulfite de Ensino" tem muitas alunas, Selena Gomez vem agora com "Forget Forever", mandando aquela indireta boa de cada dia. A canção, anteriormente conhecida como "Rule The World", foi a primeira faixa do Stars Dance a vazar, em março desse ano. Seria o lead-single do álbum, mas foi trocada por "Come & Get It", o que garante que ela tem força. 


A faixa é uma balada house - aquelas lentas que lá no refrão bombam, com pegada dance e synthpop. Lembra Taylor Swift na melodia e principalmente na letra. "Nosso amor foi feito para dominar o mundo / Você veio e destruiu a garota perfeita / Esqueça o para sempre / Esqueça que um dia você soube meu nome". A4 fazendo escola! A letra claramente é um desabafo de Selenoca para seu ex, Justin Bieber, como outra do álbum, "Love Will Remember", onde a cantora deixa qualquer Teilor no chinelo - mas não ficou pedante como algumas músicas de Taylor Swift, talvez por não ser chorosa ou piegas. Pelo contrário, a música é divertida e animada, quase um "quem tá perdendo aqui é você bjs".

Assim como todo o álbum, a faixa é bem radiofônica (notem as repetições nos inícios dos versos - "I told I told I told myself again" e "I know I know I know we can't pretend") e, graças à letra, de fácil leitura e apelo popular (incrível como música sobre coração partido caem na boca do pop, né Adele?). O refrão é uma delícia, com os sintetizadores casando bem com o piano que fica quase imperceptível, mas está lá. Apesar do tom sério imposto pelos compositores (Jason Evigan e o grupo The Monsters & Strangerz - que também escreveu "Tonight I'm Getting Over You" da Carly Rae Jepsen, "No Love Allowed" na Rihanna e "Never Been Hurt" da Demi Lovato), espanta-me que uma faixa tão perfeita para a situação (o fim do ~Jelena~) não tenha sido composta pela própria cantora, o que decepciona um pouco.

Meio Calvin Harris, meio David Guetta, "Forget Forever" é uma música boa para pistas mesmo sem ser farofenta, que deve render bons números para a cantora na Europa caso venha a ser single. Num aparato geral, "Forget Forever" é uma música madura, que funciona tanto no contexto do álbum quanto para mandar um recadinho maroto pro Bieber. Perdeu playboy.
Selena Gomez - "Stars Dance", Album Review (Parte 6 de 13)

Hitômetro: Selena Gomez - "Come & Get It"


Não é uma nova introdução de “Caminho das Índias” da Globo, não é a gravação de nenhum ritual estranho, muito menos registros de momentos íntimos de alguma tribo indígena, mas Selena Gomez e “Come & Get It”, um dos mais inesperados acertos de toda sua carreira! Descartada pela cantora Rihanna com o disco “Unapologetic”, a faixa toda trabalhada em um climão étnico marcou a estreia da cantora com o disco “Stars Dance” nas rádios e calou a boca de muitos que torceram o nariz pra canção em suas primeiras ouvidas, grudando seu “unheiuêri come em guéri, na na na na na na” que nem Jennifer Lopez e Pitbull (mais unidos que irmãos siameses).

 

Com produção do hitmaker Stargate e composição da Ester Dean, a faixa repete o que Rihanna fez em “Lost In Paradise”, do já citado “Unapologetic”, e é um acerto do início ao fim, mesclando o bom uso do famigerado dubstep com essa sonoridade mais selvagem (no sentido literal da palavra), formando uma mistureba de elementos que resulta em algo arriscado, mas que ainda assim se sustenta. Em sua letra, Selena Gomez investe outra vez na grande fórmula do cd, repleto de refrões que não esqueceremos tão cedo, e compensa a falta de batidas realmente radiofônicas com a repetição do verso “when you ready come and get it” ou seu auxiliar para as rádios “na na na na, na na na na”.

Agora conferindo o disco por completo, é fácil constatar que não é a canção mais incrível, muito menos a que iria cair no gosto do povo com maior facilidade, mas é aí que voltamos a parte do lançamento ser arriscado ou, pensando em outra perspectiva  evitar justamente os riscos, pois lançar canções como “Save The Day”, “B.E.A.T.” ou seu segundo single, “Slow Down”, como carro-chefe do “Stars Dance” geraria grandes expectativas e isso acabaria decepcionando boa parte do público quando o material completo fosse revelado.
Selena Gomez - "Stars Dance", Album Review (Parte 5 de 13)

Hitômetro: Selena Gomez - "Like A Champion"


Depois de fazer as estrelas dançarem, Selena Gomez parte para virar... Rihanna? A próxima faixa do "Stars Dance" é "Like A Champion", e é praticamente uma homenagem ao trabalho da cantora caribenha, tamanha referência.

"Like A Champion" é uma dancehall bem divertida que funciona com a pista facilmente. Com elementos de funk, reggae e soca (um estilo originado no - advinhem! - Caribe), a voz de Selena cai incrivelmente bem com a melodia quente e tropical. A letra também é animada e bem grudenta. Porém, o "Walk like a champion, talk like a champion, ram pa pa pam pam, ram pa pa pam pam" já cai diretinho na ex-atual mulher do Sr. Brown, faltou só um "maaaan doooown" para completar. Além disso, há o verso "Shine bright like diamonds in the sky", o que termina de concretizar que essa é uma "Rihanna song".

Isso é ruim? Em parte sim. Selena está tentando construir uma personalidade musical, assim como todo e qualquer artista. Fazer com que ouçamos uma música e pensemos "essa daqui é da Selena". Com "Like A Champion" essa identidade não existe, já que a todo segundo lembramos de Rihanna. Mas não é ótimo fazer um trabalho que remeta a algo incrível? 

Apesar de não soar original (como, convenhamos, grande parte do "Stars Dance"), Selena acerta direitinho com essa música solar e caribenha, caindo de cabeça num ghetto que seria mais explorado ainda numa faixa mais à frente ("B.E.A.T."). Mesmo carregando Rihanna nas costas, Selena anda como uma campeã e canta como uma.


Selena Gomez - "Stars Dance", Album Review (Parte 4 de 13)

Hitômetro: Selena Gomez - "Stars Dance"


“Stars Dance”, o disco de estreia da cantora Selena Gomez em carreira solo, já deixa claro em suas duas primeiras canções (“Birthday” e “Slow Down”) que seu objetivo é não deixar ninguém parado, mas não contente em agitar apenas nós, meros humanos, Selenuda bota também as estrelas pra dançarem ao som de sua faixa-título, uma das mais interessantes de todo o CD. Nos enganando em seus segundos iniciais, com alguns gritos e um lento violino, a faixa cresce de forma gradual, se revelando uma verdadeira pérola no álbum, com quês dubstépicos e ares dançantes que não se rendem as pistas por completo.

Os créditos aqui, porém, não são todos de Selena Gomez, até porque o grande êxito também acontece pela já “íntima” relação da cantora com os produtores da faixa, Rock Mafia, que já trabalham com a moça há muito tempo e sabem tanto seus pontos fortes quanto fraquezas. Aqui, por exemplo, algo usado a favor de Selena é a letra com juras de amor, onde ela afirma que pode fazer com que as estrelas dancem para seu amado, desde que ele só a deixe abaixo do céu (“...I could be your Buzz Lightyear fly across the globe”, cantou Bieber em “Boyfriend”).


Pensando em pontos semelhantes a Britney Spears (muito comentada como grande inspiração da cantora neste novo álbum), passamos longe dos tão citados “In The Zone” e “Britney”, mas encontramos algo parecido no recente “Femme Fatale”, com o título de “Inside Out”, e enxergando uma linha de raciocínio que cruze as duas canções, acreditamos que “Stars Dance” não seja tão forte para ser lançada nas rádios, mas talvez funcione como aquela favorita do público que um dia reclamará por nunca tê-la visto sendo lançada como um single.

“Stars Dance”, a canção, está longe de ser uma das mais radiofônicas, dançantes ou chicletes do álbum para o qual empresta seu nome, mas é sem sombra de dúvidas uma das com gosto mais refinadas de todo o cd, cumprindo a proposta “redonda” para o mercado sem perder sua identidade. De fato, não serão só as estrelas que acabarão dançando! 
Selena Gomez - "Stars Dance", Album Review (Parte 3 de 13)

Hitômetro: Selena Gomez - "Birthday"


Quando falávamos sobre “Stars Dance”, o primeiro disco da cantora Selena Gomez sem a banda The Scene, esperávamos por algo significativamente animado, mas não chegamos a imaginar nada ao nível de “Birthday”, música que abre os trabalhos da americana com o novo álbum.

Com produção do Mike Del Rio, “Birthday” soa como algo sem grandes pretensões e passaria facilmente despercebida em álbuns de nomes como Dev ou Ke$ha, já famosas por possuir hits para as pistas, mas se tratando de uma artista revelada pela Disney e buscando, assim como suas colegas de trabalho Demi Lovato e Miley Cyrus, por um certo amadurecimento musical, cada segundo da faixa merece nossa atenção.


Logo na primeira ouvida, a interpretação de “Birthday” é clara: Selena Gomez só quer saber de dançar, festejar, e caso a bagunça incomode algum vizinho, diga a ele que se trata do seu aniversário (“[...] Toda noite é meu aniversário”). Sendo uma faixa pronta para os clubes, “Birthday” vem repleta de elementos que compõem um perfeito hit pop, indo dos gemidos (ALERTANEY!) aos sintetizadores, passando ainda por percussões eletrônicas, palmas e até sirenes. Se ainda assim você não for convencido pelo combo, a faixa possui o pegajoso refrão “Tell’em that’s my birthday when I party like that”, além de gritos como “Jazz it up!”, “So yummy!” e “Party onnnn, baby!” — truque talvez emprestado pelas suecas do Icona Pop —, que cumprem a missão de fazer com que a música não saia da sua cabeça tão cedo.

Está longe de ser inovador para as rádios, afinal, como viram ao decorrer da faixa diversos nomes bem conhecidos já surgem em nossa mente, mas estamos certos de que é uma fórmula extremamente nova em relação ao repertório de Selena Gomez e sempre fomos a favor de mudanças, principalmente quando essa faz com que o artista em questão assuma certos riscos. Sendo assim, genérica ou não, “Birthday” não só promete como também cumpre sua tarefa abrindo o álbum, nos deixando com aquela curiosidade em relação as outras faixas que nos aguardam. Cortem as cabeças!

Stars Dance - Album Review, Parte 1 de 13

Hitômetro: Ciara - "I'm Out (feat. Nicki Minaj)"


Quando o ano começou, ninguém apostava em Ciara como um dos nomes impactantes de 2013. Afinal, quais argumentos fundamentariam uma opinião contrária a esta? Uma artista que emplacou seu último hit no longínquo 2009 com a faixa "Love Sex Magic" em parceria com Justin Timberlake, que vendeu apenas 37 mil cópias na primeira semana do seu até o momento último trabalho "Basic Instinct", que não mudou seu estilo numa época em que o R&B é apenas figurante nos charts mundiais. Como acreditar que, por mais talentosa que fosse, Ciara conseguiria estar em evidência novamente? Eu mesmo não acreditei.

BOOM! E não é que eu tava errado? Mesmo que tudo indicasse mais um fracasso (capa simples, insistindo no mesmo estilo de sempre entre faixas bate-cabelos e baladinhas românticas ao seu modo e o pior: um álbum auto-intitulado Ciara), a guerreira Cici foi à luta e lançou pela sua nova gravadora, Epic Records, um dos melhores álbuns do ano. A faixa "Body Party" foi a grande responsável por trazer Ciara novamente ao cenário mundial, alcançando notoriedade em muitos charts. A tão esperada afirmação de Cici se dá no segundo single extraído do trabalho, a fantástica "I'm Out", faixa em parceira com a rainha dos feats Nicki Minaj. Então, assim começa mais um hitômetro.

Já no começo da música, Ciara manda seu recado e mostra que não tá pra brincadeira: "Garotas, esta é a música de vocês / Então, assim que ela tocar /Você deve ir para a pista de dança / Vá e mostre sua sensualidade / Se você sabe que é melhor / Do que a garota com quem ele está / Vá em frente e diga a ele agora / 'Você vai sentir minha falta quando eu for embora'." Logo após, entra Nicki Minaj fazendo suas rimas com maestria, mostrando que está longe de ter alguma concorrência no rap feminino.

Pela parte inicial, "I'm Out" já dá total pinta de um hino feminista. Cici e Nicki avisam "prazamiga" que se um retardado não te der atenção, vai pra pixta, rala a ppk no chão, manda um "don't give a fuck" e canta "Baba" da Kelly Key pra ver o que ele perdeu. Falando um pouco mais sério (só um pouco rs), a faixa é quase um manual de instruções pra ladies que tão afim de se afirmar e gritar pro mundo que o fim do namoro não é (jamais) o fim do mundo. Afinal, existem muitas outras formas de se divertir, e uma delas, é se acabar numa boa balada. Quem nunca?

Falando em termos técnicos, a música causa uma impressão estranha nas primeiras ouvidas, já que suas batidas são caóticas e não se encontram. Palmas, sirenes, corais... ouvindo repetidas vezes, você percebe que tudo fica cada vez mais viciante e daí o difícil vai ser parar de escutar. "I'm Out" tem um instrumental legal, uma parceria feita sob medida e uma letra forte. Em suma, tem tudo pra ser hit. E vai? Bom, a aceitação do público é sempre uma caixinha de surpresas, mas, por opinião própria, acho que dessa vez vai.

É evidente a divulgação da faixa só tá começando, já que foi lançada oficialmente pouco antes do lançamento do álbum, mas "I'm Out" dá indícios de sua força nos charts, estando por enquanto em #50 nos Estados Unindos e #54 no Reino Unido. Pois é, esta é Ciara fazendo cada vez mais a vida difícil pras inimigas. Principalmente pra uma Nicole de sobrenome complicado, que vai ter que procurar uma nova parceira pra dividir as piadinhas de flop.

Hitômetro: Britney Spears - "Ooh La La"



2013 é o ano em que Britney Spears está preparando o terreno para seu retorno. O oitavo álbum da Princesa do Pop já está sendo produzido e muita expectativa já gira em torno da moça, afinal, ela é Britney Lanças. O primeiro passo dessa preparação foi com a faixa Scream & Shout, o famigerado feat. com will.i.am. A música fez sucesso pela fórmula mágica do ~rapper, não pela qualidade, mas tá certo, acontece. Depois foi anunciada sua nova música, Ooh La La, faixa que integra a trilha-sonora de "Os Smurfs 2", a mais nova animação da Sony Pictures, e mais expectativa surgiu.

A música vazou, Neydinha falou que não era a versão final, esperamos a oficial e bam. É isso a música? Tentando ser açucarada, já que é teoricamente uma música voltada ao público infantil do filme, a faixa falha em quase todas as tentativas de dar certo. No filme pode funcionar (apesar de "Os Smurfs" ser um filme pé-é-éssimo), já que tem um refrão que as crianças vão ficar na cabeça (confesso que ficou na minha também por uns três minutos, aí esqueci).

Liricamente, não vejo ligação alguma com o filme: "Você não precisa parecer um astro de cinema / Você não precisa agir como um milionário /  Venha, aumente o volume até caixas de som explodirem, faça uma pausa, mostre-me o que você tem". A letra até tem coesão com ela mesma, mas é assustador quando vemos que foi preciso sete, eu disse S-E-T-E pessoas para escrever algo tão simples assim - vou dar nomes aos bois: Dr. Luke (como sempre), Joshua Coleman (Ammo), Lola Blanc, Fransisca Hall, Henry Walter (Cirkut), Jacob Kasher Hindlin e Bonnie McKee (que já fez músicas incríveis, como Wide Awake da Katy Perry e Supernatural da Ke$ha).

Os vocais: gente, eu tava achando Scream & Shout mega auto-tunada, mas Ooh La La conseguiu superar. Na ponte (parte entre os versos e o refrão) a voz da Brit tá absurdamente fanha e esquisita. Um horror. E lá pelo final ainda colocaram um break mais desnecessário que meter um rapper pra dar uma agitação na música. Se fosse na voz de Katy Perry, ou até mesmo na de uma das Disney Stars (Demi Lovato, por exemplo), a faixa teria ficado bem melhor, mas é claro que a escolha pela Lanças foi alavancar o nome da faixa. Até a melodia é bate e enxuga, nada original e nada empolgante, com a mesma fórmula ~doctorluckada de te ganhar pelo refrão. Next.

Mas você falam: "Aff pfvr, é uma música infantil, tinha que ser fofinha mesmo". Okay, tá, um rm. Caso vocês não lembrem da animação "Rio" de 2011, vou refrescar a memória de vocês. "Rio" tem umas das melhores trilhas-sonoras de um musical, e a faixa Real In Rio concorreu ao Oscar de "Melhor Canção Original" no Oscar de 2012, OU SEJA, é perfeitamente plausível fazer uma música para essa vertente sem parecer boboca ou sem necessidade, como é o caso de Ooh La La.

Até nos charts a música falhou: a tabela mais alta foi o #1 na Coreia do Sul. No UK não teve nem sombra e nos US tá em #85. E nem vou comentar aquele clipe medonho porque não é o espaço, rs. Moral da história: Brit meu bombom, eu prefiro você bitch, não cute.

Hitômetro: Ellie Goulding - "Burn"


A britânica Ellie Goulding é uma das melhores referências quando pensamos em ~cantoras que vendem pop pra pessoas que não gostam de pop que vende~ e, ainda colhendo frutos do seu grande hit, “Lights”, a cantora se prepara agora para relançar o seu segundo disco, “Halcyon”, com sete novas canções e colaborações de diversos DJs, o que promete possíveis novos hits para as pistas. Abrindo os trabalhos com a re-edição do álbum, o mais novo single de Goulding é a canção “Burn” e, desde a primeira vez que a escutamos, a aceitação foi quase que automática.

Quando canta, Ellie Goulding não é só uma voz e sim um estado de espírito, mas daqueles em que você se sente tão livre que parece estar voando, porém, se tratando da indústria, uma hora pisamos no chão outra vez e então encaramos os objetivos mercadológicos da canção. De início, tememos o fato dela estar cantando sobre luz, iluminação ou derivados outra vez (e com a mesma sonoridade dançante sem se render por completo às pistas), faz parecer que ela está andando em círculo ao redor da sua “Show das Poderosas”. Mas ao mesmo tempo que isso parece assustador, ficamos animados ao ver que ela consegue repetir a fórmula sem nos cansar. É uma “Lights 2.0” tão boa quanto a primeira e que, mesmo reciclando alguns elementos, não soa datada ou como algo que já escutamos antes.

O mais interessante nessa história é que, aparentemente, a ideia que deu vida à “Burn” não foi de recriar o sucesso “Lights”. Isso porque a canção, produzida pelo Greg Kurstin com composição do Ryan Tedder (One Republic), era pretendida pela Leona Lewis, para o álbum “Glassheart”, e acreditamos que eles não pensariam numa “nova Lights” pra quem nunca teve uma. Outro ponto que devemos ressaltar é que, assim como disse Calvin Harris certa vez, Leona tem um jeito bem singular de cantar, assim como Ellie, e dá muito de sua personalidade para suas canções, fato que fica bem claro ao ouvirmos “Burn” em sua voz, que não tem nem metade do clima ou animação proposta pela versão cantada pela Ellie, nos fazendo pensar que ela passaria despercebida no “Glassheart” — o que seria um baita desperdício.

Concluindo, Ellie Goulding sentiu a sensação de ter seu primeiro grande hit após relançar o CD “Lights”, sob o título “Bright Lights”, mas essa fama só tomou grandes proporções após ela lançar seu segundo álbum, que mesmo sendo um dos melhores de 2012 teve muitas de suas produções ofuscadas pelo grande sucesso, sendo assim, o tal relançamento do “Halcyon” não é algo que tenha nos surpreendido. A surpresa mesmo, fica a cargo da qualidade do material que está por vir, só tentaremos não criar muitas expectativas pra evitar possíveis decepções.

Hitômetro: Iggy Azalea - "Bounce"


Não é de hoje que vemos a rapper Iggy Azalea como um nome promissor para a indústria. A australiana, que além de rimar também é modelo, já chama nossa atenção desde as mixtapes que lançava gratuitamente pela internet, e tem agora o seu momento com o apoio de uma grande gravadora, prestes à lançar o seu primeiro CD.

Intitulado “The New Classic”, o disco de estreia de Iggy nos foi apresentado com o carro-chefe “Work” e com ele a loira provou que só precisava de um empurrão para que se tornasse um nome grande, mas caso alguém ainda não tivesse notado, ela resolveu reforçar a ideia em seu segundo single com o vindouro álbum, a dançante “Bounce”.

Sem perder tempo, a canção já começa rápida, com a voz de Iggy adiantando o comando principal repetidamente, enquanto a batida cresce gradualmente: pule. Dada à regra, pouco a pouco a música começa a ser estruturada e notamos então o quão cheia de tendências é a sua fórmula: tem o refrão chiclete, a batida dançante, o flerte com o trap e uma letra que, mesmo sendo bem fácil, tem algum conteúdo. Pensando em rápidas comparações, dá até pra dizer que é um ponto de encontro, talvez inimaginável, entre Ke$ha (os vocais), Missy Elliot e Tinie Tempah (as rimas ágeis), e isso sem falar na forma com que toda essa mistura "casa bem" com as batidas, entrando numa perfeita sincronia.


Em suma, Iggy Azalea já tinha nos mostrado sua simpatia pelo dance em “Beat Down” do Steve Aoki e já provou que também se garante longe das batidas radiofônicas, como conferimos nos EPs que antecederam o smash hit “Work”, mas “Bounce” vem para fixar seu nome com a massa e cumpre bem o seu papel. O melhor de tudo isso, porém, não é nem a canção, mas sim a forma com que Azalea consegue transitar tão bem pelo urbano e pop sem que soe desesperada por um hit, se mostrando bem mais preparada que suas ~concorrentes~ nesta corrida pelo #1. Alerta de novo hino para as pistas!

Hitômetro: Ke$ha - "Crazy Kids (feat. will.i.am)"



Quando dizem que nosso mundo está cada vez mais plástico e superficial, é de se estranhar. Mas no fim das contas isso pode estar certo. No inferninho da música, tudo o que todos querem é: sucesso. O tão sonhado #1 nos charts da vida. Isso faz com que de vez em quando um determinado artista (e sua gravadora) partam para as medianas drástikas para poder conseguir o tal #1. Inventam um remix farofento para ferver a pista, chamam o Pitbull só pra cantar o batidíssimo "Mr. Worldwide" ou colocam um feat com alguém que possua "nome" suficiente para alavancar a faixa. Foi este último exemplo que aconteceu com Crazy Kids da Ke$ha. A versão no "Warrior" é com ela e apenas ela. Todavia, na hora de escolher a faixa como single, chamaram o pau pra toda obra, também conhecido com will.i.am., para dividir os vocais. Óbvio que o líder do Black Eyed Peas não ia dispensar uma boca livre, então adicionou alguns versos para mostrar seu #willpower e feito, o single estava pronto para ganhar o mundo.

Ke$ha veio com o "Warrior" para mostrar ao mundo que era mais que um rostinho farofeiro com glittler e muito auto-tune. Promessa feita, promessa cumprida. O "Warrior" abrange com louvor diversos gêneros sem (quase nunca) cair na pieguice ou forçação de barra. A faixa que, desde a primeira ouvida, mais me chamou a atenção foi Crazy Kids. "Que Ke$ha é essa? Eu não sei, mas já to amando". Começa com aquele violão delícia kinda Good Feeling do Flo Rida, assobios e os vocais da Ke$ha super manhosos entoando "Olá, onde quer que você esteja. Você está na pista de dança ou bebendo no bar? Hoje anoite nós vamos fazer algo grande e brilhar como as estrelas. Não dão damos a mínima porque é isso que nós somos. E nós somos...", até cair no corpo da música e lá está Ke$ha fazendo quase um rap! Insano.

Depois do, podemos chamar, flop de C'Mon, a gravadora não quis arriscar o mesmo caminho e, como já dizemos, meteram o will.i.am aqui. E, teoricamente, ele é um rapper. Todavia a sua parte hip-hopada na canção é completamente dispensável, ruim (tem até grunhidos inteligíveis, como se a criatividade para o trecho tivesse acabado e ele começa a gemer como uma vaca) e só diminui a faixa ("Ela coloca os seios no meu rosto e estou realmente vendo duplicado. Levo-a para minha casa para voar como um foguete": passo). O mais triste é que a "função" do rapper era elevar a música nos charts, só que isso não aconteceu (a faixa teve peak de #59 no US e #75 no UK), ou seja, will.i.am é um grande nada (abro espaço para o óbvio: chart só é importante para gravadora e ele pode medir tudo, menos "qualidade").

Mas vamos falar de coisa boua: o mais impressionante em Crazy Kids, além do "novo som" da cantora, é a recepção daquelas que NÃO gostam de pop e/ou não gostam da Ke$ha. Vejo amigos "indies" que amam a faixa, simplesmente por ela ver tão libertina quanto às regras do estilo pop - óbvio, não temos uma revolução do estilo, mas temos uma pequena revolução interna dentro dos próprios pilares musicais da Ke$ha. O modo electropop que ela (e somente ela com seus produtores - Dr. Luke, oi -, will.i.am é arroz de festa aqui) fala (canta) sobre a libertação do "eu" é exemplar, e termina como a melhor faixa de todo o álbum. Sucesso ou não Crazy Kids é uma daquelas faixas que estão livres dos nossos neolíticos charts que medem "o quão boas ou ruins" elas são, que não passam pela nossa fria escala de "hit" ou "flop" por simplesmente serem: incríveis.

P.S. sobre a escala do Hitômetro: se o single fosse na versão original da faixa, bateria na Adele.

Hitômetro: Miley Cyrus - "We Can't Stop"


Os retornos desse ano estão longe de acabar e, entre tantos grandes nomes como Bowie e Justin Timberlake, também estamos mais que ligados em alguns nomes revelados pela Disney nos últimos anos, como Selena Gomez, Demi Lovato, Jonas Brothers e a atração desse post, Miley Cyrus. Pra adolescentes ou não, todos esses artistas citados já passaram por nossa vida em algum momento, seja por bons álbuns completos ou aquele hit do momento, e alguns deles já estão até garantidos quanto ao status de artista pop, mas caso algumas pessoas ainda estejam em dúvida sobre isso, todos aproveitaram esse mesmo ano pra se afirmarem de vez, primeiramente mostrando que cresceram e, claro, a que veio.

Famosa por protagonizar a série “Hannah Montana”, Miley Cyrus caminha por essa tortuosa linha de maturidade para a mídia há um tempo. Em seu último CD, “Can’t Be Tamed”, ela adotou visual e letras mais sexys que, obviamente, chocaram seus fãs mais jovens e pais conservadores, mas antes que tudo o que fez até hoje afundasse por água abaixo, ela resolveu adotar uma postura que se mostrou radical gradualmente, revelando tanto aos fãs quanto imprensa que deixava aquela menininha da Disney pra trás por doses homeopáticas. Pra que tudo funcionasse perfeitamente, Cyrus incluiu neste projeto uma pausa nos trabalhos e assim descansou sua imagem, até reaparecer com cabelos curtos e loiros, quase casada e com um novo disco em fase de produção, ao lado de nomes como Pharrell Williams, Dr. Luke, Sia, No Doubt e vários outros nomes mais que interessantes.

Abrindo os trabalhos do novo CD, o primeiro single do material é a canção “We Can’t Stop” e aqui temos Miley assumindo mais um desafio. Ao contrário do que os artistas costumam fazer para atrair atenção aos seus lançamentos, a nova música de trabalho de Cyrus não soa nada comercial em sua primeira ouvida, além de em momentos mais parecer uma demo da Rihanna do que um single em si, mas bastam mais alguns plays pra que notemos o quão genial foi toda essa investida. Desde quando anunciaram que essa seria uma produção do Mike Will Made It, que já trabalhou com a citada Rihanna (além de Ciara, Kanye West e outros), já esperávamos por algo bem urbano, e temos nossas expectativas alcançadas. É aquela música pra fim de festa, dançante na medida do possível e sem qualquer vestígio de dubstep ou tendências radiofônicas, e pensando neste sentido funciona muito bem.

Não tem um refrão de grande impacto, nem um momento em que a canção realmente "aconteça", mas é desta forma devagar quase parando que ela nos ganha, seja com o coral do momento em que Miley canta sobre dizer e fazer o que quiser ou nos toques característicos do Mike, como os vocais graves que acompanham quase toda a música, sendo um bom exemplo daqueles casos onde menos é mais.

Pra quem perdeu todo o projeto que comentamos no segundo parágrafo e ainda lembra de Miley por “Party In The USA” ou “7 Things”, é provável que essa nova pegada soe um tanto forçada, assim como sem identidade, mas tudo o que conseguimos ouvir é justamente o que ela tem mostrado que “se tornou” atualmente e, no fim, as mudanças nem são tão drásticas o quanto parecem. Seja como for, talvez sejam necessárias algumas coisas realmente dançantes nesse álbum, mas queremos mais dessa Miley que, como disse o Ryan Seacrest, agora não é só indomável, como também imparável. 

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