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Davi Sabbag narra a sua jornada sobre o afeto no curta musical “Ritual na Bahia”

Quando a gente fala em quarentena e, principalmente, no tempo em que passamos ao longo desse isolamento, falamos também muito sobre jornada e as tantas transformações que, para o bem e para o mal, fomos forçados a lidar fosse pelo tempo, fosse pelas condições das coisas, fosse por aquele sentimento de inquietude que, entre tantos outros, ocupa um espaço em nossa cabeça esperando o seu momento de se externar.

Com a produção iniciada ainda antes desse fim do mundo, em fevereiro de 2020, o curta-metragem “Ritual na Bahia”, do músico Davi Sabbag, traz muito sobre isso, mas sob a ótica do afeto e desse negócio que tem sido tão complicado nesses dias de hoje que é o sentir - “-se” e o outro.

Sob a direção de  Alexandre Mortagua e Fernanda Liberti, o filme acompanha a história de dois casais numa viagem para a Bahia e, por conta da pandemia, teve a sua narrativa pausada e modificada através do tempo, só tendo a oportunidade de chegar ao público agora.

Em cerca de 9 minutos, o vídeo é composto pelas músicas “Abertura”, “Dois livros”, “Coisas da Bahia” e “Maçã”, encerrando da forma mais poética possível ao som da canção “Saiba”.

Além dos vocais, produção musical e atuação no vídeo, Davi Sabbag co-assina também o roteiro, desenvolvido por Bruno Castro com a também parceria de Alexandre e finalização de Rapha Dutra.

Assista ao filme abaixo:

“Ritual (Deluxe)” é uma extensão do disco de estreia de Davi, originalmente lançado em 2019, sucessor do EP “Quando”, que deu início aos seus trabalhos solos após o fim da Banda Uó. Lançado de forma independente, o álbum contou com a participação de artistas como Urias, Jaloo, Kafé e Filipe Papi, e pode ser encontrado em todas as plataformas digitais.

Primeiro single solo de Davi Sabbag já tem nome e data de lançamento

Nem deu tempo de sentir saudades, né gente?

Na manhã desta segunda-feira (16) chegou a vez do músico Davi Sabbag, ex-integrante da Banda Uó, anunciar a chegada da sua carreira solo, que acontecerá ao som da faixa “Tenho Você”.

Cantor, produtor e compositor, Sabbag fez o anúncio por suas redes sociais, onde também adiantou sua capa e quando a música será lançada: dia 24 de julho, na próxima terça-feira.


O último single da Banda Uó, “Tô na Rua”, foi produzido por Davi, ao lado do também produtor e amigo de longa data da banda, Pedrowl.


Já estamos aqui torcendo pelo moço, né? A gente, você já tem! 

O adeus da Banda Uó e o fim de um ciclo que marcou a música pop brasileira

“Tô Na Rua” foi, sem dúvidas, um dos melhores e mais tristes lançamentos da música pop brasileira no último ano. Melhores porque entregou um dos trabalhos mais interessantes da Banda Uó que, sob a produção de Pedrowl e um de seus integrantes, Davi Sabbag, demonstrou não só muito mais maturidade musical, como também estarem pronta para alçar voos maiores; tristes porque esses voos não acontecerão como um trio, mas, sim, com os três em suas respectivas carreiras solos.


A despedida da banda, que surgiu na internet há seis anos, com uma versão eletrobrega para o hit “Whip My Hair”, de Willow Smith, dá fim a todo um ciclo que abriu as portas para muito do que a música pop brasileira se tornou hoje, incluindo a ascensão de nomes como Pabllo Vittar, Lia Clark e, por que não?, de certa forma, até mesmo Anitta.


Apadrinhados pelo Bonde do Rolê, que na época já tinha a frente de suas produções Rodrigo Gorky, hoje também produtor de Pabllo Vittar, Alice Caymmi, entre outros, a Banda Uó começou a fazer seu nome pela zoeira, todo o sentimento do trash que era legal, mas bastava se aprofundar em seus trabalhos para ver que, apesar das brincadeiras e versões escrachadas para hits gringos, o que tínhamos era a boa música pop sendo produzida e em português e com muitos refrãos chicletes e arranjos que transformavam essas melodias nas propostas mais brasileiras possíveis. E dava certo.


O primeiro disco veio pela Deckdisc. “Motel” (nossa resenha), de 2013, era o primeiro passo ousado da banda, que agora se desvencilhava das versões e covers para abraçar suas próprias canções, e o resultado não poderia ter sido melhor: o álbum rendeu canções como a caricata “Faz Uó”, a maravilhosa “Búzios do Coração”, a homenagem inesperada a Rita Cadillac, “Show da Rita”, e até a participação do produtor Diplo, naquela época ainda no início do hype que se estende até os dias atuais, na faixa “Gringo”.


Dois anos mais tarde, chegou a hora deles descobrirem se podiam ir além e, com seu segundo disco, “Veneno” (nossa resenha), miraram ainda mais alto. O álbum investiu pesado em fórmulas mais comerciais e letras menos explícitas que o anterior, mas sem deixar de lado toda a zoeira que sempre acompanhou a banda, assim como as referências, aqui revividas diretamente dos anos 80 brasileiros.


O grande hit dessa era foi a parceria com Karol Conka, “Dá1Like”, mas o trabalho ainda rendeu releituras para sucessos como “Pretty Fly (For a White Guy)”, do The Offspring, na faixa “É Da Rádio?”, e “U Can’t Touch This”, do MC Hammer, em “Arregaçada”, além de clipes para as canções “Sauna” e “Cremosa”.


Assim como a música pop brasileira se viu entretida, em outrora, por nomes como Mamonas Assassinas e Blitz, a Banda Uó surgia como uma alternativa moderna - e muito bem vinda - de toda essa pegada trash para os dias atuais, dentro de uma era em que as rádios e os programas dominicais de TV eram gradualmente substituídos pelo Youtube, Spotify e tantas outras formas de se oferecer e consumir música, e nessa breve trajetória, não só descobriram e conquistaram seu espaço, como se fizeram ser vistos, curtidos e compartilhados, com um trampo independente e muito bem feito em português. Abrindo as portas para todos os outros que vieram depois.



Mais do que isso, a banda também se tornava um diferencial para os diálogos em torno da sexualidade e diversidade, anos antes do Brasil se ver entre a maior drag queen da música atual e toda essa onda de ódio, desinformação de LGBTQfobia que, enfim, vem sendo amplamente debatida. E se hoje, com tanto acesso à informação e possibilidade de discussões, isso ainda é um problema, quem dirá há anos atrás, para um grupo formado por dois gays e uma mulher trans e negra.


Com “Tô Na Rua”, entretanto, essa despedida tem mais um tom de “até a próxima” do que um adeus propriamente dito, e como os próprios cantam, eles continuarão por aí, sempre saberemos onde os encontrar. Nesta sexta (02) acontece o último show da Banda Uó em São Paulo, no Tropical Butantã, e se fossemos vocês, não perderíamos o fim desse capítulo por nada.

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