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O que não reluz muitas vezes também é ouro: a versátil carreira de Daniel Brühl estampa o brilhantismo do ator

A indústria do cinema, apesar de ter seus queridinhos e nomes já bastante aclamados, constantemente se renova, solidificando o nome de artistas que antes não eram tão conhecidos ou incorporando novos talentos às grandes produções. Tanto os ramos de direção e roteiro quanto os de produção e, especialmente, de atuação, são revigorados com a chegada de novos rostos.

Entretanto, “caras novas” nem sempre são sinônimo de inexperiência e tampouco se referem a pessoas que acabaram de entrar na área. Na indústria do cinema, muitas vezes os “novatos” são artistas originais que já vinham desenvolvendo um trabalho consistente e de qualidade, mas que ainda não haviam criado nome. Quando aparecem aos olhos do grande público e da mídia mais mainstream, estão apenas tendo sua relevância reconhecida e colhendo os frutos que sem alarde vinham plantando. Parece ser esse o caso de Daniel Brühl, ator com currículo pleno de atuações impecáveis e que vem conseguindo maior visibilidade nos últimos tempos.


Cosmopolita, Brühl nasceu na Espanha e cresceu na Alemanha, onde iniciou sua carreira de ator


Nascido em Barcelona em 1978, Daniel cresceu em Colônia, na Alemanha, e sua relação com o cinema vem de casa, visto que seu pai, Hanno Brühl – brasileiro de ascendência alemã –, era diretor de TV. O cosmopolita ator, que é também poliglota – Daniel fala inglês, alemão, espanhol, francês e ainda entende português e catalão –, iniciou sua carreira em 1995, atuando em uma novela alemã. Foi apenas em 2003, entretanto, que Brühl começou a receber um pouco mais de atenção da crítica especializada. Ainda que antes disso já tivesse trabalhado em filmes como Deeply: O Segredo, em que contracenou com Kirsten Dunst, foi seu papel no extraordinário Adeus, Lênin!, dirigido por Wolfgang Becker, que deu início à sua jornada rumo a Hollywood. A trama que conta a história de uma família que vive na Alemanha Oriental aos fins dos anos 1980 e cujas vivências se entrelaçam à história mundial, culminando com a queda do Muro de Berlim e o fim da Guerra Fria, rendeu prêmios ao ator e foi um ponto alto na sua carreira, que, a partir de então, deslanchou – ainda que não necessariamente para o mainstream.

Em 2004 foi lançado The Edukators (Os Edukadores, em português), em que Brühl interpretou o papel de um ativista anticapitalismo envolvido em um triângulo amoroso. O longa, aclamado tanto pela crítica quanto pela audiência, tem como ponto central um grupo de três amigos que invadem casas de pessoas da classe alta da sociedade, rearranjam a mobília e deixam uma nota se identificando como “Edukators”. Além de ter angariado prêmios e nomeações, o filme arrecadou cerca de US$ 8 milhões em bilheteria e recebeu o status de cult, chegando, inclusive, a ser adaptado para os palcos brasileiros, como lembra o portal G1. Poucos anos depois, Daniel estrelou também filmes como Salvador, em que interpretou um anarquista espanhol vivendo na Espanha Franquista, e 2 Dias em Paris, produção franco-alemã com roteiro e direção de Julie Delpy, a eterna Céline da trilogia de Antes do Amanhecer.



Após atuação em filme de Tarantino, a estrada se abriu ainda mais


No entanto, o ano de virada definitiva na carreira do ator foi 2009, quando sua apresentação ao grande público se deu por meio das mãos de ninguém menos do que Quentin Tarantino, que o escalou para fazer parte do elenco de Bastardos Inglórios. Atuando ao lado de Brad Pitt, que também foi dirigido por Tarantino em seu último longa, Era uma Vez em... Hollywood, Brühl interpretou um fuzileiro de elite alemão que funciona como o ponto de virada da trama. Daí para frente se seguiram diversas outras produções envolvendo Daniel no elenco, com destaque para Capitão América: Guerra Civil, uma produção da Marvel Studios que foi dirigida pelos irmãos Russo e lançada em 2016. Contracenando ao lado de atores como Robert Downey Jr. e Scarlett Johansson, Brühl interpretou o vilão Helmut Zemo. O longa arrecadou mais de US$ 1,1 bilhão em bilheteria mundial.

Dentre outros títulos lançados de 2009 até hoje, destacam-se também Rush – No Limite da Emoção, em que Daniel levou às telas, nas palavras do portal Omelete, uma intensa interpretação do piloto de Fórmula 1 Niki Lauda, e Tirando a Sorte Grande (lançado em 2019). O enredo deste último é focado na família Pelayo e em sua maestria nas mesas de roleta que, além de ter variadas versões, como a Europeia e a Americana, atrai jogadores diversos por conta de sua simplicidade, como comentado no site de roleta online da Betway. Foi justamente essa simplicidade que permitiu a Gonzalo García-Pelayo, o pai da família Pelayo, a realizar observações profícuas quanto aos jogos de roleta e a concluir que cada roda é única no sentido de que que a bolinha é mais propensa a cair em determinados números do que em outros. Essa probabilidade poderia ser verificada ao se observar por algum tempo como uma roda específica se comporta, e foi isso que Gonzalo e sua família fizeram.

O Zoológico de Varsóvia é outro dos longas-metragens estrelados pelo ator que vale a pena conferir. Lançado em 2017, o enredo tem como base o livro homônimo de Diane Ackerman, que conta a história real do casal Jan e Antonia Żabińska. Responsáveis pelo Zoológico de Varsóvia, eles passam a abrigar no local famílias judias que estão fugindo dos nazistas. Daniel Brühl interpreta o zoólogo Lutz Heck, membro do Partido Nazista. Bons comentários a respeito do filme foram tecidos tanto pela crítica especializada quanto pelos espectadores. Este ano, teremos a chance de ver Daniel atuar em duas outras produções: Kingsman: O Grande Jogo e Falcão e o Soldado Invernal, série que, de acordo com o portal Observatório de Séries, tem a canadense Kari Skogland na direção.



Como se vê, a carreira de Brühl é bastante versátil tanto em termos de estilos de personagens já interpretados quanto em relação à nacionalidade dos filmes que já estrelou e aos idiomas em que já atuou. Com uma história de vida interessante e multicultural, o ator parece transpor para as telonas os sentimentos que suas experiências como ser humano já lhe trouxeram. E o faz com grande maestria e brilhantismo, provando que, mais do que atingir grande fama, o importante é desempenhar seu trabalho com amor e dedicação.

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