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A Travestis lança seu primeiro álbum, “Respeita as travestis”, misturando pagodão baiano com Lady Gaga e Pabllo Vittar

Só com feats nordestinos, primeiro álbum de A Travestis explora versatilidade do pagodão baiano atravessando referências da cultura pop.

Seguindo os passos do funk e suas diferentes vertentes Brasil afora, o pagodão baiano têm conquistado cada vez mais força e espaço no pop brasileiro e, pelas beiradas, emplacou hits nas vozes de Pabllo Vittar (“Problema Seu”), Lexa (“Provocar”), Anitta (“Me Gusta”) e Ludmilla (“Invocada” e “Pra Te Machucar”, essa última com o trio Major Lazer), pra citar alguns.

Na cena local, são muitos os nomes de destaque e, entre eles, uma artista que está decidida a cruzar as fronteiras baianas pra fazer o grave bater por todo o território nacional: estamos falando da artista Tertuliana ou, como é chamada nos palcos, A Travestis.

Na estrada desde 2019, quando estourou com o hit “Murro na costela”, A Travestis é essa banda de uma cantora só que, após o primeiro sucesso, encontrou uma fórmula infalível: mistura o grave do pagodão baiano com referências da cultura pop, acompanhadas por letras que, sem o menor pudor, tratam de suas vivências enquanto mulher trans.

“Respeita as travestis”, seu disco de estreia, chegou aos streamings na última semana e faz uma coleção de acertos. Na tracklist, só traz colaborações com outras mulheres nordestinas: a alagoana Danny Bond e as baianas Nêssa e Daiana Leone, da banda Swing de Mãe. Enquanto, através de suas faixas, explora as sonoridades do pagodão em encontro com outros ritmos, incluindo reggaeton, funk e, claro, música pop.

Lady Gaga, sampleada em “Murro na costela”, tem outras duas faixas servindo de inspiração para a brasileira: “Applause”, do disco “ARTPOP”, aparece com andamento mais lento em “Disputa”, enquanto “Poker Face”, da saudosa era “The Fame”, vem pra estourar o grave com “Desce viado”.

Pabllo Vittar, com quem A Travestis colaborou na faixa “Tímida”, do disco “111 Deluxe”, também é lembrada em pelo menos dois momentos: na mistura de “Tokyo Drift” com funk em “Cagar no pau” —a mesma mistura acontece em “Bandida”, da drag maranhense — e na faixa “Bunda de PV” que, como entrega seu título, fala justamente sobre o traseiro da cantora.

O álbum está disponível na íntegra pelo Youtube e outras plataformas de streaming.

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