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Desconstruindo o "Future Nostalgia": Dua Lipa visita o passado para moldar o pop do futuro

She's the moment.
Hoje é dia 27 de março e temos entre nós o álbum do ano. Se você ainda não escutou o "Future Nostalgia", segundo disco da Dua Lipa, pode até ter achado essa afirmação um pouco exagerada, mas a gente garante que não basta mais do que uma ouvida para ter certeza de que esse é mesmo o trabalho definitivo de 2020. 

Dua Lipa não tinha uma tarefa fácil. Depois de um primeiro álbum muito bem sucedido e que lhe rendeu um de seus maiores hits, a faixa "New Rules", e dos incríveis singles, "Don't Start Now" e "Physical", nossa expectativa estava lá no alto. Mas, com uma infusão de disco que vai da nostalgia das pistas de dança dos anos 70 e 80 ao que vai ditar a tendência do futuro, Dua conseguiu nos entregar um trabalho coeso, autêntico e que supera tudo o que a gente esperava. 

A faixa-título abre o material de forma extremamente convidativa, nos trazendo uma mistura de Daft Punk com Prince que jamais imaginaríamos ver Dua Lipa interpretando, mas que combina muito bem com ela. Daí em diante, entramos em uma grande festa: "Don't Start Now" é o hino disco que essa geração precisava, "Cool" nos traz o mesmo sentimento delicioso de "Teenage Dream" e "Physical" se consolida como uma das melhores músicas da discografia da artista.


Mas nada nos prepara para o que vem depois: a sequência de "Levitating", que nos evoca as melhores músicas da banda Chic, do Nile Rodgers, a sensual "Pretty Please", co-escrita por Julia Michaels, e a poderosa "Hallucinate", que faz justiça a canções atemporais como "Hung Up" da Madonna e "All The Lovers" da Kylie Minogue, é capaz de nos deixar sem ar. 

Quando conseguimos recuperar o fôlego, Dua nos entrega a que pode ser a melhor faixa do material: "Love Again". Iniciada por violinos, a canção é uma ode ao disco que nos transmite perfeitamente a sensação de ser tomado por um amor, sem escapatória. "Break My Heart", com seu sample de "Need You Tonight", da banda INXS, é o complemento perfeito.

O álbum termina com "Good In Bed", uma música que nos lembra bastante os trabalhos iniciais da Lily Allen e até um pouquinho de Amy Winehouse e seu "Frank", e "Boys Will Be Boys", uma canção feminista e necessária. É até justo dizer que elas são as mais fracas do disco, mas, mesmo ficando abaixo das anteriores, continuam sendo muito boas. Esse é o poder do "Future Nostalgia". 

Pensando em todas as referências desse álbum que tem tudo para moldar o pop que vem aí, desconstruímos o disco em uma playlist especial. Viva a nostalgia do futuro!

disqus, portalitpop-1

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