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Os 20 melhores filmes de 2019

"Bacurau", "Parasita", "Clímax" e o melhor do Cinema em 2019 ao redor do mundo
E mais um ano chega ao fim, e com ele nossa lista de melhores filmes do ano. 2019, para muitos, foi um ano sensacional para o Cinema, e, mesmo não concordando tanto com essa afirmativa (2018 foi bem melhor), é claro que tivemos filmes que estão destinados a virarem clássicos. Então aqui estão os 20 melhores segundo o Cinematofagia - na verdade são 21, já que uma das posições é um empate.

De indicados e vencedores do Oscar a pérolas de todos os cantos do mundo, os critérios de inclusão da lista são os mesmos de todo ano: filmes com estreias em solo brasileiro em 2019 - seja cinema, Netflix e afins - ou que chegaram na internet sem data de lançamento prevista, caso contrário, seria impossível montar uma lista coerente. Importante pontuar que aqui há dois filmes que estreiam no comecinho de 2020, porém já entram aqui por ter distribuição limitada ainda em 2019. E, também de praxe, todos os textos são livres de spoilers para não estragar sua experiência - mas caso você já tenha visto todos, meu amor por você é real. Preparado para uma maratona do que há de melhor no cinema mundial no ano?


20. Atlantique (idem)

Direção de Mati Diop, Senegal.
Mati Diop fez história ao ser a primeira mulher negra a competir no Festival de Cannes, e "Atlantique" saiu com o segundo maior prêmio de sua edição. Alguns anos no futuro, na capital Dakar, um grupo de trabalhadores embarca para, clandestinamente, chegar na França a fim de uma vida melhor. Ada fica desolada quando descobre que seu namorado faz parte do grupo, e ainda mais devastada quando a notícia da morte de todos chega na cidade. Um drama político, discutindo a crise de imigração na Europa e o atual contexto econômico da África, "Atlantique" criativamente adota temas sobrenaturais para contar essa história de amor além do plano físico. Pode soar muitas vertentes, mas o filme está nas mãos de uma diretora totalmente ciente do poder de seu texto e imagens.

20. A Vida Invisível (idem)

Direção de Karim Aïnouz, Brasil.
Nosso representante ao Oscar, "A Vida Invisível" entra nas casas das famílias da década de 60 e como a vida das mulheres era silenciada. Aqueles microuniversos de classe média, de renegação social, de pobreza e marginalização, emula tantas e tantas histórias de resistência que qualquer um pode se sentir envolvido. Forte quando foca nas intimidações do patriarcado e emocionante quando entra no amor incondicional de duas irmãs que se separam graças à maquiavélica união de homens, "A Vida Invisível" é, além de sensacional exemplo do nosso majestoso cinema nacional, um garboso melodrama que se torna um atestado da nossa sociedade que deve, e muito, à vida feminina.

19. Animais (Tiere)

Direção de Greg Zglinski, Suíça/Áustria.
Um casal resolve passar um tempo em um afastado chalé. O marido, em busca de inspiração para seu livro, tenta acabar com as desconfianças da esposa. O plano começa a dar errado quando eles atropelam uma ovelha na estrada, desencadeando uma série de experiências estranhas. "Animais" é um filme que se utiliza do molde clássico: será se os personagens estão ficando loucos? Com uma atmosfera onírica à la David Lynch, que esconde segredos e camadas mais profundas por trás de cada porta, embarcamos no quebra-cabeças narcótico da narrativa, que mistura múltiplos universos, bizarrices, relacionamentos em ruínas e gatos falantes. Sem falar que é visualmente espetacular.

18. Uma Mulher em Guerra (Kona fer í Stríð)

Direção de Benedikt Erlingsson, Islândia/Ucrânia.
O eco-ativismo é pauta cada vez mais recorrente na Sétima Arte, ainda mais voltado ao documentário. Então foi uma deliciosa surpresa o islandês "Uma Mulher em Guerra": uma mulher, vendo o impacto de uma distribuidora de energia na região, decide destruir os cabos de energia na flechada. A fita é capaz de balancear sabiamente o drama da conscientização do impacto humano sobre o planeta com a comédia daquela simples mulher que declara guerra ao capitalismo sozinha. Você pode até se perder nas locações de tirar o fôlego (o filme foi filmado da Islândia, não tinha como ser diferente), mas a crítica está a todo o momento na flor da pele, com sacadas e reviravoltas imperdíveis.

17. Assunto de Família (Manbiki Kazoku)

Direção de Hirokazu Kore-eda, Japão.
Vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes 2018, "Assunto de Família" é mais um belíssimo lembrete de como Kore-eda é um dos melhores autores do cinema moderno. Em meio à pobreza, uma família sobrevive à base de furtos nos mercados da vizinhança. Quando encontram uma garotinha vítima de abusos domésticos, a família adota a menina, iniciando-a no ritual dos roubos. Pode soar uma problema, como se a criança estivesse sendo corrompida, mas, de maneira muito rica, é o contrário: a menina finalmente tem o que sempre quis, uma família que a ame incondicionalmente. Sem julgar os métodos escolhidos para manter a vida de seus personagens, o longa é de uma delicadeza rara, estudando o quão poderosa é essa instituição que não se liga apenas por laços sanguíneos.

16. Selvagem (Sauvage)

Direção de Camille Vidal-Naquet, França.
"Selvagem" já nasceu como marco dentro do cinema LGBT pelo seu olhar documental de uma condição que preferimos não encarar: a prostituição. Sua sinceridade brutal não é apenas motor de uma sessão de entretenimento (por mais drenadora que ela seja), é ferramenta de comoção social fenomenal da difícil vida de um garoto de programa. Longe de qualquer glamourização, fetichismo e julgamento moral, o filme vira um documento do quão desumanizadora é a marginalização da prostituição - aproximando o homem da selvageria - e manifesto da intragável solidão de seu protagonista, uma mercadoria à baixo preço que está sedenta por qualquer demonstração de afeto. E não estamos todos nós?

15. Uma Mulher Alta (Dylda)

Direção de Kantemir Balagov, Rússia.
A premissa de "Uma Mulher Alta", selecionado da Rússia para o Oscar, pode até parecer ser maçante - duas mulheres, após a Segunda Guerra Mundial, deve encontrar uma saída para a devastação de seu país e de suas vidas. Contudo, a trama vai para caminhos bastante inesperados quando estuda a relação dessas duas mulheres. Um drama denso e cheio de cenas desconcertantes - há uma particularmente tenebrosa no meio da sessão, um dos vários destaques -, "Uma Mulher Alta" usa as cores não apenas como método artístico, mas também narrativo no jogo dos papéis de suas protagonistas, que, quanto mais passa a sessão, mais abusivo, bizarro e doentio fica. 

14. Clímax (Climax)

Direção de Gaspar Noé, França.
"Clímax" não é uma produção recomendável, mas pelos motivos corretos: quando um grupo de dançarinos descobre que a bebida da festa foi batizada com LSD, o lado mais animalesco de cada um vem à superfície. Esse é um filme que não só demanda como suga o emocional do público, tão massacrado quanto os personagens, presos em uma bolha ácida que não escolheram e nem podem escapar. E talvez seja a impotência - tanto nossa como deles - que faz "Clímax" tão bizarro. Gaspar Noé nunca pôs os dois pés no terror, apesar de sempre flertar no gênero, e dessa vez ele não apenas entrou como filmou um show de horrores inacreditável, transformando cinema em uma experiência sensorial. Se já houve uma festa que você pode ficar feliz em não ter sido convidado, é essa aqui. Porém, há quem prefira dançar em meio ao caos.

13. No Tecido (In Fabric)

Direção de Peter Strickland, Reino Unido.
Você pode não levar "No Tecido" a sério ao ler a premissa: uma mulher, visando dar um gás em sua autoestima após o divórcio, compra um vestido vermelho para sair com um pretendente. O que ela não sabe é que o vestido é amaldiçoado, e matará quem estiver pela frente. Sim, o protagonista do filme é um vestido assassino. Lógico que a produção sabe da banalidade de seu pontapé, por isso costura tudo minunciosamente para, mesmo com algo tão absurdo, soar competente. "No Tecido" tem seus momentos nonsenses (é um vestido serial-killer, pelo amor de deus!), contudo, é um filme como nenhum outro pelo trabalho visual, um híbrido anacrônico belíssimo entre o novo e o antigo. Até mesmo nas sequências que poderiam arrancar risadas há um pesado esforço (muito bem recompensado) para não deixar a atmosfera cair, terminando como um conto de bruxas maligno e esteticamente irretocável.

12. Rainha de Copas (Dronningen)

Direção de May el-Toukhy, Dinamarca.
Uma advogada de sucesso no ramo da proteção infantil acolhe o enteado em sua casa para não contrariar o marido. O problema é que ela vê seu castelo perfeito começar a ruir quando inicia um relacionamento com o garoto. O que começa como uma brincadeira sedutora é levada por "Rainha de Copas" a jogos de poder que terão consequências devastadoras. Liderado por uma atuação perfeita de Trine Dyrholm, o longa é um estudo poderoso sobre o outro lado da pedofilia, quando a mulher é o "predador". Cheio de cenas desconcertantes, a metáfora do título já mostra como o filme anda no campo do ambíguo: rainha de copas é a carta que representa o altruísmo, o que é no mínimo irônico dentro da obra.

11. Retrato de Uma Jovem em Chamas (Portrait de la Jeune Fille en Feu)

Direção de Céline Sciamma, França.
Por volta de 1770, em uma ilha na costa francesa, uma pintora é contratada para fazer o retrato de uma aristocrata com casamento marcado. A pintora deve realizar o serviço em segredo, já que a prometida se recusa a posar por não aceitar o casamento. A dinâmica entre as duas rapidamente muda para uma relação mais profunda quando elas se apaixonam. "Retrato de um Garota em Chamas" é mais um capítulo fabuloso na filmografia de Céline Sciamma e seu estudo de gênero: todos seus filmes possuem discussões bem diferentes e sempre certeiras sobre o papel da mulher dentro dos mais diferentes contextos, vide "Tomboy" e "Gatoras". Vencedor da "Queer Palm" (o "Oscar" dos filmes LGBTs), "Retrato" direciona sua arte para tela, tornando um filme uma verdadeira pintura poética no ecrã que condiciona aquele amor proibido de maneira ímpar. Todas as cenas podem ser penduradas em um museu.

10. Cafarnaum (Capharnaüm)

Direção de Nadine Labaki, Líbano.
O vencedor moral do Oscar 2019 de "Melhor Filme Estrangeiro" e "Melhor Direção" ("Roma" não chega nem aos pés), "Cafarnaum" surgiu quando Labaki se perguntou: no nosso sistema tão falho, quem mais sofre com nossos conflitos, guerras e governos? As crianças. E a película é inteiramente transposta a partir da visão dos pequenos, em especial Zain, que está processando os pais por lhe darem a vida. "Cafarnaum" vai até o seio de um Líbano degradado e à beira do colapso, dando voz àqueles que são ignorados por completo. Carregado nas costas pelo brilhante elenco infantil, eis um daqueles filmes que são uma forma de documentação histórica e denúncia de realidades esquecidas. A cena final é uma das maiores destruições já filmadas nesse século.

9. Garota (Girl)

Direção de Lukas Dhont, Bélgica.
Baseado na vida de uma real bailarina trans, "Garota" foi recebido com amores e ódios pela ótica íntima da vida transsexual. A sessão é impactante não só pelo o que a fita mostra, mas pelo o que ela gera como sensações, navegando pelas ansiedades, medos e momentos mais obscuros que um LGBT passa ao se ver em uma sociedade que não está capacitada para entendê-lo. Porém, a maior lição que retiramos de "Garota" é óbvia: o local de fala é importante, mas não garante coisa alguma, principalmente se tratando de expertises artísticas. Sua bagagem não vai, necessariamente, fazer um bom filme. Felizmente, não foi o caso de "Garota", um delicado filme baseado na vivência de uma real mulher trans, não uma fantasia erotizada de uma pessoa cis.

8. Divino Amor (idem)

Direção de Gabriel Mascaro, Brasil.
"Divino Amor" leva o espectador para um Brasil aqui do lado, alguns anos no futuro. Com o avanço do fundamentalismo, o nosso país vira um cabaré gospel. O ethos construído pelo roteiro une o conservadorismo hipócrita com os pecados da carne, convenientemente convertidos em dádivas quando o lema do novo sistema é "Quem ama divide". O fanatismo não tem vergonha ao se arvorar do bacanal como veículo de encontro com deus, porém não se engane: o bordel instaurado de "Divino Amor" é muito bem controlado. O mais assustador do filme é sua consonância com o agora do nosso país - o exagero do ufanismo religioso é prato cheio dentro da arte, e a película a escancara acidamente, na mesma medida em que alerta o avanço do fanatismo.  Num país que parece não haver regras, justiça e equidade, o cabaré sagrado de "Divino Amor" soa preocupantemente plausível.

7. A Favorita (The Favourite)

Direção de Yorgos Lanthimos, Reino Unido/EUA.
O filme de época mais espirituoso dos últimos tempos, "A Favorita" é, em primeiro lugar, um filme sobre mulheres difíceis em uma época difícil e em posições difíceis. A obra encanta na riqueza de detalhes narrativos e visuais, e quando suas protagonistas - três monstros na tela - não dão a mínima para a guerra do lado de fora de seu palácio, mais preocupadas com a batalha que acontece ali dentro - o destino da nação pouco importa quando é seu status que está em jogo. Mesmo não tendo o roteiro assinado por Lanthimos, o maior diretor em atividade, o longa é mais uma prova da genialidade do cineasta enquanto contador de histórias. "A Favorita" é uma luta real pelo favoritismo de uma insana rainha que escancara o nada discreto charme da burguesia.

6. Midsommar: o Mal Não Espera a Noite (Midsommar)

Direção de Ari Aster, EUA.
"Midsommar" não é um fácil filme: sua robusta duração (2:45h na versão do diretor), desconcertantes sequências e inundação de simbolismos tornam a sessão uma trabalhosa digestão para a plateia quando uma garota em luto parte com o namorado para as festividades folclóricas da Suécia. Tão diferente, mas ao mesmo tempo tão parecido com "Hereditário" ao usar o luto como pontapé de seu clima, é injusto comparar as duas obras quando seus objetivos (e luzes!) são tão discrepantes - e, convenhamos, superar "Hereditário" seria utópico. "Midsommar" é narcotizante e hipnótico ao reforçar o terror antropológico e cultural, além de mais uma comprovação (dessa vez colorida e vibrante) de que Ari Aster é um mestre no que faz e um dos mais bizarros términos de relacionamento que o Cinema já fez. Teria sido mais fácil terminar por mensagem.

5. O Farol (The Lighthouse)

Dirigido por Robert Eggers, EUA.
Dois marinheiros são atirados em uma ilhota no meio de lugar nenhum com o único objetivo de cuidar do farol lá presente. O mais velho, atuando no local há muito tempo, parece fissurado pela luz do farol, impedindo que o novato se aproxime. Dono de um par de cenas instantaneamente icônicas, "O Farol" é um sucessor à altura de "A Bruxa" e a solidificação do cinema de Eggers como mitológico quando condena seus personagens - e o algoz é a própria natureza. O filme não tem problema em fotografar nossa existência como algo decrépito, fadado ao insucesso quando estamos tão preocupados em saciar nossos egoístas desejos. Somos de uma fragilidade tão aparente que, às vezes, a natureza nem precisa se esforçar para nos destruir. Nós mesmos nos encarregamos disto.

4. Parasita (Gisaengchung)

Dirigido por Bong Joon-ho, Coreia do Sul.
"Parasita" é um dos cumes de 2019 quando cria uma sessão bizarramente divertida sem, jamais, em momento algum, deixar com que o estudo social saia do ecrã: uma família pobre monta um engenhoso plano para entrar na casa (e na vida) de uma família rica, o que vai permanentemente mudar os rumos de todos. Com um lindo malabarismo de gêneros, o filme enfia a faca em um sistema que fundamentalmente existe ao por um camada acima de outra, o que tira a dignidade do ser humano, predestinado a cometer ações terminais que comprovam o insucesso da separação entre burguesia e marginalizados. Talvez a melhor (e mais insana) luta de classe que tivemos no Cinema nessa década - e aqui estamos falando tanto no sentido figurado como no literal.

3. Bacurau (idem)

Direção de Kleber Mendonça Filho & Juliano Dornelles, Brasil.
Uma cidadezinha no interior do Nordeste é assolada com estranhos acontecimentos após a morte da matriarca da região. Se o povo de Bacurau, o vilarejo, dá o sangue para manter sua identidade viva contra quaisquer ameaças, "Bacurau", o filme, é uma dádiva que levanta a mão e grita "o cinema nacional resiste". E mais ainda: o cinema nordestino - que parece ser o polo principal da indústria contemporânea brasileira. Pondo seu local geográfico no protagonismo, é a terra que faz brotar o mandacaru que sabe onde estão os valores mais importantes de uma sociedade, e que não tem medo de descer a peixeira em quem tenta oprimi-la ou apagá-la. No faroeste psicodélico e distópico de "Bacurau", o Nordeste não vai pensar duas vezes antes de cair na capoeira, então não se meta.

2. Suspíria: A Dança do Medo (Suspiria)

Direção de Luca Guadagnino, EUA/Itália.
Remake do clássico de Dario Argento, lançado em 1977, a empreitada pós "Me Chame Pelo Seu Nome" de Guadagnino abandona o compromisso com a trama do original e cria uma película própria, seguindo apenas a premissa: uma dançarina americana chega à uma escola de balé em Berlim que é controlada por bruxas. As atuações, os diálogos e todos os aspectos visuais de "Suspíria" são irretocáveis, todavia, o melhor é sua atmosfera. Há imagens de beleza irretocável ao lado de cenas perturbadoras, emolduradas por uma narrativa onírica que, a partir de sua técnica, tem a capacidade de transformar o mundo físico em algo etéreo e narcotizante. Dotado de pretensão para dar e vender, "Suspíria" consegue ser traduzido por um diálogo proferido aos berros: "Isso não é vaidade, é arte!".

1. Fronteira (Gräns)

Direção de Ali Abbasi, Suécia.
Uma estranha policial possui o dom de farejar quando pessoas estão cometendo um crime, o que vai desencadear uma corrida policial, a fim de desmantelar uma rede de tráfico sexual e infantil. Indicado ao Oscar de "Melhor Maquiagem", o sueco "Fronteira" funde realismo social com bizarra fantasia, e choca como mundos tão distintos funcionam com perfeição na tela. Fábula que discute o entendimento da natureza - seja a fauna e flora que nos rodeia, seja a nossa própria natureza -, há latente misantropia em seu texto, com um discurso fatalista sobre como pendemos para o pior lado da nossa existência. Aquela mulher que sente o cheiro de culpa é porta-voz dessa obra-prima que surpreende em imagens, sons e mensagens - este é um trabalho original, autêntico e ousado do começo ao fim.
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