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Ariana encontra o equilíbrio perfeito entre o "Dangerous Woman" e o Sweetener" no "thank u, next"

No centro da cultura pop nos últimos meses, para o bem e para o mal, Ariana encontra a serenidade e a força para retomar sua narrativa em seu novo disco, o "thank u, next"
O quinto disco da Ariana Grande, "thank u, next", chegou nessa sexta-feira (08) pronto para quebrar muitos recordes com um pop que vai desde o mais chiclete que a gente viu no "Dangerous Woman" às batidas trap muito exploradas no "Sweetener". 


Podemos ver algumas similaridades do "thank u, next" com a era perigosa logo entre as primeiras músicas. Também produzida por Max Martin, "bloodline" é a filha de "Side To Side": um reggae-pop divertido e que consegue soar refrescante mesmo nos lembrando outra de suas canções. "NASA" também reflete seus trabalhos anteriores: tem um pouco de "Dangerous", de "Yours Truly" e até de Destiny's Child.

Mas o que faz o "thank u, next" não ser apenas uma tentativa de emular um novo "Dangerous Woman" é justamente... o "Sweetener". Renegado por muitos, o material foi essencial para que Ariana aprendesse a lidar com os primeiros eventos traumáticos de sua vida, como o atentado de Manchester. E ela fez isso da melhor forma possível: expondo suas vulnerabilidades, encontrando na música uma saída para o seu caos e, principalmente, escolhendo ver a vida de uma forma positiva. As lágrimas vem, mas uma hora cessam.

Toda essa atmosfera de "a vida é muito louca, rola umas m*rdas, mas é boa no final das contas" permeia o "thank u, next" de forma muito natural: na faixa título, em que Ariana olha para seus antigos relacionamentos, tão explorados pela mídia, e resolve agradecer pelo aprendizado ao invés de mandar indiretas aos ex-namorados; em "7 rings", quando ela canta sobre um dia de terapia de consumo ao lado de suas amigas (e quem pode julgá-la?); e até em "bad ideia", quando ela sabe que as ideias terríveis são as mais convidativas, e está pronta para lidar com todos os problemas que surgirem, mas isso fica pra depois.



Porém, assim como em "No Tears Left To Cry", Ariana sabe que é preciso sentir a dor para, então, seguir adiante. Em "fake smile", ela relembra como se sentiu ao ver sua vida pessoal se tornar matéria principal dos tabloides:


"Eu leio as coisas que escrevem sobre mim, escuto o que estão falando na TV, é chocante. Está ficando difícil pra eles me chocarem, mas de vez em quando, é chocante, não me culpe"


Em "needy", Ari não tem medo de assumir pra si os rótulos de "apaixonada demais" e até "obsessiva", se intitulando uma "montanha-russa de emoções"; e em "ghostin", no que já é uma das melhores composições e mais lindas músicas de sua carreira, ela fala do conflito de se estar em um novo relacionamento sem ter saído completamente do anterior.

Permeado por áudios de sua avó, o que só mostra ainda mais o quão pessoal o "thank u, next" é, o quinto disco de Ariana a coloca ainda mais no meio do olho do furacão. Mais madura e consciente de si mesma, Ariana Grande está no controle de sua carreira, sabe o que quer e sabe quem é, e por isso não tem mais medo de julgamentos, mas sim os abraça e se mostra pronta pra compartilhar sua verdade. Já que vão expor sua vida, falar mal, culpá-la sem saber nem meia verdade, que pelo menos escutem seu lado. E você vai escutar.

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