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Pabllo Vittar está maior e melhor em seu novo disco, "Não Para Não"

Pabllo vai do forró ao funk para nos entregar um dos melhores discos pop do ano
"Senhoras e senhores, é um prazer recebê-los aqui! Apertem os cintos e tenham todos uma boa viagem!". É assim que Pabllo Vittar começa seu segundo álbum, "Não Para Não", liberado nesta quinta (04): nos convidando para 30 minutos de futuros hits pesados que, assim como o nome do disco já indica, não vão te deixar parado por nem um segundo.

Na verdade, 26 minutos para sermos mais exatos. Em 10 músicas, Pabllo faz o ritmo ficar frenético, indo do forró ao reggaeton, de forma imprevisível. "Buzina" abre os trabalhos mostrando pra que o "Não Para Não", enquanto Pabllo avisa: "preste atenção no poder da tentação!". Em "Seu Crime" e "Disk Me", ela mostra que sabe sim cantar, e muito, enquanto explora diferentes facetas da própria voz, tornando-a mais suave e bela a cada nota. Em meio às duas faixas mais sentimentais, "Problema Seu" aparece para nos fazer rebolar instintivamente, continuando tão refrescante quanto no dia em que foi lançada. 



Como em um combo, as parcerias do disco aparecer juntas, no meio do material. Urias, grande amiga de Pabllo, chega com tudo em "Ouro", música que é, de fato, uma preciosidade no meio do CD. A combinação de Vittar e Dilsinho poderia soar estranha, mas faz de "Trago O Seu Amor de Volta" uma das melhores coisas do álbum. Só não supera mesmo o beat pesado de "Vai Embora", com Ludmilla, numa daquelas parcerias que imaginávamos ouvir há tempos e que, quando escutamos, é tudo o que imaginávamos. 

Pabllo poderia fazer uma música bem internacional em espanhol? Sim. Mas aí não seria Pabllo. Por isso, se tivéssemos que apontar, nessa primeira ouvida, a melhor canção do disco, diríamos que é "No Hablo Español", onde ela avisa para o boy que, melhor do que falar espanhol, é usar a língua para otras cositas.

"Miragem" termina o álbum deixando a sensação de quero mais e a certeza de que aguentaríamos com facilidade mais meia hora de bate cabelo, letras chiletes e poderosas e batidas arrasadoras.

Pra quem sentia medo de ver a drag queen perder aquilo que a fez ser tão especial lá no começo de sua carreira, a capacidade de fazer hits que soem extremamente brasileiros e deliciosamente pop, tudo isso ao mesmo tempo, pode ficar tranquilo: Vittar está maior e melhor.

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