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O disco de estreia da IZA, “Dona de Mim”, é tudo o que queríamos ver uma cantora pop brasileira fazer

Um disco poderoso e necessário.
IZA fez questão de tomar todo o tempo necessário para finalizar com perfeição seu disco de estreia, como ela mesma explicou. Agora que o “Dona de Mim” está finalmente entre nós, apenas na primeira ouvida nós já entendemos que toda essa espera teve mesmo um motivo e valeu muito a pena.

Lançado nesta sexta-feira (27), o álbum traz 14 faixas de um pop que passeia entre os mais variados ritmos. Tem pop com reggae, com trap, samba, pagode, R&B, soul... Uma mistura de influências que se fizeram presentes na vida da IZA, tudo isso da forma mais brasileira possível. Esse é um dos maiores trunfos do “Dona de Mim”: a versatilidade dela. Ela sabe explorar todas as referências que a fizeram se tornar cantora, ao mesmo tempo que traz algo novo para o nosso pop. 



Outro grande trunfo são as composições. O disco tem o simples e chiclete, mas também tem frases belas e que nos fazem refletir. Em todas as letras, empoderamento. De separação à sexo, de música à festa, tudo gira em torno da ideia de que IZA é sim dona de si mesma, como ela diz na faixa de R&B suave misturado com jazz que dá nome ao seu álbum. Por isso, essa é sua canção favorita no trabalho todo. 

Não me limite, porque eu quero ir além. (...) Me perdi pelo caminho, mas não paro não. Já chorei mares e rios, mas não afogo não. Sempre dou o meu jeitinho, é bruto, mas é com carinho. Porque Deus me fez assim, dona de mim. 

Entre as músicas, temos as já conhecidas “Pesadão” e “Ginga”, colaborações com Marcelo Falcão e Rincon Sapiência, respectivamente, além de mais parcerias explosivas. “Bateu”, com o Ruxxell, “Corda Bamba”, com a rainha Ivete Sangalo, “Rebola”, com Carlinhos Brown e Gloria Groove (que, vale dizer, rouba a cena, como sempre), e “É Noix”, com o Thiaguinho, são hits prontos.


IZA também sabe brilhar sozinha. "Saudade Daquilo", "Toda Sua" e "No Ponto" trazem a sensualidade na medida certa para falar de sexo, algumas vezes de forma bem explícita e sem papas na língua, afinal, ela é dona de sua própria narrativa e, assim, fala o que quiser.

No "Dona de Mim", IZA mostra ser como todas nós: muitas mulheres em uma só. Um livro aberto de alguém que representa muito bem a mulher brasileira, que sabe disso e que, justamente por isso, não só não esconde suas raízes como as deixa completamente expostas. É um pop com a nossa carinha e, como ela diz, com um jeitinho especial, em um disco poderoso e extremamente necessário.

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