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Ludmilla estreou o bloco Fervo da Lud e a gente conversou com ela antes de subir no trio

Solta a batida que o Fervo da Lud chegou, e pra ficar!
O Carnaval está cada vez mais pop-funk, e a prova disso é o Fervo da Lud. O bloco da Ludmilla fez sua estreia nesta terça-feira (13), para mais de 400 mil pessoas no Rio de Janeiro, e antes de subir no trio e realizar um sonho, ela bateu um papo com a gente sobre isso e muito mais.



Para Ludmilla, Carnaval é sinônimo de festa. Por isso, em sua primeira edição, o Fervo da Lud teve como tema a África, raiz do Brasil e de quem nós herdamos a alegria. O figurino do bloco, todo em vermelho, é composto por um turbante e desenhos típicos da região, além de maquiagem também característica, ressaltando a beleza e o colorido da cultura africana.

Há um tempinho em fui pra África e lá eu vi muita coisa coisa colorida, muita festa e muita alegria nas pessoas. Eu fiquei com isso na cabeça. Quando surgiu o bloco, eu pensei num tema e a ideia de cara foi essa. Eu acho que combina com o meu bloco e com o público que me segue. África é colorido, é estampa, é ousadia, é negritude, é raiz.

Foto: Taty Larrubia/AgNews

Na estreia, o Fervo da Lud trouxe uma supermistura de ritmos brasileiros. Ludmilla cantou grandes sucessos do axé e do sertanejo, além de seus próprios hits, e ainda convocou amigos com a cara do Rio para dar uma palinha. O pagode chegou em peso com Ferrugem, Clareou e Vou Pro Sereno, mas o destaque ficou mesmo para o funk, com a participação de Nego do Borel e Jojo 'Todynho' Marontinni, que mesmo virada do desfile da escola de samba Beija-Flor, conseguia levar o público ao delírio com facilidade ao gritar seu ótimo bordão, "quer toddynho, quer?”.



E quando o assunto é funk, Ludmilla não esconde a alegria de ver o ritmo que a levou ao estrelato ganhar o destaque que merece.

O Spotify é um dos maiores medidores de popularidade musical no Brasil e o funk tá lá no topo. O funk sofria muito preconceito. Tinha uma barreira horrível que impedia as pessoas de se aproximar do funk. Graças a Deus, hoje estamos conseguindo quebrar isso. O funk tá entre os ritmos mais fodas que tem no Carnaval e isso pra gente, pra mim e pro próprio funk é muito importante.

Do amor pelo ritmo nascido na favela a exaltação da cultura africana, Ludmilla não só não se esqueceu de suas raízes, como também tem se conectado cada vez mais com elas. Recentemente, ela começou a fazer a transição de seu cabelo, voltando a usar seus cachos sem medo, como podemos ver em seu novo clipe, "Solta A Batida". Depois disso, passou a receber muitas mensagens de apoio e agradecimento por servir de inspiração para tantas pessoas, principalmente crianças.

Não tem quase nenhuma jovem negra que canta, que faz sucesso, que aparece na televisão, que tem música entre as mais tocadas do país. Quando tem, a gente tem que ser exemplo mesmo. Tem que ser exemplo de superação, de que dá pra chegar, porque as crianças que moram em comunidade vivem em um mundo muito pequeno, muito fechado, e quando elas tem acesso a outra informação, isso abre a cabeça delas. Pra mim é muito importante tá aqui representando, tá aqui fazendo esse bloco acontecer. [É importante] Existir. Eu to muito feliz com tudo que tem acontecido na minha vida e acho que hoje vai ser mais um dia histórico e marcante. 



Na entrevista, Lud nos disse que fervo é lugar de mistura e música boa, e foi com essa promessa implícita e muita atitude que ela subiu no trio, mandou ver e, entre gritos de "estou vivendo um sonho!" e agradecimentos a cada um dos presentes, mostrou que o Fervo da Lud chegou, e pra ficar. 
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