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Spotify confirma que música com apologia ao estupro será retirada do seu catálogo

Faixa de MC Diguinho alcançou o topo da parada viral da plataforma e se tornou alvo de discussões por conta de sua letra.
Você provavelmente já ouviu falar na música “Só Surubinha de Leve”, do MC Diguinho. Em primeiro lugar na parada viral do Spotify, a faixa se tornou alvo de inúmeras discussões por conta de sua letra, que explicitamente faz apologia ao estupro, e após muitas reclamações dos usuários, será retirada do catálogo da plataforma de streaming.

Em sua letra, o funkeiro fala sobre embebedar uma mulher, para então cometer o abuso sexual e abandoná-la na rua.


“Só surubinha de leve com essas filhas da puta / Taca bebida / Depois taca pica / E abandona na rua”, diz um trecho da canção.


Até o momento, a faixa já conta com mais de 1 milhão de execuções na plataforma e, em sua parada viral, superou hits como “Que Tiro Foi Esse”, da Jojo Maronttinni, e “Vai Malandra”, da Anitta, figurando também entre as canções virais de sua lista global.

Em sua declaração, o Spotify afirmou:

O catálogo do Spotify é abastecido por centenas de milhares de gravadoras, artistas e distribuidoras em todo o mundo. Eles são devidamente avisados sobre nossas diretrizes e são responsáveis pelo conteúdo que entregam. Desta forma, informamos que contatamos a distribuidora da música 'Só Surubinha de Leve' a respeito do ocorrido e fomos informados que a faixa será retirada da plataforma nas próximas horas, uma vez que o tema foi trazido à nossa atenção.

Pelas redes sociais, foi grande a movimentação contrária a canção, principalmente por mulheres, que já lidam com uma sociedade que naturaliza e banaliza o estupro, de forma que, com uma letra como essa entre as músicas mais ouvidas do país, apenas se viram ainda mais expostas aos riscos, estando a apenas algumas semanas das festas de rua com o carnaval.

No Brasil, estima-se que uma mulher seja vítima de estupro a cada 11 minutos e, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública informou em 2016, esse número pode chegar ao total de 135 vítimas por dia.

Também em 2016, o Spotify havia se posicionado sobre o assunto em relação ao estupro coletivo ocorrido no Rio de Janeiro. Na época, a plataforma colocou em destaque a playlist “Estupro não é culpa da vítima”, onde manifestava uma mensagem de apoio as mulheres por meio do título das canções. O texto terminava dizendo “vamos gritar bem alto: vocês não ficarão sozinhas”.

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