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P!nk, Charli XCX, Katy Perry e Lorde falaram sobre a falta de mulheres no Grammy

Presidente da premiação afirmou que as mulheres precisam “se impor” pra que conquistem seu espaço.
O Grammy 2018 continua sendo assunto e, desta vez, pela ausência de mulheres indicadas e premiadas no evento, que contou com apenas uma vencedora em suas categorias principais, a eleita ‘Artista Revelação’, Alessia Cara.

Em resposta às críticas pelo chamado #GrammySoMale (uma adaptação do movimento anterior, Grammy So White, que significam, respectivamente, ‘Grammy Tão Masculino’ e ‘Grammy Tão Branco’), o presidente da premiação, Neil Portnow, conversou com a revista Variety, afirmando que “as mulheres precisam se impor”.

Para ele, falta um esforço delas em mostrarem que querem fazer parte da música em todos os seus níveis e, no seu mundo, se elas fizessem isso, “seriam muito bem-vindas”.

Obviamente, a declaração pegou super mal. Soa extremamente fora da curva para a mesma premiação que, apesar da desigualdade entre seus indicados e vencedores, contou com um discurso maravilhoso da Janelle Monáe em prol do movimento Time's Up e uma performance grandiosa de Kesha, que há pouco lançou seu primeiro disco sem o produtor que a abusou sexualmente, Dr. Luke.

Pelas redes sociais, algumas cantoras rebateram a declaração de Neil da melhor forma possível:

“O que você de acha de pisarmos na sua cara… As mulheres estão fazendo músicas INCRÍVEIS atualmente, que porra esse cara está falando?”, disse Charli XCX.

“As mulheres na música não precisam se impor. Elas estão se impondo desde o começo. As mulheres dominaram a música neste ano. Estão arrasando, e a cada ano antes desse. Quando celebramos e honramos o talento e as conquistas das mulheres, e como elas se impõem todos os anos contra todas as expectativas, nós mostramos para a próxima geração de mulheres e garotas, de homens e garotos, o que significa ser igual e como é ser justo”, afirmou P!nk, por meio de uma carta.

“Mais uma mulher poderosa servindo como exemplo”, disse Katy, replicando a mensagem de P!nk. “TODAS nós temos a responsabilidade de chamar a atenção para essa absurda falta de igualdade em todo lugar que a vemos. Fico orgulhosa de todas essas mulheres que fazem artes incríveis diante da resistência contínua.”

Lorde, que se recusou a cantar na premiação, ao saber que foi a única indicada na categoria de ‘Disco do ano’ que não teve direito a uma apresentação solo, também afirmou:

“Se você quer debater se eu posso ou não arrasar em cima de um palco, venha ver por conta própria”, com o link para a agenda da sua turnê.

No palco da premiação, o discurso de Janelle Monáe, já antecipava o inevitável debate:

“Para esses que ousam tentar nos silenciar, nós oferecemos duas palavras: Time's Up (os tempos mudaram). Nós dizemos Time's Up para o pagamento desigual, discriminação e assédio de qualquer forma, e abuso de poder. Nós chegamos em paz, mas estamos falando de negócios. Isso não está acontecendo apenas em Hollywood ou Washington. Está exatamente aqui, na nossa indústria também. E assim como temos o poder de moldar a cultura, nós também podemos nos desfazer da cultura que não nos serve bem. Então, vamos trabalhar juntos, homens e mulheres, como uma indústria musical unida e comprometida a criar ambientes mais seguros, pagamentos iguais e acessos para todas as mulheres.”


A gente espera que, após aprender com as cobranças e buscar corrigir seus problemas com a desigualdade racial, a academia também pare para ouvir o que elas têm a dizer e cantar e apresentar e produzir. E que nunca mais deem um Grammy para Ed Sheeran no lugar de Kesha ou Lady Gaga.
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