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Video Review: encarnando personagem sensual dos anos 60, Ariana Grande nos conquista pelo humor em 'Break Free'

A Ariana Grande bem tentou fazer justiça ao desperdício da farofa “Better Left Unsaid”, do seu disco de estreia, ao se unir com o hitmaker alemão Zedd para o segundo single do seu novo disco, “Break Free”, num quadro semelhante ao que vimos com Katy Perry e pós-“Roar” com “Unconditionally” ou pós-“Dark Horse” com “Birthday”, terminando com uma canção que estava longe de alcançar as mesmas reações de “Problem”, parceria com a Iggy Azalea que abriu os trabalhos do disco “My Everything”.

Por sorte, enquanto “Problem” foi um ótimo single com um videoclipe mediano, “Break Free” inverteu o jogo, sendo uma música morna com um clipe que não chega a ser ótimo, mas é bom o suficiente, status mais que viável para mudar a situação da música e torná-la mais atraente para os fãs e não-fãs da atriz e cantora.

Se inspirando no clássico erótico dos anos 60, “Barbarella”, o novo clipe de Ariana Grande coloca a cantora na pele da aventureira sexy espacial, que luta contra alienígenas utilizando como sua principal arma: a sensualidade. Conhecendo a moça e seus outros trabalhos, poderíamos parar por aqui e imaginar que essas batalhas estariam perdidas, afinal, Ariana é sim uma menina muito bonita, mas está bem longe de possuir qualquer vestígio de sensualidade, e eis que, na nova produção, ela impressionou, não investindo naquele tradicional processo de empiranhamento de cantoras teen em busca do amadurecimento, mas mostrando que dá pra ser sexy sem ser vulgar sim e fazendo isso com maestria. O grande trunfo de “Break Free”, porém, não está nisso, mas no bom-humor.

“Barbarella”, além de ser uma das referências mais sensuais da cultura dos anos 60, também foi um HQ cômico e esse foi o lado melhor explorado por Ariana, que nos leva então a uma viagem hiperespacial repleta de efeitos propositalmente toscos, indo das armas e seus tiros, claramente produzidos em estúdio com um chroma-key ao fundo à cena em que ela deveria flutuar na nave, como no clássico da Kylie Minogue, mas o máximo que realmente faz é se alisar no chão. A ideia era ser trash mesmo. E cult também. E ela conseguiu ser os dois sem muito esforço.



“Break Free” é um daqueles casos onde o clipe salva a canção, ou pelo menos foi assim que aconteceu com a gente, só esperamos que o resto do público enxergue o mesmo e, quem sabe?, faça a canção ir tão longe quanto a parceria com a rapper australiana.

Sobre a nota: 4 estrelas para o Conceito, “Barbarella” sempre foi referência sensual e absurdinha, então casou com força na ideia de "Break Free". 2.5 para o Roteiro e Cenografia pela própria tosqueira. Sim, foi proposital, o que garante o conceito, porém é inegável que, apesar de funcionar, tudo lá é boboca e feio, certo? Mas passou de ano com a nota.
disqus, portalitpop-1

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