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"Game of Thrones" (4x02): O episódio pelo qual todos esperavam, mas que ninguém estava esperando!


[ESTE POST CONTÉM SPOILERS DO EPISÓDIO 4x02]

“Um brinde às orgulhosas crianças Lannister. O anão, o aleijado e a mãe da loucura.”

‘Karma is a bitch’ e George R. R. Martin sabe bem disso. Sejam lealmente más ou caoticamente boas, todas as decisões tomadas pelos personagens de Game of Thrones tem consequências… agora mais que nunca, quando os casamentos são mais perigosos do que as batalhas propriamente ditas. Renly Baratheon, Robb Stark e Joffrey Baratheon… O segundo episódio da 4ª temporada, intitulado “The Lion and the Rose”, mostra que nem os Lannister são tão imponentes quanto pensam. Cercado por sua Guarda Real, ‘sua Mão’ e  sua mãe, quem pensaria em matar o Rei em pleno dia de seu casamento, em frente a todos aqueles que são alguém em Westeros?

Enquanto “Two Swords” começa e termina com as espadas Winterfell, “The Lion and the Rose” também ata pontas quando seu primeiro ato é a loucura de Ramsay *Snow, enquanto caça com seus cachorros, acompanhado de Fedor/Reek (Theon Greyjoy), que, por mais condicionado que já esteja, ainda é torturado psicologicamente por seu mestre. Depois do Casamento Vermelho, Winterfell foi dada por Tywin a Roose Bolton como recompensa, mas isso não garante que as casas que apoiavam a família Stark irão seguir o estandarte do homem esfolado. O norte se lembra, e a traição histórica ainda irá repercutir. Enquanto viverem Bran, Rickon, Arya e Sansa, os senhores do inverno ainda seguirão os Stark.


Bran, Meera, Jojen e Verão seguem sua jornada rumo à Muralha, com Bran dominando cada vez mais suas habilidades de warg, bem como a visão verde. Aliás, belíssima imagem a da sombra de um dragão enorme a sobrevoar Porto Real e sempre aquele arrepio ao ver neve na sala do trono. O inverno está chegando.


A HBO já é conhecida por não poupar esforço$ em suas produções, mas o casamento de Joffrey e Margaery superou expectativas. Da riqueza dos objetos de cena, aos menores detalhes do figurino de cada um (simbolismos sempre presentes, como as raízes e rosas entrelaçadas à coroa do Rei, o vestido cheio de espinhos da futura Rainha, a “libertinagem” exótica dos dorneses…), mais parecia um curta a ser filmado, pelo tempo que passamos ali. A quantidade de personagens importante era grande, coisa que não vemos desde que a família Stark recebeu a comitiva do finado Rei Robert. Interessante observar como cada um desses irá se comportar/interagir. Daí tiramos Lady Olenna/Tywin, Cersei/Brienne, Olenna/Sansa, Joffrey/Brienne, Loras/Jaime. Até olhares entre Oberyn e Loras tivemos (#VaiTerCopa). Mas nada superou o campeonato de shades no fogo cruzado de Cersei & Tywin vs. Oberyn & Ellaria, que deixaria qualquer participante de RuPaul’s Drag Race no chão. 


Joffrey é um menino mimado, covarde, sádico e oportunista, ou seja… a última pessoa digna a governar os sete reinos. Durante o banquete, os roteiristas fizeram questão de nos lembrar de cada uma dessas “virtudes” que o jovem Lannister chegou a manifestar nos últimos anos. Por vezes, seu tio já chegou a desafiá-lo abertamente e tentou envergonhá-lo durante a cerimônia do casamento quando fala em voz alta para mostrar a todos como um verdadeiro guerreiro luta. Ou no seu próprio casamento com Sansa, quando sugeriu que Joffrey usasse um pênis de madeira em sua nova esposa. Os insultos foram vários, até que o rei humilhasse seu tio tornando-o seu submisso.

Por vezes, Margaery tentava amenizar o constrangimento de todos presentes (Cersei estava amando, claro), mas a tirania de Joffrey voltava a se manifestar. O que se segue a partir de então é o maior exemplo de que NINGUÉM está a salvo. Por pior que seja o caráter da vítima do dia, ainda nos compadecemos da maneira como morreu e da atuação de Lena Headey. Era um menino que morria nos braços de uma mãe que nada podia fazer para aliviar a dor do filho. Boa parte do público sempre torceu para que esse dia chegasse, mas que não fosse acontecer tão cedo… e olha que nem chegamos ao clássico nono episódio trágico ainda.  


De Eddard ao Casamento Vermelho, Game of Thrones não é uma série onde todos os “bons” morrem e o “maus” apenas prosperam, como muitos gostam de comentar. O Casamento Roxo é a prova mais irrefutável dessa falácia, afinal NINGUÉM ESTÁ A SALVO. 



*Snow é um sobrenome comumente usado para filhos bastardos de lordes nortenhos, assim como Sand (Dorne), Pyke (Ilhas de Ferro), Rivers (Terras Fluviais), Hills (Terras Ocidentais), etc.



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