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Gaby Amarantos lança vídeo para "Gemendo", seu 5º single, e aproveitamos para desabafar sobre a musa paraense!


Tão achando que só Lady Gaga é ligada em arte conceitual? Se a resposta é "sim", meu bem, venha, veja e se surpreenda. A nossa linda (destaque para "linda", retomaremos isso mais abaixo) e querida Gaby Amarantos lançou hoje clipe para mais uma faixa do seu super bem sucedido álbum de estreia, o Treme.

Conhecida como a rainha do tecnobrega, Gaby representa atualmente todo o norte do país no setor mainstream da música brasileira e, de novo, fez isso com excelência. O clipe da faixa "Gemendo", a sexta canção do álbum, é todo trabalhado no exagero do neon, criando um visual nada mais, nada menos, do que brega! Sim, brega e brega com orgulho e vontade, não no sentido pejorativo. O sentido pejorativo a gente esquece mais e mais a cada trabalho da paraense. Todo divertido e diferenciado do que estamos acostumados a ver em clipes (inter)nacionais, o vídeo foi gravado em Nova York numa instalação do Kenny Scharf, que é discípulo do Andy Warhol (1bj Leides, saímos na frente). Nossa conterrânea encheu a obra de Scharf com sua brasilidade e forte presença. O resultado não poderia ser mais divertido.


Gaby Amarantos nos encheu de alegria com esse vídeo, mas o post agora toma outro rumo pra gente dar um puxão de orelha na paraense. Como destacamos lá em cima, a cantora é linda, é única e é a cara do Brasil: nortista, negra, toda colorida, extravagante e um corpo de uma mulher de verdade, da vida real. A cantora, uma vez conhecida como Beyoncé do Pará, já cansou de declarar sua satisfação em relação ao seu corpo, saiu até na capa da revista TPM quando o assunto era justamente esse, aceitar o próprio corpo e um grito contra a cobrança que principalmente as mulheres sofrem para serem magras. 

Eis que, de repente, numa reviravolta surgida do nada, a dona do hit "Xirley" resolve participar do quadro "Medida Certa", do Fantástico, ao lado de outra mulher que até então era inspiração para mulheres assumirem a existência de sua sexualidade, as formas de seus corpos e nunca sentirem vergonha disso: Preta Gil. Isso vai influenciar na música da Gaby? Mais que provavelmente a resposta será "Não, nem um pouco" e ao menos quanto a isso podemos respirar aliviados. No entanto, ficamos consideravelmente decepcionados com a participação da moça, afinal, apesar do corpo ser dela, a mensagem que fica é de que existe uma medida correta, um padrão que não pode e não será quebrado, uma vez que as porta-vozes mais conhecidas do país ao se tratar de mulheres gordas e felizes sucumbiram às imposições que já cansamos de ver. No mais, em termos musicais, continuamos amando o trabalho da Gaby e afirmando que sim, ela representa o Brasil.
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