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Review: Demi Lovato e a redenção pop de seu novo disco, "DEMI"!


Se com o disco “Unbroken” Demi Lovato queria nos dizer que havia crescido e aprendido alguma coisa com seus erros, em seu novo álbum tudo o que ela quer é reforçar a mensagem. Após uma temporada julgando quem tinha ou não o fator “xis” no maior reality show musical da atualidade, a cantora revelada pela Disney lançou seu novo CD, intitulado “DEMI”, e desta vez aceitou o risco de se assumir como uma cantora pop, tentando incluir entre três ou quatro hits em potencial algumas baladinhas, onde fica em sua zona de conforto.

Quando o novo álbum de Lovato teve seu título revelado, o que mais esperávamos era que esse fosse um disco autobiográfico, onde ela vomitaria mais alguns versos sobre ter superado problemas — nos contado “o que ela passou” —, mas acabamos surpreendidos por algo que caminha totalmente contra a maré, sendo esse o álbum mais descompromissado da moça desde sua estreia na indústria. Mas então, vale a pena dedicar alguns momentos de nossa vida escutando-o? Sem sombra de dúvidas, acompanhem conosco essa resenha faixa-à-faixa!

1) “Heart Attack”

Essa todos já conhecem e sabe cantar de cor. O refrão de “Heart Attack” não é dos mais funcionais do álbum, mas ter lançado-a como carro-chefe foi uma escolha sábia, afinal, assim como “Your Body” no “Lotus” da Xtina ou “Die Young” no “Warrior” da Ke$ha, a música nos mostrou que poderíamos esperar por coisas boas no novo CD, mas nada que fosse incrivelmente-nunca-produzido antes. Lembra N coisas, atira pra N direções e é satisfatória. Ponto pra Demi!

2) “Made In The USA”

Se a Avril Lavigne escutar essa música ela vai ficar louca, sim ou com certeza? Numa pegada mais Taylor Swift, “Made In The USA” possui um alvo mais certeiro que “Heart Attack”. Aqui Demi Lovato deixa claro suas intenções quanto a atingir às rádios e isso inclui um refrão com rimas fáceis e instrumental pegajoso. “Não importa o quão longe eu vá, quero que o mundo todo saiba que te quero de volta e não vou tirar essa ideia da cabeça. Não importa o que vão dizer, sei que nunca vamos nos separar, porque nosso amor foi feito nos EUA”. Nos julgue, adoramos!

3) “Without The Love”

Apelando menos que “Made In The USA”, essa é algo que poderia ser lançado facilmente pela Kelly Clarkson. A semi-baladinha é quase uma prima distante de “Give Your Heart A Break” e trata sobre o mesmo assunto da nossa amiga anterior, o amor. Seu momento mais interessante acontece após os 2:37, quando uma batida que poderia ser um dubstep se inicia e Demi entoa “essa é a esquina para o fim, quando esquecemos a harmonia, é como se a cor da água desaparecesse em memórias destinadas”.

4) “Neon Lights”

Quem nunca farofou, né Demis? Pelo título, a gente já esperava uma club banger, mas talvez não seja exatamente tão boa o quanto deveria. O refrão gruda, o ritmo é super dançante e os efeitos estão bem dosados, mas miraram no Calvin Harris e acertaram no David Guetta. Dá pra bater cabelo casualmente, mas só.

5) “Two Pieces”

Não dissemos que é nas baladinhas que Lovato se sente bem? “Two Pieces” abre os trabalhos do bloco “se corta, amiga” do CD e já nos deixa com os olhos brilhando. Na música, ela canta sobre um casal ~que se perdeu~ e isso com uma batida crescente, que caminha do quase acústico para um fim cheio de elementos, beirando o bélico. Christina Aguilera tá aqui do nosso lado, dizendo que adorou!

6) “Nightingale”

Seguindo com o bloco “se corta, amiga”, essa é menos impressionante que “Two Pieces”, e soa um tanto filler no álbum todo, mesmo possuindo um bom refrão. É daquelas que você imagina na trilha-sonora de um romance, mas torce pra nunca ser lançada como single.

7) “In Case”

Acompanhada de um piano, em “In Case” Demi Lovato mostra um pouco do fôlego que economizou nas performances ao vivo de “Heart Attack”. A letra é linda, mas não sabemos se foi uma atitude inteligente reunir tantas baladinhas de uma só vez, fica tão ZzZzzZZ, né? Mas vambora fazendo!

8) “Really Don’t Care (feat. Cher Lloyd)”

Quem estava vendo a hora dela cantar “I love it, I-DON’T-CARE”? Hahahah, o ritmo dos primeiros versos lembra muito o smash hit da dupla sueca Icona Pop, mas a música por completo é algo mais próximo do One Direction cantando “Starships” da Nicki Minaj. Adoramos, achamos a cara do verão e tem um bom potencial para hit, a parte triste é ver a Cher Lloyd cosplando a já citada Minaj. A gente ama a britânica, mas aqui parece que não chamaram a Nicki por ser jurada do reality show concorrente do X-Factor EUA, aí tiveram que trabalhar com a cover. Ainda assim, é uma boa música animada.

9) “Fire Starter”

Caso não tenham notado, o disco já retomou seu rumo animado-barra-radiofônico e nesta Demi Lovato diz que é ela quem começa com o fogo. O investimento na fórmula Calvin-Harriana é mais funcional e após ouví-la, a única vontade que temos é de ficar no repeat de novo e de novo. Ponto pra Demi!

10) “Something That We’re Not”

Poderia ser facilmente uma música do One Direction, lembrando também aquela Lovato de “La La Land” e derivadas. O refrão é um dos mais chicletes do álbum e funcionaria bem como single, mas levando em conta que a Hollywood Records costuma errar muito nas escolhas dos mesmos, vamos tentar não criar expectativas.

11) “Never Been Hurt”

“Eu vou te amar como se nunca tivesse sido ferida”, canta Demi no refrão de “Never Been Hurt”. Em mais um pop sem farofar, essa mostra um significativo amadurecimento nas composições da cantora, sendo uma das poucas do álbum que nos convence tanto na letra quanto instrumental. Não temos dúvidas de que Kelly Clarkson foi uma inspiração para ela e é certo que a American Idol deveria se orgulhar por isso.

12) “Shouldn’t Come Back”

Com “Never Been Hurt” fazendo uma inteligente ponte, “Shouldn’t Come Back” retorna com as baladinhas. Quase toda acústica, a canção apela para o lado emotivo de Demi Lovato e traz o combo intensidade de letra + vocal. Por favor, providenciem fitas com essa música gravada e enviem para aquele participante do X-Factor que soltou o icônico “é por isso que você usa auto-tune e eu não”!

13) “Warrior”

Lembra o que dissemos sobre esse álbum sugerir algo biográfico pelo título? É na última faixa que Lovato trata de dar um significado para sua escolha, “Warrior”. Aqui a canção tem a mesma função de “Skyscraper” no “Unbroken” e fala sobre a cantora ter superado seus problemas, lutado contra seus próprios demônios e vencido a batalha — porque ela é uma guerrêra. Se for lançada como single, vai ser tipo a “Beautiful” (Christina Aguilera) da Demi... só esperamos que ela varie no repertório e não cante sempre apenas essa música.

Resumindo: 

No "DEMI", Lovato mostra sua redenção às rádios e paradas, mas tenta, acima de qualquer coisa, se reinventar sob esse novo perfil — redescobrir si mesma. Se compararmos a Lovato de hoje com a do “Unbroken”, não temos grande evolução, mas fica notável que agora se dão ao trabalho de coloca-la ao lado de melhores produtores, uma vez que o disco é bem mais interessante que seu antecessor. Em suma, temos diversos hits em potencial, assim como músicas que torcemos pra nunca serem enviadas às rádios. É uma produção redondinha, alcançando o exato ponto que nossa expectativa atingia, sem nos surpreender ou decepcionar.

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