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Review: Debaixo de chuva, Lady Gaga treme um Morumbi lotado com sua “Born This Way Ball”!

Não se fala em outra coisa. Em outra pessoa, na verdade. Lady Gaga está debaixo dos holofotes brasileiros nesse mês. E é justo; é a primeira vez que a diva pop vem ao país, com sua turnê “Born This Way Ball”, e ela fez o Estádio do Morumbi ferver no seu show do dia 11 de novembro.

Primeiramente: o show estava lotado. Não completamente, onde não dá nem para respirar, mas sim, lotado, o que me faz achar ainda mais que esse papo de flop era pura jogada de marketing. Até no setor Laranja, o mais longe do palco, tinha bastante gente. A Premium, Arquibancada Especial e Azul, lotadíssimas. Enfim, vamos ao que interessa, isso só foi para elucidação, q.

Aberturas:
O show começa com a apresentação de Lady Starlight. Se você me perguntar qual é a profissão da moça, eu responderia “Ser bff da Gaga”, e só. A performance, ex-tre-ma-men-te chata e desnecessária foi boa para todos encontrarem um lugar, comer, beber, ir ao banheiro e afins.
Depois, foi a vez dos caras do The Darkness virem com sua pinta glam de rockstar, e fez todo mundo se aquecer debaixo de muita chuva. Os caras cantaram seus maiores sucessos, como One Way Ticket, Get Your Hands Off My Woman e a amada I Believe In a Thing Called Love, que fez todo mundo pular. Ainda com muita chuva, o show de Gaga demorou um pouco para começar, o que aumentou ainda mais a ansiedade dos lirous.

Ato I:
Quando finalmente as cortinas foram abertas, mostrando aquele glorioso castelo, os gritos tomaram conta. Depois, poderosas batidas à luz violeta e Lady Gaga surge em seu unicórnio, sendo escoltada pelos guardas da G.O.A.T., Território Alienígena de Propriedade do Governo. Gaga está tentando fugir na opressão do governo quando cruza a Estrada do Amor ao som de Highway Unicorn (Road To Love). Depois da passada, Gaga consegue fugir dos guardas, mas ainda está presa em G.O.A.T. A Mother GOAT, a cabeça em 4D gigante, que é realmente impressionante e realista, anuncia a fuga e começa a operação “Kill The Bitch” (“Matar a vadia”). Gaga mata o governador durante a sexy performance de Govenment Hooker, com direito a passadas de mão, abre pernas e ~sexualização no corrimão. Logo depois, ela entra no castelo para dar à luz à uma nova raça, com uma barriga gigante e gritos do parto. Gaga sai de dentro da vagina e começa o hino Born This Way, que fez o estádio balançar. Gaga rapidamente sai para trocar de roupa e volta em Black Jesus † Amen Fashion, que para mim é uma das melhores músicas do seu último álbum.

Ato II:
Gaga retorna ao palco com Bloody Mary. Graças à chuva, que começa a dar trégua agora, os dançarinos empurram Gaga pela passarela, já que o mecanismo que a faz quase flutuar poderia dar problema por causa da água, mas nada disso abalou a bizarra performance. Outra saída, e a Mother GOAT volta para falar o Manifesto da Mother Monster, que está no início do clipe de Born This Way. Gaga surge dentro de um ovo, o mesmo da performance de Born This Way no Grammy 2011, com sua máscara em homenagem ao papis para cantar o hino da geração, Bad Romance, que obviamente fez todos fazerem a coreografia. Logo em seguida, Gaga discursa sobre o quanto ama seus fãs e coisa e tal, e aparecem dois guardas da G.O.A.T., que a levam aos berros para o alto do castelo, onde ela canta outro hino, Judas (para quem não lembra/sabe, Judas foi a música mais tocada no país em 2011), que fecha magistralmente o Ato II.

Ato III:
O castelo fica inteiramente rosa e Gaga volta com seu vestido-origami para a fofa Fashion Of His Love, e já emenda com Just Dance, que fez o estádio dançar. - único ponto é que o vestido impossibilita Gaga de fazer a coreografia completa. Gaga some novamente para outra troca de roupa e aparece na ponta da passarela, dentro de uma banheira de vidro, para LoveGame. Em seguida, Gaga fala “Isso não é um funeral, e se fosse, seria o meu funeral e todos vocês estariam dançando, bebendo e f****ndo). Partimos então para Telephone, com todos os dançarinos fazendo a coreo e Gaga mostrando que tá gostosa sim senhor.

Ato IV:
Mother GOAT retorna avisando que vai invadir a Terra, mas Leides está lá para nos proteger, e aparece na sexy performance de Heavy Metal Lover, onde surge sendo como uma moto, igual na capa do seu álbum, e também é empurrada pelos dançarinos. Uma das dançarinas monta na moto para dar uma voltinha, o que arrancou gritos de todos. Seguimos para Bad Kids, com Gaga dizendo que não dá a mínima para o que falam dela, e que seus fãs deveriam fazer o mesmo. Gaga senta nas escadas do palco e começa a chuva de presentes (um deles acerta a cabeça dela com força, mas ela levanta e diz que está tudo bem - vídeo abaixo). Um deles emociona a cantora: um colar do símbolo do infinito. Três fãs são escolhidos para subir no palco e alguns gritos (incluo-me aqui) de “RECAAAALQUEEEEI” correm pelo público. Começa a parte piano do show, com Hair, mas Gaga, mostrando que realmente ama seus fãs, canta Princess Die. Depois, com mais gritos, ela canta The Queen, música que nunca tinha sido performada ao vivo, que fez todos irem à loucura. O clima do show dá uma esfriada, mas Gaga começa a ferver com Yoü And I, que, apesar de ser uma balada, é cantada aos berros por ela e pelos fãs, e desemboca no rock de Electric Chapel, que nos garante o momento mais bonito do palco, com ele todo colorido (nos outros shows, Electric Chapel vem com duas caixas de vidro com cruzes. No show em SP não apareceram, provavelmente pela chuva).




Ato V:
O castelo fica inteiramente vermelho, e Leides volta com Americano, com uma réplica do seu icônico vestido de carne, e o palco parece um açougue, risox, e Gaga ainda canta “Aaaaahhhh Braziliaaaaa- Brazilianooooo”, muito fofa. Depois vem o hino esmagador Poker Face, e o estádio explodiu, seguido por Alejandro e seu sofá de carne, outra que levantou a todos (para quem não lembra/sabe, Alejandro foi a música mais tocada no país em 201o). Gaga troca de roupa e a Mother GOAT aparece para cantar a primeira parte do hit Paparazzi e depois Gaga assume os vocais e mata a Mother, que chora sangue e apaga. Finalmente ela está livre, e começa “I don’t speak Brazilian but I can if you like” de Scheiße, que definitivamente foi a música que mais agitou o público, principalmente por sua coreografia eletrizante, que Gaga fez lindamente, fechando o ato mais incrível do show.

Encore:
Gaga retorna ao piano no alto do castelo para The Edge Of Glory. Primeiramente, na versão acústica, com Gaga de joelhos, depois na versão de estúdio, com ela correndo pelo castelo e fazendo a coreografia sensual com um dos dançarinos. Em seguida, Gaga desce até a passarela, chama 5 fãs e fecha o show com Marry The Night e todos batendo cabelo.

Resumindo: Depois do monte de críticas que Gaga recebeu durante sua estadia no Brasil, ela mostra que realmente não dá a mínima e faz sua ópera pop de forma épica (pfvr a parte técnica do show é avassladora: o som, a iluminação, tudo impecável). Ela fala em determinado momento “Artistas demoram 10 anos para lotar estádios. Eu só tenho 4 anos de carreira e olha isso. Eu sou a garota mais sortuda do mundo”. Depois de 25 músicas, Lady Gaga mostra que amou o país, que ama seus fãs e que é sim verdadeira, rainha e a maior estrela pop da atualidade. Como disse Zeca Camargo, uma artista que me dá prazer e orgulho de viver no tempo em que vivo.


Créditos das fotos: T4F, Divulgação e do leitor Gabriel Frati.
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