Crítica: "Voldemort: A Origem do Herdeiro" é uma louvável produção fanmade (e não tem Johnny Depp)

O fim da franquia "Harry Potter" (2001-11) deixou uma legião de fãs órfãos ao redor do planeta, e os números não mentem: uma das cinco maiores franquias da história, os oito filmes arrecadaram U$S 7,7 bilhões. Não demoraria para a Warner, detentora dos direitos cinematográficos do mundo criado por J.K. Rowling, perceber que muito dinheiro ainda poderia sair dessa fonte, e logo apareceu e franquia "Animais Fantásticos" (2016-), tendo seu primeiro filme, "Onde Habitam", abrindo os trabalhos. A bilheteria repetiu o sucesso: $814 milhões.

Se a nova franquia parece estar fadada ao fracasso - seja pela fraca história ou toda a confusão com a péssima escalação de Johnny Depp como Gellert Grindelwald, o nome que dá título ao segundo filme ("Os Crimes de Grindelwald", a ser lançado esse ano) - um interessante escape surge por meio dos próprios fãs. "Voldemort: A Origem do Herdeiro" (Voldemort: Origins of the Heir) é um desses exemplos. Mesmo não sendo o primeiro filme do tipo, é definitivamente o mais ambicioso - há o fanmade "Severo Snape e os Marotos", por exemplo, que apesar de não possuir uma produção tão caprichada (os efeitos ficam aquéns), tem atores bem melhores.


O filme é um trabalho feito inteiramente por fãs italianos para explorarem o que aconteceu com Tom Riddle, ou Lord Voldemort (Stefano Rossi), no período entre sua saída de Hogwarts até os eventos que começariam a história do Menino Que Sobreviveu em "Harry Potter e a Pedra Filosofal" (2001) - o que o caracteriza como um prequel, inserido exatamente entre a série "Animais Fantásticos" e "Harry Potter". O site dos criadores diz:

O que fez Tom Riddle se tornar Voldemort? O que aconteceu naqueles anos e o que realmente houve em Hogwarts quando ele voltou? Há algumas pistas nos livros que não foram transpostas em todos os filmes, mas muito permanece incontável. Essa é a história que queremos contar: a acensão do Lorde das Trevas antes de Harry Potter e sua primeira queda.

O média-metragem, dirigido por Gianmaria Pezzato, possui pouco mais de 50 minutos e foi disponibilizado de graça no YouTube, já que não detém os diretos da obra original e não poderia lucrar comercialmente com o lançamento nos cinemas, o que por si só é um feito louvável: o filme custou um pouco mais de $18 mil e renderá nada monetariamente para os produtores.



E um orçamento absurdamente baixo como esse seria bem preocupante para poder realizar o mote principal dos filmes: a magia. O exemplar com o menor custo de produção da franquia foi "Câmara Secreta" (2002) - $100 milhões -, 5.555X mais que o de "A Origem do Herdeiro", e esse conseguiu fazer com que seus efeitos especiais soassem bem competentes. Há lutas de varinhas, desaparatações e até cenas em primeira pessoa, e tudo bem feito, sem parecer um videogame da década de 90. Claro, não há os animais mágicos, o que tornaria impossível um orçamento tão minúsculo - criar um bicho inteiramente por computador é tarefa que até os gigantes de Hollywood falham (não é mesmo, "A Bela e a Fera"?).

O plot da obra é bastante simplório: seguimos os quatro herdeiros das quatro casas de Hogwarts e como o que antes era uma sólida amizade vai gerando rachaduras pela síndrome de superioridade de Tom. A montagem é feita através de flashbacks: no presente vemos Grisha McLaggen (Maddalena Orcali), herdeira de Gryffindor, invadindo uma base russa atrás do diário de Voldermort - o mesmo que Harry destrói em "Câmera Secreta". Ela conta o que a levou até ali e como Voldermort está criando suas horcruxes, os artefatos das trevas que preservam sua alma e só serão destruídos por completo em "Relíquias da Morte - Parte 2" (2011).


Como diz o "objetivo" da produção, "A Origem do Herdeiro" visa explicar alguns detalhes que os filmes deixaram de fora, mas, caso você tenha lido os livros, há praticamente nada de novo para acrescentar ao universo, servindo com mais vigor para aqueles que só acompanharam a história através da tela do cinema. Vemos como Voldemort conseguiu o medalhão de Slytherin e a taça de Hufflepuff, por que a espada de Gryffindor não foi alcança e suas indas e vindas em busca das horcruxes perfeitas - a trama com o diadema de Ravenclaw não aparece já que foi revelada em "Relíquias Parte 2".

Se os efeitos especiais conseguem sustentar a magia do universo, a película encontra grandes problemas técnicos. Os atores de primeira viagem não conseguem soar verdadeiros, soterrados de vez pela dublagem: todas as falas foram refeitas e colocadas por cima do som original. O motivo não fica claro - talvez por se tratar de atores italianos que jamais teriam o sotaque britânico ou até mesmo uma melhor captação do som num estúdio de gravação. O fato é: fica difícil submergir no filme quando o rosto do ator transmite algo diferente da entonação da voz dublada.

Assim como as críticas provenientes de "Harry Potter e a Criança Amaldiçoada" (a peça de teatro de 2016), o roteiro de "Herdeiro" também se apoia demais na história já contada, rendendo pouca coisa nova. É quase uma reciclagem de ideias, onde a roleta da criatividade nunca alcança lugares empolgantes. Em contra partida, há um esmero com o trabalho de direção de arte, figurinos e fotografia, que rende cenas belas em locação, mesmo abusando dos closes nos olhos dos atores - e falando em olhos, aqui fica evidente o motivo que fez a franquia original tirar os olhos de cobra de Voldermort: fica cômico, não ameaçador.


Porém é muito fácil atirar pedras nos defeitos de realização. E muito mais fácil é sair comparando a obra com os filmes já lançados (oficialmente), o que não tem o menor cabimento. Não faz sentido usar uma simetria entre algo feito independentemente com uma megaprodução hollywoodiana de $250 milhões: é claro que o primeiro sairá perdendo. A produção queria mostrar que é possível fazer uma obra respeitável para o cinema longe dos cofres milionários dos super estúdios, e isso foi atingido. Quem não gostaria de externalizar seu amor por um material criando seu próprio filme? O que todos os envolvidos no projeto alcançam aqui é o sonho para muitos fãs de "Harry Potter": poder dizer que têm o próprio filme que compartilha de um pedacinho daquele mundo tão rico e que faz parte da história de tanta gente.

Ao mesmo tempo, é uma pena ver tamanho esforço e potencial ser diminuído com erros tão primários. Há muito talento que poderia facilmente ser elevado ao evitar tais falhas. O roteiro abusa do didatismo e deixa tudo absolutamente mastigado para o espectador, explicando nos mínimos detalhes uma história que está há anos assimilada, além dos clichês e um final gritantemente questionável. E não é lá grande desculpa dizer que se tratar de um fanmade: escrever um roteiro que não se baseie em tantos lugares-comuns não é exclusividade de renomadíssimos roteiristas ou alguém sendo pago fortunas. Era muito fácil ver que o texto estava caminhando para obviedades e preguiças narrativas - e fica difícil não pensarmos "com esse mesmo material eu faria um filme melhor". E nem podemos ser acusados de arrogância, atingir um produto mais refinado aqui era tarefa básica: bastava criatividade.

E a própria escolha em filmar num forçado inglês para uma plateia mais comercial não prima pelo acabamento, reflexo da tentativa de atingir o maior público possível em detrimento da sua própria qualidade. Por que escolher dublar em inglês e aniquilar as atuações ao invés de filmar em italiano e deixar tudo mais natural? Permanecemos, assim, à espera de um produto pós-Harry Potter que seja verdadeiramente de qualidade - se depender de "Animais Fantásticos", coitados de nós.

Como fan made, "Voldemort: A Origem do Herdeiro" é uma realização notável; como cinema em si, não tanto. Mas um filme do Mundo Bruxo sem o Johnny Depp é algo para ser assistido, não importa o quê.

Spotify confirma que música com apologia ao estupro será retirada do seu catálogo

Você provavelmente já ouviu falar na música “Só Surubinha de Leve”, do MC Diguinho. Em primeiro lugar na parada viral do Spotify, a faixa se tornou alvo de inúmeras discussões por conta de sua letra, que explicitamente faz apologia ao estupro, e após muitas reclamações dos usuários, será retirada do catálogo da plataforma de streaming.

Em sua letra, o funkeiro fala sobre embebedar uma mulher, para então cometer o abuso sexual e abandoná-la na rua.


“Só surubinha de leve com essas filhas da puta / Taca bebida / Depois taca pica / E abandona na rua”, diz um trecho da canção.


Até o momento, a faixa já conta com mais de 1 milhão de execuções na plataforma e, em sua parada viral, superou hits como “Que Tiro Foi Esse”, da Jojo Maronttinni, e “Vai Malandra”, da Anitta, figurando também entre as canções virais de sua lista global.

Em sua declaração, o Spotify afirmou:

O catálogo do Spotify é abastecido por centenas de milhares de gravadoras, artistas e distribuidoras em todo o mundo. Eles são devidamente avisados sobre nossas diretrizes e são responsáveis pelo conteúdo que entregam. Desta forma, informamos que contatamos a distribuidora da música 'Só Surubinha de Leve' a respeito do ocorrido e fomos informados que a faixa será retirada da plataforma nas próximas horas, uma vez que o tema foi trazido à nossa atenção.

Pelas redes sociais, foi grande a movimentação contrária a canção, principalmente por mulheres, que já lidam com uma sociedade que naturaliza e banaliza o estupro, de forma que, com uma letra como essa entre as músicas mais ouvidas do país, apenas se viram ainda mais expostas aos riscos, estando a apenas algumas semanas das festas de rua com o carnaval.

No Brasil, estima-se que uma mulher seja vítima de estupro a cada 11 minutos e, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública informou em 2016, esse número pode chegar ao total de 135 vítimas por dia.

Também em 2016, o Spotify havia se posicionado sobre o assunto em relação ao estupro coletivo ocorrido no Rio de Janeiro. Na época, a plataforma colocou em destaque a playlist “Estupro não é culpa da vítima”, onde manifestava uma mensagem de apoio as mulheres por meio do título das canções. O texto terminava dizendo “vamos gritar bem alto: vocês não ficarão sozinhas”.

Os brasileiros já colocaram “IDGAF”, da Dua Lipa, no top 50 do Spotify

Se você pensou que o hype de Dua Lipa terminaria com o smash hit “New Rules”, pensou errado. A britânica continua empenhada em promover seu disco de estreia, autointitulado, e uma semana após o lançamento de seu novo videoclipe, “IDGAF”, chegou ao top 20 do Spotify Global, onde ainda está na sétima posição com “New Rules”, e alcançou também as 50 mais no Brasil.


Ainda entre as 30 mais ouvidas pelos brasileiros com seu hit anterior, Dua Lipa amanheceu nesta terça-feira com a 50ª posição do Spotify Brasil reservada para a sua “IDGAF” e, mais uma vez, deve bastante de seu sucesso ao videoclipe, que deu sequência a mensagem de “New Rules”, agora enfatizando o poder do amor próprio. Rainha que emplaca hits reflexivos faz assim.


Antes de “New Rules”, Dua Lipa já despontava como uma das maiores revelações no Reino Unido, onde ainda emplacou faixas como “Be The One” e “Blow Your Mind”, além da parceria com Sean Paul, “No Lie”.


Atualmente, a cantora se prepara para as gravações de seu segundo disco, enquanto concilia a rotina de estúdio com shows e agenda de divulgação da nova música de trabalho.


Estamos muito regrados, sim.

It Pop apresenta: 18 novos artistas para ficarmos de olho em 2018

Se tem uma coisa que a gente gosta é de apresentar novos artistas. Nos últimos anos, fomos certeiros em algumas de nossas apostas: no "It Pop Apresenta", falamos para você prestar atenção em Lorde e Tove Lo, e nas nossas listas, citamos , Sam Smith, Bebe Rexha, Troye Sivan, Years & Years, Dua Lipa, Alessia Cara e Anne-Marie como grandes revelações da indústria. Eles não só nos mostraram seu talento, como também conquistaram as paradas de sucesso - provando que, sim, o pop está mais vivo do que nunca.

Voltamos agora com a missão de apresentar mais uma leva de novos artistas que mereçam sua atenção pelos próximos 300 e poucos dias de 2018. Com sonoridades e propostas bem diferentes entre si, todas as 18 apostas desse ano tem muita atitude e personalidade e, mesmo que seja cedo para dizer, apostamos que essa será uma de nossas listas mais bem-sucedidas.

OS 18 NOMES QUE DEVEMOS FICAR DE OLHO EM 2018


ALMA

A finlandesa ALMA faz um pop chiclete e eletrônico, mas nada genérico, enquanto explora da melhor forma sua voz rouca e marcante. Nova queridinha de Charli XCX, ela até participou de "Out Of My Head", música de sua nova mixtape, "Pop 2".

Com seu cabelo verde neon e suas jaquetas punk, ALMA pode ser novata, mas já tem bastante atitude. Seu maior sucesso até o momento é “Chasing Highs”, faixa que se tornou um hit espontâneo na Europa, mas ela tem outras coisas incríveis pra nos mostrar, como o EP "Dye My Hair" e a música “Phases”, com clipe dirigido pela própria Charli.



Ashe

Depois de participar de algumas parcerias na música eletrônica, a americana Ashe passou a lançar suas próprias canções, que apostam em um folk-pop bem original e orgânico. Mesmo com apenas duas músicas próprias, ela já merece sua atenção. 

Ao usar sua voz como instrumento em seu primeiro single, “Used To It”, Ashe nos mostrou algo de diferente, enquanto em “Girl Who Cried Wolf” ela usa banjo para criar uma atmosfera explosiva e provar sua versatilidade. Seu primeiro EP deve sair nesse ano.



Astrid S

Revelada pelo reality show Pop Idol, a versão norueguesa do American Idol, Astrid S segue os passos de Zara Larsson, que surgiu na mesma situação, e está apenas esperando por sua “Lush Life”.

Com um pop que vai dos sintetizadores ao trap, Astrid entrega o melhor da produção encandinava em seu primeiro EP autointulado, e no segundo, “Party’s Over”, lançado em 2017 e que conta com os hinos “Breathe”, “Bloodstream” e “Such A Boy”.

Seu último lançamento, “Think Before I Talk”, explora um pop acústico, mas que funciona tão bem quanto suas outras apostas e, ao que tudo indica, será o primeiro single de seu disco de estreia.



Billie Eilish

Com apenas 16 anos (!), Billie Eilish já é uma das queridinhas do novo cenário do pop alternativo. Seu som passeia por influências que vão de Lorde a Lana Del Rey, mas soa único e muito maduro em momentos como “my boy”, "watch" e "bellyache" – música que ela fez sobre o ponto de vista de um serial killer. 

As faixas saíram do EP “dont smile at me”, que conta com 8 canções, foi lançado no ano passado e mostra muito bem o tipo de artista que a garota já está trabalhando pra ser.



Bishop Briggs

Com seu vozeirão, Bishop Briggs entrega um indie pop pra nenhum fã de Banks, Lorde e Florence + The Machine botar defeito. 

Seu primeiro EP autointitulado, lançado no início de 2017, nos trouxe a explosiva “River” e o trip-hop delicioso de “Dark Side”. Bishop terminou o ano liberando seu novo single, “Dream”, a primeira amostra de seu disco de estreia, que deve ser lançado entre março e junho desse ano.



CupcakKe

Com cinco álbuns no currículo, sendo eles "Cum Cake", "S.T.D", "Audacious", "Queen Elizabitch" e o recém-lançado "Ephorize", a rapper CupcakKe fala, de forma única e desbocada, sobre os mais diversos aspectos da vida: ela já denunciou um caso de pedofilia que sofreu em "Pedophile", prestou apoio a comunidade e LGBT+ em "LGBT" e falou sobre sexo sem nenhum pudor em muuuuuitas faixas.

Apesar de ter lançado tantas coisas, CupcakKe só começou a aparecer em 2017, ao participar das duas mixtapes de Charli XCX: em "Number 1 Angel", deixou sua marca em "Lipgloss", enquanto em "Pop 2" participou de "I Got It", mesma faixa que conta com a adição de Pabllo Vittar.



Dagny 

Com carinha de anos 70/80, Dagny faz um pop alá Carly Rae Jepsen, dançante e muito divertido. 

“Ultraviolet”, seu primeiro EP, lançado em 2015, mostra apenas influências dessa sonoridade. “Wearing Nothing”, sua música de maior sucesso, fez sua transição para o que podemos ouvir agora em “More More More” e “Love You Like That”, onde ela assume completamente suas referências no pop do passado e se joga em uma onda de sintetizadores. É impossível ficar parado.



Jessie Reyez

Talvez você reconheça o nome de Jessie Reyez de "Hard To Love", música do "Funk Wav Bounces Vol. 1", do Calvin Harris, ou talvez nem reconheça, porque ela é bastante nova na indústria. Canadense e descendente de colombianos, a cantora mistura R&B, urban e até rap em suas músicas, e é perfeita pra quem gosta de Kehlani e SZA.

Seu primeiro EP, "Kiddo", foi lançado em 2017 e conta com 7 faixas, entre elas uma balada poderosa chamada "Figures", e "Gatekeeper", uma denúncia contra o machismo e os abusos da indústria musical.



Julia Michaels

Inicialmente, Julia Michaels conquistou sucesso nos bastidores, como compositora dos hits "Sorry", de Justin Bieber, e "Hands To Myself", da Selena Gomez, mas, tudo mudou. Com o lançamento do smash hit "Issues" e do EP ou, como ela chama, "mini-álbum", "Nervous System", Julia provou o seu valor como cantora, além de se tornar uma das pessoas mais requisitadas da indústria.

Para além do trip-hop de "Issues", Julia nos entregou canções incríveis no ano passado, como a divertida e com carinha de anos 2000 "Uh Huh", a provocante e cheia de sussurros e metáforas "Pink", além da parceria com o Clean Bandit em "I Miss You". É na composição que está o poder de uma das indicadas a "Best New Artist" co Grammy: suas músicas não seguem estruturas convencionais, ao mesmo tempo em que tiram o melhor de quem as canta.



Kali Uchis

Princesinha do R&B latino, Kali Uchis apareceu mesmo em 2017 com “Tyrant”, parceria com a também revelação, Jorja Smith, além de participar em várias faixas, como “She’s My Collar” e “Ticker Tape”, presentes no novo disco do Gorillaz (“Humanz”), “El Ratico”, do Juanes, indicado ao Grammy Latino, e “Get You”, do Daniel Caesar, indicada em Best R&B Performance no Grammy 2018. Ufa! 

Cantando vezes em inglês e vezes e espanhol, a colombiana é bastante influenciada pelos anos 60 e aposta em clipes com um visual colorido, mas também com cores quentes. “Tyrant” é o primeiro single de seu disco de estreia, que deve se chamar “Fool’s Paradise” e sair nesse ano.



Kim Petras

Em 2008, aos 16 anos, a alemã Kim Petras ganhou a mídia ao se tornar a transsexual mais jovem a fazer a cirurgia de mudança de sexo. Na época, ela afirmou que sabia como seria difícil apagar seu passado, mas que esperava que um dia a reconhecem por sua música. O dia chegou.

Influenciada por Charli XCX, com quem colaborou em “Unlock It”, da mixtape “Pop 2”, Kim faz um pop eletrônico e divertido que se assemelha bastante ao apresentado pela britânica em “Boys”, mas que pega influencias da PC Music. “Faded” é um bom exemplo disso.

Já em se tratando de atitude, Kim traz um pouquinho de Marina & The Diamonds e sua “Electra Heart”, um pouco de “Legalmente Loira” e até de Paris Hilton, que ela venera no clipe de seu principal single, a deliciosa “I Don’t Want It All”.



Maggie Lindemann

Maggie tem poucas músicas em seu currículo, mas já pode dizer que tem um hit. Na Europa, “Pretty Girl” fez um grande sucesso, tanto em sua versão original, quanto no remix com o Cheat Codes e o CADE, que chegou ao Top 10 do Reino Unido. 

Desde então, a menina lançou o pop chiclete “Personal” com o The Vamps e a poderosa “Obsessed”. Para esse ano, é esperado um disco de estreia, ou pelo menos um EP. Nada mal pra quem começou no YouTube, hein?



Pale Waves

A banda Pale Waves faz um indie-rock-synthpop perfeito pra quem curte Bleachers, CHVRCHES e, claro, The 1975. Aliás, é Matty Healy, vocalista do The 1975, o responsável por dar o empurrão que faltava para o Pale Waves lançar, oficialmente, suas músicas: ele quem produziu os primeiros singles do grupo, "There's a Honey" e "Television Romance", e dirigiu o vídeo da última música citada.

Pra fechar 2017, o grupo lançou "New Year's Eve" e "My Obsession", singles do EP "New Year's Eve", que será lançado no dia 16 de março.



PRETTYMUCH

Tá sentindo falta de uma boyband? O Simon Cowell, responsável pelo One Direction, sabe disso e agora aposta em um novo grupo: PRETTYMUCH. 

Apesar de terem o mesmo mentor, a boyband não tem nada a ver com 1D. Eles dançam, misturam influências latinas, como em "No More", e apostam ainda mais em harmonias, como em "Would You Mind". Uma boyband com a cara de 2018.



Sabrina Claudio

Como Lana Del Rey soaria se cantasse R&B? A resposta está em Sabrina Claudio, outra revelação do ritmo. Com sua voz suave e delicada, a cantora, descendente de cubanos e porto-riquenhos, consegue misturar o soul com elementos de dance para criar um R&B contemporâneo bem sensual e, acima de tudo, belo.

Apenas em 2017, a garota lançou dois trabalhos: o EP "Confidently Lost", que contou com o envolvente single de mesmo nome, e a mixtape "About Time", com destaque para a sexy "Belong To You" e as dançantes "Used To" e "Wait".



Sigrid

Uma das maiores apostas de 2018, se não a maior, a norueguesa Sigrid tem apenas 5 músicas em seu currículo, mas seu som é tão particular e os elogios que recebe da crítica são tão calorosos que parece que ela tem muito mais.

Com o EP “Don’t Kill My Vibe”, Sigrid fez o pop de qualidade que sentimos falta em 2017, enquanto seu último lançamento, “Strangers”, que deve ser o primeiro single de seu disco de estreia, vai além e deixa a cantora explorar novos rumos enquanto faz aquele synthpop que é a cara da escandinávia. A perfeição pop.



Stefflon Don

Você provavelmente conhece Stefflon de “Instuction”, a parceria de Jax Jones e Demi Lovato, ou até do remix de "Bum Bum Tam Tam", com J Balvin e Future, mas ela é muito mais do que a rapper convidada de alguns feats. 

Stefflon já está fazendo seu nome na Europa e, depois de lançar alguns singles e participar de remixes, ela agora tem um smash em mãos com “Hurtin’ Me”, onde soa como uma perfeita pop star.



Tayá

O som de Tayá lembra bastante o que vimos nos dois primeiros discos de Ariana Grande: algumas vezes, parece que estamos em uma playlist dos anos 90, enquanto em outras estamos de volta aos dias atuais, escutando o melhor do R&B contemporâneo.

O primeiro EP de Tayá, autointitulado, saiu em 2017 e conta com músicas ótimas como "Deeper" e "When Ur Sober", onde a voz dela soa como uma mistura perfeita da própria Ariana com a SZA.



***

E agora segue uma playlist especial com todos esses novos nomes pra você ouvir durante o ano inteiro. De nada. 

Dolores O'Riordan e a influência de uma das bandas mais fodas da década de 90

Estamos em 2018 e, mesmo com a informação em tempo real graças à internet, poucas são as bandas de rock fora do cenário Estados Unidos & Inglaterra que conseguem grande atenção da mídia internacional para despontar e se consolidar. Agora imaginem a dificuldade para este feito no começo da década de 90. Formada na Irlanda em 1989, The Cranberries conseguiu e pode facilmente ser considerada uma das bandas mais bem sucedidas dos anos 90.

Quando falamos de rock alternativo, poucas conseguiram emplacar tantos hits neste período, mas a voz marcante de Dolores O'Riordan e as influências post-punk, folk & indie pop contribuíram para seis álbuns e mais de 40 milhões de cópias vendidas em todo o mundo. Entre outras, músicas como Linger, Dreams, Zombie e Salvation deram o tom para toda uma geração.

Hoje, aos 46 anos, Dolores O’Riordan nos deixou não apenas nostálgicos, mas também com um legado que levou até o presidente da Irlanda, Michael Higgins, à público com uma declaração sobre seu falecimento:

É com grande tristeza que eu recebo a notícia da morte da Dolores O’Riordan, musicista, cantora e compositora. Dolores O’Riordan e o The Cranberries tiveram uma grande influência no rock e pop na Irlanda e internacionalmente. (...) Para aqueles que seguem e apoiam a música irlandesa, os músicos e as artes, a morte dela é uma grande perda”, declarou Michael Higgins.

Dolores certamente inspirou e continuará inspirando muitas pessoas pelo mundo, tanto por suas composições quanto por sua atitude forte.

Meu "Joyride" tá vivo! Tinashe lançará três novos singles nessa sexta

Seria 2018 o ano de Tinashe? Depois de ser deixada de lado por sua gravadora, o que a fez lançar o trabalho independente “Nightride”, a cantora parece ter voltado com o plano de divulgação de seu segundo disco oficial, a quase lenda urbana “Joyride”, e liberará nesta sexta (19) três novas faixas.

“No Drama”, “Faded Love” e “Me So Bad” trazem a participação de rappers de bastante sucesso no momento. A primeira terá Offset, do trio Migos, enquanto a segunda tem Future e a terceira uma dupla colaboração com Ty Dolla $ign e French Montana. Com esse tanto de rappers assim, já dá pra dizer que Tinashe vai voltar finalmente para o urban?

Ela também liberou algumas imagens de divulgação da nova era, onde aparece com um visual elegante e clean, ainda que bastante trabalhado em prata. Em seu Twitter, em meio a imagens e pequenos vídeos que revelam o conceito do “Joyride”, Tinashe também tem postado o que parecem ser pedaços de letras.


Esperamos que o tão falado/adiado/esperado “Joyride” faça justiça ao talento dela, e que dessa vez a Tinashe consiga o reconhecimento que merece. Menos “Flame” e mais “Company” que o hit vem!

Ok, “Que Tiro Foi Esse”, da Jojo Maronttinni, tem tudo para ser nosso hit do carnaval

Começou a corrida pelo hit do carnaval e, no meio de lançamentos de Anitta, Pabllo Vittar, Gloria Groove, entre outros nomes, quem despontou como uma líder em potencial foi a cantora e dançarina JoJo Maronttinni, que estreou há algumas semanas o clipe da faixa “Que Tiro Foi Esse”.

Nos passos de Pabllo Vittar, a música nova de JoJo, também conhecida pelo apelido “Toddynho”, mescla funk e a levada do arrocha, com uma letra carregada de expressões comuns pelo público LGBTQ, que é maioria entre os fãs da artista.



A fórmula, por sua vez, só surtiu efeito quando a música se tornou trilha-sonora para um novo meme, já reproduzido por nomes como a própria Anitta, que também convidou JoJo para o clipe da sua “Vai Malandra”, e a cantora Iza, no qual, quando escuta o refrão com a pergunta “Que tiro foi esse?!”, a pessoa simula ter sido atingida por uma bala, se jogando no chão.

O Buzzfeed fez um compilado com alguns vídeos esse meme:


E também tem esse maravilhoso, do Papelpop.

Com mais de 1,5 milhões de execuções, o hit de JoJo é a segunda maior música da parada viral brasileira do Spotify atualmente e, na última atualização, também chegou ao top 15 da principal lista da plataforma, na frente de faixas como “Fazer Falta”, do Livinho, e “Encaixa”, do MC Kevinho com Leo Santana.



Atualmente, a cantora possui um contrato com a Universal Music e, ainda esse ano, seguirá em estúdio para a produção do seu material de estreia.

Antes de “Que Tiro Foi Esse”, ela já havia surgido como uma aposta para o funk com a sua “Sentada Diferente”. Olha só:



Será que encontramos o hit para o carnaval? Abaixo, preparamos uma playlist com essa e outras apostas para esse ano:


Praised be: saiu o primeiro trailer da nova temporada de “The Handmaid’s Tale”

⚠ Opa! Pode ser que esse texto tenha alguns spoilers. Se você é do tipo que fica puto com spoilers, esse é um bom momento para parar a leitura ou seguir por sua conta e risco.

Depois do grande sucesso em 2017, a aclamada “The Handmaid’s Tale” irá retornar em 25 de abril para sua segunda temporada no serviço de streaming Hulu. A fotografia da série continua impecável e, tirando pelo trailer, sabemos que Offred/June (Elisabeth Moss) ainda terá muito o que enfrentar até finalmente poder estar com sua filha.



Por aqui, a gente já tá surtando pra ver o fruto ser abençoado.

“The End of The F***ing World”, da Netflix, não é tão previsível e white people problems o quanto parece

Opa! Pode ser que esse texto tenha alguns spoilers. Se você é do tipo que fica puto com spoilers, esse é um bom momento para parar a leitura ou seguir por sua conta e risco.

Se você ainda não ouviu falar sobre “The End Of The F***king World” ou o seu mundo já acabou ou você é apenas desligado mesmo. A produção britânica foi exibida primeiramente no canal Channel 4 (UK), e conta com oito episódios em sua primeira temporada, agora disponíveis no catálogo da Netflix.

A história gira em torno de James (Alex Lawther), um autodenominado psicopata que, desde criança, tem certo prazer em matar – indo de insetos a animais de porte maior. Quando ele decide finalmente levar seu “talento” ao próximo nível, somos apresentados a Alyssa (Jessica Barden), a nova aluna da escola que vive em uma família problemática.

A trama começa a engatar quando Alyssa, incorporando o rebelde que já existiu em todos nós, decide fugir de casa e convida James para embarcar nessa viagem, mas o que ela não sabe é que, na verdade, ele tem outras intenções para essa aventura.


O enredo inteligente e divertido faz com que os 20 minutos de cada episódio passem voando, entretendo naquela típica maratona de final de semana. É quase como se você estivesse dentro da série junto aos protagonistas, descobrindo com eles sobre o primeiro amor e suas as consequências – que, de fato, não foram muito boas. A fotografia e a trilha sonora também dão um show a parte, ajudando a caracterizar a personalidade dos personagens e complementando o tom mais “sombrio” que a trama propõe.

A gente já tá na torcida pela renovação da série, mas enquanto ela não chega, você já pode assistir a primeira temporada todinha na Netflix.

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