Vem no reggae! Camila Cabello apresenta mais uma música inédita em show, ouça "Inside Out"

Enquanto o álbum não chega, Camila Cabello segue nos provocando apresentando novas músicas ao vivo, como fez algumas semanas atrás quando performou "Havana", "I'll Never Be The Same" e "OMG" no Summer Bash.

Aliás, vamos só relembrar desse musicão que é "Havana"??? 


Dessa vez, a cubana estava abrindo a “24K Magic World Tour” do Bruno Mars, e então performou uma nova música chamada "Inside Out". A canção tem toda uma (gostosinha) pegada reggae e tropical, mas ainda soando bem pop com o refrão que gruda na cabeça. No show, Cabello pediu para todos "fecharem os olhos e imaginar que estavam na Jamaica", para sentirem melhor a música. 


A faixa, unindo-se as outras já apresentadas, evidencia que o debut da cubana tem tudo para ser bastante eclético e experimental, porém ainda com uma possível linha de conexão em sua sonoridade. Pelo menos é o que nós ficamos na torcida para ser! 

E Camila bem que já podia lançando um single sucessor de Crying In The Club” né? “Havana” e “Inside Out” estão aí prontinhas...

A estreia solo de Camila Cabello, com o "The Hurting. The Healing. The Loving." tem previsão para Setembro desse ano!


"Harry Who?", Christopher Nolan, diretor de "Dunkirk" não sabia muito bem quem era Harry Styles


O longa "Dunkirk", novo filme de Christopher Nolan, traz um rostinho conhecido para todo fan pop e directioner, mas não para o diretor. Na trama que retrata um capítulo pouco conhecido da 2ª Guerra Mundial, Harry Styles interpreta Alex, um dos 400 mil soldados britânicos que ficaram cercados na praia francesa de Dunkerque, encurralados por tropas alemãs. Só que o diretor admitiu que não sabia do tamanho da fama do cantor e agora ator.

Queríamos a todo custo caras novas, pessoas desconhecidas, mas paradoxalmente quem conseguiu o papel foi Harry. Não sabia que era tão conhecido

Alguém faz uma playlist para esse homem desde "What Makes You Beautiful" até "Sign Of The Times", por favor?

A produção promete uma boa dose de realismo e cenas sem efeitos especiais, já que Nolan tem aquele estilo próprio de dirigir que deixa qualquer um de boca aberta, principalmente quando revela como foi filmado. Só pra se ter uma ideia, foram usados navios de guerra verdadeiros, além das locações serem onde tudo realmente aconteceu. Para fechar a conta, Harry ainda revelou em entrevista que o filme todo foi um desafio e que não foi um trabalho feito em "condições normais". SOCORRO.

"Dunkirk"estreia na próxima quinta-feira, 27 de julho. Confira o trailer.

Se seu fetiche é clipe conceitual, pode comemorar! Selena Gomez anuncia vídeo de "Fetish" para esta quarta

Preparado para ficar bem feticheiro essa semana? Selena Gomez não quer perder tempo na divulgação de seu segundo single, "Fetish", e anunciou que o vídeo da canção chegará mais rápido do que imaginávamos: nessa quarta-feira, dia 24.


Dirigido pela Petra Colins, nome por trás do clipe de "Boy Problems" da Carly Rae Jepsen, o vídeo de "Fetish" também contará com a presença de Gucci Mane, rapper que participa da música, e promete ser bastante sensual.


Ao longo das últimas semanas, Selena tem postado prévias da produção, como a abaixo que a mostra em um vestido amarelo, numa sala de estar, debaixo de... uma chuva. Fez sentido? Não! Queremos esse clipe? Sim!


A cantora está investindo em grandes produções nessa era: o videoclipe de "Bad Liar", seu primeiro single, foi dirigido pelo Jesse Peretz, nome por trás de alguns episódios das séries "Girls" e "Orange Is The New Black", e trouxe Selena vivendo múltiplos personagens, incluindo uma menina que se apaixonava por sua treinadora. "Bad Liar", aliás, terminou com uma prévia de "Fetish", o que pode indicar que o clipe desse segundo single será uma continuação do primeiro vídeo. Conceitual mesmo, viu?

Crítica: todo o conformismo no macabro "A Bruxa" é apenas a celebração do caos

Atenção: a crítica contém spoilers.

O maquinário fast-food que se transformou Hollywood para os filmes de terror continua (e continuará) trazendo má fama ao gênero e enchendo os cofres de suas produtoras. O século XXI saiu há pouco das fraldas e já tivemos vários grandes destaques. O que centenas de exemplares, como "O Massacre da Serra Elétrica" (2003), "Horror em Amityville" (2005), "Filha do Mal" (2012), "Ouija: O Jogo dos Espíritos" (2014), "Annabelle" (2014), "Floresta Maldita" (2016) e "Boneco do Mal" (2016), têm em comum? São sucessos de bilheteria e fracassos de crítica. E aí o mundo gira, e assim o mercado anda.

Quem perde com tudo isso? Todo mundo. O gênero, o público, o próprio cinema. Os donos das produtoras podem até enricar (e muito) com a patifaria, mas estão lucrando em cima do demérito da arte que eles próprios se propõem a fazer. De vez em quando, bem raramente mesmo, surge um filme que decide caprichar mais no roteiro, trazer um clima mais elaborado, sair da mesmice. Em 2015 tivemos o fabuloso “Boa Noite, Mamãe”, que foi contra tudo o que esperávamos de um filme de horror e ajudou a fortalecer o ato que congelar o espectador na cadeira. Já em 2016 fomos agraciados com “A Bruxa”, que também vem com uma proposta mais intimista e que busca fisgar o púbico lentamente.

Assim como os enlatados de Hollywood, há um paralelo entre “Boa Noite, Mamãe” e “A Bruxa”. Vários, na verdade. O primeiro, como já citado, é o ritmo diferenciado, distante dos sustos a cada segundo e cataratas de sangue falso jogada na tela. O segundo é: ambos foram feitos fora de Hollywood – “Boa Noite” é austríaco e “A Bruxa” canadense. O terceiro foi a forma como os dois se venderam. Seus trailers, principalmente os voltados para o mercado americano, criavam a ideia de agilidade, tensão constante e sustos elevados, material que o público está acostumado a receber, e completamente diferente dos filmes reais.


Ao colocar o gostinho no público de forma “torta”, esse, ao assistir à obra completa, acha tudo aquilo um saco. Não dá medo, não faz sentido, o que é aquilo na tela? Não se trata de uma subestimação do espectador, mas, ao termos – em abundância – filmes de terror mastigados que não dispensam os mais ridículos sustos, o público não se encontra naturalizado em frente a um longa que foge do lugar comum, que busca desenvolver subjetivamente o que está sendo passado na tela.

No caso de “A Bruxa”, seu marketing foi pesado. Por meses a fio tivemos as redes sociais infestadas de noticiais sobre o quão assustador ele é, com citações de Stephen King sobre o quanto o filme o assombrou e até matérias dizendo que satanistas o exibiram gratuitamente pela sua “experiência satânica transformadora”. É para fazer todo mundo correr aos cinemas.

E é aqui que reside toda a questão: se não fosse por essa propaganda, o filme chegaria a quantas salas de cinema? Ele estaria fadado às salas “cult” das grandes metrópoles, sem poder concorrer com sessões acessíveis nos cinemas dos shoppings, entupidos pelos blockbusters americanos. Mesmo vendendo o filme de forma errônea, essa estratégia é usada para fins justos: levar o filme para o maior número possível de lugares. É a lei de mercado.


“A Bruxa” conta a história de uma família no sec. XVII que é excomungada de sua aldeia puritana cristã. Com cabeça erguida, eles partem para uma floresta isolada e recomeçam a vida à base da agricultura familiar. Durante um passeio de Thomasin (Anya Taylor-Joy) com Samuel, a filha mais velha perde misteriosamente o bebê, sequestrado por uma bruxa (a cena é icônica). A partir dessa tragédia, a família começa a ruir.

Robert Eggers, diretor e roteirista do filme, coloca medo no nosso imaginário logo no início: apenas nós testemunhamos o que acontece com o bebê. Tudo em luz natural, vemos os traços assustadores da bruxa sem realmente distinguir como ela é e nem o que está fazendo com o bebê. A genial trilha sonora completa o enigma audiovisual do momento, criando uma sequência tensa que não mostra explicitamente o que houve. As imagens confusas são pinceladas pelos sons diegéticos¹ e da trilha, conseguindo consegue criar áurea de perigo na mente de quem vê (e ouve).

A ruptura causada pela perda de Samuel é estopim para os demônios da família se apossarem de seus medos, individuais e coletivos. A controladora mãe (Kate Dickie, a Lady Lysa da série "Game of Thrones" - aqui tão tresloucada quanto) é a primeira a cair, desesperada ao cogitar a alma do bebê no Inferno: graças à excomunhão da família da aldeia, a criança não era batizada – o que já nos a crer que a bruxa o levou exatamente por isso. O pensamento devora a sanidade da mãe, infectando a todos, só uma das etapas da degradação psicológica imposta pela situação.


Depois, as plantações começam a morrer, os animais começam a secar e a cabra, que antes dava leite, agora dá sangue. O único animal que parece forte é Black Phillip, o bode. As duas crianças mais novas, os gêmeos Mercy e Jonas, afirmam que o bicho fala com eles e brincam cantando uma canção sobre o animal: “Black Phillip, Black Phillip, uma coroa cresce em sua cabeça. Black Phillip, Black Phillip, rei de todos. Black Phillip, Black Phillip, rei do céu e da terra. Black Phillip, Black Phillip, rei do mar e da areia. Nós somos seus servos, nós somos seus homens”.

A existência do bode no seio familiar é peça fundamental no vírus que se propaga rapidamente naquela casa, já que Black Phillip é o próprio Satanás, escondido na pele do bode - e a música cantada pelas crianças nada mais é que um cântico de adoração ao demônio. Como o slogan do filme entrega, “o mal assume diversas formas”, e vemos essas formas, sempre como bichos, durante o filme: Lúcifer, além do bode, se transforma num coelho e num corvo.

Caímos então na célebre frase do filme “Anticristo” (2009), de Lars Von Trier: “a natureza é a igreja de satã”. A família está engolida pela natureza, que se volta contra ela através das pragas do próprio Satanás (na pele de seres também naturais), retirando suas reservas e torturando psicologicamente seus servos, esses correndo de um lado ao outro sem saber o que de fato está acontecendo.


A fome e os surtos da mãe, que arquiteta um plano para quase vender Thomasin - já que ela é vista pela matriarca como responsável pela perda do bebê - fazem com que a garota e Caleb (Harvey Scrimshaw), o irmão do meio, fujam para a floresta. Mas lá eles esbarram com Satanás na forma de um coelho e se desencontram, com o garoto caindo nas garras da bruxa.

O interessante é que a bruxa encontrada por Caleb é diferente da bruxa do início do filme. A criatura se transforma nos desejos de quem a vê para conseguir se aproximar, sendo uma voluptuosa mulher na diante o garoto. Em alguns momentos do longa, Caleb é pego olhando para o decote da irmã, podendo exorcizar seu desejo apenas com a bruxa oferecendo-se diante dele. E é isso que “A Bruxa” retrata: a evocação dos medos e desejos mais profundos do ser humano, entregues de bandeja por meio das forças diabólicas que rondam aquele lugar.

E o lugar é importantíssimo para nossa assimilação do filme. Estamos falamos de uma floresta no meio do nada em plena aldeia puritana do séc. XVII - que também reflete um recorte histórico das migrações puritanas nos EUA dos anos 1620-40. O fanatismo religioso é tão opressor quanto o meio, onde vemos a família sacrificando sua carne em prol de um ser maior, de uma salvação divina. Sua fé é o que os mantém vivos e os fazem continuar. A penitência, o pecado e a misericórdia são fatores que ditam suas existências, com as forças do bem e do mal sendo entidades reais que alteram a realidade facilmente, podendo salvar ou destruir. Porém, àquela altura, escapatória não era mais uma opção.


Todas as desgraças acometidas se encapsulam com a cena clímax, aonde Thomasin vai de encontro com Black Phillip, que, sim, como os irmãos mais novos afirmavam, fala. Satanás deixa as cerimônias para assumir sua real forma, mas apenas momentaneamente. Ele, fora do certeiro enquadramento, é visto sem foco, mas sua voz arrastada e a mão sobre o ombro da garota conseguem gerar arrepios. Ela, com nada a perder, liberta seu corpo para os prazeres da vida que a religião tanto oprimiu, num grito de libertação feminina, reunido num clã de bruxas ensandecidas que voam sobre a terra em nome de Satanás, numa das melhores sequências do terror neste século. A composição homeopática de quadros é primorosa, só um dos exemplares de um filme riquíssimo em termos narrativos e técnicos – todo o trabalho fotográfico é nada menos que estupendo.

“A Bruxa” trata de muitos subtextos, mas é, acima de tudo, uma celebração do caos. É a regurgitação fidedigna de todos os maiores medos que nós temos: medo da solidão, perda, dor, morte, do mal em si. O filme não é de fato assustador no modo convencional da palavra – achar que terror é apenas susto empobrece todo o gênero –, é macabro pelas suas metáforas, com algumas passagens perturbadoras que chocam pela crueza e vivacidade do mal – a do bebê, da possessão e, principalmente, a do corvo, são inesquecíveis.

Trata-se de um legítimo conto macabro de bruxas, bem ambientado e narrado, cheio de simbolismos e gore pontual que constroem um filme deliciosamente lento e atmosférico. O ato de assistir no cinema, com várias pessoas que talvez não estejam prontas para um filme não-comercial, pode empalidecer o impacto do todo, mas “A Bruxa” burla as barreiras para despontar como o melhor terror de 2016 – e um dos melhores filmes dessa década.

¹ Diegese é a dimensão ficcional da narrativa, é tudo aquilo que acontece no mundo criado no filme. No caso, sons diegéticos são os sons gerados pelos elementos dentro da realidade do filme, fora da trilha-sonora, ou seja, os sons que os personagens ouvem.


As 10 melhores músicas de toda a carreira da Katy Perry


Não adianta negar, todo mundo tem uma música favorita da Katy Perry. A californiana, que nesse ano lançou o disco “Witness”, emplaca hits desde o seu single de estreia, “I Kissed A Girl”, e foi dessa forma que, ao longo dos últimos anos, construiu um público bastante diverso, que a seguiu da pin-up ‘femme fatale’ de “One Of The Boys” a tia engraçada, mas de muito bom gosto, do “Teenage Dream”.

Olhando pra trás, não é difícil entender o porquê de Katy Perry ser tão bem aceita pelo público brasileiro e, mais, o porquê de tantos a convidarem para “come to Braziiiiiil” e, após tamanha análise minuciosa, decidimos que era a hora de tocar váaaarios dos seus hits na Please Come To Brazil, a mais nova festa das divas pop na Selva, que acontecerá no dia 28 de julho, em São Paulo.

Pra quem não lembra, a primeira edição da Please teve como tema a diva internacional e hitmaker de “Paradinha”, Anitta, e em sua nova edição, chegou a hora de enaltecermos Katy Perry, indo de “Hot N’ Cold” a “Swish Swish”, não esquecendo as músicas que foram esquecidas no churrasco, mas merecem o seu reconhecimento, como “Peacock” e “Legendary Lovers”.

Para ir aquecendo, escolhemos nossas 10 músicas favoritas da Katy Perry e, enquanto você as escuta, pode ir conferindo mais detalhes sobre a festa no seu evento do Facebook:

10. “Walking On Air”

Não foi single oficial, mas foi hit no nosso coração. Ver “Swish Swish” sendo promovida hoje, é quase como um prêmio de consolação pela injustiça que assistimos com essa música.



09. “Part of Me”

Mesmo quando ninguém mais aguentava Katy Perry extraindo singles da era “Teenage Dream”, ela nos entregou uma das suas melhores produções. Pulsante, inspiradora e dançante.


08. “Peacock”

Querida Katy Perry, nós nunca te perdoaremos.


07. “California Gurls (feat. Snoop Dogg)”

Uma música que sempre nos faz sentir falta do pop de 2010.


06. “Dark Horse (feat. Juicy J)”

Essa foi a primeira e última vez que nos lembramos de ouvir uma música com o Juicy J.


05. “Legendary Lovers”

TERIA SIDO UM CLÁSSICO.


04. “Firework”

Na minha época, hino era isso aqui.


03. “E.T. (feat. Kanye West)”

Essa letra, essa percussão, esses synths, esses riffs eletrônicos, essa música. E que parceria, senhoras e senhores! Que parceria!


02. “I Kissed A Girl”

Essa é uma das músicas que dificilmente deixaremos de ouvir pelos próximos 75 anos.


01. “Teenage Dream”

Esse provavelmente é um dos melhores refrãos dos últimos 2017 anos.


Siga também a playlist Please Come to Brazil no Spotify, com um aquecimento do que você vai dançar com a gente na festa.


Você não precisa gostar de funk para ser contra o projeto de criminalização do gênero

No mesmo ano em que artistas como MC Carol e MC Bin Laden representaram a cultura brasileira no palco do Red Bull Music Academy Festival, em Nova York, o Brasil se propôs a discutir a possível criminalização do funk, partida de uma sugestão do empresário Marcelo Alonso no site do Senado, no qual reuniu mais de 20 mil assinaturas – número suficiente pra que a ideia seja enviada para análise pela Comissão de Direitos Humanos.

Em sua proposta, o empresário, que também mantém uma página do Facebook chamada “Funk é lixo”, afirma que o gênero parte de uma “falsa cultura” e promove, entre outras coisas, crimes como estupro e pedofilia, principalmente contra adolescentes menores de idade.

O relator do caso no Congresso Nacional será o senador Romário (PSB/RJ), que já se manifestou contra a proposta e, para somar a discussão, quer levar artistas como Anitta, Valesca Popozuda, Nego do Borel e MC Marcinho para opinarem sobre o assunto.

Nos últimos anos, foram muitas as conquistas do funk para a cultura e indústria brasileira. O gênero, que atualmente lidera as principais paradas de plataformas como Youtube e Spotify, foi responsável por revelar algumas das maiores artistas do nosso cenário atual e, dos grandes artistas aos independentes, se tornou um importante meio de movimentação econômica, gerando empregos e se transformando numa fonte de renda em diferentes dimensões.

Bem distante da visão retrógrada do autor dessa proposta de criminalização, o funk também se viu como um meio de protesto, dando voz para minorias e artistas de periferia, que cantaram dos seus prazeres às dores, dançando da ostentação dos morros paulistas e cariocas à liberdade de serem vadias todos os dias, da luta e resistência negra à luta e resistência LGBTQ e feminista. E, no fundo, a gente sabe que isso incomoda.

Menos de um ano desde que o país se viu presidido por um governo ilegítimo, foram muitas as perdas e lutas dos movimentos sociais para que seguissem existindo. O conservadorismo, alastrado de forma sintomática por todo o mundo, aqui se viu apoiado pelos líderes dos partidos no poder e ainda que, numa democracia, a voz do povo devesse ser a mais alta, essa é aquela que menos escutamos, enquanto assistimos à deterioração de nossos espaços e direitos, como foram os casos de luta contra a pichação e grafite e, posteriormente, aos dependentes químicos da região da Cracolândia, em São Paulo. 

Isso porque não falamos da retirada de bens dos moradores de rua, dos presos políticos ao longo das últimas manifestações democráticas, da empatia pelos brancos de turbante que inexiste com as vítimas diárias do racismo e do silêncio das panelas em todas as vezes que cobramos que olhassem para seus respectivos rabos.

Pensando assim, não é difícil compreender como uma proposta dessas angariou vinte mil assinaturas tão facilmente e, neste ponto, nos vem à lembrança do documentário “A 13ª Emenda”, da Netflix, no qual é discutido a maneira como os Estados Unidos perpetuaram a escravidão até os dias atuais por meio do seu sistema de encarceramento em massa, e, numa fala específica do assessor de Nixon, sobre a campanha presidencial americana de 1968, explica a maneira como eles criminalizaram as comunidades periféricas indiretamente, ao passo que tornavam elementos associados a elas como algo prejudicial para a sociedade.

A campanha de Nixon em 1968, e a Casa Branca de Nixon após isso, tinham dois inimigos: a esquerda pacifista e as pessoas negras. (...) Nós sabíamos que não poderíamos tornar ilegal tanto ser contra as guerras ou negros, mas ao fazer o público associar os hippies com a maconha e os negros com a heroína, e depois criminaliza-los rigidamente, nós podíamos corromper essas comunidades. Nós podíamos prender seus líderes, vasculhar suas casas, acabar com suas reuniões e caluniá-los noite após noite nos noticiários. Nós sabíamos que estávamos mentindo sobre as drogas? É claro que sim, explicou John Ehrlichman.

Qualquer semelhança com a nossa realidade, dificilmente será mera coincidência.

Nos últimos anos, a esquerda brasileira se viu fragmentada e fragilizada, enquanto assistiu a direita se rearticular e fortalecer, construindo novos nomes e partidos, ainda que embasados sobre os mesmos velhos discursos. Da pichação ao funk, passando pelos moradores da Cracolândia, entre tantos outros tópicos sucateados pelas visões elitistas e higienizadas dos que estão no poder, é inevitável a associação desses elementos com a periferia, que mesmo antes dessa ascensão, já lidava e sobrevivia numa realidade diferente daquela que assistia na televisão. E, quando teve a menor oportunidade de muda-la, rapidamente foi sufocada pela ambição dos que já estão por cima da carne seca.

Pra quem defende que o funk sequer deve ser visto como arte, seja por suas batidas ou letras que, para muitos, incentivam coisas impróprias, vale uma volta no tempo, a fim de relembrar que essa batalha também foi enfrentada por outros gêneros negros e de origem periférica, como nos anos 70 aconteceu com o samba, gênero de matriz africana, hoje reivindicado pela cantora branca Mallu Magalhães em rede nacional, e também com o rap, perseguido e marginalizado até os dias atuais, com ênfase aos anos 90, mesma época em que Os Racionais MCs lançaram o seu primeiro CD.

Ainda é cedo para saber se esse projeto terá ou não consistência o suficiente para culminar na criminalização de todo um gênero musical, mas o simples fato da proposta ter chegado ao congresso, bem como se tornar motivo de discussão em meio aos tantos problemas e escândalos que enfrentamos na política atual, diz muito sobre o quanto ainda precisamos lutar contra o elitismo, seletividade e viralatismo da sociedade que fazemos parte. E que façamos isso usufruindo de toda a nossa liberdade de expressão e cultura que, goste dela, de onde vem e de quem a faz ou não, o mínimo que devem fazer é respeitar.

No Spotify, aproveitamos para estrear a playlist “Vem Sarrando”, com alguns dos maiores sucessos do funk atual, incluindo nomes como Anitta, MC Carol, Pabllo Vittar, Lia Clark, Tati Quebra Barraco, Livinho, Kevinho, Zaac, Don Juan, Rincon Sapiência, Delano e vários outros.

Ouça e siga abaixo:

Se juntas já causa: a Liga da Justiça está reunida para salvar o mundo no novo trailer do filme

Falamos agora pouco sobre o pôster incrível de "Liga da Justiça", liberado previamente ao painel da Warner na San Diego Comic-Con. E como falamos naquele post, o estúdio iria soltar algumas novidades sobre o universo de super-heróis da DC, incluindo do próprio "Liga da Justiça". Não chocando ninguém, eis que surge um novo trailer da produção durante o evento, e como a Warner é povão, liberou-o na rede mundial de computadores também.

O trailer finalmente traz o que é prometido há tempos: a união dos personagens por um único bem. Sabemos que o primeiro vídeo promocional trazia os heróis lutando lado a lado, mas nada que de fato simbolizasse uma união. Tem os heróis chutando bundas juntos, se ajudando, batendo um papo enquanto a batalha não começa e por aí vai. Ah!, e tem Lobo da Estepe também; sem revelar ao menos o vilão de frente. Por fim, o nosso nenê que tinha morrido em "Batman VS Superman" faz sua primeira aparição, mas não do jeito que a gente pediu. Confira.


"Liga da Justiça" chega aos cinemas em novembro, e traz Gal Gadot, Ben Affleck e Henry Cavill de volta aos seus respectivos papéis. O mozão Ezra Miller, Jason Mamoa e Ray Fisher integram o elenco como Flash, Aquaman e Ciborgue. Se segurem que pode vir um hino.

Não foi o que a gente pediu: Channing Tatum pode ser o novo protagonista de "Van Helsing"

Num fuzuê que envolve Conde Drácula, Frankenstein, o Lobisomem e um herói que vai atrás destes seres sobrenaturais, temos “Van Helsing –  O Caçador de Monstros”, filme lançado em 2004 com Hugh Jackman no papel do protagonista cujo nome é justamente o título do filme. E, agora que a Universal irá regravá-lo para compor sua seleção do Dark Universe, quem está cotado para viver Abraham Van Helsing nesta nova versão é ele: o maior stripper que a gente respeita Channing Tatum!

Até agora não há nada confirmado e tampouco o filme tem data de lançamento definida. Mas, ao que parece, de acordo com as informações do Site Screen Rant, estão esperando o roteiro terminar de ser reescrito por Dan Mazeau, de “Fúria de Titãs 2”, para fazer a oferta a Tatum. GORE OU QUERO?

Assim como o recente “A Múmia”, “Van Helsing” também se passará nos dias de hoje. Enquanto o papel do caçador de monstros ainda não está oficialmente ocupado, outros "seres" do Dark Universe já ganharam seus intérpretes: Russell Crowe será Dr. Jekyll, Javier Bardem, Frankenstein, e Johnny Depp terá o papel do Homem Invisível. 

O próximo filme do Dark Universe depois de “A Múmia” é “ A Noiva de Frankenstein”, que tem estreia marcada para fevereiro de 2019. O longa contará com a direção de Bill Condom (“A Bela e a Fera”, “A Saga Crepúsculo: Amanhecer partes I e II") e, possivelmente mas já queremos, com Angelina Jolie no papel principal. 

Um novo pôster incrível de "Liga da Justiça" saiu e ele só contribuiu para aumentar o nosso hype

Daqui a pouco vai rolar o painel da Warner na San Diego Comic-Con, e devem rolar novidades incríveis, incluindo coisinhas de "Animais Fantásticos 2" — quem sabe o título oficial — e uma caralhada de coisa da DC Comics. O estúdio entra com tudo na convenção de quadrinhos e com uma ótima reputação, visto que o último filme da produtora, "Mulher-Maravilha", arrecadou merecidíssmos U$ 770 milhões e é amado pelo público e crítica.

O próximo lançamento da DC nos cinemas é o aguardado "Liga da Justiça", e a galera não vê a hora de poder conferir como está a produção, agora que Zack Snyder teve que abandoná-la, dando lugar ao Joss Whedon, o cara que dirigiu "Os Vingadores", um dos grandes marcos do cinema de super-heróis. Há quem defenda que o longa-metragem se agarrará na ideia inicial de Snyder, enquanto outros — incluindo nós do blog — defendem que Whedon deve dar alguns ajustes, mudando um pouco a ideia original para "Liga da Justiça". É válido ressaltar que o próprio anunciou que o filme estaria passando por refilmagens extensivas. 

De qualquer modo, saiu um novo banner/pôster/arte do filme, e caramba quanta cor saturada, bicho. MAS TÁ MUITO LINDO.



Seja a escolha de saturação ou a pose dos personagens, nada disso é gratuito. A nova arte procura fazer referência ao grande Alex Ross, responsável por inúmeras histórias grandiosas não só no universo DC, como também na Marvel. Por trazer tal referência, é cedo demais dizer que o estúdio abandonou a paleta escura, mas não vamos negar que queríamos muito.

"Liga da Justiça" chega aos cinemas em novembro, e traz Gal Gadot, Ben Affleck e Henry Cavill de volta aos seus respectivos papéis. O mozão Ezra Miller, Jason Mamoa e Ray Fisher integram o elenco como Flash, Aquaman e Ciborgue. Se segurem que pode vir um hino.

Mais gore impossível: "Jogos Mortais: Jigsaw" ganha o seu primeiro trailer

A San Diego Comic Con começou e já estamos levando vários tiros desse evento incrível  e podemos dizer que um deles vem da Lionsgate, que lançou na convenção o trailer de "Jogos Mortais: Jigsaw", oitavo filme da franquia. Treze anos após o lançamento do primeiro "Jogos Mortais", o longa mostra que, sem dúvidas, a franquia ainda tem muito gás para conquistar o público com este novo filme. 

Embalado pela lenta – e, neste contexto, agoniante e assustadora – canção "Running Scared", de Roy Orbison, o trailer traz muito suspense é um prato cheio para os fãs da franquia, mas, ao mesmo tempo, nada de inesperado acontece: personagens prestes a sofrer com algum tipo de tortura, gritos, sustos, quartos escuros e, até mesmo, Jigsaw na bicicletinha. 

A trama gira em torno do surgimento de corpos na cidade, todos de pessoas que foram violentamente assassinadas. A polícia se encarrega de investigar os crimes e, surpreendentemente, John Krammer é o maior suspeito deste crime, mesmo morto há mais de dez anos. Seria possível Jigsaw estar vivo ou seria um fiel seguidor do assassino o responsável pelas atrocidades?   



Sob direção de Michael ("Canibais") e Peter Spierig ("O Predestinado"), "Jogos Mortais: Jigsaw" conta com Dan Heffner e Oren Koules na produção, enquanto Stolberg e Peter Goldfinger cuidam do roteiro. O elenco é composto por Mandela Van Peebles, Brittany Allen, Laura Vandervoort, Callum Keith Rennie, entre outros. Curiosamente, o filme tem estreia nacional no dia 2 de novembro de 2017, dia de finados. Deus é mais (e top)!

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