Manda mais pop nacional! Zennus lança “Blackout” e se mostra mais um nome pra ficarmos de olho

Do Rouge ao Restart, foram muitas as vezes em que grupos deram muito certo e muito errado na música pop nacional, mas nesta quinta-feira (22), seis novos rostos dão a cara por sua música ao som de uma faixa chamada “Blackout”.



Conhecidos por sua participação no X-Factor Brasil, Aísha, Mitty, Ursula, Kaico, Lau e Felipo se unem no grupo Zennus – e explicam, a letra Z vem da geração em que nasceram, após os anos 90, enquanto o final “nus” é uma variação cool da palavra “nós”. Z-nós, Zennus.

Alguns dos principais grupos da atualidade, como Fifth Harmony e Little Mix, são óbvias influências para o que querem fazer por aqui, mas artistas solos também são lembradas, incluindo Beyoncé, Rihanna, Nicki Minaj e Shakira. Eles também citaram RBD e exemplos brasileiros, como Rouge e Banda Uó. De diferente dos grupos famosos lá fora, bem como dos que já fizeram sucesso por aqui, eles trazem a diversidade intrínseca do grupo, que conta com integrantes abertamente gays, além de uma variedade étnico-racial. E, conversando com eles, é perceptível o quanto essa variedade aconteceu de uma forma natural, não sendo previamente pensada para atender as demandas do público pop atual.

Tivemos a oportunidade de bater um papo com o grupo há cerca de duas semanas e, neste encontro, conferimos também o seu trabalho de estreia. “Blackout” é uma música explosiva, tão dançante quanto o que Little Mix fez em “Touch” ou Justin Bieber em “Sorry”, e se esforça para soar democrática na divisão de vocais, permitindo que todos deem uma amostra do seu potencial, ainda que isso deva ser melhor explorado em trabalhos futuros. Ao contrário do seu título, a música é toda em português e, felizmente, eles mandaram muito bem neste ponto.

Direita para a esquerda: Ursula, Kaico, Lau (em pé), Felipo, Mitty e Aísha (acima).

O clipe da faixa, que será lançado após a canção, não traz nada excepcionalmente novo, mas conversa bem com a canção, mostrando todos numa grande festa, em que aproveitam para mostrar um pouco de seus talentos individuais, além de, (respira fundo aí!) arriscarem até uma coreografia. Como não poderia faltar, também tem muito carão.


Tanto na faixa quanto no videoclipe, são as integrantes femininas quem roubam a cena, até pela música pop ser um gênero em que elas sempre estiveram em alta, elas têm maior potência vocal e também são melhores na postura em frente às câmeras, mas, durante nossa conversa, todos concordaram que os caras dançam mais. O que esperaremos por outros exemplos para ter certeza.

Apesar da descontração de sua letra, o papo com o sexteto é muito inteligente. Eles assistiram “Dear White People”, da Netlix, e trocam ideias sobre as bandeiras que, naturalmente, representam. Felipo, o único hétero entre os homens da Zennus, fala sobre como aprende com os outros integrantes sobre seus privilégios, por exemplo, bem como as formas que pode contribuir na luta contra a homofobia. E levando essa diversidade para além do que apresentam visualmente, todos se mostram muito dispostos a levarem com o grupo essas pautas, há tempos discutidas por artistas pop lá fora, mas muitas vezes evitadas ou omitidas por artistas de grandes gravadoras por aqui.

O público brasileiro tem aberto cada vez mais a mão do nosso velho viralatismo quando falamos em música pop nacional, com os exemplos de Pabllo Vittar, Anitta, Manu Gavassi, Karol Conka, Rico Dalasam, entre outros, de forma que, apesar do formato arriscado, Zennus tem tudo para oferecer mais uma perspectiva para esse cenário que ainda vem sendo construído. Como não podíamos evitar um trocadilho com o nome “Blackout”, o que vemos neles é mais uma luz no fim desse túnel.

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Durante sua passagem pelo X-Factor, o Zennus apresentou versões de Rihanna, Bruno Mars, Pussycat Dolls e Usher. A nossa favorita foi essa aí embaixo:

Melhor sequência que você respeita: Mulher-Maravilha já tem confirmação de segundo filme


Nunca antes na história desse país tivemos tantas notícias boas de uma só vez. Claro que já, mas só poderíamos começar essa notícia assim para dizer o quanto estamos felizes com a confirmação - mais do que adiantada - de Mulher-Maravilha 2.

Em entrevista para a Variety, o chefão da DC, Geoff Johns, revelou que a sequência do filme da heroína está sendo trabalhado em parceria com Patty Jenkins - o que nos deixou com o coração transbordando de orgulho, já que este filme representa um marco na história do cinema no quesito representatividade de mulheres nas telonas e direção - falamos disso por aqui. Além de quebrar recordes de bilheteria,  no primeiro fim de semana foram mais de US$ 243 milhões indo para o bolso da DC. Pisa menos!

O produtor Jon Berg também comentou sobre a participação de Diana Prince no próximo lançamento da DC, "A Liga da Justiça", com estreia prevista para novembro deste ano:

O papel dela não vai mudar, mas ela já era importante. As pessoas responderam bem à Gal [Gadot] em Batman vs Superman, então sabíamos que tínhamos algo especial.

Minha gente, quem responderia mal a Gal Gadot? É impossível, essa mulher é maravilhosa (deer).

Durmam em paz queridos amigos. Mulher-Maravilha 2 vem por aí e é melhor ninguém ficar no caminho que ela tá que tá, ela.

Você já pode escutar um trecho da parceria de Justin Bieber e The Chainsmokers

Justin Bieber tem aproveitado enquanto não lança seu novo disco para fazer muitas parcerias e garantir o #1 de muita gente na Hot 100. Seja com "Despacito" ou "I'm The One", o canadense continua hitando mesmo em seu ~hiatus~, mas os dias de dar hit para os amiguinhos estão contados, porque vem aí o novo single do cara e, ao que tudo indica, será mesmo uma colaboração com o duo The Chainsmokers

Um trecho de um minuto de uma nova música de Justin chamada "Can We Be Friends?" chegou à rede mundial de computadores hoje (21). Com essa pequena prévia em baixa qualidade não deu pra perceber muito, mas já conseguimos saber que o duo de música eletrônica deve seguir a mesma fórmula usada em todas as suas canções (cê jura?) e que o sucesso tá mais do que garantido.  

Escute o gore por sua conta e risco:


Não foi a gente que pediu. 

Além de "Despacito", do Luís Fonsi com o Daddy Yankee, e de "I'm The One", colaboração com o DJ Khaled, Chance, The Rapper, Quavo e Lil' Wayne, Bieber também aproveitou o tempo sem lançar músicas próprias para aparecer em "Let Me Love You", do DJ Snake, "Cold Water", parceria com Major Lazer e MØ, e mais recentemente em "2U", do David Guetta. Mesmo que algumas das citadas não tenham chegado ao topo da Billboard, ainda assim, foram grandes hits. Juntando o poder do cantor com o da dupla eletrônica, que não sai do Top 10 da parada por nada, o #1 é certo. É aturar ou surtar, né não?

Crítica: "Colossal" tenta ser comédia, ação, sci-fi e até feminista, mas falha em todos os gêneros

Atenção: a crítica contém spoilers.

A comédia é um gênero bastante interessante quando se alia ao humor negro. Tais comédias geralmente caem de cabeça no nonsense, seja para causar estranheza ou reflexão na plateia. Nomes atuais como “O Lagosta” (2015) e “Um Cadáver Para Sobreviver” (2016) se utilizam do humor negro não exatamente para nos fazer rir de uma piada, e sim rir do descontentamento exibido na tela.

Em 2017 temos o primeiro grande exemplar do humor negro na comédia americana com “Colossal”. Estrelado pela ganhadora do Oscar (e do coração de milhões de fãs) Anne Hathaway, a queridinha vive Gloria, uma escritora desempregada e alcoólatra que mora com seu namorado, Tim (Dan Stevens). Depois da milésima mentira contada por ela para esconder o fato de que está chegando em casa bêbada, Tim termina o relacionamento, o que a leva a voltar para sua cidade de infância. Na cidade, ela reencontra Oscar (Jason Sudeikis), dono de um bar local e velho amigo da protagonista, que a ajuda a recomeçar sua vida.

A construção da personagem de Hathaway é basicamente um clichê ambulante que tenta ser “cool” pelos seus trejeitos. Ela é desengonçada, bêbada, sem grande apelo social e com vício de coçar o topo da cabeça. Dos seus cabelos desgrenhados até as roupas, tudo é composto para gerar a áurea “maneira” e “descolada” da personagem (reflexo da áurea que o próprio filme quer assumir para si), que acaba sendo um grande e óbvio esforço cinematográfico não bem sucedido. Nem todo o carisma da atriz consegue dar fôlego num papel tão batido.


Todos os elementos primários de “Colossal” renderiam um drama, mas o diretor/roteirista Nacho Vigalondo, diretor do interessantíssimo "Crimes Temporais" (2007), injeta cavalares doses de elementos "indie" e, por que não?, "nerds" em sua trama. Ao mesmo tempo em que Gloria retorna à cidade natal, um kaiju aparece destruindo Seul, na Coreia do Sul – kaiju nada mais é que um monstro no estilo Godzilla, e é aqui mesmo, nessa óbvia referência, que o longa dá boas vindas ao lado nerd, quando nos pegamos relembrando varias criaturas gigantes que destruíram o cinema ao longo dos anos, como o próprio Godzilla, King Cong e o Cover, o alien da franquia "Cloverfield" (2008).

Mas fugindo do padrão dos monstros citados, “Colossal” traz o nonsense quando a responsável pelo surgimento do monstro em Seul é a própria Gloria: sempre que ela passa por um parquinho na cidade às 8:05h da manhã, a criatura se materializa no outro lado do planeta e faz exatamente o que ela faz. A cena em que ela descobre que é a “culpada” pelo evento de maior impacto global no momento é, de longe, a melhor da película, orquestrada com belo requinte de tensão quando vamos acompanhando a protagonista descobrir o óbvio.


Já está bem evidente que o espectador deve comprar o ingresso dessa loucura para a história funcionar (quais as chances de Gloria passar na hora exata e no local exato para que apareça o monstro e quais as chances de isso se repetir?). Como se não bastasse ter um monstro assassino nas suas costas (mesmo sem querer), Gloria ainda tem que lidar com todos os problemas de sua vida: o término com Tim, sua conta bancária zerada, sua casa sem móveis e seu problema com o álcool.

Oscar, que de início se mostrou um salva-vidas para Gloria, dando um emprego a ela em seu bar e até ajudando a mobiliar a casa, vai pouco a pouco mudando sua persona quando a protagonista se interessa por um dos amigos dele, Joel (Austin Stowell). A situação piora quando ele descobre o “poder” de Gloria e, ao ir ao parquinho no mesmo horário, outro monstro gigante surge em Seul, dessa vez um robô, controlado por ele.


Até aqui, o filme corre meio cambaleante, mesmo sem cair de cara no chão, porém tudo começa a desandar quando Oscar deixa de ser o prestativo moço para se tornar um abusador e manipulador. É claro que o personagem foi construído para ser detestado pela plateia, e sua posição de “vilão” é óbvia, porém as situações não fazem o menor sentido. Basicamente ele começa a manipular Gloria, ameaçando usar seu avatar para destruir Seul caso ela não obedeça. Mas espera, se ele fizer isso, o que ela tem a ver? Sim, ela contou sobre seu avatar, o que fez Oscar descobrir o dele, todavia, se ele usa a criatura para o mal é totalmente fora da jurisdição dela. Mas, dentro do filme, isso não existe, pois ela cede a tudo, inclusive rejeitando Tim, que vai até a cidade pedir para que ela volte com ele. Oscar se gaba em dizer que Gloria está na palma da sua mão.

A partir de então o filme se torna uma briga patética entre os personagens, e fica difícil saber quem é mais insuportável: Oscar, por ser um completo imbecil, chegando a agredir a protagonista, ou Glória, que aceita tudo quando poderia simplesmente pegar suas coisas e ir embora. As motivações para a situação chegar até aqui são ainda mais risíveis: a dor de cotovelo de Oscar, que deseja de forma doentia uma mulher que ele não vê há anos e que está na sua cidade há apenas alguns dias. Precisamos, sim, comprar o ingresso do absurdo para lidar com a premissa, mas o roteiro extrapola o limite do aceitável com momentos verdadeiramente irritantes.

Na verdade, todo o filme poderia ser resolvido com sessões de terapia, o que se comprova quando Gloria se lembra do motivo para todo esse caos: quando crianças, um raio caiu sobre ela e Oscar. Cada um segurava um brinquedo, que são exatamente seus avatares em Seul (como ela não se lembrou do ocorrido quando viu os avatares, que são IGUAIS aos brinquedos?). Gloria também lembra que Oscar destrói um projeto dela porque “ele se odeia” (?). E é isso que “explica” as ações do personagem. Ele se odeia. Ah, tá.


Um dos lados do prisma mais interessantes da obra é a posição que Gloria assume perante Oscar. No recente "A Garota no Trem" (2016) temos uma situação parecida de misoginia onde a personagem principal aceita diversas humilhações vindas de um homem - todavia, com justificativas sólidas, o que não a deixa como uma boboca. Não contente em jogar os dados em vários gêneros, "Colossal" tenta ainda soar feminista, com a iminente reviravolta na situação de Gloria no clímax.

A solução do filme é ainda pior: como Oscar agora é um maníaco assassino que está matando inocentes em Seul, Gloria vai até a Coreia do Sul para, de lá, levar seu avatar até o parquinho e acabar (ou “matar”, sendo mais claro) com Oscar, arremessando-o no horizonte. Sim, a garota que não tinha dinheiro para os móveis da própria casa conseguiu chegar de avião até Seul. Numa rápida pesquisa, se você quiser sair dos EUA até Seul hoje, as passagens custam, no mínimo, R$ 5.500. Faz todo e absoluto sentido para alguém falido.

“Colossal” é um filme que atira em vários gêneros e referências. Há a comédia com os diálogos, há ficção científica com os monstros, há ação com as lutas, há lampejos de “Transformers” (2007), de “Avatar” (2009) e de diversos outros filmes, e há, também, o derradeiro posicionamento feminista quando a protagonista, depois de ser tão massacrada pelo macho opressor, acaba com ele quando o mesmo grita "Me coloque no chão, sua vadia!". No entanto, nenhum desses tiros consegue acertar com maestria a colcha de retalhos que o longa costura.

Há toda uma veia filosófica quando temos a ligação entre os dois protagonistas e seus avatares, numa metáfora que diz que todos nós temos nossos monstros internos (o que só reitera a necessidade de um psicólogo para esses personagens), o que no papel é fonte de muito material, que renderia uma apropriação válida do cinema como ferramenta de discussão, porém, com todos os furos, os personagens incongruentes e uma resolução gratuita que parece (mas só parece) feminista, eis um filme tenta ser original e profundo, mas soa como um vazio colossal.


A nova “Lean On” tá pronta! Anitta e Pabllo Vittar vão gravar o clipe de “Sua Cara” em Marrocos

O Major Lazer lançou a algumas semanas atrás o EP "Know No Better" e, enquanto a faixa título, uma parceria com Camila Cabello, Travis Scott e Quavo, foi definida como primeiro single, o que chamou atenção mesmo, tanto nas redes sociais quanto em visualizações no YouTube, foi "Sua Cara", colaboração com Anitta e Pabllo Vittar.

A canção cresceu tanto que o trio de música eletrônica simplesmente não pôde mais ignorar o sucesso e, como resultado, as rainhas do pop brasileiro estão nesse momento indo para o Marrocos para gravar o clipe do hino.



A equipe da carioca já havia chegado no país ontem, levantando rumores de que ela iria mesmo gravar um vídeo por lá. Então, hoje (20) de manhã, Anitta e Pabllo fizeram questão de compartilhar em seu Instagram Stories que também estavam a caminho do Marrocos, ao mesmo tempo em que o jornal Folha de S. Paulo acabou com o mistério e confirmou que elas estão mesmo filmando um clipe para "Sua Cara". A nova "Lean On" tá pronta!


Era superprodução que vocês queriam?


Quando o Brasil quer, o Brasil FAZ. 

De acordo com o veículo, a produção será dirigida por Bruno Ilogti e Giovani Bianco, nomes que já trabalharam com Anitta algumas vezes, como mais recentemente no videoclipe do hit internacional "Paradinha".



A gente não acredita que Anitta e Pabllo Vittar vão salvar o Brasil da crise. 

Rita Ora, Jessie J e mais artistas lançarão single beneficente para ajudar vítimas de incêndio em Londres

Se você está ligado nas notícias internacionais, deve saber que a situação na Inglaterra não anda das melhores. Além de ataques terroristas pelo país, nas semana passada um grande incêndio atingiu a Grenfell Tower, em Londres, e deixou 79 pessoas mortas ou desaparecidas. Com o objetivo de arrecadar dinheiro para os feridos, artistas como Rita Ora, Jessie J, Louis Tomlinson e Liam Payne se reuniram e gravaram um single beneficente.

A música escolhida foi "Bridge Over Trouble Water", lançada originalmente em 1970 pela dupla americana Simon & Garfunkel. Quem conhece a canção sabe o quão emocionante ela é, e não é difícil de imaginar como ela vai ficar linda na voz das maiores estrelas do UK.


Além dos artistas já citados, o projeto, organizado por Simon Cowell, criador da franquia The X Factor, conta ainda com Louisa Johnson, James Arthur, Emile Sande, Tulisa, Pixie Lott e Stormzy, pra citarmos alguns. Rumores apontam que Céline Dion pode fazer uma pontinha na canção, enquanto alguns veículos falam da possibilidade de todos os membros do One Direction participarem do cover, ainda que gravem os versos separadamente. Dois membros da boyband a gente já tem, né?

Ainda que o motivo seja triste, assim como o que uniu tantos cantores no show organizado por Ariana Grande para arrecadar fundos para as vítimas do atentado terrorista ocorrido em Manchester, é muito bonito ver tantos artistas se unirem em prol de uma causa tão nobre <3

E o próximo single de Katy Perry nas rádios pop adultas americanas é... "Save As Draft"

O "Witness", novo álbum da Katy Perry, pode não ter tido o melhor dos desempenhos com a crítica, mas o desempenho comercial ainda dá pra ser salvo, afinal, o disco tem ótimas músicas que dariam singles incríveis. Aí que, no meio de tantas boas opções, a cantora foi lá e escolheu "Save As Draft" como música de trabalho nas rádios pop adultas dos Estados Unidos.


Tinha "Roulette". Tinha "Witness". Tinha "Power". A americana foi lá e escolheu logo uma das faixas mais descartáveis do material, tão desnecessária que depois de escutarmos o CD algumas vezes a gente nem lembrava direito qual era essa música.


Se você, assim como a gente, também fica esquecendo da canção, escute agora e se lembre:



Katy, assim não dá pra te defender.

Até então, "Swish Swish", sua parceria com Nicki Minaj, tinha entrado no lugar de "Bon Appétit" e se tornado o segundo single do disco, sucedendo "Chained To The Rhythm". Com "Save As Draft" sendo enviada para algumas rádios, ninguém mais sabe realmente por qual caminho Katy deve seguir. 

Mesmo aos trancos e barrancos, o quarto álbum de estúdio da californiana estreou em primeiro na Billboard Hot 200, parada americana voltada só para discos. O CD teve 180.000 unidades vendidas e é o terceiro de Katy Perry a conquistar o #1 nesse chart.

Por que a disputa entre mulheres ainda entretém os fãs de música pop?

Foi com a volta de Katy Perry e o single “Swish Swish”, do álbum “Witness”, que a rivalidade entre a cantora e Taylor Swift ganhou vida outra vez. Katy, apesar de negar que a música seja uma resposta para “Bad Blood”, não hesitou em usar o nome de Swift ao seu favor, dando o que o jornalismo urubu queria ao explicar toda treta aos mínimos detalhes e, de quebra, garantindo que bastava uma mensagem de texto com um pedido de desculpas de Taylor pra que a tal rixa chegasse ao fim.



A mensagem de texto não chegou, mas o recado de Taylor Swift foi outro: no dia de lançamento do novo disco de Katy, a cantora resolveu disponibilizar toda a sua discografia no Spotify e outras plataformas de streaming, com a justificativa de que, exatamente naquele dia 9 de junho, comemorava uma marca de vendas do seu último álbum, até então disponível apenas na Apple Music, “1989”.

Com a internet dividida sobre quem estava certa ou errada nesta história, bem como quem havia “pisado mais”, a pergunta deveria ser exatamente outra: por que, mesmo numa época em que tanto discutimos sobre o feminismo e empoderamento feminino, a música pop ainda incentiva tanto a competição entre mulheres?



Da disputa entre Britney Spears e Christina Aguilera em meados dos anos 2000 às insuportáveis discussões entre os fãs de Madonna e Lady Gaga no final da mesma década, foram muitas as vezes que os fãs de música pop não se conformaram em terem mais de uma mulher em exposição por fazer um bom trabalho e, apesar de muito consumirem discursos cada vez mais desconstruídos como forma de entretenimento, pouco eles os absorvem como uma maneira de reverem as suas próprias problemáticas, com o exemplo desse reflexo do machismo e misoginia, que ainda transcende a sua admiração pelo trabalho de todas essas artistas.

A incoerência do machismo tão presente entre fãs de mulheres tão talentosas, fortes e seguras de si não é difícil de ser encontrada pela internet afora, seja nos grupos daquela rede social ou por alguns fóruns, nos quais as pessoas são capazes de discutirem seriamente sobre a importância de respeitarmos a saúde mental de uma artista numa publicação e, tópicos depois, não se importam em transbordar todo o seu ódio sobre outro nome, não se limitando às críticas, raramente construtivas, mas se permitindo também as comparações, de forma que fomentem exatamente essas competições.

O fato do machismo ainda ser tão familiar à música pop não é um problema limitado ao seu público. Isso porque, quando falamos nessas grandes cantoras, também estamos falando sobre grandes empresas, marcas, plataformas e gravadoras que, inevitavelmente, tirarão alguma vantagem de tudo isso. E, pra elas, resta não só a exigência de ser uma grande artista feminina, mas também ser uma artista melhor e maior do que outra mulher.



Uma forma de exemplificar isso fica com o novo capítulo da treta entre Katy Perry e Taylor Swift. Quando correram os rumores de que havia uma música nova de Katy sobre a cantora, todos foram para a plataforma de streaming de sua preferência conferir a história com seus próprios ouvidos e, independente do lado que você esteve durante toda a confusão, no dia em que Swift colocou a sua discografia no Spotify, o mesmo se repetiu. A sua audiência esteve com alguma delas. Mas agora vem a surpresa: quem garantiu o tempo, clique e atenção de todos, seja lá por conta de qual cantora? E, mais, alguém se deu ao trabalho de checar que ambas fazem partes de selos subsidiários da mesma gravadora? Porque nós checamos.

Mais do que uma coincidência, assim como Katy e Taylor, Christina Aguilera e Britney Spears também dividiam a mesma gravadora na época em que eram colocadas uma contra a outra nas paradas, assim como Madonna e Lady GagaLady Gaga e Katy Perry, entre outras artistas. O que exemplifica da pior forma possível a maneira como essas grandes corporações se apropriam dos discursos dos movimentos sociais no momento em que encontram uma possibilidade de lucrar com eles, vide o investimento cada vez maior em trabalhos que levantem a bandeira do empoderamento, seja ele feminino, LGBTQ ou negro, ao mesmo tempo que nos tira toda essa força e representatividade com a outra mão, assim mesmo: debaixo do nosso nariz.



Isso não acontece só na música. Tem emissora de tevê com programa sobre sexo desconstruidão da porra naturalizando relacionamentos abusivos, machismo e estereótipos problemáticos por meio de suas novelas, assim como marcas que promovem o empoderamento feminino nos comerciais de um dos seus produtos e objetificam a mulher nas propagandas de outro. 

Mas, falando desse meio, encontramos no público o importante papel de desestruturar essa visão tão enraizada, os fazendo ver que, sim, nós podemos admirar mais que uma mulher por seu ótimo trabalho, assim como nos deixam fazer com os homens, bem como, se não gostarmos de alguma delas, podemos expressar isso sem que a comparemos com outras artistas e, melhor, que podemos fazer isso criticando-as de forma construtiva sobre o seu trabalho, não por sua vida pessoal, aspectos físicos ou roupa que vestiu no tapete vermelho xis.

No final das contas, sabemos que, sim, talvez Taylor e Katy Perry tenham alguns pontos para resolverem, mas isso não deveria ter nenhuma foda a ver com seus respectivos trabalhos, muito menos com a maneira como o consumimos, porque desta forma apenas fomentamos o desgaste delas enquanto pessoas e artistas (Lady Gaga e o seu “ARTPOP” não nos deixam mentir), que nos levará a mais uma longa era em que mal temos mulheres sendo reconhecidas  por seus trabalhos nas rádios, paradas e premiações, enquanto insistimos em comprar o discurso de que estamos avançando sobre alguma coisa.

Se for pra pisar em algo, que seja no seu machismo, não nelas.

Estamos até agora dançando no ritmo da guitarra de "Wild Thoughts", do DJ Khaled com a Rihanna

Rihanna está de volta! Tudo bem, tudo bem, não é com uma música dela, mas dá pro gasto, né? A dona de Barbados ressurgiu em "Wild Thoughts", parceria com o DJ Khaled e o rapper Bryson Tiller que não só foi lançada hoje (16) como também ganhou seu clipe.

Com relação a canção, confessamos que não era o que esperávamos, principalmente levando em consideração o último lançamento de Khaled, o sucesso "I'm The One", com Justin Bieber, Chance, The Rapper, Quavo e Lil' Wayne, mas as repetições do refrão, a guitarra e essa vibe latina pegaram a gente de jeito.

E se pra gente a música é praticamente de Riri, no clipe então ela rouba a cena. Com looks maravilhosos e sensualizando muito, a cantora mostrou que voltou de vez!



O hit do verão norte-americano tá pronto!

Além de "Wild Thoughts" e "I'm The One", o novo álbum do DJ Khaled, "Greatful", contará com as já lançadas "Shining", com JAY Z e Beyoncé, "To The Max", com o Drake e muitas outras parcerias com Nicki Minaj, Alicia Keys, Future e mais. O disco chega no dia 30 de junho. 

Os melhores lançamentos da semana: Lorde, The Killers, Chlöe Howl, DJ Khaled e mais

Nada foi a mesma coisa após junho de 2015, quando as gravadoras e plataformas de streaming se uniram para a chamada New Music Friday: um dia global de lançamentos com artistas de todos os gêneros nas principais plataformas pela rede mundial de computadores.

Ao virar do dia entre quinta e sexta-feira, nós religiosamente corremos para o Spotify, pra sabermos quais são as novidades mais interessantes da semana, sejam elas de artistas  novos ou consolidados, e reunimos todas nesta playlist que, sendo assim, é atualizada semanalmente.




Apesar de todas as músicas acima serem 10/10, vale ressaltarmos que as melhores das melhores se encontram no topo da lista.

Caso se interesse em ler mais sobre as faixas escolhidas, aqui vamos nós, e não deixe de nos seguir pelo Spotify!

O QUE TEVE DE BOM


👍 A gente tá muito melodramático! Com 20 anos de idade, Lorde lançou o álbum de 2017 e merecedor de muitos Grammys, "Melodrama", que conta com 10 músicas icônicas, entre elas "Homemade Dynamite". Com 20 anos você não tá sabendo nem fazer miojo direito. Quem pode, pode. 

👍 Meu The Killers tá vivo! Depois de muito tempo, a banda ressurgiu tão boa quanto antes em "The Man". Lollapalooza Brasil, por favor, não nos decepcione!

👍  Outra que aproveitou essa sexta-feira pra mostrar que está viva foi a Chlöe Howl, que voltou usando todo o seu vozeirão no ótima e synthpop "Magnetic". Carly Rae Jepsen faria.


👍 DJ Khaled provou que opera milagres e conseguiu acabar com a preguiça de Rihanna! Só na guitarrinha, "Wild Thoughts", que também conta com o Bryson Tiller, tem tudo para ser um hit do verão norte-americano. Vem colocar as mulheres de volta no topo, Riri!

👍 Quem preenche a cota farofa da semana é o Martin Solveig e ALMA, que se uniram pra dar vida ao hino eletrônico e cheio de ritmo, "All Stars". Vamos dançar? 

 O QUE TEVE DE RUIM


💩 Adoramos o Liam Payne e sua "Strip That Down", mas por quê fazer uma versão acústica de uma música sexy e que flerta com o hip-hop e o R&B? Passamos.  

NÃO PODE SAIR SEM OUVIR   


Ouça e siga a playlist “It’s Nü Music Friday” no blog:

NÃO SAIA ANTES DE LER

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