"Power Rangers" será a primeira produção com uma heroína lésbica no cinema!

Não é mentira para ninguém que estão ansiosos pra caralho com "Power Rangers" e que daremos cinco estrelas para produção mesmo se for ruim — tem que fingir, mores. E também não vamos mentir que ficamos ainda mais ansiosos devido a novidade que surgiu hoje de manhã sobre uma das personagens do filme.

Dean Israelite deu uma entrevista ao The Hollywood Reporter, e revelou que a Trini (Becky G) estará passando por um processo de descobrimento no filme. Durante o segundo ato, a personagem estaria enfrentando problemas com o namorado, porém mais tarde descobre que todo o questionamento foi motivado por uma garota. Vai ter representatividade, sim! ♥

"Ela realmente está se questionando sobre quem ela é. Ela não entendeu ainda o que está acontecendo. É o que eu acho ótimo nesta cena, e o que a cena proporciona para o restante do filme é 'está tudo bem' (...) O filme está dizendo 'está tudo bem' para todas as crianças que estão tentando entender quem são e que estão procurando por sua tribo"

APRENDAM, @S!

Com a estreia de “Power Rangers”, a ideia da Lionsgate é conquistar a fatia de fãs de super-heróis das telonas, deixando para trás o carão trash que nos remete a franquia, quem sabe tornando-o o próximo favorito tanto do público jovem quanto dos saudosos aos anos 90. O filme chega aos cinemas nesta quinta-feira.

Sem resolver o problema, Youtube se pronuncia sobre censura de vídeos com temática LGBTQ+

Ontem (19) após muitos internautas perceberem que uma ferramenta do YouTube, chamada "Modo de Restrição", censura muitos vídeos com conteúdo LGBTQ+, o caos e a revolta se instaurou na rede mundial de computadores, também conhecida como internet. 

A princípio, essa ferramenta serve como um controle para que os pais restrinjam o acesso de crianças à certos temas impróprios. Porém, ela não parece estar funcionando muito bem, pois até mesmo videoclipes inofensivos de alguns cantores vêm sendo escondidos. 

Desde então, criadores de conteúdo internacionais e brasileiros vêm manifestando sua insatisfação com a plataforma, e a tag #YouTubeIsOverParty chegou ao topo dos tópicos mundiais no Twitter, gerando muito debate e pronunciamentos dos usuários de todo o mundo. 


Enquanto isso, muitos vídeos com teor extremamente homofóbico, condenando agressivamente a comunidade LGBTQ+ com palavras ofensivas continuam visíveis.




Eis que ontem à noite, a empresa deu uma resposta bem breve e tosca, tocando bem superficialmente no real problema e sem dar nenhuma expectativa de solução.


Nós somos muito orgulhosos de representar a voz dos LGBTQ+ na nossa plataforma - eles são uma peça-chave importante do que o YouTube é sobre. A intenção do Modo de Restrição é filtrar o conteúdo adulto para o pequeno subconjunto de usuários que querem uma experiência mais limitada. Vídeos LGBTQ+ estão disponíveis no Modo de Restrição, mas vídeos que discutem temas mais sensível talvez não estejam. Nos arrependemos de qualquer confusão que isso tenha causado e estamos analisando suas preocupações. Nós agradecemos o feedback e a paixão para tornar o YouTube uma comunidade, inclusiva, diversa e vibrante.

A certeza que fica é que o YouTube, como uma grande plataforma formadora de opinião, requer uma responsabilidade bem maior ao tratar de temas sensíveis como este, principalmente no cenário mundial atual, com seus Trumps e Bolsonaros.

"Kong: A Ilha da Caveira" não inova, mas é um puta filmão da porra


O “rei” está de volta, mas, desta vez, sem a titulação que lhe confere a soberania no nome. Kong, que desta vez é citado como um “deus” para o povo local de uma ilha, chega ao seu quarto filme, “Kong: A Ilha da Caveira”, sob a direção de Jordan Vogt-Roberts. A história é ambientada em 1971, logo no fim da retirada das tropas estadunidenses do Vietnã e no período da Guerra Fria, e tudo começa quando William Randa (John Goodman), junto à Monarch, uma organização secreta, decide enviar uma equipe de pesquisadores numa desconhecida ilha a fim de explorar o local.

Para a segurança do grupo, Randa conta com o reforço do exército, que está sob o comando do determinado Tenente Coronel Preston Packard (Samuel L. Jackson), e de James Conrad (Tom Hiddleston), um ex-capitão da guerra do Vietnã contratado como apoio por conta de suas habilidades na floresta asiática. Isso sem contar com a equipe de cientistas e biólogos e a fotógrafa Mason Weaver (Brie Larson), contratada para capturar cada novidade vista ali. Quando chegaram à ilha, os soldados dispararam bombas sob o pretexto de testar o solo, só que Kong não gostou nem um pouco disso. E aí, o resto é spoiler.

Temos uma criatura desconhecida e ameaçadora, uma ilha cheia de mistérios, um galã com bom senso e pragmático, uma jovem inexperiente, porém destemida e inteligente, um vilão cego pela vingança e honra, e um time de coadjuvantes que dão o tom leve ao filme. Em questão de roteiro, o filme é, sem dúvidas, mais do mesmo para o gênero. E como já era de se esperar, “Kong: A Ilha da Caveira” traz a essência das versões anteriores em alguns momentos, como na relação de carinho e respeito entre Mason (Larson) e Kong, por exemplo.

As atuações são as mais caricatas possíveis, principalmente as dos “mocinhos” James e Mason (Hiddleston e Larson) e do vilão Packard (Jackson). Porém, não se sabe se por acaso ou propositalmente, o time de coadjuvantes, em especial os soldados e Hank Marlow (John C. Reilly) – tenente da 2° Guerra Mundial que vive há 28 anos na ilha) – ganhou bastante espaço na trama. O que é bom, já que são personagens bastante espirituosos e carismáticos que contribuem, e muito, para o desenvolvimento da narrativa.

As questões técnicas não deixam a desejar: fotografia, efeitos especiais e mixagem de som estão excelentes no longa. Nesta última versão, entretanto, Kong perde um pouco do aspecto de gorila. O corpo deste é mais musculoso, e já não usa mais as mãos para andar (quase como um chimpanzé). Além disso, seus traços estão bem mais reais, mas isso fica mais por conta da evolução da tecnologia mesmo, já que o último filme foi lançado em 2005, há mais de 10 anos.

“Kong: A Ilha da Caveira”, de fato, não traz nada de novo. É inevitável ter aquela sensação de “já vi isso antes” ao assistir. Mas, sem deméritos: o longa em nenhum momento é pretensioso, mas sim veste a camisa de “pipocão” e cumpre seu papel, que é entreter o público de forma superficial. O cinema nem sempre é para fazer pensar ou conscientizar sobre algo (mesmo que toda história tenha a sua moral), mas é, também, entretenimento, diversão e frio na barriga. E não há nada de mal nisso! 

Ed Sheeran é machista pra c*ralho – e suas letras nos ajudam a provar isso

No topo das paradas com “Shape Of You” e há algumas semanas dono de um dos maiores álbuns do ano, “Divide”, Ed Sheeran tem absolutamente tudo para se tornar o próprio problema para sua carreira, na medida em que, por meio de entrevistas, tem revelado uma personalidade diferente daquela vendida em seus trabalhos anteriores e, por suas letras, exposto o quão machista, sexista e misógino ele é, apesar da sonoridade aparentemente inofensiva.

Na divulgação do seu novo álbum, o britânico não esconde que a autoconfiança tem sido sua arma, mas a mesma se converte numa grande auto sabotagem quando o cantor decide falar sobre o quanto acredita ser o maior artista masculino da sua geração – e que Taylor Swift é a feminina –, como planejou lançar seu disco numa época em que não houvesse nomes grandes o suficiente para disputar consigo e até mesmo sobre a maneira que a fama abriu portas para transar facilmente com mulheres famosas.

O mundo de Taylor é cheio de celebridades.”, disse Ed Sheeran numa entrevista para a última edição da Rolling Stone. “Eu era esse cara britânico estranho de 22 anos saindo em turnê com a maior artista da America, que tinha todas essas parcerias famosas. Era muito fácil... Eu frequentemente me pegava em situações que acordava, olhava ao redor e pensava, ‘como isso aconteceu?’


Na contramão da persona fofa, tímida e inofensiva que estiveram nas entrevistas de seus discos anteriores, Sheeran deixa transparecer uma postura problemática que, por meio de suas letras, já estavam bem embaixo do nosso nariz há alguns anos, mas que mal percebíamos, raramente associando o comportamento de homens machistas, misóginos, sexistas e, na melhor das definições, escrotos, com uma figura tão amigável.

Pode parecer difícil tirar tantas conclusões de uma figura que é pública e, ao mesmo tempo, distante de nossa realidade, mas as letras do britânico nos ajudam melhor a falar sobre tudo isso e, acredite, elas têm muito a dizer.

Em um dos maiores sucessos do disco “x”, a faixa supostamente composta para Ellie Goulding, “Don’t”, Ed Sheeran fala sobre uma mulher com quem teve um relacionamento mal definido, mas se sentia no direito de cobrar fidelidade, e que obviamente termina mal, fomentando o clichê do cara que agora sofre por causa de uma vadia do coração frio. “Eu entendi que ela só estava em busca de alguém pra passar o tempo, mas eu me dediquei por duas ou três noites, e parei com isso até que o momento fosse certo (...) Queria ter escrito detalhadamente como as coisas aconteceram. Quando ela estava o beijando, como eu me senti confuso. Mas agora ela deverá descobrir, enquanto eu estou aqui cantando ‘não foda com o meu amor’.”


Na história de “Don’t”, Sheeran descobre que ela se envolveu com um de seus amigos e, ainda que os dois não estivessem namorando, ressalta o quanto esperava que ela fosse “diferente”:

Você não precisava levá-lo pra cama, só isso. E eu nunca o vi como uma ameaça, até você desaparecer para transar com ele, é claro. Não é como se estivéssemos em turnê, nós estávamos no mesmo andar da porra de hotel. E eu não estava procurando por uma promessa ou compromisso, mas pra mim nunca foi diversão e esperava que você fosse diferente. Não é dessa forma que descobre o que você quer. É um pouco demais, e muito tarde, pra ser honesto. E por todo esse tempo, Deus sabe que eu estive cantando ‘não foda com o meu amor (...) eu avisei, ela sabia’.

Inegavelmente talentoso e, ao longo dos últimos anos, compositor de hits para artistas como One Direction e Justin Bieber, Ed Sheeran pouco acrescenta ao monotemático pop masculino, que historicamente é palco para homens lamentarem sobre o quanto foram maltratados, subestimados e iludidos pelas sempre maldosas mulheres – Timberlake e sua “Cry Me A River” não nos deixam mentir. E, por toda sua discografia, a mesma narrativa se repetiu de novo e de novo.

Me diz que você vai dizer não para o homem que pediu sua mão, porque está esperando por mim”, ele canta em “One”, do mesmo disco de “Don’t”. “E eu sei que você estará distante por um tempo, mas eu não planejo partir. Você tiraria de mim minhas esperanças e sonhos? Só fique comigo.


E vai ainda mais longe em “The Man”: “Agora eu não quero te odiar. Só queria que você nunca tivesse partido por esse cara e esperado pelo menos duas semanas antes de deixar ele te levar. Eu me mantive verdadeiro e meio que sabia que você gostava desse cara da escola particular”.

Eu sabia que ele estava de olho em você”, continua. “Ele não é o cara certo pra você. Não me odeie por escrever a verdade. Não, eu nunca mentiria pra você. Mas nunca foi legal te perder (...) O fato é que você está brava porque eu relembro as coisas tão casualmente. Você é praticamente da minha família. Se tivéssemos casado pelo menos, eu acho que você seria. Mas, tragicamente, nosso amor perdeu a vontade de viver. Eu mataria para dar uma outra chance para isso? Acho que não.

Um dos maiores hits de Justin Bieber com o disco “Purpose”, “Love Yourself”, também foi composto por Sheeran. A música, originalmente chamada “Fuck Yourself”, diminui a mulher com quem ele teve um relacionamento, mas hoje afirma não se preocupar mais, apesar de escrever toda uma canção sobre ela: “Você acha que partiu meu coração, ó garota, pelo amor de Deus! Você acha que eu estou chorando sozinho e, bem, eu não estou (...) Se você gosta tanto de como se parece, querida, você deveria ir se foder”.


Se não fosse pela fama, Ed Sheeran pouco se diferencia dos vários caras babacas que você provavelmente conheceu em algum momento de sua vida. Ele acredita ser o melhor para qualquer mulher e, quando termina um relacionamento, sempre falará sobre os erros que ela cometeu enquanto estavam juntos e o quanto não sabe como aguentou tudo isso por tanto tempo. Obviamente, ele também falará sobre o quanto é melhor que seu relacionamento atual e, por mais feliz que ela pareça estar, provavelmente sente falta do que tiveram e, se não sente, é porque está muito diferente. E ele, literalmente, também canta sobre isso em “New Man”, do seu novo disco: 
(...) Eu ouvi dizer que ele te faz feliz, então está tudo bem por mim. Mas ainda assim, só estou sendo sincero, continuo vendo seu Instagram e te stalkeando às vezes. Vou tentar não curtir nenhuma foto antiga, porque eu sei que é aí que mora o problema. Me deixe te lembrar do tempo em que você costumava segurar minha mão (...) você age tão diferente quando está com ele. Sei que está se sentindo sozinha, então por favor, se lembre, você continua livre para fazer sua escolha e partir. Não me ligue, quero que você me mostre.


Se ainda assim, tudo isso parecer um grande exagero, a gente relembra de uma entrevista dada pelo cantor em 2013, no qual Sheeran criticou Miley Cyrus pela proposta escolhida para o videoclipe de “Wrecking Ball” – ele achava que sua nudez dispersava o significado da música – e também falou sobre o twerk, uma dança que se originou da cultura negra: “É uma dança de stripper. Se eu tivesse uma filha de nove anos, eu não gostaria que ela dançasse isso”.

Usando o nome de uma das suas músicas: don’t.


Ed Sheeran não é uma exceção dentro da indústria atual. Shawn Mendes é um babaca, John Mayer é um babaca, Justin Timberlake é um babaca, Justin Bieber é um babaca, e por aí vai. Mas enquanto o britânico vai atrás do título de maior artista da atualidade – e os números contribuem pra que ele assuma esse posto – o momento se torna mais do que propício para, enfim, reconhecermos e questionarmos seu privilégio masculino (ninguém o critica como fazem com Taylor Swift, mesmo quando suas narrativas são claramente problemáticas) e branco (imagine se as declarações sobre sexo fácil com mulheres famosas tivessem vindo de um artista negro, como Kanye West), lembrando-o de que existe a famosa hora de parar.

Youtube está censurando clipes de Gaga, Pabllo Vittar, Lia Clark e outros associados ao público LGBTQ+

Tá todo mundo bem puto com o Youtube e, se você passou pelo Twitter neste domingo (19), provavelmente chegou a ver a hashtag “Youtuber Is Over Party” (Festa do fim do Youtube), mas se não entendeu o que está rolando, a gente explica.

O site de compartilhamento de vídeos possui uma configuração que habilita um “modo restrito”, no qual deveria identificar vídeos inapropriados e filtrá-los, entretanto, vários usuários perceberam que a ferramenta se tornou um meio de censurar conteúdos criados ou direcionados para o público LGBTQ+, incluindo videoclipe de artistas como Lady Gaga, Katy Perry, Miley Cyrus e Troye Sivan e, no Brasil, Pabllo Vittar, Lia Clark e Banda Uó.
Todos os videoclipes de Lady Gaga com o disco “The Fame” e outros famosos de sua carreira foram ocultados.
No Brasil, a Banda Uó foi um dos artistas que também sofreram censura, com a ausência de clipes como “Arregaçada”, “Dá1Like” e “É Da Rádio”, do seu último disco.
Na descrição dessa funcionalidade, o Youtube afirma que utiliza a “sinalização de comunidade, restrição de idade e outros sinais para identificar e filtrar conteúdo potencialmente inadequado”, mas, até o momento, não se posicionou quanto a censura dos conteúdos associados ao público LGBTQ+, o que fez com que ocultassem até mesmo o videoclipe de “Million Reasons”, de Lady Gaga.



No Brasil, o modo restrito não permite que encontremos videoclipes como “Chifrudo”, da Lia Clark, e “Todo Dia”, da Pabllo Vittar com Rico Dalasam, além de ocultar ainda todo o canal e videografia de Anitta e até mesmo virais, como a websérie “Girls In The House”. Youtubers que abordam discussões LGBTQ+, como Mandy Candy e Federico Devito, também viram seus conteúdos ficarem indisponíveis. 
Mesmo quando acessamos o canal do criador de “Girls In The House”, Raony Phillips, não conseguimos acessar as temporadas de sua websérie, feita em The Sims.
Para acessar o site dentro deste filtro, basta navegar até o rodapé de qualquer uma de suas páginas e ativar o “Modo Restrito”, devendo seguir os mesmos passos para desativá-lo.
Na gringa, vários criadores de conteúdo têm manifestado sua insatisfação com o serviço, que arbitrariamente tem ocultado seus vídeos, com exceções que claramente demonstram um posicionamento ideológico, como aconteceu com a britânica Neon Fiona, que foi censurada por vídeos em que falava sobre namoradas, mas não sofreu o mesmo em um vídeo de perguntas e respostas com seu ex-namorado – ambos traziam os termos “namorado” e “namorada” no título, mas apenas os que estavam no contexto bissexual foram filtrados.

O próprio Youtube reconhece que “nenhum filtro é 100% preciso”, mas reforça que essa funcionalidade deverá “ajudar você a evitar a maioria dos conteúdos inadequados”, o que, tanto direta quanto indiretamente, fomenta um discurso problemático e exige maior responsabilidade por parte do site, que não deve se omitir diante do que esperamos se tratar de um grande engano. 

Drake lança o projeto “More Life” e nos faz questionar o que é um “álbum” na era dos streamings

Os dias de Ed Sheeran estão acabados? Nós realmente esperamos que sim. Isso porque o rapper canadense Drake lançou neste sábado seu novo projeto, a playlist “More Life”e, se não fosse pelo nome “playlist” em sua capa, nós poderíamos facilmente chamá-la de “álbum”, mas qual a diferença entre playlists, álbuns e mixtapes dentro da era dos streamings? Esse é um bom ponto.

Drake veio preparando o terreno para seu novo projeto desde o ano passado, quando lançou singles como “Fake Love”, “Sneakin’” e “Two Birds, One Stone”, e agora finalmente o revelou na íntegra, contando com 22 faixas (!) e as participações de Kanye West (!!), Jorja Smith, PARTYNEXTDOOR, 2 Chainz e Young Thug – além de uma menção à Jennifer Lopez na faixa “Free Smoke”.

O novo material de Drake tem tudo pra ser um dos seus projetos mais ousados. A playlist chega num momento em que ainda discutimos as mudanças da indústria com a ascensão das plataformas de streaming, um ano após Kanye West lançar o disco “The Life of Pablo” – um trabalho inacabado, passível à alterações mesmo após o seu lançamento – e na cola de Chance The Rapper e sua “Coloring Book”, mixtape que se tornou o primeiro álbum apenas disponível pela internet a levar um prêmio Grammy.



Apesar da inovação quanto ao formato – sério, na prática é apenas um álbum, nos streamings, isso deixará de fazer diferença – “More Life” traz uma sonoridade semelhante ao que rapper apresentou em “Views”, contando com o cara cantando em várias faixas, fora os arranjos que seguem além do esperado por um artista de hip-hop, com ainda mais influência da música pop e dancehall.

Numa primeira audição, as faixas que mais chamaram nossa atenção foram “Free Smoke”, “Passionfruit”, a parceria com Jorja Smith e Black Coffee em “Get It Together”, “Ice Melts” e a colaboração de Kanye West na maravilhosa “Glow”.

“More Life” pode ser encontrada no Spotify, Apple Music e Tidal:

Apesar de alguns deslizes, ainda há encanto em "A Bela e a Fera"

"Tudo é igual, nessa minha aldeia...". Se você reconhece este trecho, e até mesmo sabe continuá-lo, certamente ficará feliz com o resultado do novo "A Bela e a Fera" (2017), live-action da Disney para a animação clássica de 1991, que é um dos maiores sucessos do estúdio e foi o primeiro filme do gênero a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme (categoria com apenas cinco indicados, na época), conquistando duas estatuetas douradas para a casa do Mickey — e posteriormente trilhando caminho à Broadway, com o nascimento de uma divisão da empresa destinada estritamente ao teatro.  

Nesta adaptação, dirigida por Bill Condon ("Dreamgirls", 2006; "Saga Crepúsculo: Amanhecer", 2011 e 2012) e roteirizada por Stephen Chbosky ("As Vantagens de Ser Invisível", 2012) e Evan Spiliotopoulos ("O Caçador e a Rainha de Gelo", 2016), a Disney busca reapresentar sua produção animada ao público (e à bilheteria), como fez com "Mogli: O Menino Lobo" (2016), "Cinderela" (2015) e "Malévola" (2014). Seguindo os passos dos dois mais recentes, "A Bela e a Fera" apresenta conteúdo adicional àquilo que foi visto no longa animado, mas mantêm-se fidedigno à produção original. Esta decisão do estúdio de manter-se seguro pode incomodar a um público sedento por reviravoltas, mas agrada aos fãs mais puristas, que de fato constroem o arrecadamento financeiro do filme.

Com Emma Watson (marcada por interpretar Hermione na saga "Harry Potter" [2001-2011])  no papel de Bela (oscilando entre ótima, nas sequências mais dinâmicas e de cunho emocional, e apática, nas demais) e Dan Stevens (das séries de TV "Downton Abbey e "Legion") como Fera, a nova versão consegue construir um romance crível entre o duo protagonista, mas se destaca mesmo com a performance e o espaço dado a seus coadjuvantes; Luke Evans e Josh Gad, ambos com background forte no teatro musical, brilham como Gaston e Le Fou, respectivamente, e a constelação de atores por trás dos objetos mágicos (entre eles, Ewan McGregor, Emma Thompson, Ian McKellen, Audra McDonald, Stanley Tucci e Gugu Mbatha-Raw) atinge o carisma necessário a estes personagens. 

É nos quesitos técnicos que a produção encontra seus maiores prós e contras: a trilha, novamente conduzida por Alan Menken, emociona; as novas canções, em especial "How Does a Moment Last Forever", "Days in the Sun" e "Evermore", arrepiam e são dignas das grandes premiações; o design de produção é belo e preciso; o figurino obedece (em sua maior parte) ao contexto histórico (fator ignorado na animação) e a maquiagem funciona nas situações em que faz-se necessária. Em contraponto, a montagem é terrível; entrega um problema de ritmo forte no primeiro ato, em que algumas cenas são "apressadas" com cortes pontuais na conclusão de diálogos e outras são "estendidas" e demoram mais do que o necessário. Há também problemas em manter a fluidez narrativa, com sequências editadas para uma organização episódica. O CGI, por sua vez, é suntuoso em certos momentos, mas falha de forma frustrante em relação ao visual da Fera, por vezes semelhante à computação amadora.

A direção de Bill Condon é bastante dúbia: falha em diálogos-chave, em que o desempenho dos protagonistas não está ao máximo, mas acerta precisamente no teor teatral dos números musicais — o ápice de todo o filme, com "Belle", "Gaston" e "Be Our Guest" figurando entre as melhores cenas. Quanto ao conteúdo inédito, apesar de ser relativamente pouco (em seus 45 minutos), consegue ser necessário, entreter e funcionar. A cena da transformação final, por exemplo, encontra uma interessante participação dos objetos mágicos, no intuito de reavivar o aspecto comovente que a consiste. E, em reação à representatividade, a Disney (uma empresa em prol da diversidade) dá pequenos (e importantes) passos que contestam ideais retrógrados, trazendo dois personagens LGBT (que, ao contrário do esperado, não recaem com força em estereótipos) e casais interraciais. 

"A Bela e a Fera" é um blockbuster dentre os melhores do estúdio, que apesar dos defeitos, agrada em quesitos gerais, sendo uma obra que atende às expectativas dos fãs e funciona no que propõe. Pode não soar tão encantador aos exigentes por inovação, mas consolida-se como uma boa obra de entretenimento, que reconhece seu público e o delicia com pompa visual e prazer nostálgico.

Nós sentimos o impacto de "Symphony", parceria do Clean Bandit com a Zara Larsson

O primeiro álbum internacional da Zara Larsson, "So Good", já está entre nós e, além de trazer hinos que já conhecemos, como "Ain't My Fault", "Lush Life" e "I Would Like", nos apresentou ao maravilhoso single conjunto da sueca com o grupo Clean Bandit, "Symphony", e depois de escutá-lo nós só conseguimos dizer uma coisa: AMÉM!

Apesar de ter créditos igualitários, a canção é inegavelmente a cara do grupo britânico, porém funciona para a Zara, que consegue se sair muito bem nesse estilo. Se a missão de "Symphony" é bater o sucesso de "Rockabye", a gente já sabe que ela tem muito potencial pra isso.

O clipe da faixa também já foi liberado e, no maior #MoonlightImpact, acompanha um casal de homens negros e gays apaixonado e querendo apenas ser parte da sinfonia um do outro, como a própria música diz. Pode ser uma produção bem simples, mas tocou no nosso coração. <3



Sendo uma canção conjunta, "Symphony" também estará no álbum do Clean Bandit, que deve chegar ainda nesse primeiro semestre e trará os hits "Tears" e "Rockabye". O "So Good", da Zara Larsson, já está disponível em todas as plataformas digitais e, com o perdão do trocadilho, está muito bom. Dá o play:

EMERGÊNCIA POP! Carly Rae Jepsen entra em estúdio com Charli XCX e nós estamos surtando!

Não, isso não é uma pegadinha. Isso não é rumor. Isso é verdade, um dos nossos maiores sonhos se tornando realidade. A rainha do synthpop oitentista, Carly Rae Jepsen, e a dona da PC Music, Charli XCX, entraram em estúdio juntinhas e nós temos imagens para comprovar isso:


Uma publicação compartilhada por Justin "True" Raisen (@justintruraisen) em

AQUI NÃO ESTÁ NADA BEM!!!!!1!11!

A foto acima foi postada pelo produtor Justin Raisen, que já trabalhou com Sky Ferreira, Kylie Minogue e com a própria Charli XCX. 

Carly também postou uma foto do que pode ter sido a mesma sessão, onde aparece acompanhada da cantora pop alemã MDNR e do produtor Patrick Berger que é somente o responsável por "Dancing On My Own", da Robyn. MEU. DEUS. 

Uma publicação compartilhada por Carly Rae Jepsen (@carlyraejepsen) em

O mais provável é que a colaboração de Carly e Charli esteja no próximo álbum da canadense, que já vem trabalhando no sucessor do "E•MO•TION" desde outubro do ano passado, tendo passado um tempinho na Suécia e agora voltando para Los Angeles, como ela mesma diz na foto. Nada impede, porém, que essa parceria esteja no terceiro disco de XCX, que lançou recentemente a mixtape de PC Music "Number 1 Angel".

A pergunta que não quer calar é: ainda da tempo de chamar a Lorde pra essas sessões?

Podemos formar uma girlband foda um dia desses? (Sim, por favor)

Agora o hit vem! Tinashe está de volta e mais pop do que nunca em seu novo single, "Flame"

A novela "Joyride" continua. Depois de ter lançado "Superlove" e "Company", ter sido boicotada pela gravadora e lançado por conta própria a mixtape "Nightride", Tinashe parece pronta para retomar a divulgação de seu segundo disco e já voltou com tudo em "Flame", seu mais novo single.

A faixa tem produção do duo Stargate, que está por trás de inúmeros hits como "Irreplacable", da Beyoncé, "Same Old Love", da Selena Gomez, e grande parte das músicas de sucesso da Rihanna, e do Bloodpop, que co-produziu "Perfect Illusion", da Lady Gaga, além de músicas da Madonna e da Grimes, e a influência desses produtores em "Flame" é bem óbvia já em uma primeira ouvida: essa é canção mais pop que Tinashe já lançou.

Mesmo não sendo tão R&B como de costume e causando um pouco de estranhamento por ser bem mais pop do que o que estamos habituados a ouvir da americana, a música convence por ser diferente (e inegavelmente melhor) do que tudo que anda fazendo sucesso atualmente. O single que ela precisava para hitar. É agora ou nunca!



No começo do ano, a RCA, gravadora da cantora, afirmou que ela seria uma das prioridades de 2017. Assim como a Gretchen, estaremos atentas para ver se o selo vai se redimir e dar a Tinashe a atenção que ela realmente merece.

NÃO SAIA ANTES DE LER

música, notícias, cinema
© all rights reserved
made with by templateszoo