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Concert Review: com um conceito forte e performances eletrizantes, a turnê The Red Bullet mostra o quão promissores são os Bangtan Boys


Hoje, primeiro de agosto de 2015, faz um ano que o BTS fez o seu primeiro showcase no Brasil e, sem querer, acabamos comemorando a data indiretamente ontem, durante a "2015 BTS Live Trilogy 'Episode II. The Red Bullet'". Com 24 músicas no setlist, o Bangtan fez todo mundo pular, dançar e cantar muito no Espaço das Américas, em São Paulo.

Um Bangtan Boys que quase morreu com o sucesso de músicas como "Boy In Luv" e "Danger", em que a mensagem era simples, toda clichêzinha sobre relacionamentos e seus problemas, e nada interessante como em "No More Dream" ou "N.O", mostra ainda estar lutando para reconquistar o seu espaço com a "The Red Bullet", que mistura os conceitos abordados no ano de debut do grupo - algo que os separou dos demais rookies de 2013 -, mesmo que promova o primeiro disco de estúdio dos meninos, o ótimo "DARK&WILD".

O show começa com um backdrop de introdução trazendo um clima escolar, com a voz de um professor declarando o que pode ou não ser feito dentro da "sala de aula" - o Espaço das Américas, no caso -, e logo em seguida faz uma chamada para ver se todos os meninos estão presentes. Feita a chamada, a aula começa e a doentia pressão escolar é representada em alguns momentos e, no último deles, vemos os rapazes do Bangtan se revoltando, dando início a clássica apresentação com close + nome de cada membro. É aí que começa "N.O".



A canção que abriu os trabalhos do mini-álbum "O'RUL8,2?" define e reafirma o primeiro conceito apresentado com o vídeo inicial, o "não à repressão". E "We Are Bulletproof" sendo apresentada na sequência só tornou tudo melhor. A música não se interliga diretamente à anterior, mas a completa. Depois, lá em "No More Dream", somos apresentados ao nosso segundo (e principal) conceito, defendendo a ideia de que todos nós devemos correr atrás de nossos sonhos. Tal conceito é reforçado ao fim do show através de um vídeo que mostra a trajetória dos membros desde a época em que eram trainees.

Por ser uma turnê que teve início ao fim das promoções de "DARK&WILD" e, após um hiatus, voltou ~junto~ do lançamento de "The Most Beautiful Moment In Life, Part 1", era esperado que as canções do último disco fossem adicionadas à setlist, ou que alterações acontecessem com a mesma - para ser feita uma adição sem alterar a duração do show. E foi o que aconteceu. Três músicas foram retiradas da lista original, dando espaço para "I Need U", "DOPE" e "Boyz With Fun". E quase que as três ficaram perdidas em meio aos conceitos defendido pela turnê.

Mas este probleminha está presente desde a primeira parte da turnê, porque fica muito difícil relacionar as canções sobre o amor ou com um tom apelativo para as noonas com o restante. No entanto, mas, porém, todavia, é inevitável a sua presença na lista porque algumas delas fortaleceram a sua base de fãs, trouxe novos e os fez acontecer mundialmente, e a sua não-conexão nem deve ser tão levada a sério já que a ideia é fazer um show em que todos possam se divertir e ter a sua canção preferida performada ao vivo.

Desde o debut, sabemos que o BTS apresenta um lado performer - com coreografias extremamente difíceis - mais forte e mais reconhecido que o vocal. Como deve haver um equilíbrio, de 2014 pra cá, o grupo buscou melhorar, e a evolução é nítida no show. É surreal ver o quão similares as vozes ao vivo - da maioria dos meninos - são com as que encontramos nos álbuns. E é inumano o que Rap Monster - principalmente ele -, Suga e J-Hope conseguem fazer ao soltar versos rápidos e aprovados pelo Eminem sem perder sequer o fôlego. Mas ainda acabou rolando o auxílio de base em alguns momentos.

Tal auxílio não deve ser tão criticado como deveria ser caso formos levar em conta que a turnê está em um ritmo intenso, com cerca de um show a cada dois dias, e tentar unir vocais afinadíssimos com as coreografias eletrizantes é algo difícil e poucos conseguem - quem sabe eles chegam lá? Também não podemos exigir muito porque o cansaço dos membros era óbvio. E, para amenizar isto, previamente algumas coreografias acabaram sofrendo leves alterações, tornando-as menos cansativas.

Fugindo um pouco do musical, a resposta do público e a sua interação com o grupo não poderia ser melhor. Diferente da última vez em que o Bangtan esteve em terras Brasileiras, não houve nem um problema entre as fãs, só um empurra-empurra comum para tentar poder ver melhor os seus ídolos, porém nada que precisasse de uma uma força maior para intervir. Entretanto, consciente dos acontecimentos do ano passado, o líder Nam Joon deu alertas simpáticos para o público se comportar.

O público ali parecia ter ouvido e decorado toda a discografia do grupo dias antes, cantando em coro todas elas, pulando e dançando loucamente. Estranhamente, a canção em que o pessoal mais extravasou nem chegou a ser o hit "Boy In Luv" ou algum dos outros singles, mas sim "Killer" - que conta apenas com a rap line, composta por Rap Monster, Suga e J-Hope. E em "I Need U", o ótimo retorno estranhou até mesmo Yoongi, que foi por deixar o público cantar toda a sua parte da canção.



Ainda sobre a relação público-grupo, houve fanservice para dar e vender, com tchauzinhos, brincadeiras entre os membros, aegyo do Suga à pedido dos fãs, e até Jin dance machine ao finalzinho do show dançando sozinho "I Need U" a força do Jimin, que não o deixava sair do palco, o empurrando de volta toda vez que tentava fugir do micão. Aaah, também tivemos muito esforço dos rapazes à prova de balas em falar o nosso idioma, com muitos "obrigado" e "vai", um "lecal", um "mais alto" lido no papel por V, dentre outras tentativas (quase) frustradas.

Enfim, com 24 músicas muito bem distribuídas em quase duas horas de show, a "2015 BTS Live Trilogy 'Episode II. The Red Bullet'" mostra o quão promissor o Bangtan Boys é - com coreografia afiada e bons vocais. Nem a setlist confusa ou o auxílio de base em momentos inevitáveis - antes isso do que algum dos moços vir com uma nota toda errada -, fazem com que o show tenha um ponto realmente negativo. Aqui, o conceito que foge do convencional e as apresentações eletrizantes e cheias de carisma ganham espaço. Mal podemos esperar para o episódio 3 desta trilogia.



Brigadão ao pessoal da Highway Star que disponibilizou a credencial ao blog. ♥

It Pop re-apresenta: Bangtan Boys, os futuros proprietários do k-pop que estão voltando ao Brasil com a turnê 'The Red Bullet'!


Já cansamos de falar sobre esses meninos aqui no blog, e o quão bom eles são. Quem é leitor do It Pop há pelo menos três anos, sabe que acompanhamos a carreira do BTS desde o seu debut, e sempre foram só elogios. Com o anúncio de que o grupo estará retornando ao Brasil após um ano de sua vinda, desta vez com sua turnê " BTS Live Trilogy Episode II: The Red Bullet" (!), resolvemos fazer um It Pop Re-Apresenta para relembrar um pouco da trajetória dos rapazes e apresentá-los a quem nunca ouviu falar do (ótimo) som deles - com um foco maior no mini-álbum "The Most Beautiful Moment In Life, Part 1". Então, bora?

Após o período como trainees, Suga, J-Hope, Jimin, V, Jungkook, Rap Monster e Jin surgiram em meados de junho de 2013 com a poderosa "No More Dream", canção do single album "2 Cool 4 Skool" que aborda a ideia de que todos devemos correr atrás de nossos sonhos, sendo eles chulos ou não, dando vida, assim, aos Bangtan Boys (BTS). Mesmo com o clipe ambientado em cenários de baixíssimo orçamento e o visual zoadinho dos garotos, já dava para ter uma ideia do que esperar do rookie daquele ano, que parecia ter debutado há um bom tempo.


Exatamente um mês depois, vieram com "We Are Bulletproof", com um vídeo de orçamento ainda mais baixo, provavelmente gravado na mesma época do debut single, e mais tarde com "N.O", dona de um clipe como selo Katniss da Revolução de Qualidade, do primeiro mini-álbum deles. Assim, BTS se tornou o grupo rookie para ficarmos de olho daquele ano.


Multi-premiados e cheios de fãs ao redor do mundo, os rapazes à prova de balas ainda não haviam acontecido de fato na Coreia do Sul. Assim, no ano seguinte, o grupo resolveu que era hora de apostar em músicas ~comuns~, mas que dariam um ótimo retorno para eles, fazendo com que mais pessoas conhecessem seu trabalho e mais noonas se tornassem fãs. Sendo assim, tivemos uma overdose de "noona x oppa", ou algo do tipo, com os ótimos singles "Boy In Luv", "Just One Day", "Danger" e "War of Hormone".


Todas as sete canções citadas até aqui, mesmo com MVs completamente diferentes, apresentam um conceito em comum: bad boy da escola. A ideia de criar uma imagem "fixa" para o grupo é ótima, isso quando ela não se torna ordinária demais até mesmo para eles. Tal imagem deveria estar monótona até mesmo para a BigHit, que fez com que ela fosse quebrada com " The Most Beautiful Moment In Life, Part 1", mini-álbum liberado no último dia 28. O fato dos rapazes venderem bem, mas não serem "O" grupo nas vendas (apesar da leve mudança de abordagem) pode ter influenciando bastante a mudança de imagem.

Os bonés, os óculos, os penteados estranhos (né, Rap Monster?), os uniformes escolares e as roupas com um visual pesado, emo e gótico deram lugar a algo totalmente limpo, dando vida a um novo grupo e bem distante daquele que vimos no decorrer destes (quase) dois anos. Vemos que a trilogia escolar, que acabou virando uma tetralogia, realmente chegou ao fim, fazendo com que quem não simpatizasse com o estilo pra lá de abusado pelos rapazes desse uma nova chance ao grupo, já que eles pareciam ter renascidos, ou melhor, re-debutados. A renovação foi total, foi #revamp e com muitos lives de shortinho.

Tal renovação não atingiu apenas o seu visual, mas suas músicas também. "I Need U" - canção escolhida para a promoção do mini -, por exemplo, trouxe vários elementos nunca usados pelos rapazes, criando algo novo para eles. Apesar dos pontos positivos quanto ao instrumental, os meninos, ou melhor, a gravadora resolveu que ainda não era o momento de sair da zona de conforto e acabou apostando novamente em algo ~romântico. MAS, tudo isso não implica na impressão final de que "I Need U" é uma excelente canção, e ela ficou ainda mais forte com a versão original de seu clipe.


A história por trás do lançamento de tal versão é digna de algum dorama. No mesmo dia em que a versão final, com muitos cortes bruscos, foi lançada, através do Twitter oficial do grupo foi revelado que havia uma versão "sem edições", para maiores de 19 anos, mas sem previsão de lançamento. Muitos falaram que tal versão não foi a final devido ao excessivo conteúdo adulto do clipe, com Rap Monster fazendo alusões ao cigarro, Kook apanhando e sangrando, V matando um cara e Hoseok morrendo de overdose de drogas, por exemplo. Para nós, o motivo pode parecer bobo até, mas na Coreia a censura é muito forte.

***

Mas e então, gostou da sonoridade do grupo? Então que tal ver eles ao vivo? Como falamos láaaa em cima, os Bangtan Boys estão voltando ao Brasil em julho. O show da "The Red Bullet" acontecerá no dia 31 de julho às 20h no Audio Club e, se Hoseok permitir, com um setlist novo, e com as canções de "The Most Beautiful Moment In Life, Part 1". Aliás, fica o stream deste e dos outros quatro discos dos meninos. Queríamos falar um pouquinho só de cada um, mas temos leite no fogo. No mais, a-deus!

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