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Sem headliners femininas, The Town recebeu não de Beyoncé, Taylor Swift, Lady Gaga e Rihanna

Em setembro acontece em São Paulo a primeira edição do The Town, festival idealizado pelo mesmo criador do Rock in Rio, Roberto Medina, que prometeu trazer para a capital paulista a mesma estrutura de sucesso de um dos maiores festivais musicais do mundo.

Realizado durante os dias 02, 03, 07, 09 e 10 de setembro no mesmo local que o Lollapalooza, no Autódromo de Interlagos, o festival foi alvo de críticas pela ausência de headliners femininas entre suas atrações, que incluem nomes como Bruno Mars, Post Malone, Foo Fighters e Maroon 5, mas parece que, inicialmente, os planos de Medina para o evento eram diferentes.

Em uma conversa com o portal Tracklist, o criador do The Town revelou que, atendendo aos pedidos do público, buscou por atrações femininas para compor a escalação principal do evento e, entre os nomes sondados, tentaram contato com Beyoncé, Lady Gaga, Rihanna e Taylor Swift, e todas teriam recusado por indisponibilidade de agenda.

Atualmente em turnê com o álbum “Renaissance”, Beyoncé é um dos nomes mais aguardados para vir ao Brasil entre esse ano e o próximo, sendo frequentemente protagonista de especulações sobre uma possível passagem por estádios brasileiros; Taylor Swift tem passagem confirmada pelo país ainda este ano com a “The Eras Tour”, que compila os hits de todos os seus álbuns numa setlist repleta de fanservices; já Rihanna e Lady Gaga, não têm quaisquer indícios de que virão tão cedo ao Brasil. Gaga, inclusive, começará em outubro deste ano mais uma temporada da sua residência de jazz em Las Vegas, impossibilitando que faça viagens em turnê para outros países.

Apesar da ausência de mulheres entre suas atrações principais, há vários destaques femininos no line-up do The Town, dos mais diferentes gêneros musicais: no primeiro dia do evento, Demi Lovato e Iggy Azalea se apresentam no palco principal; já no dia 03 de setembro, Bebe Rexha e a brasileira Luísa Sonza são quem representam as mulheres no palco. Dia 07 de setembro, Ludmilla é a única atração feminina do palco Skyline; enquanto Pitty divide o posto com a vocalista do Garbage no dia 09. Exceção na programação, o dia 10 de setembro é o único em que as artistas femininas são maioria no palco, comandado por Kim Petras, Iza e H.E.R.

Isso é um legado: Rihanna faz aniversário e viemos celebrar sua pluralidade

Completando 33 primaveras hoje, Rihanna se estabeleceu como uma das maiores cantoras da indústria musical com recordes de vendas e certificações de singles que chegam na casa dos milhões, mas, suas conquistas não se limitam à música. A artista nos mostrou sua versatilidade e habilidade de se suceder em diferentes segmentos. Conhecemos a RihRih performer, empresária, humanitária, modelo, atriz e, possivelmente, estamos esquecendo de algum talento já revelado da barbadiana. Como bons fãs de seu trabalho contínuo, viemos celebrar sua carreira multidirecional. Os parabéns são dela!

FENTY

Com a Fenty lançada em 2017, Rihanna entrou no mercado da moda com vestimenta, sapatos, óculos e acessórios. Rihrih tornou-se a primeira mulher negra a liderar uma marca do grupo LVMH, responsável por grifes como Louis Vuitton e Dior, ao iniciarem uma parceria com a Fenty em 2019. Com dois anos de parceria, seus líderes decidiram fechar as portas no início deste ano devido a crise mundial causada pela pandemia.

A Bad Gal se revelou uma empreendedora visionária encabeçando marcas de sucesso como a Fenty Beauty e Fenty Skin, com foco em produtos de beleza e, a Savage X Fenty, responsável por vender lingeries e famosa pela diversidade e inclusão de corpos que fogem dos padrões - seguindo a amplitude de tons de pele para suas marcas de beleza – em desfiles com produções visuais e musicalidade que representa essa abrangência. O lançamento da grife foi um sucesso tão absoluto que sua liderança ameaça o império Victoria’s Secret, marca que recusa-se a abraçar a diversidade.

Rihrih tocou até Ludmilla em um dos shows da grife.

ATIVISTA

Rihanna não teme usar sua voz para alertar sobre temas que considera relevantes. Exemplo disto, é que a cantora teve um pedido de prisão feito pelo governo indiano após se posicionar em seu Twitter à favor do movimento de agricultores do país contra a desregulamentação do setor na Índia. 

Em 2019, a cantora se manifestou contra o governo Trump e a facilidade na compra de armas nos EUA após tiroteios em Texas e Ohio.

“Imagine um mundo onde é mais fácil conseguir um AK-47 do que um visto. Imagine um mundo onde eles constroem um muro para manter os terroristas dentro da América.”

Originária da ilha de Barbados no Caribe, Rihanna demonstra uma preocupação real com a educação dos jovens e usa seu poder e influência para mudanças positivas. A ativista implementou um programa estudantil que prevê uma bolsa de graduação para os universitários que desejam estudar nos EUA. O programa inclui até mesmo o Brasil!

A cantora foi nomeada Embaixadora Extraordinária de Barbados para promover a educação, investimento e turismo no país.

A artista ajudou na construção de um hospital em Malaui, na África Oriental.

MODA

Antes mesmo de lançar sua marca de roupas, Rihanna já havia se consolidado como um ícone da moda. Assim como o rapper Kanye West, a cantora é responsável pela popularização do Sportswear, uma tendência de moda esportiva e urbanizada, em voga na última década.

A fashionista posou para a Vogue Brasil em 2014 pelas lentes de Mariano Vivanco, e, participou de um tutorial de maquiagem para a edição estadunidense da revista que viralizou na web:

Suas aparições no Met Gala são um show à parte:

ARTISTA

Além de empresária, filantropa e ícone da moda, Rihanna também é cantora. E é nesse ramo que conhecemos inúmeros smash-hits, desde “Umbrella” com o Jay-Z até “Work” com o Drake.

Uma anônima Rihanna de 17 anos encontrou, por acaso, o produtor que a levou ao estrelato quando ele estava de férias próximo de onde a jovem residia. Desde então, a cantora lançou 8 álbuns de estúdio e passou por inúmeras eras sonoras e visuais.

Houve a inocente Rihanna de "Music of the Sun" e "A Girl Like Me". O seu maior estouro com "Good Girl Gone Bad". Rihanna também passou por uma fase dark que influenciou muitos fãs na trevosa era "Rated R". Conhecemos a Única Garota No Mundo, famosa pelos cabelos avermelhados, na mesma época em que fomos apresentados ao seu Rom Pom Pom Pom de “Man Down”. Vimos a estrela lançar álbuns ano após ano culminando na trilogia “Loud”, “Talk That Talk” e finalizando sua fase de hiperatividade musical no “Unapologetic” de 2012. Após isso, a cantora entrou em um hiatus e período para exploração de novos terrenos.

Rihanna apresentou um Medley com sucessos de sua carreira no VMA 2017. Foram tantos hits que o show foi dividido em três atos.

Ao descobrir que seu contador estava lhe roubando, a cantora não ficou nada contente e tratou de lançar “Bitch Better Have My Money”. Recheado de violência, drogas e cenas peculiares, o vídeo com participação de Mads Mikkelsen (Hanniball) é facilmente um de nossos favoritos.


Para assistir ao vídeo de “Bitch Better Have My Money”, clique aqui.

Após "Bitch Better Have My Money", RihRih seguiu em exploração e lançou “FourFiveSeconds”, uma colaboração folk com Paul McCartney e Kanye West, mas, optou por não incluir ambas as faixas em seu trabalho final.

O divisor de águas, “Anti”, também conhecido como O Último Álbum de Rihanna™, trouxe os hits “Work”, “Needed Me” e a inesperada “Love On The Brain”, que não recebeu um tratamento visual, apesar do enorme sucesso. O material se destaca na discografia da cantora pela produção e sonoridades inéditas. Rolou cover do Tame Impala, teve SZA, teve Travis Scott, sample de Dido e Florence. Um marco. Uma delícia. Mas e agora?

O vídeo duplo de Work com o Drake já bateu um bilhão de views

Rihanna não fala muito sobre seu futuro na música atualmente, mas, com a informação que rola na internet e o pouco revelado pela artista, seu novo trabalho deve se basear fortemente no dancehallsonoridade jamaicana usada em "Work". Ou, pelo menos, um de seus novos álbuns. Reza a lenda que a cantora estava trabalhando em dois álbuns de sonoridades distintas antes da pandemia chegar, fazendo com que ela adiasse novamente seus planos de lançamento.

Rumor vem, rumor vai. Seguimos fortes acompanhando os desbravamentos da pisciana, que, seja desfilando “Presh Out the Runway” para a Victoria’s Secret, interpretando uma alienígena no tema musical de "Star Trek: Sem Fronteiras" ou construindo pontes em Barbados, Rihanna é destemida na empreitada que escolhe e, junto de seu caráter humanista, isso a torna alguém com um legado que ressoa além da música.

SOPHIE morre aos 34 anos, com legado que transpassa a cultura pop

Madonna estava de olho no pop do futuro quando, em meados de 2014, escalou o produtor Diplo para arquitetar seu novo disco, “Rebel Heart”. Na época, Diplo estava no hype pelos trabalhos com seu projeto de música eletrônica, Major Lazer, e já detinha o título de visionário por sons que emprestavam elementos do afrobeat ao pop europeu, tendo influenciado artistas como Beyoncé (“Run The World”) e construído novas sonoridades ao lado de M.I.A (“Paper Planes”, “Bucky Done Gun”).

Para esse disco, a dupla trabalhou em faixas como “Living For Love” e “Unapologetic Bitch”, até que a Rainha do Pop quis ir além e pediu pra que o produtor te mostrasse o que houvesse de mais louco na música pop atual. Ele? Chegou com o que se tornou “Bitch I’m Madonna”, com um arranjo que fascinou a artista, não pelas batidas de Diplo, mas, sim, pelo visionismo de uma outra artista que o cara já estava de olho: uma cantora e produtora da Escócia, chamada SOPHIE.

No mesmo ano em que “Bitch I’m Madonna” chegava ao público, SOPHIE lançava também seu primeiro registro, “Product”: uma coleção com os sons, conforme descrito por Madonna, mais doidos que a música pop poderia comportar, com sintetizadores que passeavam entre o industrial e o subgênero que só veio ganhar um nome oficialmente anos depois, a “pc music” ou, de acordo com as tags do Spotify, “hyperpop”.

Desde então, foram muitas as artistas que trabalharam ou foram influenciadas por SOPHIE. Rihanna, quando quis transgredir seu som no disco “Anti”, foi apresentada à produtora, trabalhando em faixas que nunca viram a luz do dia. O mesmo rolou com Lady Gaga, que passava por um processo parecido na busca pelo pop perfeito em “Chromatica”. E, claro, Charli XCX, que viu seu som se transformar da água para o vinho desde que começou a colaborar com a artista no EP “Vroom Vroom” e nunca mais fez música pop à moda antiga.

Mesmo no Brasil, o som da artista atraía a atenção e se tornava referência. Fã de pc music, Pabllo Vittar explorou a influência da musicista escocesa em faixas como “Buzina” e “Ponte Perra”, dos seus dois últimos álbuns. Produtor de música eletrônica, Mulú trouxe os timbres de SOPHIE para o funk em músicas como “Foi bom te encontrar”, com o MC Flavinho, e remixes lançados através do seu Soundcloud alternativo, “Omulu Remisturas Extras Ordinárias LTDA”. E até no 150bpm ela teve vez, como foi o caso desse remix de “Hard”, assinado pelo produtor brasiliense kLap.

Em 2019, a artista se tornou uma das primeiras artistas trans a ser indicada ao Grammy, por seu disco de estreia, “Oil of Every Pearl's Un-Insides”, e para esse ano, com a ascensão do hyperpop e outros artistas influenciados por sua sonoridade, incluindo nomes como 100gecs, Rina Sawayama, Arca, entre tantos outros, se preparava para a estreia do projeto audiovisual “Transnation”, que viria a ser um dos seus maiores trabalhos.

Toda essa jornada, entretanto, foi abruptamente interrompida com o falecimento da artista que, aos 34 anos, se viu vítima de um acidente que chocou seus fãs e artistas na manhã deste sábado, 30, após um anúncio de sua própria gravadora, que pediu por orações e respeito a privacidade de seus amigos e família. Segundo o comunicado, SOPHIE, que escalou a música pop até encontrar fronteiras nunca antes enfrentadas, buscava o ponto mais alto que pudesse alcançar para ver de perto a lua e, tal qual Ismália de Alphonsus de Guimaraens, sofreu uma queda que, com todos os eufemismos possíveis, a permitiu se aproximar do brilhante satélite.

Um dia triste para os fãs de música pop e para a história da cultura recente que, sem o menor exagero, perde uma das maiores e mais relevantes artistas da nossa geração, que nunca esteve fazendo arte para os dias atuais, pois sempre esteve com a mente e ouvidos no futuro. Nos permitindo parafrasear a sua própria obra, “tá tudo bem chorar.” Ou, considerando o legado e influência imaterial que perdurará por tantas outras canções, que seja como “just like we never said goodbye”.

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