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Dia da Mentira | Fraude no Grammy: emails vazados expõem negociações de prêmios principais em troca de performances e divulgação

Não bastassem as críticas pelo racismo e machismo por trás das faltas de indicações de suas últimas edições, o Grammy enfrenta agora mais uma crise que pode colocar em xeque toda a credibilidade da premiação e, para a surpresa do público e artistas, dos últimos eleitos pela Recording Academy.

Na noite da última quarta-feira (31) caíram na internet uma série de emails que, se confirmados, expõem a falta de transparência do prêmio que, em comum acordo com gravadoras, têm distribuído seus prêmios através de manipulações que visam estabelecer recordes e artistas em exposição de acordo com as suas necessidades de performances e troca de divulgação.

Nas conversas reveladas pelo site Hits Weekly Double, há indícios de que, desde o final do último ano, a premiação já definia, por exemplo, quem seriam os vencedores das categorias Álbum e Gravação do Ano — vencedoras foram, respectivamente, Taylor Swift e Billie Eilish — e que houve resistência de alguns artistas em compactuarem com essas combinações, o que explicaria o tão criticado boicote ao disco “After Hours”, de The Weeknd.

LOGAN Crainge (CEO da gravadora de The Weeknd) “Eu ontem fui muito claro. [...] Eu só acho o seguinte: com Abel não dá, com a situação que está. Não adianta esse projeto de mandar o álbum pra submissão, tocar a academia, isso termina por jogar no chão a expectativa de serem outros vencedores. Porque se o Abel entrar, ele vai falar para o BET, SuperBowl, é só quem ouve ele mais, que dá algum crédito, o resto ninguém dá mais crédito a ele para porra nenhuma. Concorda comigo? O Abel vai reunir ali com os setores do folk?”, disse o presidente da Worldwide Music Group em email enviado no dia 17 de dezembro de 2020.
NEIL Porthen (Presidente do Grammy no ano passado) “Agora, ele vai acordar a militância.”
LOGAN —  “Sim.”

NEIL —  “Aquele pessoal que resistiu, acordou, e vai dar merda.”

Em outro trecho, documentado como uma conversa da mesma semana, há a sugestão de se unirem com os representantes de artistas como Taylor Swift, Justin Bieber e Billie Eilish para decidirem os próximos passos da negociação.

NEIL —  “Eu acho que a gente não pode juntar todo mundo pra conversar assim não, viu? [...] Eu acho que você deve procurar [o representante da Billie] Eilish, deve falar com Swift, Justin, depois de falar com os três, colhe as coisas todas e aí nós vamos falar nós dois do que você achou e o que eles ponderaram pra gente conversar.”
LOGAN —  “Acha que não pode ter reunião com os três?”
NEIL —  “Não pode. Isso de ficar juntando para combinar coisa que não tem nada a ver. Os caras já enxergam outra coisa que não é... Depois a gente conversa os três sem você.”

LOGAN —  “Eu acho o seguinte: se não houver uma solução a curto prazo, o nosso risco é grande.”

*

LOGAN — “É aquilo que você diz, Abel não ganha porra nenhuma…”
NEIL — “Não, esquece. Nenhum artista desses urbanos ganha Grammy, não.”
LOGAN — “O Abel, rapaz… O Abel não tem condições, não. Quem não sabe? Quem não conhece o esquema dele? Eu, que participei da campanha do ‘Starboy’...

NEIL — “É, a gente viveu tudo.”

*

Todo o material revelado pelo site é extenso e segue em tradução por nossa equipe, mas não é difícil entender o teor das conversas e, principalmente, o que elas significam dentro de uma das maiores premiações musicais da história.

Pelas redes sociais, o público já se movimenta através de hashtags de repúdio que pedem pela anulação dos resultados da última edição do prêmio, exigindo a reconsideração de álbuns esnobados pela academia. Qualquer declaração oficial da premiação, por sua vez, só deverá ocorrer após essa quinta-feira (01), conhecida como o April Fools’ Day ou, em português, Dia da Mentira, mundialmente.

The Weeknd diz que a esnobada do Grammy ao seu álbum foi um “soco no estômago”


Abel Tesfaye, ou simplesmente The Weeknd, foi capa da revista Billboard nesta quinta-feira (28) e se abriu sobre sua falta de indicações ao último Grammy. 

Ele contou: “eu uso a expressão ‘soco no estômago’ como uma analogia. Porque foi realmente um golpe desavisado, vindo de lugar nenhum. Eu realmente me senti assim. Eu não sei se isso é tristeza ou raiva. Eu acho que apenas confusão. E eu só queria respostas. Tipo, o que aconteceu?”.

“Nós fizemos tudo certo,eu acho.” Ele prossegue: "eu não sou uma pessoa pretensiosa. Eu não sou arrogante. As pessoas diziam que eu iria ser nomeado. O mundo dizia isso para mim. Tipo, ‘É isso, é agora; esse é o seu ano.’ Nós ficamos muito confusos no fim.”

Aclamado e dono do topo dos charts, o quarto álbum de estúdio do cantor “After Hours” foi deixado de lado pela Academia do Grammy, assim como o hit “Blinding Lights”, que já é uma da smaiores músicas da Billboard Hot 100. 




The Weeknd acrescentou que superou tudo e segue em frente diante do incidente. “Eu não quero fazer disso tudo algo sobre mim. É apenas um fato”, e continua: “olha, eu pessoalmente não ligo mais… Eu sou péssimo em fazer discursos de qualquer jeito. Deixem as premiações pra lá”.

Apesar de tudo, Abel já possui três Grammys debaixo de seus braços. Vencedor pelas categorias “Melhor Álbum Contemporâneo Urban” em 2015 (pelo seu segundo álbum “Beauty Behind The Madness”), por “Melhor R&B Performance" em 2016 por “Earned It” (pela trilha sonora do filme “Cinquenta Tons de Cinza”) e “Melhor Álbum Contemporâneo Urban” pelo seu terceiro álbum “Starboy” em 2018.

E agora vamos virar a página também porque dia 7 de fevereiro o artista vai mostrar o que a premiação perdeu ao fazer um show de 24 minutos (!) no intervalo do SuperBowl. Esse será o maior halftime show da história! Pega essa, Academia! 

Grammy queria que The Weeknd escolhesse entre eles e o Super Bowl, afirma TMZ


Tá todo mundo bem puto com as indicações do Grammy 2021 e, principalmente, a ausência do músico The Weeknd entre os artistas nomeados, tendo o canadense sido ignorado com seu disco mais recente, “After Hours”, e o single que mantém o título de maior hit desse ano nos EUA, “Blinding Lights”.


Com submissões nas categorias do segmento pop e nas principais da premiação, incluindo Música do Ano, Gravação do Ano e Álbum do Ano, era esperado que The Weeknd fosse um dos grandes nomes do evento, e assim foi, mas por conta da massiva reação negativa ao não tê-lo ao lado de Justin Bieber, Taylor Swift, Post Malone e tantos outros indicados.


Em seu Twitter, o músico se manifestou sobre o assunto e criticou a falta de transparência do prêmio, afirmando que eles devem uma explicação para ele, seus fãs e toda a indústria.



Apesar de enigmático, o tweet de The Weeknd não demorou a criar teorias, como foi o caso do TMZ, que alega ter tido acesso a discussões sobre uma negociação do canadense com a premiação, que queria exclusividade de sua performance no ano que vem, condicionando o cantor a escolher entre eles ou o palco do Super Bowl.



A equipe de The Weeknd estaria se esforçando para manter os dois convites de pé e, como se tornou público há algumas semanas, o artista foi confirmado como a atração musical do half-time esportivo, fazendo então com que as conversas envolvendo o Grammy caíssem e, consequentemente, a premiação o fizesse se arrepender da decisão.


O relacionamento do cantor de “Blinding Lights” com a Academia já não era dos melhores: enquanto promovia o álbum “After Hours”, The Weeknd criticou os problemas raciais do Grammy e questionou suas indicações de anos anteriores, como do álbum pop “Starboy”, em categorias segmentadas de hip-hop e R&B. “O R&B e a música negra são uma variedade muito grande. Se nos colocam pra concorrer todos em uma só categoria, continua sendo injusto.”


Neste ano, o músico protestou através de suas submissões, não se candidatando pras categorias de rap e R&B, mas, sim, nas principais e segmentadas ao pop, que é o gênero predominante do seu novo trabalho.


Presidente interino da Academia, Harvey Mason Jr afirmou que é difícil prever em quem os jurados, se referindo às previsões que apontavam The Weeknd como um dos grandes nomes desse ano, e justificou alegando que há vagas limitadas para todas as categorias.


“Há muitas indicações e só uma certa quantidade de vagas, é realmente difícil prever em quem os membros votarão em qualquer ano. Eu tento não ficar muito surpreso.” 

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