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10 discos de artistas negros para ouvir em 2017

A história da música sempre foi marcada pelo apagamento de artistas negros, ainda que eles sejam as bases e influências para boa parte do que as massas consomem hoje, e, aproveitando que esta segunda-feira (20) é o Dia da Consciência Negra, preparamos uma lista para reconhecer alguns dos ótimos discos lançados por eles neste ano.

Tanto na gringa quanto no Brasil, foram muitos os álbuns impecáveis lançados por nomes negros, de forma que a lista terminou bem diversa, mas desde já ressaltamos que você talvez sinta falta de alguns nomes, porque priorizamos trabalhos fodas de artistas menos reconhecidos e, ainda assim, sofremos bastante até conseguirmos apenas dez.

Já prepara o Spotify e segura esses hinários!

01) SZA, “CTRL”

Foi com “Consideration”, presente no “ANTI” de Rihanna, que SZA viu o holofote sob o seu nome. A cantora e compositora já tinha uma mixtape pra chamar de sua e, após várias parcerias de peso, lançou também seu álbum de estreia, o hinário “Ctrl”. Bebendo muito do R&B e, por suas colaborações, também do hip-hop, “Ctrl” passeia do indie-rock ao rap-pós-Drake, oferecendo uma experiência que te fará questionar o que costumava chamar de música antes de conhecer esta fada.

Pra testar: “Love Galore”, “Prom” e “The Weekend”.



02) Flora Matos, “Eletrocardiograma”

Você provavelmente conhece Flora Matos por seu maior hit, “Pretin”. A música foi só uma das responsáveis por colocá-la no radar do rap nacional e, superando quaisquer barreiras impostas neste gênero para mulheres, foi nesse ano que estreou seu primeiro disco, “Eletrocardiograma”, com um compilado de confissões e pensamentos altos sobre relacionamentos, amores e suas dificuldades.

Pra testar: “Preta de Quebrada”, “Perdendo o Juízo” e “Parando as Horas”.



03) Kehlani, “SweetSexySavage”

Nós já fizemos um manifesto em prol da carreira de Kehlani aqui. Cantora e compositora, a moça é uma das grandes apostas do R&B há algum tempo e tem o apoio de muita gente do meio e fora dele, incluindo produtores como Calvin Harris e o rapper Chance The Rapper, com quem já colaborou. Seu disco de estreia por uma grande gravadora, “SweetSexySavage”, é uma boa amostra do que ela é capaz.

Pra testar: “Distraction”, “CRZY” e “In My Feelings”.



04) Gloria Groove, “O Proceder”

“É que eu sou dona da porra toda”, canta Gloria Groove na última faixa do seu álbum de estreia. Em meio a tantas drag queens se encontrando na música pop, foi no rap que ela se descobriu, com composições que falam sobre a sua resistência em existir, sua descoberta enquanto homem gay, autoestima e relacionamentos. As influências passeiam do R&B dos anos 90 e 2000 às novidades do hip-hop atual, como Shamir e Le1f.

Pra testar: “O Proceder”, “Gloriosa” e “Muleke Brasileiro”.



05) Lil Yachty, “Teenage Emotions”

Sua voz lembra o Future, o uso do autotune remete imediatamente ao Kanye West e Lil Wayne, enquanto seus arranjos parecem saídos dos principais hits pop de Akon e outros rappers que tinham alguma relevância nos anos 2000. Mesmo com tantas lembranças, tudo soa fresco no primeiro álbum de Lil Yachty, principalmente num momento em que o rap tem se prendido cada vez mais às fórmulas prontas, com tudo soando como um amontoado de singles do Migos.

Pra testar: “Forever Young”, “Better” e “Running With a Ghost”.



06) Rincon Sapiência, “Galanga Livre”

Na era dos álbuns visuais, ter discos que, apenas com o som, nos permitem assistir sua história é fascinante. “Galanga Livre” é a estreia de Rincon Sapiência e, na correria do escravo e revolucionário Galanga, nos conta uma aventura cheia de reviravoltas, revoltas,  críticas e sentimentos.

Pra testar: “Crime Bárbaro”, “A Coisa Tá Preta” e “Ponta de Lança”.



07) Khalid, “American Teen”

Outra revelação do ano, Khalid lançou neste ano o disco “American Teen”, com a mesma produção do álbum de estreia da Lorde, o aclamado “Pure Heroine” (2013). Infelizmente, o disco do moço está longe de ter conquistado o mesmo reconhecimento da dona de “Royals”, mas ao menos nos rendeu boas audições, passeando do indie-pop ao trip-hop.

Pra testar: “Young, Dumb & Broke”, “Saved” e “8TEEN”.



08) Baco Exu do Blues, “Esú”

Tudo é caótico, intenso e íntimo em “Esú”, o álbum de estreia provocativo do rapper baiano Baco Exu do Blues. Da religião ao racismo, o disco te carrega por discursos, desabafos e delírios, compartilhando com o ouvinte as dores, orgulhos e receios do músico.

Pra testar: “Abre Caminho”, “En Tu Mira” e “Capitães de Areia”.



09) Tyler The Creator, “Flower Boy”

Quando lançou o disco “Melodrama”, a cantora neozelandesa Lorde afirmou que o cantor Frank Ocean redefiniu as possibilidades em estúdio com seu último álbum, “Blonde”. Ouvir Tyler The Creator e seu “Flower Boy”, que muito bebe do que Ocean fez neste trabalho, é uma boa razão para acreditar que ela estava certa. “Flower” é colorido, honesto e ácido, vez ou outra.

Pra testar: “Who Dat Boy”, “I Ain’t Got Time” e “Boredom”.



10) Linn da Quebrada, “Pajubá”

Não existe eufemismo quando se fala na cantora Linn da Quebrada e seu primeiro CD. “Pajubá”, a palavra, é o nome dado para o conjunto de gírias utilizados por pessoas LGBTQs e, ressignificando inclusive esta ideia de significados, nas mãos de Linn se transforma num conjunto do que os LGBTQs podem ou não ser, baseado em suas verdades e experiências.

Pra testar: “Necomancia”, “Tomara” e “A Lenda”.

Tá tendo treta no rap br: Flora Matos publica textão com supostas indiretas para Karol Conká, que responde pelo Instagram

A indústria, seja por intermédio da mídia ou dos seus próprios fãs, coloca mulheres contra mulheres desde que nos entendemos por blog, RS, o que reflete o machismo no meio musical, dificilmente disposto a oferecer espaço para muitas delas, em tempo que os homens conseguem se sobressair, independe do gênero de seu trabalho.

Só nesse ano, a gente presenciou muitas dessas competições, de Nicki Minaj e Miley Cyrus à Katy Perry e Taylor Swift, e enquanto isso acontece lá fora, o Brasil ganha também mais uma desavença entre artistas femininas, agora com as rappers Karol Conká e Flora Matos.

Não é novidade pra ninguém que Karol se tornou um dos maiores nomes da atualidade no rap nacional. A intérprete de “Tombei” já vinha ganhando seu espaço quando lançou seu disco de estreia, “Batuk Freak”, mas, desde que se juntou com Boss In Drama em “Toda Doida”, encontrou um espaço no mercado pop que dificilmente será tirado dela, o que ainda resultou em parcerias com Tropkillaz, Banda Uó e até o produtor Diplo.


Aí que, diante desse destaque para ela, que representa diversas minorias para a indústria musical, sendo mulher, negra e feminista, muitos dos fãs torcem pra que ela aproveite essa exposição colaborando com outras artistas que também fortalecem o movimento, como Lurdez da Luz e Flora Matos, só que essa última não parece realmente interessada em entrar em estúdio com a dona de “É O Poder”.

Em seu Facebook, Flora Matos soltou um textão em que critica o atual cenário do rap nacional. Ela, que esteve em exposição no ano passado com o single “Pretin”, reclama da falta de espaço para mulheres, que precisam revezar o destaque, enquanto os homens assumem todo o resto, e solta também o que seriam indiretas para Karol, falando sobre uma rapper que está em exposição e canta sobre estar no topo, se colocando superior às outras artistas femininas.

“[...] Eu tô ligada que tem várias mulheres que fazem rap no Brasil. Umas com mensagens que eu realmente me identifico e outras menos. Raramente, nenhum pouco. Mas a reflexão de hoje é sobre o vício que o sistema/indústria fonográfica/mídia tem de deixar o espaço para a mulher reduzidíssimo, pra apenas uma ou duas”, começou Flora. “Não é porque eu me encontro em um lugar favorável, que eu concordo com isso. Não acho maneiro. E isso não acontece só no Brasil. Já perceberam? Na minha opinião, o espaço deveria ser bem maior, não acham? Assim como é pros homens. E, na verdade, é! Mas eles querem que a gente pense que não, liga? E tramitam isso.”

Falando sobre a artista que seus fãs sugerem que colabore, mas não está interessada, Flora disse:

“Já me deparei com pedidos aqui de feat [colaboração] meu com uma mina e não levem a mal se o pedido não for atendido. Porque, em breve, vocês vão ouvir feats meus com mulheres de responsa, que eu acredito muito, assim como acreditei e pude contribuir de alguma forma para a caminhada de outras mulheres, que estão aí hoje, realizando seus trampos [Karol e Flora já colaboraram algumas vezes no passado]. Não me identifico e fico realmente triste quando ouço uma mensagem egoísta, individualista dentro de um rap, adotando um discurso do tipo, ‘eu tenho mais grana, sou maior do que você e você não é capaz’.”, explicou.


“Gente, rap não é instrumento do sistema. Pelo menos não era pra ser! E nossa realidade aqui no Brasil é bem outra, percebem? Fico muito mais triste ainda quando escuto um discurso desse cantado por uma mulher. Muito mais quando o discurso corre o risco de ter sido por um homem... Como se não houvesse chance pra mais ninguém. Tá ligada? Não foi assim que a mãe ensinou. Muito menos dentro do espaço que conquistamos dia após dia, dentro de um universo tão machista que já é o rap. Em breve, quem já conhece e quem ainda não conhece também, vai ter o prazer de ouvir meus feats com outras minas que a mídia não mostra. E, se você é mina e faz rap, quero que você saiba que eu te apoio e jamais vou fazer uma ‘diss’ [caso frequente no hip-hop, em que um rapper lança uma faixa como forma de crítica, direta ou indireta, para outro artista. Um dos casos mais recentes foi do rapper Drake, que terminou indicado ao Grammy pela canção direcionada ao Meek Mill, ‘Energy’] pra você em prol da fama ou dinheiro.”

O novo CD da Karol Conká, atualmente promovido pelo single “É O Poder”, conta com a produção executiva do Zegon, membro do Tropkillaz, em tempo que ainda traz outras colaborações, como do americano Diplo, que a conheceu após sua passagem pelo Brasil para o festival Lollapalooza e pirou ao som de seu maior hit até aqui, “Tombei”.

Pelo Instagram, Karol pareceu estar ciente do que estava se formando em torno do seu nome com toda essa confusão e, numa mensagem curta, resumiu bem a contradição que existe quando uma artista feminina diz empoderar a união entre as mulheres, criticando indiretamente uma delas. A rapper aproveitou para incluir na frase um trecho de seu atual single, que critica os “juízes de internet”, que se mostram bem grandes de longe, mas quando estão a encarando de perto, se encolhem.


TEM UMA BANDA NA NOSSA CASA: Nova temporada de programa na MTV aposta na internet !

Esteban Tavares

Em sua primeira temporada, os fãs enviavam seus pedidos da sua banda favorita, e caso fossem selecionados pela produção receberiam o show em sua casa. Porém muita coisa mudou para nova temporada, como quase tudo da MTV Brasil, a nova versão do programa terá grande influência do mundo virtual. 
Manu Gavassi

Dois grupos serão selecionados para uma espécie de corrida virtual - WebRace -, e ganha aquele que conseguir mais seguidores no Twitter, mais relevância no Facebook e mais SMS, além disso, o público também escolhe qual será a última canção tocada neste show. 
Flora Matos

Para a nova temporada já foram selecionados grupos de fãs da cantora Manu Gavassi, da Flora e do baixista da banda Fresno que agora se lança em carreira solo Esteban Tavares. O primeiro programa a ir ao ar será com Manu Gavassi. Você pode saber de mais informações, e de mais novidades sobre o programa acessando o blog oficial.

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