Mostrando postagens com marcador entrevista. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador entrevista. Mostrar todas as postagens

Ally Brooke acha que K-Pop é o futuro para girlbands e pode colaborar com integrantes do Fifth Harmony


Com muitos sorrisos e esbanjando simpatia, Ally Brooke esteve recentemente no Brasil para divulgar o seu mais novo single, "Low Key", lançado em janeiro deste ano em parceria com o rapper Tyga. A faixa é o primeiro lançamento da cantora como artista solo após o hiato do Fifth Harmony, e é o primeiro gostinho do seu disco de estreia que vem ainda esse ano.


Aproveitamos a visita da Ally para saber tudo sobre o lançamento de "Low Key" e os planos para a carreira solo. Ainda conversamos sobre grupos femininos de K-Pop e as colaborações que podem vir nos novos projetos - entre elas, Anitta e as próprias meninas do Fifth Harmony. A curiosidade bateu? Vem ler tudinho!

***

ItPop: Primeiro de tudo, parabéns pelo novo single! Queremos saber tudo sobre como "Low Key" aconteceu, você já tinha trabalhado com algum dos produtores antes? Como foi o processo de composição da música?

Ally Brooke: Muito obrigada! Na verdade, eu tinha outro single para lançar, mas eu sabia que nós nunca conseguíamos deixar aquela música perfeita, mesmo depois de gravar, gravar, gravar. Então finalmente um dos meus empresários me disse que tinha ouvido essa música chamada "Low Key" que era incrível, e que todos esses maravilhosos produtores e compositores eram parte dela. Então ele me mostrou no dia seguinte e eu fiquei "Wow!", foi tipo uma epifania. Eu sabia que esse tinha que ser o meu primeiro single, sem dúvidas, foi um momento mágico. Então eu gravei a música, entrei no estúdio com um dos gerentes da minha gravadora, Craig Kallman, e nós aperfeiçoamos ela. Uma das minhas melhores amigas estava no estúdio comigo e toda a vibe estava certa, sabe? Eu gravei e coloquei o meu "sabor" na música, meu "charme", meu tom e personalidade, e aí ela se tornou tudo o que é hoje. Aí o Tyga veio junto, nós fizemos o clipe, e desde então ela virou para mim esse enorme botão de play para a minha carreira.

ItPop: E como têm sido para você ver os fãs te abraçarem como uma artista solo?

Ally Brooke: Têm sido inacreditável, porque quando eu era mais nova, eu saí do Texas (onde eu moro) e fui para a Califórnia buscando uma carreira solo. Eu sempre sonhei em fazer isso! Então agora estar aqui, com as pessoas me recebendo de braços abertos, é fenomenal. Eu recebi tanto amor para esse primeiro single, e ele está nas paradas pop, e isso é louco, de verdade! Eu só estou absorvendo cada momento e curtindo essa jornada.

ItPop: Isso é incrível mesmo! Sobre projetos futuros, ouvimos dizer que você está preparando um álbum para esse ano, certo? O que podemos esperar? Temos colaborações confirmadas ou datas de lançamento?

Ally Brooke: Sim! Eu planejo lançar o álbum até o outono desse ano, e tenho alguns amigos que eu gostaria muito que participassem, vamos ver o que acontece. Mas eu estou muito empolgada porque as pessoas vão poder ver uma variedade musical minha, com sons diferentes, personalidades diferentes, partes de quem eu sou, e eu estou tão animada! Me sinto tão livre nesse período da minha vida. Me sinto tão presente e mal posso esperar para refletir isso na minha música.

ItPop: E quão diferente é criar um álbum como artista solo e não como parte de um grupo?

Ally Brooke: É dia e noite, é muito, muito diferente porque eu consigo criar o que eu quero com as letras, sons e gêneros musicais que eu gosto, e consigo controlar tudo sobre ele. Antes era muito controlado, sabe, pelo grupo, e eu não conseguia fazer o que eu realmente queria. E agora ter essa liberdade de ser quem eu quero e expressar isso na música têm sido uma coisa tão incrível, e tão lindo e divertido! Eu posso estar no estúdio quando eu quero, me vestir como quero, seja glam ou de moletom e tênis, e só ser eu mesma, pegar o microfone e cantar. E eu amo isso!

ItPop: No ano passado, você lançou uma música em espanhol, "Vámonos", certo?

Ally Brooke: SIM, VÁMONOS, VAMÓNOS! *dancinha* É uma das minhas músicas favoritas!

ItPop: Amamos! E você pretende ter mais influências latinas nesse primeiro álbum? Tem algum artista latino como quem você gostaria de colaborar? Brasileiros, talvez?

Ally Brooke: Sim, brasileiros! Ally e Anitta precisa acontecer, eu amo muito ela. Mas sim, "Low Key" já tem um pouco de influência latina e quero incorporar isso no álbum também, e quero trazer sons mais diversos também, porque sou uma pessoa muito diversa e ouço tanta música diferente, então estou muito animada para trazer isso para os meus fãs e ter um corpo de trabalho do qual tenho orgulho, e que me representa em todas as formas. Quero ser honesta e vulnerável com os meus fãs e quem quer que esteja ouvindo, e estou tão empolgada com isso. Eu só quero que as pessoas ouçam as minhas músicas e se sintam bem.

ItPop: Sabemos que ainda é cedo, mas você acha que existe a possibilidade de uma colaboração sua com alguma das meninas do Fifth Harmony?

Ally Brooke: Eu acho que talvez para o álbum, ou talvez não, porque cada uma de nós está fazendo o seu próprio trabalho e é legal estar sozinha por enquanto. Mas nunca se sabe!

ItPop: Nós iríamos adorar que isso acontecesse!

Ally Brooke: Seria realmente muito legal!

ItPop: E falando em girlbands como o Fifth Harmony, a gente têm visto atualmente o mesmo público abraçando e curtindo os grupos femininos de K-Pop. Você ouve k-pop? Acredita que esse talvez seja o futuro para o formato?

Ally Brooke: OMG, definitivamente! Eu tenho ouvido falar de Blackpink e BTS há algum tempo, mas eu tenho estado tão dentro da minha bolha que só escuto o que toca na rádio ou as minhas próprias músicas, então preciso me atualizar e ouvir mais deles. Mas o Blackpink está dominando o mundo! E eu estou tão feliz por elas, porque estão tendo a chance de representar quem são estando em um grupo e sendo muito bem sucedidas, e fazer essas duas coisas é tão desafiador, é realmente muito difícil. Mas elas estão arrasando e estou realmente muito feliz por elas.

***

A Ally é uma fofa e torcemos muito pelo sucesso da carreira solo dela! "Low Key" chegou a atingir a 24ª posição do Pop Chart da Billboard e seu videoclipe já ultrapassou as 33 milhões de visualizações. E se você ainda não conhece o hino, aperta já esse play!

Conversamos com a Sofia Reyes sobre "R.I.P.", parcerias femininas e aprender português com a Anitta

Depois de “Despacito” e “Mi Gente”, não tem mais volta: o mercado latino vai continuar a dominar o mundo, um lançamento de cada vez. E se a indústria latino-americana está sempre apostando em novos artistas, que pegam o Spotify e o YouTube de surpresa, um desses principais novos nomes é o de Sofia Reyes, de apenas 25 anos.

A mexicana já tem um hit pra chamar de seu: a improvável parceria com Jason Derulo e De La Ghetto em "1, 2, 3", que acumula quase 500 milhões de visualizações no YouTube e conquistou um espacinho no Top 50 mundial do Spotify, tendo alcançado o pico de #31, além de vários Top 10 em países que falam espanhol. Agora, Sofia quer expandir seus horizontes, e tem uma nova aposta: a parceria trilíngue com Anitta e Rita Ora em “R.I.P.”.



Batemos um papo com a estrela em ascensão sobre como essa parceria acabou rolando, os próximos passos em sua carreira e a visão da artista sobre a união entre mulheres do mundo da música. Dá uma olhada: 

It Pop: E aí, Sofia? Como foi seu dia?
Sofia: Muito legal! Tem sido um looongo dia. Aterrissamos tem umas 4 horas em Los Angeles e desde então estamos fazendo entrevistas. Mas bem legal! 

It Pop: Vamos falar de "R.I.P."? Seu novo single está indo muito bem. Estava esperando esse resultado positivo tão rapidamente? 
Sofia: Honestamente, não. Não tive tempo de entender tudo o que está acontecendo com “R.I.P.”, toda essa recepção. Está sendo louco, louco, louco! O vídeo já tem mais de 20 milhões de visualizações e saiu tem pouco tempo [atualização: agora o clipe já tem mais de 50 milhões! Go, Sofia!]. O apoio tem sido incrível, Anitta e Rita foram incríveis também, um time maravilhoso. Não poderia estar mais grata por tudo e estou muito feliz que as pessoas estejam se conectando com a música. 

It Pop: Você queria mesmo que tivessem três idiomas na música ou foi algo que aconteceu naturalmente? E como a Anitta e a Rita acabaram participando da canção?
Sofia: Sim! Eu amo línguas e sabia que queria português na música. Na verdade, eu queria até que tivesse mais português na faixa, pois adoro! Eu adoro línguas, adoro aprender sobre, em “1, 2, 3” experimentamos com francês também e isso foi bem legal. 

It Pop: Você sempre quis trabalhar com a Anitta, né? Como foi essa experiência?
Sofia: Foi um sonho poder fazer essa colaboração. Anitta e eu somos amigas há 3 anos, nos conhecíamos tem tanto tempo, só faltava a música certa. Então, foi. Tínhamos a música, mandei pra ela, ela amou e em uma semana já tínhamos os vocais dela. Foi maravilhoso. Ela é ótima, assim como a Rita. Estou muito feliz que todo mundo tem curtido essa parceria e que formamos um ótimo time. 

It Pop: Você já colaborou com tantos artistas incríveis... Jason Derulo, Prince Royce, a própria Anitta... Tem mais alguém na sua lista de colaborações dos sonhos?
Sofia: Ah, Ed Sheeran, J Balvin, Dua Lipa... Tem vários artistas ótimos. Troye Sivan também. Eu estava no aeroporto e o vi por lá, comendo, e fiquei sem acreditar! Seria ótimo fazer algo com ele.  

It Pop: Você já experimentou com inglês, francês, português e, claro, espanhol. Se pudesse experimentar com mais alguma língua, uma que você ainda não incorporou em uma canção sua, qual escolheria? 
Sofia: Italiano! Japonês também seria legal, por que não? E coreano. 

It Pop: Fazer K-pop... 
Sofia: Seria legal! Eu amo a ideia de explorar novas linguagens.


It Pop: Vamos falar de seu novo disco! Já está trabalhando nele? Pode nos contar alguma coisa sobre esse álbum?
Sofia: Estou muito animada e espero lançar ainda esse ano. Eu tenho, tipo, 6 ou 7 músicas que amo, amo, amo e quero lançá-las logo. Tenho que fazer mais músicas também. Agora estou divulgando “R.I.P.”, mas depois vou voltar a focar no disco. 

It Pop: A indústria musical é bem competitiva, principalmente entre as mulheres, mas temos visto um movimento contrário, em que as garotas estão se unindo e tralhando juntas, lançando colaborações. O que está achando dessa união?
Sofia: Eu amo! O mundo precisa disso e isso está acontecendo. Não é algo que está começando apenas, já é realidade. Todos querem colaborar com as novas garotas da música porque temos artistas incríveis surgindo. Há alguns anos, essas cantoras estavam surgindo e ninguém prestava muita atenção, mas agora estão crescendo, estão sendo notadas e isso é muito bacana. Todos querem trabalhar com mulheres, apoiar essas mulheres. Nós, mulheres, precisamos ficar juntas, se ajudar. Eu espero que “R.I.P.” sirva de inspiração para que mais mulheres colaborem também. 

It Pop: Não está sendo um momento fácil para os imigrantes do mundo todo. Temos o Trump nos Estados Unidos, o Reino Unido fechando suas fronteiras... Mas, ao mesmo tempo, temos visto tantas colaborações entre artistas de diferentes partes do mundo, misturando línguas e estilos musicais. Você, como imigrante, o que está achando disso? Acha que essas parcerias acabam mandando uma mensagem de esperança e união? 
Sofia: Sim, e isso é lindo! Eu amo ver artistas que não falam espanhol se arriscando, como Beyoncé e Justin Bieber. O mundo deveria ser mais receptivo com culturas. Eu espero também que “R.I.P.” inspire as pessoas a serem mais abertas. Sabe, o mundo é feito de várias culturas, devemos abraçá-las, com certeza.

It Pop: Há um ano você lançou “1, 2, 3” e rapidamente se tornou um hit, tudo aconteceu de forma muito rápida pra você. Hoje, um ano depois, o que mudou para você? Quem era a Sofia naquele momento e quem é a Sofia agora? 
Sofia: Ótima pergunta! Como pessoa, eu cresci tanto, porque estou numa idade em que tudo acontece ao mesmo tempo e tudo muda rápido. Agora, como artista, eu sinto que entendo melhor qual é o meu som. Tenho mais noção do que quero fazer. “1, 2, 3” abriu portas pra mim, pra que eu entendesse isso. É a minha maior música até agora e eu realmente não imaginava que seria tão grande. Eu estava até nervosa, porque depois de “1, 2, 3” foi tão assustador, a grandiosidade das coisas, e aí agora estou vindo com “R.I.P.”... Mas, claro, é tudo muito animador também, acredito que estou melhorando e me tornando mais eu a cada lançamento.

It Pop: Pode mandar uma mensagem para seus fãs brasileiros? 
Sofia: Sim, eu os amo! Espero poder voltar mais vezes, ir à mais cidades e conhecer muitos lugares. Quero poder conhecer à todos eles! Obrigada pelo apoio. Estou feliz de ver vocês curtindo “R.I.P.”, espero que a música inspire vocês. Amo vocês! E quem sabe quando eu vier numa próxima já vou estar arriscando um português? 

It Pop: Você sabe falar alguma coisinha? Anitta tentou te ensinar? 
Sofia: Ah, eu sempre peço pra Anitta me ensinar, mas ainda não peguei o jeito. Mas vou melhorar, prometo!

***

Já imaginou as conversas da Anitta com a Sofia tentando aprender português? E se a Rita Ora tentou aprender um pouquinho da nossa língua também? A gente bem queria fazer parte dessas aulas de idioma, viu!

E já aprendeu o mantra com a Sofia, né? "R.I.P. to the bullshit!"

Ai, papai! Conversamos com o Mateus Carrilho sobre o lançamento "Privê" e o que esperar de sua carreira solo

Mateus Carrilho coloca no mundo nessa segunda-feira (28) o seu primeiro trabalho solo, o single "Privê". Com uma vibe mega divertida e bem-humorada, a faixa vai ganhar clipe ainda essa semana e é o primeiro gostinho que os fãs terão do EP do cantor, que deve ser lançado em breve. 

Desde "Tô Na Rua", o último lançamento da Banda Uó antes de se despedir, foram meses de muito trabalho para Mateus, tudo com o objetivo de criar um projeto que trouxesse com força a sua identidade. A produção é do Brabo Music Team, time que está por trás dos sucessos de Pabllo Vittar e outros nomes que estão despontando na música pop nacional, como Alice Caymmi e Cléo.  

Conversamos com o Mateus sobre "Privê", o processo de produção dos novos trabalhos e tudo que está por vir nessa etapa, e já deu pra perceber que o que não falta é vontade de fazer essa nova cara do pop acontecer. 


***


It Pop: “Privê” chegou nessa segunda-feira, mas antes você já tinha dividido alguns “spoilers” sobre a música e o clipe nas suas redes sociais. A música é parte de um álbum, de um EP? Temos datas de lançamento? Estamos sedentas!

Mateus: “Privê” faz parte do EP que eu vou lançar, produzido pelos meninos da Brabo Music, Zebu, Maffalda, Dj Gorky, Pablo Bispo, Artur Marques, só os feras do baile que produziram “Vai Passar Mal”, o disco da Pabllo. Então, tô muito bem assessorado (risos)! O EP sai em breve, ainda sem data definida. Mas está próximo! Eu sei que os fãs estão sedentos, violentos e querem pra c*ralho! Risos. Mas logo, logo sai, nos próximos meses.

It Pop: Conta um pouco sobre o clipe e porque “Privê” foi escolhido para ser o primeiro lançamento da sua carreira solo. 

Mateus: Eu quis fazer um clipe que tivesse muito a vibe e a cara da música, bem literal mesmo. Eu decidi começar com uma música “fácil”, e eu queria um clipe que tivesse a mesma linguagem, porque acho que às vezes as coisas precisam ser naturais para dar certo, e você precisa ser fiel à essência delas. É uma música simples, uma música divertida, que tem um ritmo e uma batida bastante popular no Brasil, e acho que vai ser uma ótima oportunidade para aproveitar o gancho de visibilidade que eu tô tendo agora pra viralizar e ser visto mesmo. É uma música que eu amo, e nada melhor do que começar com uma “bomba”, né? (Risos)

It Pop: Do começo, como foi o processo de distanciamento musical da Banda Uó e encontrar um som que fosse a sua cara?

Mateus: Olha, a gente já vinha se distanciando um pouco daquela loucura criativa e cheia de excessos que a Banda Uó sempre teve, até por uma questão de amadurecimento mesmo. Já vinha acontecendo uma vontade de fazer algo novo, e foi até fácil [encontrar o meu próprio som] porque eu já vinha há um ano formatando uma ideia do que poderia ser esse novo trabalho, ainda sem saber se seria só pra mim ou se seria junto com a Banda Uó. Só que a partir do momento que não tava ficando mais com a cara da Banda Uó, eu achei que não deveria ser pra Banda Uó e sim pra mim mesmo, entendeu? (Risos)

As composições foram chegando de maneira bem orgânica. Eu acho que a maior diferença da minha carreira solo para a Banda Uó é de fazer um trabalho que fosse mais simples e direto, coisa que a Banda Uó não era. Eu definitivamente acredito que não era, porque muitas vezes as pessoas nem entendiam sobre o que a gente tava falando. Realmente foi a vontade e a necessidade de fazer algo novo, e foi nesse momento que chegou a ideia de uma carreira solo. E bateu, sabe? Rolou mega. E a cara que isso vai ganhar as pessoas vão ver em breve, e a gente vai construindo, sem pensar.



It Pop: “Tô Na Rua”  foi lançado em dezembro do ano passado e no fim de maio já tá rolando lançamento de música solo e clipe. Conta um pouco sobre esse processo de produção dos trabalhos novos e como é o seu envolvimento na composição das músicas.

Mateus: O processo de produção e criação foi muito natural e até rápido. As ideias partiram de mim e foram enviadas para os produtores, que me mandaram as músicas de volta com os meus áudios de telefone já com batidas. Eu achei isso uma coisa fantástica! Eu também montei uma playlist no Spotify pra eles entenderem o que eu tava querendo. Mas a gente sentou, fez um intensivão na casa do Gorky, e eu acho que, pelos meninos já me conhecerem, conhecerem o meu trabalho com a Banda Uó, eles captaram muitas coisas que eu nem precisei explicar.

E o que eu achei bem fantástico desse processo de criação das músicas é como a gente foi fazendo elas meio que “na tora” assim, algumas coisas foram surgiram na hora. Tinha uma música por exemplo, que é mais romântica, que era de um jeito que a gente foi sentindo que não tava mais batendo. E na hora “baixou um santo”, a gente mudou toda a melodia da música e ela ganhou uma outra cara completamente diferente, um outro sentimento. Realmente achei que foi uma maneira muito gostosa de fazer música, tava todo mundo com muita vontade de fazer e foi leve, foi fácil. Eu achei que a gente soube se resolver de uma forma fácil, e era isso que eu tava buscando, mais simplicidade no meu trabalho. E quando eu digo simplicidade, não tem nada a ver com fazer menos. É a maneira como se comunica. E acho que bateu, chegou onde eu queria.

It Pop: E quais são as suas maiores influências para esse primeiro trabalho solo?

Mateus: Olha, eu não mirei em ninguém, eu não falei “eu quero ser assim ou assado”, até porque eu estava tentando encontrar qual seria a minha particularidade. Mas assim, óbvio, eu me inspirei em cantores masculinos que fazem um trabalho pop, que é o que eu queria fazer, pensando em “ingredientes” mais nacionais.

A gente têm atualmente as meninas que estão comandando o pop, fazendo um monte de coisa legal, e também as drags que dominaram e revolucionaram a cena pop no Brasil. E eu acho que falta um mercado masculino também, sabe? De figuras masculinas, que façam um trabalho que seja verdadeiramente nosso, sem “cara” de um artista ou outro. E as influências musicais vieram muito mais de ritmos do que até de precisamente de artistas. Foi mais pensando “quero um arrocha”, ou “quero uma pegada mais latina”, por exemplo.

It Pop: Você já assumiu a direção de alguns clipes durante a sua carreira na Banda Uó, como “Tô Na Rua” e “Cowboy”. Você pretende fazer algo assim de novo para o trabalho solo?

Mateus: Ó, não é tentando me gabar, viu, (risos) mas eu dirigi quase todos os clipes da Banda Uó. Eu não assinei eles e sempre acabava deixando na mão de algum outro diretor, mas a direção criativa de quase todos fui eu que fiz. E eu gosto muito de fazer, eu sou a pessoa que tem que estar enfiada nisso, sabe? Não existe pra mim não participar desse processo. É a minha verdade, é uma das minhas maiores particularidades, então, eu pretendo continuar, sim, na parte do processo criativo. Mas eu já não faço mais questão de dirigir, de assinar. No dia a dia eu participo, eu olho, mas prefiro agora deixar na mão de quem tem que fazer isso e eu só me preocupar em estar na frente da câmera e fazer o “lipsync for your life” e tá tudo certo. Mas criativamente eu vou estar sempre ali por trás.



It Pop: Ainda sobre o EP que está por vir, podemos esperar feats? A gente viu uns stories seus no estúdio com a MC Tha. Tem ~coisa boa vindo aí~?

Mateus: VAI TER FEAT! Então, eu não gosto de revelar nada antes de escutar. Não é pessimismo, mas já aconteceu de eu abrir a boca antes da hora e dar merda, então eu fico calado (risos), MAS, vão ter sim parcerias, parcerias femininas, e vai ser legal. Tá bonito. Esse spoiler já pode rolar!

It Pop: O seu feat com a Pabllo, “Corpo Sensual”, foi um sucesso massivo no país inteiro. Você acha que foi uma oportunidade importante pro público te reconhecer como um artista que existisse também separado da Banda Uó?

Mateus: Sem dúvida, “Corpo Sensual” foi um divisor de águas na minha vida. Quando você faz parte de um grupo, as pessoas na maioria das vezes não te conhecem individualmente. Eu entendi que antes de “Corpo Sensual” as pessoas nem sabiam meu nome, era o “Mateus da Banda Uó” ou o “de bigode da Banda Uó”. Tudo bem que depois se tornou “o cara do clipe da Pabllo” (risos), mas assim, a gente vai chegando lá aos poucos, né? Mas foi importantíssimo pra mim, entender o quanto eu queria isso. Eu acho que a minha carreira solo vem nessa busca de fazer com que as pessoas entendam meu trabalho, entendam quem eu sou como artista, o que acho que nunca ficou claro em todos esses anos. É a minha oportunidade e sem dúvida eu vou fazer bonito. Espero fazer bonito.




It Pop: E falando em Pabllo, a gente têm visto uma super crescente de artistas LGBT na música brasileira. Glória Groove, Lia, Aretuza, Linn da Quebrada, Liniker, As Bahias, Jaloo, Mulher Pepita, são vários exemplos bem-sucedidos que estão transformando a cara da indústria, em uma história que dá para considerar ter sido começada pela Banda Uó. Como você vê a evolução desse processo, desde os primeiros lançamentos da Banda Uó?

Mateus: Existiram muitos artistas antes da Banda Uó, eu acho que a Banda Uó se enquadrou em um novo movimento. Antes da gente teve o Daniel Peixoto, que eu tive como ídolo desde muito novo. Mas eu acho que a gente teve uma história na música, no pop, a Banda Uó foi precursora desse movimento [de artistas LGBT] em termos musicais, de videoclipes. Hoje em dia eu vejo como uma evolução do mercado, como esses artistas cresceram e a maioria deles eram fãs da Banda Uó. Digamos que a gente chegou um pouquinho antes da hora (risos)!. Mas foi gostoso. Foi difícil, mas foi gostoso. E hoje em dia, nossa, que felicidade é ver esse mercado grande, crescendo, e ter a oportunidade de ter mostrado as coisas. Isso é muito feliz e muito especial. Eu me sinto bastante contente de saber que existe uma luz no fim do túnel, e antes a gente não sabia se isso existiria ou não.

***

E a gente mal pode esperar pra te ver mais uma vez transformando a cara da música pop no Brasil, Mateus! <3

"Privê" já está disponível em todas as plataformas digitais. Nessa terça-feira (29) o Mateus faz a primeira performance ao vivo da música no programa da Pabllo, "Prazer, Pabllo Vittar" no Multishow, e na quarta rola o lançamento do clipe no TVZ. Divulgação pesadíssima, sim! Dá o seu primeiro play no hit aqui, ó:
 

Carlos Nunez: “Não acredito que exista DJ ruim”

“Não acredito que exista DJ ruim”, conta Carlos Nunez, de 37 anos, numa conversa com o blog. DJ e produtor há mais de vinte anos, o músico atualmente integra a banda do cantor Jaloo e, em seu histórico, possui uma longa trajetória que foi do metal ao funk, passando ainda pelo disco de estreia da Linn da Quebrada, no qual produziu faixas como “Necomancia”.


Em São Paulo, ele pode ser encontrado pelas festas noturnas Augusta afora, e, em horário comercial, também sob o comando do Lab Factory, um projeto de formação de novos DJs.

Eu sempre tive essa vontade de passar adiante minha experiência, de poder fazer a diferença na vida das pessoas musicalmente, e nada melhor do que poder ter a chance de fazer isso da maneira como se deveria: em um ambiente mais real possível”, explica Nunez sobre o curso, que acontece no Lab Club. “Uma das casas mais tradicionais da rua Augusta.

O curso que começou neste ano, já formou a sua primeira turma e, atualmente, segue com a formação de novos profissionais para a noite, com inscrições abertas para as turmas seguintes.

É super gratificante sentir que eles realmente absorveram o que foi ensinado e estão colocando em prática, dia após dia”, ele conta sobre sua primeira turma. “A segunda já começou e estão empolgadíssimos também!

Entre os formandos de Carlos, estão tanto pessoas que já trabalhavam com a noite, mas ainda não eram profissionais, como outros que sempre sonharam com a profissão, mas não tiveram uma oportunidade anterior de torná-la realidade. 

Quando questionado sobre o que definiria um bom DJ, ele explica: “Respeito pela arte, acima de tudo. Não pode se esquecer que todo envolvimento –seja ele em qualquer ramo – com a arte, é uma responsabilidade. Ele representa a inovação diária, trazendo informações e ditando tendências, mas sem se esquecer das origens e da história. Nedu Lopes, que é meu amigo e um dos DJs mais completos que já vi tocar, disse uma frase que sintetiza bem o que penso sobre a profissão: ‘Ser DJ é ter o fascinante poder de conduzir o humor das pessoas usando a música’.”

E quanto aos DJs ruins? Carlos também responde:

“Não acredito que exista DJ ruim. Prefiro dizer que existe DJ profissional, que leva a profissão à sério, e o restante, que considero pessoas que simplesmente não são do ramo.”


Com uma longa carreira também como produtor musical, o brasileiro recentemente viralizou com uma versão funk do novo single de Christina Aguilera, “Accelerate”, e gostaria de vê-la chegando aos ouvidos da própria cantora. “Tomara que chegue nela sim! Seria um sonho!”, comentou no Soundcloud, onde seu remix já conta com mais de 14 mil audições e segue disponível pra download gratuito:



No Brasil, por sua vez, ele quer mesmo é trabalhar com o funkeiro MC WM e a drag queen Gloria Groove.

Eu gostaria de trabalhar com o MC WM, que considero um dos melhores artistas dessa nova geração, e também com a Gloria Groove, que sou fã de carteirinha!”, conta Carlos. “[O pop nacional] Está encontrando seu próprio caminho. Quando passou a reconhecer o quão rica a sonoridade brasileira é e deixou de querer soar como os artistas internacionais, a coisa começou a andar.

Pra saber mais sobre o curso da Lab Factory, acesse a sua página no Facebook. Aproveite pra seguir e conhecer mais sobre o Carlos Nunez na mesma rede social e também no Instagram.

Calum Scott nos conta que amaria um “feat” com Sam Smith, Troye Sivan e Ariana Grande


Todo show de talentos televisionado tem aquela apresentação icônica que viraliza na rede mundial de computadores, não é mesmo? Não sei se você se lembra, mas no Britain's Got Talent de 2015, o nome de Calum Scott ficou conhecido por conta do cover que o moço fez do hino atemporal "Dancing On My Own", da fada sueca Robyn.



Calum acabou nem ganhando a edição do reality britânico, mas o sucesso da versão lenta do menino causou tanto que só faltava uma versão gravada em estúdio para o sucesso ser garantido. E foi. A versão do moço chegou no número #2 dos charts britânico e australiano e alcançou o topo 10 em mais 6 países.

Menos de dois anos depois, bem no comecinho deste mês de março, o lindinho (ou lindão <3) lançou seu primeiro disco, intitulado "Only Human". O LP bebe de fontes como Sam Smith e até Ed Sheeran, como o próprio Calum conta no bate papo que bateu com a gente.

Podemos falar ou vai parecer clubismo? Calum é talentoso, fofíssimo e o melhor: realmente parece colocar seu "heart and soul", como ele mesmo diz, nas suas músicas. Confere só aí embaixo como foi nossa conversa:

It: Sua versão de Dancing On My Own se tornou maior do que a da Robyn no Youtube. Você esperava tudo isso? 
Calum: Com certeza não! Eu sempre achei a música muito bonita e esse foi um dos motivos pelos quais eu quis fazer o cover dela. Sou MUITO grato mesmo por essa oportunidade de regravar "Dancing On My Own". Me abriu muitas portas.

It: E o que mudou na sua vida desde o Britain’s Got Talent?
Calum: Olha, depois do show eu ainda queria ser um cara normal. Foi muito difícil porque enquanto eu me considerava esse cara, as coisas foram mudando muito. Eu ganhei ganhei muitos fãs no mundo inteiro, sabe? Hoje tenho uma gravadora, lanço músicas. É diferente, mas sempre procuro continuar o mesmo.

It: Você acha importante artistas LGBTs falarem sobre suas sexualidades?
Calum: Eu escrevi um álbum pensando também nos problemas que nós, LGBTs, temos, porque eu queria fazer a diferença. É muito difícil falar sobre nossos problemas. Eu fiz isso porque queria que as pessoas se sentissem felizes com elas mesmas. Eu me puni por muito tempo, me escondi com medo do que fossem pensar de mim. Mas abracei quem eu sou e tenho sido muito feliz comigo mesmo. Então eu escrevi músicas sobre a minha solidão, sobre a minha sexualidade, sobre meu isolamento, mas de um jeito que pudesse ajudar as pessoas a se olharem do jeito que elas são e então se amarem.

It: Se você tivesse que formar uma banda, um grupo pra fazer uma colaboração, quem você escolheria?
Calum: Com o Sam Smith seria uma colaboração lindíssima. Temos uma vibe parecida, vinda de um mesmo lugar, uma mesma inspiração. A gente fala de coração partido, né? Risos. Então seria maravilhoso. Mas também posso falar em nomes como Troye Sivan e Ariana Grande. O que eu acho é que na colaboração você cria mais do que se criasse sozinho. E isso é uma coisa mais especial.

It: Fala um pouco pra gente das suas inspirações musicais…
Calum: Musicalmente falando, Sam Smith e no Ed Sheeran. Mas meu ídolo de longa data é o Michael Jackson. Ele queria mudar o mundo com a música. Eu acho isso muito lindo. Acontece muita coisa ruim no mundo, e é legal ver pessoas como foi Michael Jackson, que tentava mudar a atitude e o comportamento das pessoas tornar o mundo um lugar melhor pra se viver. E eu também tento através da minha música transmitir uma mensagem boa também, principalmente pra comunidade LGBT.



It: Você veio pro Brasil e conheceu a Ivete por aqui né? Você conhece o som de outros artistas brasileiros?
Calum: Eu confesso que nunca tive a oportunidade de parar para ouvir artistas brasileiros. Conheci a Ivete e foi como um sonho que virou realidade, porque ela é maravilhosa, tem uma voz incrível. Quando ela teve os bebês eu até enviei uma mensagem pra ela desejando tudo de melhor. Fofíssima. Mas confesso que nunca tive a oportunidade de parar para ouvir artistas brasileiros. Eu quero muito voltar ao Brasil, conhecer o trabalho de mais artistas e me apresentar para vocês. Pra mim, o Brasil é um lugar muito especial!

It: E agora, o que a gente pode esperar dos seus próximos passos na carreira?
Calum: Meu álbum finalmente foi lançado pro mundo inteiro ouvir e isso é maravilhoso. Eu me sinto muito feliz de compartilhar minha música com todos. Agora eu só quero cantar, quero que as pessoas se conectem e se relacionem com a minha música, que isso possa fazer diferença na vida delas. Quero estar nos palcos cantando pro público. Em geral, estou bem feliz, animado, tem sido tudo muito especial. E espero que entre esses próximos passos esteja também um show no Brasil, seria incrível!

It: A gente te espera muito aqui, Calum! E o que você poderia dizer para convencer pessoas que ainda não conhecem seu trabalho e te ouvirem e finalmente te conhecerem?
Calum: Eu diria que estou no meu primeiro álbum, e eu nem sonhava que conseguiria fazer isso. Minha inspiração foi genuína e sincera, veio de dentro de mim, dei o meu melhor nesse álbum. Coloquei meus medos, meus sentimentos, e acho que isso fica bem óbvio nas músicas e letras. Eu amo cantar músicas românticas, músicas de fossa, mas também adoro cantar músicas confiantes, alegres, dançantes. No álbum, eu fiz esse mix, tentei criar esse balanço no disco, porque afinal a vida é feita altos e baixos,né?. E eu amaria que as pessoas ouvissem isso e se identificassem.

BÔNUS do fofíssimo Calum: Se eu pudesse dar um recadinho pros meus fãs do Brasil, eu queria dizer “Muito Obrigado” (ele falou em português mesmo!). É muito bom ver o apoio de meio mundo ao meu trabalho. Mal posso esperar para voltar ao Brasil! Espero ver vocês muito em breve <3

Ouça o "Only Human", disco debut do Calum, logo abaixo:

Dua Lipa conta que está fazendo um disco pop para “dançar chorando”

Dua Lipa, um dos maiores nomes do pop que surgiram nos últimos anos, não tem planos de parar tão cedo. Depois de hitar no mundo todo com “New Rules” e entrar em turnê com artistas como Coldplay e Bruno Mars, a cantora já está trabalhando a todo vapor em seu segundo álbum.

Em nova entrevista para GQ britânica, a princesinha do UK disse que seu novo disco trará músicas dançantes, mas tristes:


É bem pra dançar chorando. É um álbum pop e você vai poder dançar com ele, mas muitas das músicas são tristes. Elas são sobre corações partidos e passar por manipulações emocionais. É uma merda que isso desencadeie minha criatividade, mas coisas felizes não fazem isso por mim.


Dua ainda tocou em assuntos delicados como sexismo na indústria e o #MeToo: “Eu sou muito sortuda de não ter sofrido nenhum tipo de assédio sexual. Mas eu acho que o #MeToo é tão importante”, afirmou a cantora, que ainda comentou como atos de assédio são normalizados na sociedade.

É enraizado nas nossas cabeças que garotos são assim, que é diversão inofensiva e nada de mais, e você só precisa ignorar. Como assobiar. Para muitos pode parecer pouco, mas isso afeta seu humor, as pessoas ficam envergonhadas de como estão vestidas. Para muitas mulheres, sejam atrizes, cantoras, modelos, não importa, isso significa não poder vestir o que e como quiser e serem levadas a sério", finalizou.


A entrevista completa estará disponível no dia 05 de abril, quando a edição de maio da GQ britânica chega as bancas.
Fotos do ensaio por Mariano Vivanco.

Atração dessa sexta de Lolla, What So Not decidiu virar músico após uma viagem pela América do Sul

Chegou! O Lollapalooza Brasil começa nesta sexta-feira (23), e é também nesse primeiro dia de festival que o artista australiano What So Not sobe no palco Perry's, às 17h05, pra fazer o Autódromo de Interlagos TREMER! Mas, antes desse momento chegar, conversamos com o cara por trás do projeto de música eletrônica, o Emoh Instead, e ele nos contou que conhece e gosta bastante do Brasil. Confira:


It Pop: O Lolla vai ser sua primeira vez aqui, né? Quais são suas expectativas?
Emoh: Então, na verdade eu já vim ao Brasil, quando eu era mais novo. E isso foi muito legal! Eu viajei pela América do Sul com meus amigos, e foi durante essa viagem que eu tomei a decisão de largar meu trabalho e me tornar um músico. Vai ser incrível voltar pra aí, dessa vez para performar, fazendo o que eu decidi fazer a minha vida toda. 

It Pop: Que demais! E você se inspira nas músicas da América do Sul pra criar seu som?
Emoh: Sim, eu adoro samplear instrumentos e coisas diferentes que vou coletando de todas as partes do mundo. Muito da minha música vem daí. Foi um lugar tão incrível. As pessoas são tão animadas para encontrar alegria nas coisas mais simples da vida. Foi muito legal ver a vida de uma forma tão simples assim. 

It Pop: Como você se sente quando pensa que vai tocar em um festival tão grande quanto o Lollapalooza, onde nomes importantes da música eletrônica, como Diplo e Skrillex, já tocaram? Algum dia imaginou que chegaria aí?
Emoh: Não sei... nunca pensei realmente nisso. Eu apenas vou fazendo música, criando vídeos, construindo designs de set para o meu palco, desenvolvendo o show... Você nunca imagina em que nível de sucesso vai chegar. Agora que você levantou essa questão, realmente, é um grande festival! Então, sim, é meio louco pensar nisso. 

It Pop: E quais são as suas expectativas para o show? Porque, não sei se você sabe, mas o público brasileiro é conhecido por ser bem animado...
Emoh: Na Austrália nós tivemos as Olimpíadas [em Sydney], nos anos 2000, e eu acho que o Brasil estava nessa final que eu estava assistindo. Eu lembro o quão insana era a torcida do Brasil naquele jogo... Talvez tenha sido uma semi-final? Não sei. Mas eu tenho certeza que o Brasil chegou a final da Olimpíada, né?! E foi tão legal que eu acho que estávamos torcendo pelo Brasil naquele jogo. Foi tão divertido! Tenho certeza que isso tem alguma correlação com a animação que vocês sentem nos shows. 

It Pop: Nós tivemos a oportunidade de escutar seu novo álbum antes do lançamento oficial. Vamos escutar essas músicas novas no seu set?
Emoh: Ah, com certeza! Eu vou tocar várias músicas novas. Vou tocar também algumas versões especialmente criadas para o show. Os visuais usados também combinam com as músicas e transformam tudo em uma experiência multissensorial.

(Abrimos um parêntesis aqui pra dizer que nessa época o disco do What So Not ainda não estava disponível, mas agora está! Se joga!)


It Pop: E quais são suas músicas favoritas do disco? Eu gostei bastante de "Beautiful" e de "Goh", com o Skrillex. 
Emoh: Ah, bom saber! Você é uma das primeiras pessoas a ouvir. Ainda não foi lançado, então é bem legal ouvir o que as pessoas tem a dizer, quais são suas músicas favoritas... Pra mim, o álbum é uma coisa só. Eu não tenho nem uma favorita em particular. Eu amo todas elas, igualmente, como se fossem meus filhos. 

It Pop: "Not All The Beautiful Things" tem colaborações com o Skrillex, o San Holo, Daniel Johns e mais. Tem algum artista, não só da música eletrônica, com quem você gostaria de colaborar?
Emoh: Sim, vários! Eu simplesmente adoro entrar numa sala com pessoas interessantes e ver o que rola. Pode ser de um gênero ou tipo de música que não tenha nenhuma correlação com o que eu faço.  Eu estou muito aberto a trabalhar com muitos artistas diferentes. Como vou ao Brasil, adoraria encontrar alguns músicos daí e tentar fazer algo. Eu sampleei uma parte acapella de uma música de uma artista brasileira há muitos anos [a música que recebeu o sample é "Like This Like That" e o sample foi retirado de uma música da Deize Tigrona]. Ela faz uma performance de rap em português que é incrível. Então, eu adoraria encontrar pessoas que façam coisas assim por aí. 



It Pop: O Brasil tá arrasado na música eletrônica! Temos Alok, Tropikillaz, e uma das nossas cantoras, Anitta, já colaborou com Major Lazer, Alesso e Marshmello. Você chegou a ouvir algumas dessas músicas eletrônicas Made In Brazil?
Emoh: Hmmm, eu acho que escutei algumas músicas do Major Lazer já, mas acho que essa com a Anitta não. Eu passei o último ano e meio trancado em um estúdio ouvindo Pink Floyd, então estou bem perdido com relação as músicas atuais. Mas tomara que, quando eu estiver aí, eu possa ouvir várias coisas novas. 

It Pop: Você deveria ouvir "Hear Me Now", do Alok, e "Sua Cara", em português mesmo, com Major Lazer, Anitta e Pabllo. São ótimas faixas!
Emoh: Ok, eu vou ouvir essas músicas! Estou anotando isso nesse momento!

It Pop: Seu som e muito diferente do som do Flume [ele já fez parte do What So Not"], mas eles se completam. Podemos esperar por novas reuniões?
Emoh: Não sei. Trabalhamos juntos no mesmo projeto, começamos juntos. Faz bastante tempo desde que paramos de trabalhar lado a lado. Eu estou bem feliz com tudo o que tenho feito agora e bem animado com tudo que construí para esse álbum, com as produções de palco que estou fazendo...

It Pop: Os últimos anos tem sido incríveis para a música eletrônica. Artistas como Kygo, Zedd e The Chaismokers tem dominado os charts. Você acha que a música eletrônica está sendo mais aceita entre os artistas e os fãs de pop?
Emoh: Isso é muito legal! Nós começamos colocando nossas músicas em plataformas tipo SoundCloud e é louco pensar que agora nós chegamos nesse ponto onde pop stars querem trabalhar com a gente, porque você está fazendo um som que eles acreditam que vão levá-los para um outro nível. Isso é doido! É doido se tornar parte desse mundo. 

It Pop: Agora, falando de cantores pop especificamente. Rihanna, Sia, Selena Gomez, todas estão trabalhando com esses produtores. Gostaria de trabalhar com elas também?
Emoh: Sim, com certeza! Eu trabalhei com uma pop star da Albânia, a Era Istrefi, com a Tove Lo, e é muito legal me juntar com essas pessoas e apenas ver o que acontece.



It Pop: Pra terminar, a gente costuma pedir para os artistas descreverem quem eles são e como é o som deles, para que, quem está lendo essa entrevista, possa conhecê-los um pouco mais. 
Emoh: Bom, eu diria que a melhor coisa a se fazer é ir no Spotify e ouvir algumas coisas. Coloque como música de fundo do que quer que você esteja fazendo e curta! 

Conversamos com o Metronomy sobre seu disco mais recente, expectativas para o Lolla, Rihanna e mais!

Tá chegando, minha gente! Nessa sexta-feira (23) começa mais uma edição do Lollapalooza Brasil, e no último dia de festival, no domingo, quem marca presença é a banda de música eletrônica Metronomy. No aquecimento pra esse show, conversamos com o vocalista, Joseph Mount, e descobrimos qual seria parceria dos sonhos do grupo, quem deles sabe português e como estão as expectativas deles para o Lolla.




It Pop: Falando um pouquinho do "Summer 08'", esse disco é uma continuação do "Nights Out" e fala sobre toda essa loucura que vocês viveram em 2008. Nesse ano, "Nights Out" vai completar 10 anos. Vocês pensam em fazer um novo álbum sobre suas experiências e como suas vidas mudaram desde então, meio que uma terceira parte? 
Joseph: Eu acho que, toda vez que eu faço um disco, eu sinto que é parte dessa história de quem eu sou e quem o Metronomy é, o que o Metronomy é. Eu não quis escrever algo especificamente sobre um tempo da minha vida. Tem coisas no álbum que são mais literais, que referenciam o momento em que ele foi feito. Sempre está lá, de formas diferentes.

It Pop: “Summer 08” também é sobre a culpa que vocês sentiram por não poderem ficar em casa com suas famílias. Dez anos depois, vocês estão lidando melhor com essa questão da fama, de fazer turnês e, algumas vezes, estar longe das pessoas que vocês amam? 
Joseph: Os parceiros que as pessoas da banda tem só viveram com a gente nos períodos da nossa vida em que estávamos em turnê. Isso é parte de quem somos. Se eu não fizesse o que eu faço hoje, eu nunca teria conhecido minha namorada, com quem eu tive filhos. Ainda que seja diferente de como era antes, isso nos ajuda a sentir como se nós fôssemos jovens, de certa forma. Nós temos feito isso desde que somos jovens. Agora, nossas crianças nos esperam nos bastidores, o que é estranho. Mas, nós podemos fazer isso! 

It Pop: Robyn é uma artista tão importante e icônica pra música pop, mas não tem lançado nada próprio desde 2010. Vocês conseguiram trabalhar com ela em “Hang Me Out To Dry”! Como foi essa experiência? 
Joseph: Sim, foi incrível! Como você disse, ela é uma artista muito importante, especialmente para o pop feminino. Você consegue ver a influência dela em todas as novas artistas, eu acho. Então, sim, ela é ótima! Tenho tentado fazer mais algumas músicas com ela e tomara que ela lance novas músicas logo.


It Pop: Muitos artistas da música eletrônica estão colaborando com artistas do pop. Ano passado a gente teve Kygo com Selena Gomez, Zedd com Alessia Cara... Se você pudesse colaborar com qualquer artista pop, além de, claro, Robyn, quem você escolheria e por quê? 
Joseph: Eu escolheriaaaa... Hmmmm... Eu escolheria a Rihanna. 

It Pop: Isso seria interessante.
Joseph: Eu gosto dela. Eu acho que ela é bem interessante. Ela não se limita a um tipo de música. Gosto dela. Ela seria uma boa escolha.

It Pop: Voltando um pouquinho pra “Love Letters”, eu vi que vocês trabalharam com o Michael Gondry nesse clipe. Ele já trabalhou com artistas importantes como Björk e Paul McCartney, e ele até tem um Oscar de Roteiro Original. Como foi trabalhar com ele? 
Joseph: Ele foi muito legal! Ele é uma pessoa que foi pra universidade comigo. Ele é apaixonado por fazer filmes. E mesmo que ele tenha seguido por um lado mais underground com os filmes dele, ele ainda tem muito entusiasmo pelo trabalho dele, o que é bem legal. Eu adoraria fazer outro clipe com ele!


It Pop: O quão importante é pra vocês fazer clipes que impactam na forma que as pessoas entendem a música? 
Joseph: Eu não sei se é tão importante para que as pessoas entendam a música. Mas é... tudo muda o tempo todo, mas quando estávamos começando a fazer clipes, parecia ser algo muito importante, porque foi um período importante, com o YouTube e tudo mais, então as pessoas estavam querendo “ver” a música e se interessavam nos nossos vídeos. Não acho que eles sirvam para que as pessoas entendam a música, embora muitas vezes eles literalmente representem as canções. Acho que eles ajudam as pessoas a gostar das músicas de uma forma diferente. 

It Pop: Vamos falar das músicas que você está ouvindo bastante recentemente. Quais músicas estão sempre nas suas playlists? Tem músicas novas nelas? 
Joseph: Eu estou gravando músicas novas, então estou ouvindo coisas que me ajudem a pensar nessas novas canções. O que significa que estou ouvindo muito Sade, que é muito anos 90. Estou ouvindo aquela música, "Dub Be Good To Me", do Beats International, também dos anos 90... Não sei se estou ouvindo músicas novas, não sou muito bom nisso. Quando eu estou fazendo um álbum eu tendo a voltar para as músicas antigas, estão estou ouvindo coisas mais velhas no momento. 

It Pop: Pode nos contar um pouquinho sobre esse novo disco?
Joseph: Eu acho que vai ser um disco muito bom! (Risos) Estou tentando fazer um álbum que as pessoas vão se apaixonar tanto quanto se apaixonaram por "Nights Out" e "The English Riviera". Um álbum pop muito bom. É isso que eu estou tentando fazer.



It Pop: Ok, ficamos animados!
Joseph: Ah, que bom!

It Pop: Você está vindo pro Lollapalooza Brasil! Animados?
Joseph: Sim, muito! Mal posso esperar! Nem falta muito, né? Estou bem animado!

It Pop: Muitos artistas quando chegam aqui e vêem a reação do público brasileiro dizem que não há nada como fazer show por aqui. O que vocês estão esperando dos fãs?
Joseph: Eu acho que vai ser bem divertido! Nós não vamos ao Brasil tem alguns anos, então esperamos que as pessoas estejam animados com a nossa volta. Eu sei que nós vamos estar animados! Essa volta vai ser algo bem especial. Eu não quero jogar minhas expectativas lá no alto, mas estou esperando que seja algo realmente fantástico. Espero mesmo!

It Pop: Vocês já estiveram no Brasil, então sabem falar alguma coisinha em português, né?
Joseph: Ah, não, eu sou péssimo! Sou bem ruim em português. Eu consigo falar... "obrigada"! Isso é o que eu consigo fazer.

It Pop: Ah, tá ótimo! Seu português tá melhor que o meu inglês. 
Joseph: (Risos) Ah, a Anna, que toca bateria na banda, está aprendendo português! Ela com certeza vai saber falar algumas coisas. 

It Pop: Ah, que demais! Bom, Joseph, é isso aí! Muito obrigada por falar com a gente. 
Joseph: Obrigado você!

***

Rihannaaaa, mulher! Só vem! Enquanto o Metronomy não lança sua tão sonhada parceria com a cantora barbadiana, ficamos com o ótimo "Summer 08'" na expectativa pra esse show que promete.

Conversamos com o Royal Blood sobre Lollapalooza Brasil, Taylor Swift, sobrevivência do rock e mais

Ele tá chegando, galeraaaa! O Lollapalooza 2018 vem aí, e com uma novidade: agora serão três dias de festival pra pularmos, dançarmos e cantarmos muito ao som de um line-up incrível. Um é pouco, dois é bom e três é melhor ainda!

Vai ter muita gente boa pra representar os mais variados ritmos musicais, e um dos principais nomes do rock nessa edição é o Royal Blood. Em 2015, a banda inglesa veio ao Brasil com um show de seu primeiro disco e se surpreendeu com a receptividade do público. Em março desse ano, a dupla chega ao Lolla para divulgar seu mais novo álbum, o ótimo "How Did We Get So Dark?", e o Mike, vocalista da banda, nos garantiu que eles estão muito animados em voltar.



Mas não foi só sobre isso que nós falamos, não, e a conversa chegou até em uma (sonhada) parceria com a Taylor Swift. Imagina só? Confira a entrevista completa abaixo:

It Pop: O "Royal Blood" é a prova viva de que o rock não morreu. O que você acha dessa obsessão que as pessoas tem em eleger salvadores para o rock? 
Mike: Acho que tudo é sobre músicas boas. Não importa o gênero, as pessoas gostam de boas canções. Acho que, ultimamente, o rock está sem muitas músicas chiclete, então penso que o que temos que tentar fazer, nesse momento, são músicas assim! 

It Pop: Tem alguma banda nova que você ache que pode trazer o rock de volta aos charts e as playlists do Spotify? 
Mike: Sim, tem muitas! Na minha cidade natal [Brighton] tem duas muito boas: Black Honey, que é ótima, e o Turbowolf. Eles são as minhas favoritas do momento no Reino Unido todo. Esses caras podem fazer isso!


It Pop: No último domingo (28/01), nós tivemos o Grammy! Você assistiu? Estava torcendo para alguém?
Mike: Não assisti, mas ouvi que foi ótimo! 

It Pop: Muitas pessoas estão comentando sobre a falta de mulheres no Grammy... Tem alguma artista com quem você gostaria de colaborar?
Mike: Tem sim! Gostaria de colaborar com... a St. Vincent. 

It Pop: Você está prestes a cantar no Brasil mais uma vez, agora no Lollapalooza! Tá animado? O quão diferente esse show será do último? 
Mike: UHUL!!!! Estamos fazendo turnê por uns 6 meses e tudo que queremos é chegar no Brasil, encontrar um público legal, animado, e boa comida! 

It Pop: O público brasileiro é conhecido e muito elogiado pela energia e amor que demonstram aos artistas. Você sentiram isso?
Mike: Sim! Só fizemos um show por aí, mas foi quase como um jogo de futebol. As pessoas estavam felizes demais! Talvez seja a quantidade de sol que vocês pegam por aí... 

It Pop: Mesmo que o Royal Blood seja uma banda de rock, "How Did We Get So Dark" tem uma essência bem pop, dos arranjos dançantes aos versos memoráveis. Quais foram as influências desse disco? 
Mike: O que fizemos dessa vez foi se inspirar em diferentes tipos de música na hora de criar esse álbum. Ouvimos outras bandas e artistas. Queríamos fazer um disco que continuasse fiel a quem somos e a nossa banda, mas também queríamos fazer músicas mais chicletes. Pegar um pouco da influência da música pop, mas fazer algo pesado com isso.


It Pop: E vocês se sentem pressionados a superar o disco anterior quando estão criando um trabalho novo? 
Mike: Sim, sempre sentimos. Sempre queremos fazer algo bom e que nos orgulhe. Sempre vamos sentir isso. 

It Pop: Nós ouvimos a playlist de vocês com influências no Spotify e ficamos bem surpresos em ver artistas como JAY-Z e Elton John. Se você tivesse a oportunidade, gostaria de colaborar com alguns desses artistas? 
Mike: SIM! Com certeza, seria demais! 

It Pop: E tem algum outro artista que você sonha em fazer uma parceria no futuro? 
Mike: Eu gostaria de trabalhar com... quantos posso escolher? Hm... Já sei! Taylor Swift! Faríamos um dueto romântico juntos! 

It Pop: Ué, como assim? Taylor Swift cantando rock? 
Mike: Não, não! Cantaríamos algo meio Disney. Melhor, já sei! Acho que faríamos um disco de Natal. Seria ótimo!

It Pop: Finalmente, quais são os próximos passos para o Royal Blood? Vamos ouvir alguma novidade antes do Lollapalooza? 
Mike: Pra frente... só isso que posso dizer!

***


Alguém precisa fazer essa ideia chegar na Taylor Swift. 

O Lollapalooza 2018 acontece nos dias 22, 23 e 24 de março, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo, e o Royal Blood se apresenta logo no primeiro dia (sexta-feira). Curtiu? Então só vem! Garanta seus ingressos aqui. Nos vemos lá!

A gente conversou com a Brooke Candy, que se apresenta nesta semana em São Paulo

A primeira vez que falei sobre a Brooke Candy aqui no blog foi em 2013, época em que ela estrelou o clipe de “Genesis”, da hypada Grimes, e estreou seu próprio vídeo, para a faixa “Everybody Does”. 

De lá pra cá, a rapper viu sua vida virar de cabeça para baixo pelo menos duas vezes: a primeira quando foi convidada por Sia para gravar seu disco de estreia e a segunda quando deixou a hitmaker australiana e todo esse projeto pra trás, por não se encontrar nesses novos trabalhos.

“Opulence”, lançado em 2014, começou tudo isso. O EP soava como uma transição da velha Brooke Candy para o projeto pop em que queriam enquadrá-la e, daí em diante, seu som foi ficando cada vez menos agressivo, incluindo singles como a produção de Jack Antonoff (Taylor Swift, Lorde) em “Changes” e a parceria com Sia na Katy-Perry-faria “Living Out Loud”.



O fim de sua parceria com Sia não ficou muito claro, mas sem a compositora e de volta aos estúdios, Brooke começa o ano ao lado de Charli XCX, Cupcakke e Pabllo Vittar, com a canção “I Got It”, e faltando apenas alguns dias para se apresentar pela primeira vez no Brasil, conversou um pouco com a gente sobre o que tem rolado e para onde vai com sua música.

It Pop: Não dá pra começar essa entrevista de outra forma, senão falando sobre a reviravolta que rolou na sua carreira nos últimos anos. A velha Brooke está de volta?

Brooke: Definitivamente sim! Estou muito feliz e acho que o meu público também, porque sinto que era o que eles queriam…

It Pop: Você andou se aventurando pela música pop, que está numa fase de transição, com grandes artistas lidando com fracassos comerciais e redescobertas musicais. A gente tem aí uma oportunidade de novos nomes, como você, Charli, Cupcakke, Carly, redefinirem esse cenário? 

Brooke: Eu quero inspirar as pessoas, sabe? E acredito que essa leva de artistas novos - e não tão comerciais - também. Estamos tentando quebrar regras que outras pessoas colocavam em cima da nossa arte e, pelo visto, está funcionando, porque o público está se identificando, mas ainda há muito a ser feito.



It Pop: Quando você lançou “Opulence”, seu visual foi bastante comparado com a Lady Gaga. Ela é uma artista que você admira? Trabalharia com ela se tivesse a oportunidade?

Brooke: Acho que o conceito ficou bastante parecido devido as pessoas que estavam envolvidas no projeto - muitas das pessoas que trabalharam em ‘Opulence’ comigo, já haviam trabalhado com a Gaga antes. Mas eu amo ela, então pra mim é um elogio!

It Pop: Você trabalhou com a drag queen brasileira Pabllo Vittar em “I Got It”, da Charli XCX. Já conhecia algo sobre ela antes dessa faixa? E o que acha da sua música? Ela representa uma figura transgressora para a cultura brasileira.

Brooke: Eu amo a Pabllo! Não a conhecia antes dessa colaboração, mas fiquei encantada com todo o trabalho dela e como ela se tornou tão popular e massiva em um país que, por o que eu li, é um dos que mais matam pessoas LGBT no mundo. Ela é um exemplo a ser seguido!



It Pop: Como tem se sentido trabalhando nas suas músicas novas? Se arrepende de algo que fez nos últimos anos?

Brooke: Era um pouco estressante, porque tinha que lidar com um número gigantesco de pessoas, mas não me arrependo, de forma alguma. Só decidi sair para voltar às minhas origens e fazer algo realmente verdadeiro, que condiz com aquilo que eu quero passar para os meus fãs.

It Pop: Como você descreveria sua música e você enquanto artista para quem está te descobrindo por essa entrevista?

Brooke: Minha música agora é algo meio punk rock, dos anos 80. É um tipo de música um pouco agressiva, mas não foge do pop, porque continua grudenta. Não gosto muito de me descrever, mas posso dizer que tudo que eu faço é muito sincero e verdadeiro.


***


No dia 3 de fevereiro, Brooke Candy se apresenta no Carioca Club, em São Paulo. Os ingressos estão disponíveis neste site.

Jão anuncia seu single de estreia e bate um papo com a gente: “Falta um pouco de mensagem para a nossa geração”

Jão se descreve como “uma pessoa que gosta de clichês da nossa juventude”, com bastante experiência em “amores que não deram certo e umas festas ruins”. O músico foi descoberto após publicar covers no Youtube, com um repertório que foi de “Medo Bobo”, da Maiara e Maraísa, ao recente hit de Dua Lipa, “New Rules”, mas agora ele se prepara para se despedir das versões e, enfim, investir em suas músicas próprias.



Como revelou pelas redes sociais nesta quarta-feira (18), “Ressaca” e “Álcool” serão os primeiros singles dessa nova etapa e, com estreia marcada para a próxima sexta-feira, contam com a produção do Pedro Dash e Marcelinho Ferraz, ambos membros da HEAD Media, coletivo com o qual já assinaram hits de Anitta, Emicida, Manu Gavassi e vários outros nomes.

Antes das músicas chegarem ao público, entretanto, aproveitamos pra ter uma conversa com o cantor e o resultado você confere abaixo.

It Pop: A gente vai começar bem Marília Gabriela e te perguntar então, “quem é Jão”?

Jão: Cara, eu acho que sou uma pessoa que gosta muito de clichês da nossa juventude, sabe? E sou uma pessoa bastante consciente disso, tipo, vivi muitos vindo pra São Paulo, uns amores que não deram certo, umas festas ruins. Então acho que me tornei um produto desses primeiros anos da faculdade. E que gosta muito de música, estar com os amigos, e viver todas essas coisas. É uma pergunta bem difícil.

It Pop: Essa trajetória de covers no Youtube para músicas autorais tem sido bem comum. Hoje temos, por exemplo, a Iza, Anavitória, vários outros nomes. O que você esperava quando começou nisso?

Jão: Eu esperava chegar em algum ponto que pudesse começar a explorar minhas próprias canções, sabe? Esse sempre foi o meu foco, desde o começo, mas o legal é que, no meio disso, os covers ajudaram a me descobrir enquanto artista. Eu tinha uma visão um pouco limitada sobre a música, até mesmo sobre a internet, como usá-la pra divulgar as coisas e me expressar, e fui me descobrindo muito desta forma. Mas o objetivo sempre foi chegar ao ponto onde pudesse mostrar minhas composições, meus trabalhos.

It Pop: E esperava que tudo isso pudesse se tornar tão grande?

Jão: Eu queria muito que crescesse, me planejava pra isso, mas não imaginava que pudesse chegar ao ponto de eu gravar meu próprio EP, videoclipes e todas essas coisas. Ainda é tudo meio inesperado pra mim, mas são coisas que me planejei pra acontecer. Não sei se posso falar que se tornou algo grande, mas me preparo pra isso.

“Falta um pensamento mais ‘branding’ dos artistas pop, uma preocupação maior com o espaço que eles ocupam por aqui.”




It Pop: O pop nacional tem ganhado bastante força, mas ainda faltam homens que também cantem esse tipo de música - nossos exemplos, em sua maioria, são de artistas que transitam entre mais de um estilo, como Luan Santana ou Nego do Borel. Se vê ocupando esse espaço?

Jão: Eu espero que sim! Lá fora isso também não é tão explorado, tem um leque muito maior de mulheres do que homens fazendo música pop, mas é um espaço que eu quero muito ocupar, sim, e que tô trabalhando pra que aconteça. Com esse movimento dos artistas de agora, acho que tem espaço para uma diversidade maior de pessoas cantando pop e talvez surja daí uma abertura pra que mais homens invistam no gênero. Tô trabalhando pra isso acontecer.

It Pop: E o que você pode oferecer que outros caras desse meio não fizeram?

Jão: O que eu posso oferecer é o meu trabalho. Não sei o quanto isso é diferente de outras pessoas, mas é uma coisa que eu me dedico muito. Me dedico muito quanto a estética do que me proponho a fazer, me dedico muito ao pensamento por trás das coisas, me dedico em falar verdadeiramente sobre coisas que aconteceram comigo, que eu passo, e me preocupo bastante com a qualidade desses trabalhos, o que acredito ser um diferencial. No Brasil, não tem muito espaço pra isso, sabe? As pessoas se preocupam pouco com o conceito por trás das coisas, o conceito de uma turnê, dos videoclipes, músicas, e como sempre ouvi muita coisa internacional, me inspirei muito nessas pessoas e quero trazer um pouco disso pra cá. Acho que falta um pensamento mais ‘branding’ dos artistas pop, uma preocupação maior com o espaço que eles ocupam por aqui.



It Pop: Falando em inspirações, nos seus covers você foi de Rihanna ao Matheus e Kauan, o que te dá um repertório gigante de possibilidades. No trabalho autoral, quais são suas influências? O que te inspira a compor? 

Jão: Eu pego um pouco de cada coisa e eu fui me descobrindo muito com os covers. Tinha uma visão bem pop no começo e, quando comecei a olhar pra outros gêneros, vi que também tinha muita coisa legal acontecendo por ali, sabe? Isso abriu muito a minha visão como artista e também como compositor. Mas, deixa eu ver… Eu gosto muito da Dua Lipa, dos temas que ela traz, a forma como ela fala, ela também canta um pouco sobre a nossa juventude, da geração de agora, e eu gosto de escrever sobre isso. Me inspiro muito nos meus amigos, nas festas que vou, e nesses anos de faculdade que vivi. Também gosto muito do The Weeknd, da forma como ele compõe, e de artistas que compõem no geral, desses que inventam um universo para as suas músicas. 



No Brasil, eu gosto da Simone & Simaria, elas têm essa coisa bem forte dos personagens marcantes e ocupam um espaço muito delas, o que é frequente lá fora, de personagens serem representados nas músicas. E são artistas bastante pop na verdade, né? Gosto muito do Cazuza como compositor. Ele trazia mensagens complexas e sobre o tempo dele, e cantava isso pra muita gente, era um artista ‘mainstream’, acho que também é uma inspiração pra mim. Uma mistura de todas essas pessoas. (Risos)

It Pop: Você trabalhou com o Zebu no remix de “Medo Bobo”, um dos maiores hits dos dois no Spotify, e também com o Pedrowl em “Dança Pra Mim”, podemos esperar mais parcerias com eles? 

Jão: Podem, podem. A gente sempre conversa, mandamos referências uns pros outros, algumas batidas, e escrevemos bastante juntos. Ainda não achamos alguma coisa que a gente queira lançar, mas estamos sempre trocando ideias, então vai rolar futuramente, sim.



It Pop: E com quais outros produtores você tem trabalhado?

Jão: Eu trabalhei com o Pedro Dash, Marcelinho Ferraz e Dan Valbusa, pessoal da HEAD Media. E são eles que estão produzindo todos os singles juntos comigo.

It Pop: Você chegou a assinar um contrato com eles, que também estão com a Universal Music, né? Como rolou essa parceria?

Jão: Sim! Eles conheceram meu trabalho pelo cover de “Medo Bobo”, foi um vídeo que abriu muitas portas pra mim, e aí o Pedro Dash fez um convite pra irmos lá conversar, ver como a gente se entendia. Eu tinha um certo receio de assinar com alguma produtora, gravadora, mas vimos neles pessoas que casavam com a nossa ideia de música, divulgação, como trabalhar, sabe? Nos encontramos por algum tempo, foram várias reuniões, discussões, e eles nos deram muita liberdade como artista, compositor, etc, e isso fez com que pudesse fechar a parceria. Meu grande medo era que alguém tentasse me transformar em algo que não sou, me podar ou me controlar demais, mas lá tenho bastante liberdade pra poder produzir e me expressar de uma forma legal.


It Pop: Sexta saem suas duas músicas, “Ressaca” e “Álcool”, primeiro eu quero saber, qual você gosta mais?

Jão: Ah, eu gosto muito das duas! (Risos) Tenho um carinho muito grande por elas, por isso escolhi para saírem primeiro, não sei se tenho uma favorita. Eu acho assim… Tenho um sentimento por “Ressaca” que me inspira mais, ela me toca de uma maneira maior, mas “Álcool” também é uma forma de eu contar um pouco da minha experiência, de como eu vivo, e acho que ela traz algo que eu não mostrei tanto nos meus covers, é mais dançante. Mas acho que “Ressaca” me toca de uma maneira diferente. E você, qual gostou mais?

It Pop: Até ontem eu estava gostando mais de “Ressaca” também, mas agora sou time “Álcool”. Fiquei com a mais pop. (Risos) E sobre seus próximos passos, vai lançar videoclipes? Vem EP?

Jão: A gente gravou os clipes pras duas músicas e eles estão sendo editados, então o próximo passo é revelá-los, mas já tá tudo engatilhado. Tenho os próximos singles, tenho o EP, um show que vai englobar tudo isso e a gente gravou um milhão de músicas já, hahaha. Eu compus várias coisas, tinha muita coisa que trouxe pra quando começamos a pensar nesse EP, várias eu transformei de letras antigas, e também gravamos algumas parcerias legais, que vamos colocar no EP, mas só posso divulgar mais pra frente. Mas tá tudo engatilhado, sendo feitinho.

It Pop: Há alguns dias rolou seu show em São Paulo e, debaixo de chuva, muita gente foi te ver lá no Vila Butantã. Como foi essa experiência? Já caiu a ficha sobre a quantidade de pessoas que você foi capaz de alcançar?

Jão: Nossa, foi massa demais! Quando a gente chegou lá pra passar o som, tava chovendo bastante e eu fiquei muito, muito preocupado, e falei, ‘ah, já era né! Mas profissionalismo, vamo lá e vamo cantar. Mesmo que tenha só dez pessoas aqui, vamos lá!’, aí fui e fiquei lá atrás, me trocando, etc, enquanto o pessoal montava a luz, tudo certinho, e quando voltei, tinha MUITA gente. Fiquei extasiado. Foi um momento muito gostoso, é difícil de explicar e ainda nem caiu a ficha. Depois eu fiquei olhando as fotos, tentando contar quantas pessoas tinham, hahaha, e tipo, elas até cantaram um pedacinho de “Ressaca”, que eu tinha cantado num outro show, foi muito louco, muito doido e gostoso. O show é uma forma de se conectar muito grande e foi diferente. Tinha medo das pessoas não saírem de trás dos computadores para me ver e quando vi a quantidade de gente lá, me incentivou muito, foi um empurrãozinho.

“Minhas músicas são mensagens para pessoas que não sabem bem o que estão fazendo com a vida, mas continuam se virando por aí.”




It Pop: Nesse show você foi super acessível, atendeu aos fãs, conversou, tirou fotos. Já deu pra rolar algo muito inusitado com o público fora da internet? Te perseguirem ou qualquer coisa assim?

Jão: Me perseguir, não. (Risos) Teve duas situações um pouco mais estranhas, mas não foram bem estranhas e, sim, engraçadas. Teve uma vez que eu estava na academia, numa posição com-ple-ta-men-te desconfortável, e um garoto chegou pra pedir uma foto. Eu tava muito escroto, com roupa de academia, todo suado e numa posição totalmente nada a ver, mas ri com ele, fui lá e conversei. E um dia eu tava com meu pai, no mercado, e um menino abordou o meu pai (!) pra perguntar se eu era o Jão, hahaha. O meu pai ficou muito feliz, tipo, ‘claaaro, você quer tirar uma foto com ele?’, e depois já queria me promover pro mercado inteiro, hahah. Mas foi legal. Eles são bem legais, a gente conversa bastante pelo Twitter, temos um grupo no Facebook, em que trocamos muita ideia também, e é bem legal conhecer e saber quem são as pessoas que estão me curtindo.

It Pop: Pra fechar, a gente vai seguir uma linha reflexiva aqui de novo. Para as pessoas que estão te conhecendo com essa entrevista, por que elas deveriam ouvir sua música? O que você quer transmitir para elas?

Jão: Eu pretendo transmitir tudo o que eu sou, o que eu gosto, e todos os meus sentimentos também. Acho que elas vão conseguir sofrer junto comigo, porque são músicas muito universais, que falam do nosso tempo, coisas que muita gente passa. E acho que falta um pouco de mensagem para as pessoas da nossa geração, que passam por o que a gente passa, sofrem por amor e depois se embebedam. Elas podem esperar por muitos clipes massas, maneiros, bem pensados e uma visão romântica bastante clichê jovem. São mensagens para pessoas da nossa idade que não sabem bem o que estão fazendo com a vida, mas continuam se virando por aí.

***


“Ressaca” e “Álcool” estarão disponíveis nas principais plataformas de streaming na próxima sexta, 20, e enquanto a data não chega, vale revirar todo o canal do Jão e conferir os seus covers. Ao longo do post, aproveitamos pra deixar alguns dos nossos favoritos, além do vídeo da sua parceria com o Pedrowl em “Dança Pra Mim”:

NÃO SAIA ANTES DE LER

música, notícias, cinema
© all rights reserved
made with by templateszoo