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Após perder processo contra o The Sun, Johnny Depp deixa franquia “Animais Fantásticos”

Após perder o processo contra o jornal britânico The Sun, o ator Johnny Depp anunciou sua saída da franquia "Animais Fantásticos e Onde Habitam", em uma carta publicada no Instagram, nesta sexta-feira (6). Na carta, ele agradece os fãs que deram apoio durante todo esse período e alega estar saindo a pedido da Warner. O ator estava processando o jornal por tê-lo chamado de "espancador de mulheres", após um texto publicado por Amber Heard sobre violência doméstica em 2018.


"Em razão dos últimos eventos, eu gostaria de fazer esse breve anúncio. (...) Eu gostaria que vocês soubessem que a Warner Bros pediu para que eu deixasse o meu papel como Grindelwald em 'Animais Fantásticos' e eu respeitei e concordei com a decisão. Finalmente, gostaria de dizer [também] que o julgamento da corte do Reino Unido não irá mudar minhas motivações de contar a verdade e confirmo que entrarei com uma apelação", declarou.


A saída de Johnny Depp tem sido discutida por acionistas da Warner desde as primeiras acusações de agressão contra a atriz de "Aquaman". O anúncio de demissão nada mais é do que um reflexo da decisão do juiz britânico Andrew Nicol, referente ao processo contra o The Sun. O julgamento aconteceu em julho de 2020, mas só teve sua sentença divulgada nesta semana.


O casal está separado desde 2017. Posteriormente, no ano seguinte, Amber publicou um texto no jornal Washington Post, onde afirmava ter sofrido violência doméstica, mas sem citar o nome de Depp. Na época, o colunista Dan Wootton, do The Sun, chamou o ator de "Piratas do Caribe" de "espancador de mulheres" e questionou a escolha de J. K. Rowling, que o defendeu, para viver Grindelwald em "Animais Fantásticos e Onde Habitam 2".


Diante dos acontecimentos, Depp moveu dois processos, um contra o The Sun e outro contra Amber Heard, afirmando que as informações do texto eram falsas. O processo que chegou ao fim no começo desta semana foi contra o jornal britânico. Na decisão, o juiz afirmou acreditar em pelo menos 12 das 14 acusações de violência doméstica feitas por Heard.

Crítica: “Animais Fantásticos” evolui de “ruim” para “fraco” com “Os Crimes de Grindelwald”

Entre os boicotes dos fãs contra a escalação de Johnny Depp e memes hilários sobre a compulsão de J. K. Rowling sobre representatividades forçadas, eis que o segundo filme da franquia "Animais Fantásticos" chegou. "Os Crimes de Grindelwald" continua o prequel da saga "Harry Potter" e já carrega os piores números de todo o Universo Bruxo.

Com a pior abertura e pior nota da crítica entre todos os 10 longas já lançados, "Os Crimes" nem é a maior aberração da franquia - "Animais Fantásticos e Onde Habitam" (2016) merece o título -, porém é um reflexo correto dos rumos errados escolhidos para expandir porcamente o mundo do Menino-Que-Sobreviveu.

Saindo dos Estados Unidos, "Os Crimes" vai até a França para desenrolar sua história, seguindo a promessa de JK de que cada filme se passará em um país diferente - boatos que o Brasil será o próximo. Ignorando completamente a existência da Beauxbatons - a escola de magia do país -, Newt Scamander (Eddie Redmayne) se encontra no mesmo trajeto de Gellert Grindelwald (Depp): ambos estão atrás de Credence (Ezra Miller), o Obscurus do primeiro filme que conseguiu sobreviver. Enquanto Grindelwald o considera peça preponderante para seus planos, Newt não sabe ao certo se Credence corre perigo ou é "o" perigo. Por trás de tudo está, claro, Dumbledore (Jude Law), que não pode agir efetivamente na guerra que se desenrola.


Com uma ágil cena de abertura, mostrando a fuga de Grindelwald, a produção já comprova a elevação do padrão de seus efeitos visuais: bem mais trabalhados que o artificial longa anterior, David Yates dá uma de Michael Bay e entope a tela com pirotecnia, sem esquecer, é claro, dos animais fantásticos, o cerne da saga. Todavia, o filme aprendeu com um dos (vários) erros de "Animais Fantásticos": não temos mais uma exposição dos bichinhos como foco principal, colocando-os como suportes coadjuvantes.

O primeiro ato do filme passa longe da agilidade da abertura: somos enfiados nas construções de trama que arrastam o ritmo sem piedade - olhei no relógio achando que já estaríamos na metade da duração e ainda estávamos em meia hora. Os fracos diálogos só fazem com que tais tramas já desinteressantes se tornem ainda mais irrelevantes, principalmente pelo número de coisas acontecendo: há diversas idas e vindas dos inúmeros personagens.

Newt é mandando ilegalmente por Dumbledore para fora da Inglaterra; Grindelwald procura por Credence; Jacob (Dan Fogler) e Queenie (Alison Sudol) brigam pela proibição do casamento entre bruxos e trouxas; Tina (Katherine Waterston) fica com raiva de Newt ao achar que ele vai se casar com Leta Lestrange (Zoë Kravitz); Credence procura por Nagini (Claudia Kim) para ajuda-lo a encontrar sua mãe; etc etc etc. É um caos.


De longe, a melhor ponta narrativa do filme é a revelação de que Nagini, a cobra e horcrux de Lord Voldemort, era na verdade uma mulher. A mitologia criada para ela, uma Maledictus, é bastante esclarecedora: ela sofria de uma maldição de sangue, que a faria se transformar em cobra permanentemente um dia. Isso explicaria como a ligação dela com Voldermort era tão forte e como a criatura não agia como uma cobra comum, chegando a amamentar o mestre nos livros.

Entretanto, tal mitologia é explorada por pouquíssimos minutos dentro das mais de 2h de projeção - o trailer já mostrava tudo sobre ela. A personagem basicamente não abre mais a boca até o final, sendo um desperdício absurdo de trama. Fica bem evidente que ela foi só usada como apresentação, para ganhar mais tempo na tela nos filmes seguintes, o mesmo que aconteceu com Grindelwald na película anterior, no entanto, esse efeito só demonstra o quão fraco é o roteiro de "Os Crimes".

E, assim como na crítica de "Animais Fantásticos", volto a frisar: JK não é uma boa roteirista. Escrever uma novela como os livros de "Harry Potter" é deveras diferente de escrever um filme, e a mãe do Universo Bruxo não entende de linguagem cinematográfica. Mais uma vez seu roteiro é inteiramente cortado e sem saber em qual ponto focar, diluindo completamente o impacto do texto como um todo. Até mesmo o título é um erro: os crimes de Grindelwald nem são o palco principal da obra. São tantos personagens correndo de um lado para o outro, tantas pontuações de acontecimentos para gerar consequências no futuro, que o agora parece deixado de lado - e agora só podemos analisar, eeerrr, o agora.


Mas, a meu ver, o maior problema do universo "Animais Fantásticos" são seus personagens: não carregam vida, não possuem carisma narrativo, não são interessantes. Eles estão no ecrã tentando atingir seus objetivos e tudo soa "tanto faz": realmente não faz diferença se qualquer um deles conseguir o que quer - a grande surpresa do final é a apoteose do "sim, e daí?". E isso é culpa tanto da construção dos personagens como da escalação dos atores. Dentro do corpo principal, só Jude Law carrega certo apelo além da média - de resto, todos ficam do regular para baixo. Até mesmo o charme de Queenie e Jacob é tragado por uma trama patética: ela indo para o lado das trevas por causa da proibição do casamento (?). Ao menos Jacob deixou de ser a metralhadora de alívio cômico, sem disparar piadinhas a cada minuto. O tom diminuído foi bem-vindo.

E temos, é claro, Johnny Depp. Sua escalação foi alvo de tanta crítica que a própria JK emitiu um comunicado defendendo sua permanência. Só há uma única justificativa para mantê-lo ali: o lado comercial. Não dá para fechar os olhos para o poder que seu nome possui dentro do cinema, apesar de tudo - ele ainda vende muito ingresso. Contudo, quando o lado mercadológico supera o lado artístico, temos um problema. Depp faz nada que qualquer ator minimamente competente não pudesse fazer da mesma forma; se sua atuação fosse uma obra-prima da sétima arte, daria até para entender com muita boa vontade - algo como Casey Affleck em "Manchester À Beira Mar", mas nem isso.


Com uma pose bem menos afetada (e uma lente de contato que mais distrai que auxilia), marca registrada de vários papéis em sua carreira, Depp nem de longe consegue carregar uma áurea vilanesca. Todo o Universo Bruxo é fincando em cima do binarismo "bem X mal", jornada do herói e arquétipos clássicos da estrutura textual, então, quando o vilão máximo da história não gera um sentimento de perigo, sua persona é falha. É só compará-lo com o Voldemort de Ralph Fiennes que Grindelwald desaparece rapidamente. Não há competição, exemplificada perfeitamente nos momentos em que Grindelwald desafia os seus próprios seguidores, ali na base do medo. A tensão não extrapola a tela, algo conseguido com facilidade nos momentos em que Voldermort fazia o mesmo.

Há também uma irrisória tentativa de expansão da realidade com o crescimento de Grindelwald dentro da comunidade bruxa com a ascensão do fascismo e conservadorismo do nosso mundo atual, todavia, não há um roteiro sólido para fazer desse espelho algo verdadeiramente impactante - é só lembrar da alusão ao Nazismo feita em "Relíquias da Morte: Parte 1" para comprovarmos como o efeito deve ser realizado.

Entre mortos e feridos, "Os Crimes de Grindelwald" é uma evolução em relação ao pueril e vergonhoso "Animais Fantásticos", mas isso não é lá grande mérito, já que sair do "ruim" para o "fraco" não demonstra um bom trabalho. São 134 minutos que falam quase coisa nenhuma através de seus personagens insossos e narrativas irrelevantes, em mais um oco exemplar de um não-mais-tão fantástico universo. Falta magia, falta coração e falta um roteirista capacitado para tirar esse primo de "Harry Potter" da lama - que, se não fosse pelo primo rico e bem acabado, estaria fadado ao ostracismo. Nem mesmo a visita à Hogwarts é divertida, não tem salvação.

Ai, caralho! Tem Nagini de volta no trailer final de "Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald"

Após o anúncio feito ontem, finalmente o trailer final de "Animas Fantásticos: O Crimes de Grindelwald" chegou à rede mundial de computadores. Para nossa surpresa, temos a fucking Nagini de volta, só em sua forma humana! Os potterheads de plantão não devem ter se surpreendido porque já rolaram teorias sobre, mas não deixa de ser foda a revelação! Dá uma olhada no trailer.



A atriz que dá vida à Nagini é Claudia Kim ("Marco Polo"); inclusive, seu papel estava sendo guardado à sete chaves. Nos livros e filmes principais, Nagini é uma fiel escudeira de Você Sabe Quem, se tornando até mesmo uma de suas horcrux, mas Kim assegura que a personagem está longe da vilã que conhecemos e que descobriremos seu novo lado (via EW).

"Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald" explora ainda mais o passado de Newt (Eddie Redmayne) e sua relação com Dumbledore (Jude Law), além da rivalidade de Grindelwad com o diretor de Hogwarts. Ezra Miller, Zoë Kravitz, Katherine Waterston, Dan Fogler e muitos outros integram o filme. A produção chega aos cinemas no dia 15 de novembro. 

Tem Newt mais novo no meio e muitas coisas mais no novo trailer de "Os Crimes de Grindelwald"

J. K. Rowling deu início em 2016 ao universo de "Animais Fantásticos" trazendo o poderoso e tenebroso bruxo Grindewald, interpretado por aquele ator que não deve ser nomeado, e criando a expectativa de um futuro embate com Dumbledore (Jude Law) em algum filme futuro. "Os Crimes de Grindewald", a sequência, começa a encaixar as peças e seu novo trailer é um verdadeiro orgasmo potterhead.

Além de dar vários detalhes da trama e trazer, finalmente, um Grindewald convincente até, o trailer  divulgado durante a San Diego Comic-Con trouxe também fanservice pra caramba, se assim podemos categorizar. Tem o Espelho de Ojesed, o desiluminador, aula em Hogwarts, tem feiticeiro no meio e muitas coisas mais! Confere aí!



"Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald" conta um puta elenco. Eddie Redmayne, Ezra Miller, Zoë Kravitz, Katherine Waterston, Dan Fogler e muitos outros integram o filme. A produção chega aos cinemas no dia 16 de novembro. VEM, HIT!

+ notícias sobre a San Diego Comic-Con 2018

J.K. Rowling, finalmente, se pronunciou sobre aquele ator de "Animais Fantásticos"

Quando o agressor foi escalado para "Animais Fantásticos e Onde Habitam", a internet e o fandom de "Harry Potter" se dividiu: um lado defendia a participação do ator, enquanto o outro condenava sua participação pedindo, inclusive, uma troca. Mesmo com a recepção mista, com tendências negativas, o estúdio resolveu manter a escolha, escalando o ator para a sequência.

De lá pra cá, a autora dos livros, J.K. Rowling permaneceu calada, dando um total de 0 declarações sobre a polêmica escalação. Infelizmente, a autora resolveu se pronunciar ontem através de uma carta aos fãs, e era melhor ter ficado quieta, né?

Segue a carta em português abaixo.

Quando Jhonny Depp foi escalado para [viver o] Grinderwall, eu achei que ele seria maravilhoso para o papel. Entretanto, durante as filmagens de seu cameo no primeiro filme, surgiram histórias na imprensa que me preocuparam profundamente e a todos envolvidos na franquia. 
Os fãs de Harry Potter tinham questionamentos legítimos e preocupações sobre a nossa escolha de continuar com Depp no papel. Como David Yates, diretor de "Harry Potter" há tempos, já disse, nós naturalmente consideramos re-escalar. Eu entendo o porquê de algumas pessoas estarem confusas e bravas por não termos feito isso.
A grande e acolhedora comunidade que cresceu com "Harry Potter" é uma das grandes alegrias de minha vida. Pessoalmente, a inabilidade de poder falar abertamente aos fãs sobre este problema foi bem difícil, frustrante e algumas vezes doloroso. Contudo, os acordos feitos para proteger a privacidade de duas pessoas, ambos que expressaram desejo de continuar suas vidas, devem ser respeitados. Baseado em nosso conhecimento das circunstâncias, os produtores e eu não só estamos confortáveis mantendo a escalação original, mas também genuinamente felizes em ter Jhonny interpretando um dos principais personagens nos filmes.
Eu amei escrever os dois primeiros roteiros e mal posso esperar para que os fãs vejam "Os Crimes de Grinderwall". Eu aceito que teremos aqueles que não estão satisfeitos com a nossa escolha de ator para o papel-título. Porém, consciência não é algo comandado por um grupo. Dentro do mundo fictício ou fora, nós todos temos que fazer o que achamos ser o certo.

Parece que aquele ator de "Piratas do Caribe" continua firme e forte na produção. Chega a ser um pouco triste ver JK defendendo a escalação do ator, visto que sua carreia atingiu um ponto problemático e depois seguiu como se nada tivesse acontecido. Fomentar este tipo de caso só alimenta a ideia de que "tá tudo bem" um cara agredir ou então abusar uma mulher já que seu ganha pão não será afetado e tampouco realmente punido. É foda.

Crítica: com "Animais Fantásticos", J.K. Rowling prova que, como cineasta, é uma ótima escritora


Atenção: essa crítica contém spoilers - obliviação não garantida pelos responsáveis do texto.

Quem estava nas sessões de "Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte 2", em 2011, deve ter acompanhado pelo menos um espectador com lágrimas nos olhos. Saindo da impessoalidade do texto, eu mesmo, na pré-estreia de meia-noite do dia 15 de julho, estava chorando junto com várias outras pessoas. O motivo era o término de um evento que marcou nossa geração e que cresceu juntamente com todos nós. O fim de "Harry Potter" nos cinemas foi doído e, ao mesmo tempo, mágico.

Mal sabíamos que nosso luto teria um fim num período relativamente curto. Quando J.K. Rowling, a mente brilhante por trás do mundo potteriano, anunciou em 2013 a adaptação de "Animais Fantásticos e Onde Habitam", livreto derivado do universo original, todos os fãs ferveram com o início de uma nova série bruxa. Em novembro de 2016 essa era chegou.


Imagem: Divulgação/Internet

Mesmo não acompanhando os personagens que consagraram Daniel Radcliffe, Rupert Grint e Emma Watson - e mesmo não se passando entre os muros de Hogwarts, "Animais Fantásticos e Onde Habitam", o filme, nos convidou a embarcar além das fronteiras do mundo bruxo explorado na franquia "Harry Potter", voltando no tempo, mais precisamente a 1926. Não seguimos os passos de Gellert Grindelwald (interpretado por, sim, Johnny Depp), o maior bruxo das trevas do mundo antes de Lord Voldemort roubar a coroa (e inicar a Primeira e Segunda Guerra Bruxa, mas isso você já acompanhou nos oito filmes anteriores), e sim de Newt Scamander (Eddie Redmayne), um jovem e desajeitado bruxo que chega aos Estados Unidos com uma maleta lotada de animais fantásticos.

Scamander é, como aqueles que leram o livro sabem, o autor do próprio livro (que deve aparecer na história nos últimos filmes - serão, incrivelmente, cinco ao todo). Ele é um grande defensor da proteção das criaturas mágicas, vistas com maus olhos pela comunidade bruxa. Nos EUA, por exemplo, o seu porte é extremamente proibido, pois os mesmos acabam revelando a existência bruxa aos "não-majs" (a forma como os norte-americanos chamam os "trouxas" - os nascidos não bruxos).


Imagem: Divulgação/Internet

Quase como uma inquisição, há uma campanha anti-bruxa acontecendo no país quando Scamander chega lá, o que força ainda mais os bruxos a viverem às escondidas - o que, sejamos sinceros, não é tão difícil assim com a ajuda da magia. Com essa repressão, a marginalização dos bichinhos mágicos é ainda mais forte, mas Scamander, um poço de cuidado, deixa vários animais fugirem quando esbarra com Jacob Kowalski (Dan Fogler), um não-maj que sonha em ser padeiro - o alívio cômico-Rony-Weasley dos protagonistas - Scamander viria a ser um Harry Potter torto: inevitavelmente atraído por aventuras.

A protagonista feminina da vez é Tina Goldstein (Katherine Waterston), uma empregada do Congresso Mágico Norte-Americano (ou MACUSA, na sigla original) que esbarra com a confusão de Scamander e Jacob, tendo que mantê-los presos - o bruxo por não ter licença e expor o mundo mágico a um não-maj; e o aspirante a padeiro por não ter tido a memória apagada (ou "obliviada", no dialeto mágico). Ainda temos Queenie Goldstein (Alison Sudol), irmã de Tina e uma versão burlesca de Luna Lovegood. A bruxa, toda sonhadora, consegue ler mentes - uma habilidade nunca antes explorada, bruxos "X-Men" - e se apaixona por Jaboc, formando o casal improvável: relacionamentos entre bruxos e não-majs eram proibidos.

"Harry Potter" sempre passeou com temas tocantes, sensíveis e relevantes, e é aqui que "Animais Fantásticos" encontra seu coração. Mesmo sendo um "amor miojo" (pronto em três minutos depois de algumas mexidinhas), ambos possuem tanto carisma e tanta química que convencem. Além disso, é revigorante ver uma co-protagonista se relacionando com o gordinho de bigodes fora-do-padrão. Mesmo num primeiro momento soando incompatíveis, o casal arranca risinhos do espectador pela fofura.


Imagem: Divulgação/Internet

Pena que não podemos dizer o mesmo dos outros personagens. Enquanto o Scamander de Redmayne consegue entregar um personagem minimamente efetivo - mesmo repetindo os trejeitos que o deram um primeiro Oscar, em "A Teoria de Tudo" -, Waterston é uma porta, completamente apática, o que, além de destoar na tela, derruba uma personagem cheia de camadas. O roteiro, escrito pela própria J.K., também não colabora com o desabrochar da personagem, sempre à sombra de Scamander. Pelo menos não tivemos um par romântico água-com-açúcar. Jacobeenie já deu conta do recado.

O problema de química entre os personagens é só a ponta do icebergue. As próprias sub-tramas que giram ao redor do eixo central - a caçada de Scamander pelos animais soltos - não conversam. Enquanto o MACUSA tenta controlar a destruição que os bichos foragidos estão causando, Percival Graves (Colin Farrell), um auror do Congresso, está persuadindo Credence Barebone (Ezra Miller), filho adotivo da líder do movimento anti-bruxo, a encontrar uma criança que possua o Obscurus, uma entidade destruidora que se manifesta em bruxos jovens reprimidos - aqueles que são obrigados a não desenvolverem a magia. Em troca, Graves promete libertar Credence de sua abusiva mãe adotiva.


Imagem: Divulgação/Internet

A trama aqui gera o interesse, mas, caso não existisse, mudaria quase nada do filme. O Obscurus, com toda certeza, será explorado nas obras seguintes, todavia, aqui virou alegoria gratuita que levou o longa a lugar nenhum. Numa primeira reviravolta, o próprio Credence é o Obscurus, no entanto esse plot não vai longe pois o personagem é morto (com uma facilidade incrível) - contudo, há uma brecha para seu retorno nos filmes seguintes – pobre do Erza em atuar novamente um personagem tão forçado. Além disso, a busca pela entidade é ainda mais risível quando descobrimos o motivo de Graves em encontrá-la. Ele é, na verdade Grindelwald disfarçado, que não abre mão das caras e bocas de Depp. Um dos maiores bruxos da época usando, o quê?, porção polissuco ou seja lá o encantamento, numa reviravolta preguiçosa? Eeeerrrrr. Próximo.

Tudo isso só é prova que, como roteirista, J.K. é uma ótima escritora. Pode até cair a questão "Ué, mas roteiro não é escrito?", e sim, é escrito, mas escrever um roteiro exige domínio da linguagem cinematográfica, coisa que J.K. não possui. O roteiro inteiro parece mais uma adaptação mal feita que cortou detalhes importantes da obra original, mas aí vemos que foi a própria que escreveu.


Imagem: Divulgação/Internet

Com um roteiro capenga, que possui a cena mais constrangedora de 2016 (a dança do acasalamento de Scamander), a direção não poderia fazer tanta coisa, tendo que dar conta de um ritmo que cambaleia e doses exageradas de infantilidade - nem "Harry Potter e a Pedra Filosofal" é tão infantil. Isso, em tese, não é um defeito, porém não casa com a maturidade exigida para tudo o que envolva a película, desde os tempos cada vez mais sombrios causados por Grindelwald (transpostos à tela em momento nenhum) até mesmo o encerramento da saga original, bem madura e complexa. "Animais Fantásticos" será ótimo para uma Sessão da Tarde.

A fome de introduzir novos elementos no universo potteriano (ou scamanderiano, podemos agora dizer?) acabou deixando "Animais Fantásticos" sem objetivo. Há bastante potencial - é interessante notar que a autora/roteirista usou os modelos de regime políticos para criar as entidades mágicas, com o Congresso Mágico no democrático EUA e o Ministério da Magia na monárquica Inglaterra; além da própria maleta do protagonista, um grande zoológico escondido cheio de criaturas estranhas - mas tudo é costurado de forma desleixada, enfraquecendo o que o filme se propõe em primeiro lugar. Num foco em cima dos animais e na relação do mundo bruxo com o não-maj, tudo seria mais coeso e um pontapé melhor para os quatro filmes que virão.


Imagem: Divulgação/Internet

As sutilezas de alguns detalhes fazem com que o longa enriqueça, todavia demandam de interpretação do espectador, já que a obra em si não desenvolve tais detalhes. Por exemplo: a presidente do Congresso é uma bruxa negra (bastante mal aproveitada aqui, inclusive). O filme se passa na década de 20, anos antes do movimento negro norte-americano instaurar os direitos dessa população no país – porém, no mundo bruxo, tal distinção não existe, com uma mulher negra sendo o símbolo maior da sociedade bruxa dali. Barack Obama só conseguiu isso quase 100 anos depois aqui no lado não-maj, abrindo portas para as diferenças sociais entre uma sociedade bruxa e trouxa, mesmo que convivam no mesmo tempo e espaço. O preconceito enraizado no lado mágico habita na relação entre bruxos e não-majs, que gerariam os chamados mestiços, estes considerados bruxos inferiores aos "puros". Até mesmo em “Harry Potter” tal preconceito é explorado.

"Animais Fantásticos e Onde Habitam" promete sequências inspiradas, aproveitando as deixas construídas, contudo, é uma lamentável falha, analisando a obra por si só. Caso fosse um filme separado da saga "Harry Potter", não teria o mesmo prestígio crítico e financeiro, indo nas costas do irmão rico e famoso para seguir em frente. A nostalgia e o pontapé à nova faceta mágica valem a sessão, entretanto, quando nem mesmo os efeitos visuais impressionam, estamos diante que um equívoco. Moral da história: "Animais Fantásticos e Onde Habitam" mira em "Harry Potter", mas acerta "Percy Jackson" - aquele filminho água-com-açúcar que tenta aproveitar o filão deixado por "Harry Potter", caindo de cara no chão por ser cinematograficamente fraco.



Pegue sua varinha e vá ao cinema: "Animais Fantásticos e Onde Habitam" vale o hype!


Quando mais um filme do universo de Harry Potter foi divulgado, nós todos ficamos entusiasmados, principalmente ao saber que J.K. Rowling, autora responsável pelo livros do bruxo mais famoso do mundo, seria a roteirista. Aos poucos, várias novidades foram sendo reveladas, nos deixando cada vez mais ansiosos - e apreensivos - para conferir o resultado do longa-metragem, intitulado "Animais Fantásticos e Onde Habitam" e baseado em um livro-apêndice de Harry Potter, publicado originalmente 2001. Após sua estreia, que ocorreu na última quinta-feira e movimentou muitos fãs ao redor do planeta, o It Pop! foi conferir o filme e te contamos: vale a pena!

Ambientado na Nova York de 1926, cerca de setenta anos antes dos eventos de "Harry Potter e a Pedra Filosofal" (que chegou aos cinemas em 2001), "Animais Fantásticos e Onde Habitam" gira em torno de Newt Scamander (Eddie Redmayne), um tímido magizoologista britânico, que acabara de chegar à movimentada cidade norte-americana. Sem sabermos ao certo seus objetivos, acompanhamos o excêntrico personagem e sua maleta - cheia de criaturas mágicas - por situações cômicas e de infortúnio, que acabam causando a fuga de alguns animais pela cidade e provocando alvoroço no Congresso Mágico dos Estados Unidos (MACUSA), que teme a exposição do mundo mágico.

O primeiro ato do filme é bastante introdutório, apresentando não só Newt como também os personagens que acompanham sua jornada em seguida: o não-maj (termo americano para "trouxa", ou "não-mágico") Jacob Kowalski (Dan Fogler), que é basicamente o alívio cômico do filme; a bruxa Porpetina Goldstein (Katherine Waterston), funcionária bem-intencionada do MACUSA e sua irmã Queenie Goldstein (Alison Sudol), cujo charme e poder de ler mentes a tornam a personagem mais carismática do quarteto. 

Paralelamente, outro núcleo, mais sombrio, também é introduzido: trata-se da comunidade radical Nova Salém, uma espécie de seita caça às bruxas que remete ao episódio das "Bruxas de Salém", ocorrido nos EUA em 1692, onde várias pessoas foram executadas sob acusação de bruxaria. Este grupo é liderado pela fanática Mary Lou Barebone (Samantha Norton), com a participação de seus filhos adotivos Credence (Ezra Miller), Modesty (Faith Wood-Blagrove) e Chastity (Jenn Murray). Sua atuação em Nova York instiga os líderes mágicos, em especial Percival Graves (Colin Farrell), um influente auror (espécie de general e investigador do Congresso Mágico).

Por tratar-se de uma história completamente nova e distante de Hogwarts, a necessidade de uma contextualização torna o ritmo dos momentos iniciais mais lento e desinteressante, o que pode desagradar públicos mais adultos, visto o tom familiar e mais "leve" das sequências de ação e humor. No entanto, com o desenrolar do núcleo envolvendo a Nova Salém, a narrativa torna-se mais densa em atmosfera e temática, preparando o público para o clímax. As duas distintas propostas não conversam muito entre si; as cenas estreladas por Newt são mais coloridas e engraçadas, enquanto as sequências com Credence, Mary Lou e Percival compõem um enigmático e perverso tom de terror. No entanto, são esses contrapontos que mantém o longa-metragem fluido, não tornando-o tão cansativo em suas duas horas de duração.

Os momentos mais prazerosos do filme, inclusive, estão na revisita ao mundo mágico: o clima fantasioso orquestrado pelo diretor David Yates (responsável pelas quatro últimas produções da franquia Harry Potter) nos causa um conforto nostálgico e maravilha a percepção dos new-comers.  A ambientação é visualmente agradável, com todo o art-decó luxuoso da década de 20 e o tom sépio característico dos espaços urbanos em ascensão. O CGI é aqui muito bem produzido, assim como no criativo design dos animais fantásticos e seus habitats, apesar de não ser tão crível em algumas cenas. O 3D é bem aplicado, a trilha sonora de James Newton Howard (da franquia "Jogos Vorazes", 2012-2015) é cativante (como deveria ser) e o figurino da maravilhosa Collen Atwood ("Alice Através do Espelho", 2016) vai animar os fãs cosplayers.

Dentre os membros do elenco, que em sua maioria entrega boas performances (o Colin Farrell até tenta, gente!), destacamos dois: o queridinho Eddie Redmayne, que apesar de alguns maneirismos, entrega mais de uma faceta de Newt Scamander, apresentando boa preparação física, e Ezra Miller, talento de uma geração, que constrói talvez o personagem mais intenso de todos. (Queremos citar também a Alison Sudol, porque a Queenie ganhou nossos corações).

"Animais Fantásticos e Onde Habitam" certamente entrega um ótimo entretenimento, não decepcionando os fãs do universo bruxo com seus diversos easters eggs e preparando o público para suas sequências, que certamente virão cheias de mistério e conteúdo interessante. Tirem suas varinhas do armário, pois a magia está de volta.

David Yates mandou avisar que teremos Dumbledore em "Animais Fantásticos 2"


Depois do tiro que foi descobrir que a Warner tinha escalado um agressor para a série de filmes "Animais Fantásticos e Ondem Habitam" há uma semana, eis que somos agraciados com a maravilhosa confirmação de David Yates, diretor do longa e dos últimos filmes de "Harry Potter", que o melhor que todos nós, Dumbledore, estará na sequência da produção. EITA!

A revelação foi feita através de uma entrevista ao ScreenRant, afirmando também que em breve poderemos descobrir quem interpretará a versão jovem o famoso bruxo. A notícia, na verdade, não pega ninguém de surpresa. Desde a pré-produção do primeiro filme foram especuladas a participação do personagem, principalmente levando em conta onde o filme se encaixa na linha do tempo da franquia — uns vinte anos após "Animais Fantásticos", temos o grande duelo de Dumbledore e Grindelwald. 

Enquanto a sequência não sai do papel, "Animais Fantásticos e Onde Habitam" chega aos cinemas no próximo dia 17. O longa conta com o mozão supremo, inventor da Sétima Arte, Ezra Miller, e um tal de Eddie Redmayne, que ganhou um prêmio na categoria de Melhor Ator por "A Teoria de Tudo" num tal de Oscar.

Pare o que estiver fazendo e assista ao novo trailer de "Animais Fantásticos"


"Animais Fantásticos" nasceu com o propósito de expandir a franquia "Harry Potter" nos cinemas. O longa, diferente dos antecessores, não se baseia em uma história publicada inicialmente nos livros. Temos um livro-base, mas ele é didático e foi lançado como um "item extra" da franquia. "Animais Fantásticos" cria uma aventura em cima do material, um verdadeiro deleite aos fãs, principalmente porque J. K. Mozão cuidou do roteiro.

Entretanto, o filme, pelo menos para nós, não tinha chamado a atenção até o momento. Os materiais divulgados cheiravam a fanservice puro e a trama prometida parecia ser qualquer coisa. Talvez tal impressão tenha ficado pela montagem dos trailers anteriores, porque agora nós queremos desesperadamente assistir ao novo filme. Sério. O novo trailer que foi divulgado na Ellen DeGeneress é m a r a v i l h o s o. Agora vai.



O filme conta com o mozão supremo, inventor da Sétima Arte, Ezra Miller, e um tal de Eddie Redmayne, que ganhou um prêmio na categoria de Melhor Ator por "A Teoria de Tudo" num tal de Oscar. A produção chega aos cinemas em novembro.

O trailer épico de "Animais Fantásticos e Onde Habitam" é tudo o que você precisa assistir hoje!


Com a tradicional trilha sonora que nos dá arrepios, o trailer recente de um dos filmes mais esperados do ano, "Animais Fantásticos e Onde Habitam", foi divulgado pela Warner ontem (10) e nos trouxe uma visão clara de como o mundo bruxo era nos Estados Unidos.

O spin-off de "Harry Potter" conta a história do escritor Newt Scamander, interpretado por Eddie Redmayne, chegando à Big Apple com truques para iludir trouxas desconfiados. Newt, na verdade, é responsável pelo contrabando de criaturas com incríveis poderes mágicos e, quando uma delas escapa, tudo ao redor começa a desmoronar. Só para piorar a situação, ele ainda precisa lidar com Percival Graves, auror enviado para persegui-lo.

A trama é uma ampliação do mundo mágico criado por J.K. Rowling e se passa 70 anos antes do que vimos em "Harry Potter e a Ordem da Fênix", parte da história em que a cruel Dolores Umbridge assume Hogwarts como Alta Inquisidora. O trailer também menciona Alvo Dumbledore, criando especulações de uma possível aparição na nova franquia que, segundo a Warner, possuirá três filmes.

A estreia está prevista para 17 de novembro. Assista ao trailer:

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