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It Pop elege: os 10 melhores álbuns do ano (até agora)!


Depois de nos reunirmos e listarmos os 10 melhores singles do ano (até agora), a equipe do It Pop foi convocada no nosso Quartel General para elegermos os 10 melhores CDs do ano (until now). Mas antes de irmos à lista temos algumas considerações a fazer.

A) A lista não tem o "BEYONCÉ" porque essa é uma lista com álbuns de 2014 e o último álbum da Honey B foi lançado em dezembro do ano passado;
B) A lista não tem o "Ultraviolence" nem o "A.K.A." porque eles acabaram de sair (vazar, na verdade), e precisamos de um tempo para absorver um álbum e deixar o hype passar;
C) A lista, como qualquer outra, não conta realmente com os dez MELHORES álbuns do ano pelo simples motivos que 1) é você que tem que escolher os seus álbuns favoritos e 2) aqui é apenas a reunião dos álbuns mais citados pelos nossos blogueiros, numa seleção mais abrangente possível, então não se chateie com a ordem e/ou os selecionados, porque nem nós mesmos concordamos integralmente com a lista.

Entendido? Beleza então, agora podemos ir à lista completa com os 10 seletos álbuns que brilharam no ano com comentários seduzentes de Gustavo Hackaq, Guilherme Tintel, Faruk Segundo e Guilherme Calais. And the Grammy goes to...

10º  "Helios", The Fray


Se para muitos ainda é uma surpresa a banda The Fray existir, imagina saber que eles são donos de um dos melhores álbuns do ano. Bebendo da água de Ryan Tedder, que produziu o carro-chefe do seu novo disco, "Love Don't Die", a banda voltou com o "Helios" sem fazer muito barulha, mas disposta a mudar esse cenário, se adaptando às rádios atuais, sem perder características marcantes dos seus trabalhos anteriores. O resultado, como pode ver vendo o disco nesta lista, não é menos que surpreendente. E bem radiofônico.


9º "G I R L", Pharrell Williams


Depois de produzir para meio mundo nos últimos anos e inclusive ganhar seu segundo Grammy de "Produtor do Ano" em 2014, Pharrell Williams colocou em suas costas um peso muito grande ao anunciar o lançamento de seu segundo discos de inéditas. O cantor, que está por trás de grandes sucessos do cenário musical (como os smashes "Blurred Lines" do Robin Thicke e "Get Lucky" do Daft Punk), corria o risco de soar igual ao restante de suas obras. Mas a verdade é que o produtor estava apenas preparando o terreno das rádios para “G I R L”, um CD totalmente recheado de hinos feitos para homenagear, do seu jeito, todas as mulheres que fazem parte de sua vida.


8º "Ghost Stories", Coldplay


Poderia um pop rock ter elementos eletrônicos incluídos sem perder a essência? Não só poderia, como foi exatamente essa a proposta do "Ghost Stories", disco recém lançado do Coldplay. Fica evidente, pelas próprias produções, que Chris Martin e sua turma decidiram dar um toque contemporâneo ao som da banda, sem exageros. Prova disso é a fantástica "A Sky Full Of Stars", faixa escolhida como segundo single do trabalho e que foi produzida por Avicii (um DJ no disco do Coldplay, gente!11). Os caras ousaram e acabaram conseguindo executar a tarefa de inovar na medida certa, o que faz do álbum um orgasmo sonoro do início ao fim.


7º "Little Red", Katy B


Entre hinos e canções normais, a britânica Katy B trouxe para o segundo álbum da sua carreira, o melhor que já havia mostrado no seu debut, e novos elementos que trazem o nome da ruivinha como uma das grandes apostas pro ano. Uma Katy menos famosa do mundo da música escancarou pra todos que de pequeno, seu novo álbum "Little Red" só tem o nome. E é nesse pequeno grande álbum que temos "Crying For No Reason", uma obra-prima de arrependimento que derruba até mesmo aqueles que já rolaram no fundo com Adele.


 6º "A Perfect Contradiction", Paloma Faith


Paloma Faith há tempos já provou ser um dos grandes nomes na música inglesa com seu jazz/pop dos deuses. Depois de dois álbuns magníficos, "Do You Want The Truth or Something Beautiful?" e "Fall To Grace", a britânica, ao que tudo indicava, não conseguiria se renovar e até mesmo cairia na mesmice, mas ela conseguiu fazer um álbum perfeito e inspiradíssimo (olhem essa capa). "A Perfect Contradiction" mescla tudo que a cantora já fez com novos tons, que vão desde Pharrell - que produziu o lead single "Can't Rely On You" - até Amy Winehouse, com melodias, acordes e até mesmo vocais parecidos com Amy. Pra ser obra-prima mesmo, só faltou o álbum vir com uma garrada de uísque na versão Deluxe.


5º "Sheezus", Lily Allen


Lily Allen está muito longe de se tornar uma divindade, mas com a ajuda dos seus fãs, um trocadilho com o Kanye West e muito bom-humor, faz isso se tornar realidade em "Sheezus", o seu mais novo álbum. Recheado de hype, o retorno da cantora aconteceu com a canção "Hard Out Here", onde alfineta em seu clipe a própria indústria, além do dono do smash hit de outrora, Robin Thicke, e é assim que ela segue no novo material, também falando sobre as competições do mercado e, claro, o amor. Ah, o amor. É um disco completão, indo do trap ao dubstep, sem perder a vertente melódica que a consagrou.


4º "Kiss Me Once", Kylie Minogue


Nem tão inovador, mas de forma alguma, ruim. Kylie Minogue aposta na velha fórmula de dances pop e baladas românticas em seu "Kiss Me Once", um dos álbuns mais redondos da australiana na sua longa carreira. Aliás, talvez seja esse o motivo pro disco aparecer na maioria das listas individuais dos nossos editores, até porque, Kylie é Kylie, né?! Com alguns hinos subestimados, como "Into The Blue" e "I Was Gonna Cancel", além dos hinos amados pelos povos, como "Les Sex" e a lap-dance theme "Sexercize", o novo álbum de Kylie é puro pop açúcar despretensioso e delicioso.


 3º "Glorious", Foxes


Novas apostas para o cenário pop surgem a todo momento e com a velocidade da informação na internet, o que mais temos são essas cantoras sendo atropeladas umas pelas outras, enquanto mal temos tempo de realmente consumir tudo de forma saudável, mas vira e mexe uma delas consegue encontrar uma via livre, saindo na frente, e então ganha a nossa atenção por completo. Foxes é uma delas. Dona dos vocais de "Clarity", do Zedd, a cantora despontou como uma aposta desde o single "Youth", extraído do EP de mesmo nome, e daí em diante só precisava garantir que não tiraríamos os olhos dela. Não tiramos. Seu disco de estreia, "Glorious", só comprova o quão certeiros fomos, pegando bastante do que já escutávamos com Florence + The Machine e Lykke Li, trazendo aqui ou ali alguns acréscimos que, mais pra frente, farão a diferença no decorrer de sua carreira.


 2º "The New Classic", Iggy Azalea


A rapper australiana pode até não ter um clássico moderno em mãos, mas seu disco de estreia, "The New Classic", promete não nos deixar tão cedo. Composto por singles como "Change Your Life", com o T.I., "Work" e "Bounce", além do smash hit "Fancy", o material de estreia de Iggy Azalea a deixa em extrema notoriedade, provando para os que duvidaram que ela é sim um nome em potencial para manter esse "hip-pop" mainstream-nizado pela Nicki Minaj e ainda deve deixar muita gente para trás.


1º "No Mythologies To Follow", MØ


Veio da Dinamarca nossa principal revelação de 2014 - pelo menos até agora. MØ já entrou no mundo da música com força: seu debut EP, "Bikini Daze", com participação de Diplo, a catapultou para a mira dos holofotes mundiais e aumentou a expectativa pelo seu debut album, o magistral "No Mythologies To Follow". Cheio de pensamentos, memórias adolescentes conturbadas, sintetizadores e vocais cavernosos, o álbum é o frescor que não achávamos precisar, porém, depois de ouvido e re(re-re-re-re)ouvido, é um exemplar que já marcou 2014 e que veio no momento certo. Com hinos para dar e vender ("XXX 88", "Don't Wanna Dance", "Slow Love", "Waste of Time", "Red In The Grey" e tantos outros), MØ(zão) veio para ficar.

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Destruidores mesmo, viu? Esperamos que você tenha amado/sido a seleção. Os comentários estão abertos para discussão sobre aqueles que faltaram (ficaram de fora vários álbuns lindos porque né Brasil, só 10 posições é bem limitado), mas vambora fazeno porque deus disse faça por onde que eu te ajudarei. Caso você não conheça ainda algum dos álbuns listados é só clicar no link constado em cada título para ir ao stream completinho do mesmo, ou seja, não tem desculpa. Beijos prismáticos!

Album Review: a reinvenção do The Fray e seu brilhante retorno com o CD "Helios"


Faz muito tempo que não ouvimos falar na The Fray ou qualquer vestígio de um hit da banda que, em outrora, emplacou sucessos como "Over My Head", "How To Safe A Life" e "Never Say Never", mas para a nossa surpresa, os caras retornaram nesse ano com o disco "Helios" e prontos para nos lembrar que continuam tão bons quanto antes ou ainda melhores.



Inicialmente promovido pelo single "Love Don't Die", uma produção que marca a revitalização do som dos caras com a produção do hitmaker e vocalista do OneRepublic, Ryan Tedder, "Helios" foi oficialmente lançado no dia 25 de fevereiro desse mês, mais uma vez pelo selo Epic Records, e sucede o disco que passou praticamente despercebido em 2012, mesmo que com uma boa colocação nas paradas da Billboard, "Scars and Stories". Mas e então, até aonde poderão as novidades deste novo disco atiçar a curiosidade do público que, aparentemente, não está lá tão interessado neste retorno da banda? É isso o que você vai descobrir agora, com a nossa crítica ao disco que, já adiantamos, vale não só o play, como também a espera dos que ao menos sabiam que um novo álbum viria nesse ano.

"Hold My Hand" abre o disco "Helios" ao melhor estilo The Fray. A forma com que a bateria e guitarra se casam soa perfeitamente atual, enquanto os vocais de Isaac não nos deixam esquecer: são eles mesmo que estão de volta. Na sequência, somos apresentados ao primeiro single do álbum, "Love Don't Die", com a grata surpresa de ter Ryan Tedder envolvido na produção. Os primeiros acordes logo sugerem algo mais energético, o início de um longo vôo, enquanto a percussão gradual denuncia os traços de Ryan, que faz dessa a música mais OneRepublic já lançada pelo The Fray — isso é uma ótima coisa, caso se questionem. Desafiado pela nova fórmula, é Isaac quem também precisa sair da sua zona de conforto e aqui flexiona muito bem seus vocais roucos, numa divertida variação entre notas mais graves e até alguns falsetes. Que música!



"Give It Away" continua com o sopro de ar fresco que a carreira da banda implorava há um tempo, com um funky dançante e guitarras, que poderiam, facilmente, ter saído de algo do Maroon 5. Neste ponto, também é notável o fato das letras estarem bem acessíveis, com refrões que fariam um trabalho e tanto nas rádios. É em "Closer To Me" que voltamos ao bom e velho The Fray, outra vez rendidos aos acordes que não se deixam ofuscar pelos vocais de Isaac. Mais contida, as batidas também dão o ar de sua graça, numa variação que ora explode, ora abre espaço pra que a guitarra faça seu trabalho, aqui nos remetendo ao que Kings of Leon tem feito em seus últimos lançamentos.

De volta ao clima mais animado, em "Hurricane" eles testam algo eletrônico, em meio a uma letra sobre a mulher que é um "furacão". Ele sabe que ela é um perigo e pode te fazer mal, mas não resiste em correr atrás dela. Tudo soa tão radiofônico que cogitamos ser outra participação de Ryan, que trabalhou apenas no primeiro single "Love Don't Die", mas só devemos agradecimentos a própria banda desta vez, que parece ter feito muito bem a lição de casa. Nossa parte favorita é na entrada dos primeiros três minutos, naquela ascensão com palmas, sintetizadores e um tímido coro, até que tudo explode no glorioso refrão.



Mantendo esta ideia mais eletrônica, "Keep On Wanting", "Our Last Days" e "Break Your Plans" soam como uma sequência de hinos em potencial, numa inimaginável mistura do que a banda The Killers faria com o repertório do Coldplay. Respeitando a ordem, os synths ainda são mais marcantes em "Keep On Wanting", caminhando para algo menos notável até que quase inaudível em "Break Your Plans", a baladinha mais orgânica do material e que melhor revive os tempos dourados de "Over My Head"/"Never Say Never".



"Aonde quer que isso vá, não importa o quão longe, saiba que você é a música escrita no meu coração". Pode soar bem piegas e é, mas "Wherever This Goes", já no fim do disco, consegue reerguer o clima do disco, em outra fórmula que pode soar como tudo, menos The Fray, ainda que a banda não se perca em meio a algo tão distante da sua realidade. A percussão, aqui retirada de algo do último álbum do Arctic Monkeys, não nos permite imaginá-la funcionando nas rádios, mas ao menos renderia um momento incrível ao vivo. Outra que também deve soar muito bem em palco é a introspectiva "Shadow and a Dancer", onde eles passeiam, mais uma vez, por algo mais próximo do que imaginaríamos nas mãos do Coldplay, E ACERTAM. 



Encerrando o disco, "Same As You" é introduzida por meio de uma percussão ainda contida, que parece anunciar algo grande, épico, e um instigante coro pra lá de distante. Pouco a pouco, a canção cresce, contando com a aparição dos primeiros acordes e mais sintetizadores, enquanto Isaac também se mostra disposto a arriscar outra vez, testando outras flexões com seus vocais. Após a segunda passagem de seu refrão, tão calmo que mal parece integrar o mesmo disco que ouvimos anteriormente, o coro, antes distante, passa a se aproximar, e as batidas crescendo cada vez mais, os sintetizadores cada vez mais notáveis e a percussão cada vez mais sensível. Dando ao disco um fim talvez não impactante, mas assombrosamente cativamente. "Você pode dançar se quiser".



Por fim, segundo a mitologia grega, Hélio (em inglês, Helios) é a personificação do Sol e quando encarnado em um novo disco da banda alternativa hoje não tão relevante quanto em anos anteriores, tem a missão de fazê-los brilhar, ser a novidade que ansiamos após uma longa noite chuvosa, e cumpre com o que lhe é proposto. Ultimamente, o que mais temos visto são bandas buscando por algo mais alternativo, mirando vender no tão famigerado nicho indie, e aqui vemos justamente o contrário, com os caras fazendo valer a sua persistência em meio a um experimentalismo pop, que passeia de OneRepublic à Coldplay, o que já nos rende uma leva de ótimos refrões. A gente não sabe se "Helios" vai mesmo reerguê-los como uma Fênix, com suas asas que flamejam o calor de Hélio, mas garantimos estar bem satisfeitos apenas por tê-lo lançado e disponível para a nossa audição, pois é um álbum e tanto!

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