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Artistas reagem e compartilham seus tributos ao falecimento de SOPHIE


Diversos artistas despedem-se de SOPHIE com mensagens de afeto, lembranças e luto.

Como já noticiado, neste sábado, 30, a humanidade perdeu uma alma extraordinária, uma pessoa visionária. O falecimento de SOPHIE deixou uma lacuna no mundo da música que jamais será preenchida. Para os fãs, admiradores, e acima de tudo, para os amigos e familiares, uma perda inestimável.

Vários artistas, admiradores do trabalho da produtora e amigos íntimos se manifestaram nas redes, se despedindo de SOPHIE com mensagens ternas e depoimentos de momentos únicos. Aqueles que tiveram o privilégio de poderem chamá-la de amiga reservaram um tempo de seu dia para relembrar seus feitos em vida.  

Cantores ao redor do mundo, como Rina Sawayama, ARCASam Smith, Jessie Ware, Christine and The Queens, Mykki Blanco, Grimes, Brooke Candy, Danny L. Harle, e outros se manifestaram em suas diversas redes sociais.




“Que privilégio foi poder compartilhar esses momentos com você. Backstage da Pop 2 Londres. Obrigada, SOPHIE, por tudo." Escreveu Rina Sawayama em seu twitter.


"Ela inventou um novo estilo e som e sua influência viverá para sempre na música. Ela me inspirou muito. Descanse em paz, Sophie."
— Slayyyter via redes sociais.

"Sophie, a notícia da tua morte parece irreal, e ainda estou tentando processar a sensação de perda. crescer ao seu lado ajudou-me a sentir-me menos sozinha ao longo dos anos. Sentirei muita falta da nossas correspondências. Ter feito música juntas é uma experiência formativa que sempre estimarei. Sua genialidade, brincadeiras, ousadia e visão continuam a brilhar através da extensão de sua arte. Apesar da tristeza que me oprime ao escrever isto, o sentimento mais profundo que quero expressar é o de gratidão a você: obrigada por compartilhar sua luz com todos nós através de sua criatividade. Eu te mantenho perto do meu coração para sempre. Em virtude da divindade que alcança através do infinito: nós te celebramos, espírito gêmeo". Arca em seu Instagram


"Notícia de partir o coração... Estou sem palavras... RIP Sophie."
— CupcaKKe via redes sociais.


Em em Instagram, Sam Smith publicou um texto sobre a cantora: “Notícias de quebrar o coração. O mundo perdeu um anjo. Uma verdadeira visionária e um ícone de nossa geração. Sua luz sempre vai continuar a inspirar muitas gerações que estão por vir. Meus pensamentos estão com a família e amigos de SOPHIE neste momento difícil.” A mesma postagem foi compartilhada por Dua Lipa em seus stories.
 


Christine também lastimou a perda de SOPHIE, em seu post ela escreveu: “SOPHIE foi uma produtora estrelar, uma visionária, uma referência. Ela se rebelou contra a maré heteronormativa da sociedade sendo um absoluto triunfo, tanto como artista quanto como mulher. Eu não consigo acreditar que ela se foi. Nós precisamos honrar e respeitar sua memória e seu legado. Valorize os pioneiros.

 

 

Mykki Blanco relatou suas memórias com SOPHIE em uma viagem de verão: “Neste verão, em Atenas, alguns velhos amigos meus fizeram uma pequena reunião naquele lindo apartamento no terraço do centro. Um daqueles tipos de situações cinematográficas em que o prédio parece estar em ruínas, vinhas e plantas verdes florescendo e se retorcendo e crescidas demais na varanda. Arte por toda parte, almofadas e tapetes e tecidos, um cenário bem boêmio. Sophie estava calmamente aninhada em uma cadeira segurando a mão de sua namorada, moletom preto com capuz. Todo mundo lá estava animado, o verão durante a pandemia, quando todos estávamos sedentos por interação social e toda a normalidade de apenas estarmos juntos. Eu estava na varanda por provavelmente 35 minutos falando merda antes de sua voz calma dizer "Mykki, é a Sophie". Ela sabia que eu não a tinha reconhecido com seu capuz nas sombras. Ela era furtiva, mas penetrante e sempre magnética quando você a fazia falar, de fato e muito direta, mas gentil, bastante tranquila na verdade. Eu não via Sophie desde o Primavera Sound. Ela me apresentou a sua namorada que era adorável, explicou que ela estava morando em Atenas, gostando, tentando como todos nós dar sentido a 2020. Foi um ótimo grupo juntos naquela noite, nós dançamos, bebemos, tomamos cetamina, dançamos mais forte. Um bando de garotas iria para uma vila em Crete pela manhã, talvez Sophie e sua namorada viessem se juntar a nós. Eu mergulhei e perdi meu voo. Esta é uma notícia trágica para alguém que realmente mudou a música no curto período de tempo que esteve nesta terra. Descanse em paz, mana."


 

"Gentil, talentosa, bonita e inspiradora. Essas são as palavras que eu usaria para descrever minha amiga Sophie. RIP 🌹."
— Brooke Candy via redes sociais.


"SOPHIE era uma artista verdadeiramente holística. A influência dela é imensurável e eu estou honrado em tê-lo conhecido."
— Danny L Harle em homenagem a SOPHIE suas redes sociais.


"Não consigo parar de chorar o suficiente para saber o que dizer Imortal pela arte." Grimes, pelo seu Instagram. 


"Esta notícia da SOPHIE é realmente uma merda... além de ser uma gênia literal, ela era apenas uma pessoa genuinamente atenciosa."
— Shamir via redes sociais.


"A música perdeu um dos verdadeiros grandes nomes modernos. O mundo perdeu uma pessoa muito especial. Notícias realmente esmagadoras. Todos os clubes estariam tocando SOPHIE. Descanse no poder, você conquistou o respeito de todos pelo incrível trabalho que criou em seu curto período de tempo aqui."
— Allie X através de suas redes sociais.

 

“Pensando na última vez em que vi SOPHIE na França. Lembro-me dela saindo do palco enquanto eu entrava. Ela estava usando couro envernizado. Nunca me lembro o que alguém estava vestindo, mas lembro-me disso e de como ela era linda em todos os sentidos."


"A perda de Sophie é enorme. Ela está na vanguarda há muito tempo e vemos sua influência em todos os cantos da música. Se você não está ciente do que ela fez, então hoje é o dia para ouvir todo o seu trabalho brilhante. Você ouvirá uma artista que chegou antes de todo mundo.
Eu nunca estive na mesma sala que Sophie, mas senti sua presença inúmeras vezes em seu trabalho.
É raro vivermos ao mesmo tempo como uma artista tão verdadeiramente singular. Se é o som real de seu trabalho que é a definição de novo, ou o sentimento por trás dele... foi lendário durante sua vida e continuará a ser muito pra frente.
Para mim, a genialidade de Sophie foi como ela pegou esse conceito de maior, mais brilhante, mais difícil... uma ferramenta que tantos têm usado cinicamente, e a tornou brilhante e desafiadora. Ela usou algo de uma maneira totalmente nova que estava sendo mal utilizada por muito tempo. Ela é uma salvadora do pop por isso."
— Jack Antonoff (Bleachers) comentando sobre a perda da SOPHIE.


No Brasil, artistas como Clarice Falcão, Frimes, CHAMELEO e Pabllo Vittar também deixaram suas homenagens e despedidas.

 

 


 Em seus stories Pabllo Vittar postou a capa do primeiro álbum de SOPHIE


Pabllo Vittar em seus stories.

 

    Eterna em sua arte, e no coração de todos seus amigos, fãs e familiares. Descanse em paz, SOPHIE.

SOPHIE morre aos 34 anos, com legado que transpassa a cultura pop

Madonna estava de olho no pop do futuro quando, em meados de 2014, escalou o produtor Diplo para arquitetar seu novo disco, “Rebel Heart”. Na época, Diplo estava no hype pelos trabalhos com seu projeto de música eletrônica, Major Lazer, e já detinha o título de visionário por sons que emprestavam elementos do afrobeat ao pop europeu, tendo influenciado artistas como Beyoncé (“Run The World”) e construído novas sonoridades ao lado de M.I.A (“Paper Planes”, “Bucky Done Gun”).

Para esse disco, a dupla trabalhou em faixas como “Living For Love” e “Unapologetic Bitch”, até que a Rainha do Pop quis ir além e pediu pra que o produtor te mostrasse o que houvesse de mais louco na música pop atual. Ele? Chegou com o que se tornou “Bitch I’m Madonna”, com um arranjo que fascinou a artista, não pelas batidas de Diplo, mas, sim, pelo visionismo de uma outra artista que o cara já estava de olho: uma cantora e produtora da Escócia, chamada SOPHIE.

No mesmo ano em que “Bitch I’m Madonna” chegava ao público, SOPHIE lançava também seu primeiro registro, “Product”: uma coleção com os sons, conforme descrito por Madonna, mais doidos que a música pop poderia comportar, com sintetizadores que passeavam entre o industrial e o subgênero que só veio ganhar um nome oficialmente anos depois, a “pc music” ou, de acordo com as tags do Spotify, “hyperpop”.

Desde então, foram muitas as artistas que trabalharam ou foram influenciadas por SOPHIE. Rihanna, quando quis transgredir seu som no disco “Anti”, foi apresentada à produtora, trabalhando em faixas que nunca viram a luz do dia. O mesmo rolou com Lady Gaga, que passava por um processo parecido na busca pelo pop perfeito em “Chromatica”. E, claro, Charli XCX, que viu seu som se transformar da água para o vinho desde que começou a colaborar com a artista no EP “Vroom Vroom” e nunca mais fez música pop à moda antiga.

Mesmo no Brasil, o som da artista atraía a atenção e se tornava referência. Fã de pc music, Pabllo Vittar explorou a influência da musicista escocesa em faixas como “Buzina” e “Ponte Perra”, dos seus dois últimos álbuns. Produtor de música eletrônica, Mulú trouxe os timbres de SOPHIE para o funk em músicas como “Foi bom te encontrar”, com o MC Flavinho, e remixes lançados através do seu Soundcloud alternativo, “Omulu Remisturas Extras Ordinárias LTDA”. E até no 150bpm ela teve vez, como foi o caso desse remix de “Hard”, assinado pelo produtor brasiliense kLap.

Em 2019, a artista se tornou uma das primeiras artistas trans a ser indicada ao Grammy, por seu disco de estreia, “Oil of Every Pearl's Un-Insides”, e para esse ano, com a ascensão do hyperpop e outros artistas influenciados por sua sonoridade, incluindo nomes como 100gecs, Rina Sawayama, Arca, entre tantos outros, se preparava para a estreia do projeto audiovisual “Transnation”, que viria a ser um dos seus maiores trabalhos.

Toda essa jornada, entretanto, foi abruptamente interrompida com o falecimento da artista que, aos 34 anos, se viu vítima de um acidente que chocou seus fãs e artistas na manhã deste sábado, 30, após um anúncio de sua própria gravadora, que pediu por orações e respeito a privacidade de seus amigos e família. Segundo o comunicado, SOPHIE, que escalou a música pop até encontrar fronteiras nunca antes enfrentadas, buscava o ponto mais alto que pudesse alcançar para ver de perto a lua e, tal qual Ismália de Alphonsus de Guimaraens, sofreu uma queda que, com todos os eufemismos possíveis, a permitiu se aproximar do brilhante satélite.

Um dia triste para os fãs de música pop e para a história da cultura recente que, sem o menor exagero, perde uma das maiores e mais relevantes artistas da nossa geração, que nunca esteve fazendo arte para os dias atuais, pois sempre esteve com a mente e ouvidos no futuro. Nos permitindo parafrasear a sua própria obra, “tá tudo bem chorar.” Ou, considerando o legado e influência imaterial que perdurará por tantas outras canções, que seja como “just like we never said goodbye”.

3OH!3 está de volta e ao lado do 100 Gecs em “Lonely Machines”, primeiro single do seu sétimo disco


Você dificilmente viveu o final dos anos 2000 e comecinho dos 10’s sem ter cantado e dançado ao som de hits como “DONTTRUSTME”, “My First Kiss” e “Starstruck”, esses dois últimos contando com vocais delas que eram artistas revelações da época, Kesha e Katy Perry, e a assinatura mais do que perceptível deles: Sean Foreman e Nathaniel Motte, o duo 3OH!3.


Uma década e outros dois discos depois, “OMENS” (2013) e “Night Sports” (2016), eles estão de volta pra pegar o que é deles no auge dessa era em que se tornou socialmente aceito se dizer emo e, botando na mesma conta, reconhecendo a grandiosidade do que foi toda essa época “pop de MySpace”, que também revelou artistas como Cobra Starship, Forever the Sickest Kids, Cash Cash e, no Brasil, ainda Cine, Volk e Restart, pra citar algumas.


“Lonely Machines” é o primeiro single do 3OH!3 em quatro anos e, neste retorno, eles vieram acompanhados de Laura Les e Dylan Brady, do duo caótico 100 Gecs que, atualmente, faz com o pop a mesma virada de cabeça pra baixo que eles faziam lá em 2009, mas para os tempos atuais.


Um verdadeiro encontro de gerações, a música mescla o arranjo eletrônico que nos leva diretamente para a época dos outros hits citados com as camadas de vocais distorcidos já familiares aos fãs dos Gecs, ao exemplo de hits virtuais como “Money Machine”, “gec 2 Ü” e “Stupid Horse”.


Ouça “Lonely Machines”:


Robyn e Jónsi flertam com a PC Music na experimental “Salt Licorice”


Fundador da gravadora ‘PC Music’, o produtor, cantor e compositor AG Cook têm sido super produtivo nessa quarentena e, passado o lançamento dos seus discos “7G” e “Apple”, além de suas produções para Charli XCX (“how i’m feeling now”) e Christine and The Queens (“La Vita Nuova”), o músico dividiu estúdio com a sueca Robyn para a sua parceria com o Jónsi, do Sigur Rós, “Salt Licorice”.

Revelada nos streamings nessa semana, a música faz parte do disco solo de Jónsi, todo assinado por Cook, “Shiver”, e afasta a dona de “Honey” do house que vinha explorando em suas últimas colaborações para flertar com seu pop explosivo e experimental, que muito bebe de fontes que ela mesma transbordou em álbuns anteriores.

Com clipe produzido durante o isolamento, dirigido pelo próprio Jónsi, “Salt Licorice” tem tudo para garantir o seu lugar entre algumas das melhores faixas desse ano.


Drag maranhense, Frimes, soa como uma Britney Spears desbocada em seu novo single, “XOXO”

De Slayyyter a Rina Sawayama, o hyperpop nunca escondeu sua influência vinda dos anos 2000 e, invocando o melhor e mais sensual de artistas como Britney Spears, Paris Hilton, Lindsay Lohan e outras dessa geração, a drag maranhense Frimes eleva o formato com seu novo single, “XOXO”.

Desta vez distante das batidas estouradas e desconstruídas de suas músicas anteriores, inspiradas pela pc music, “XOXO” traz uma Frimes muito mais pop e radiofônica, mas sem perder a essência ousada e, literalmente, sexual, também presente em singles como “Fadinha” e “Big Fat Dick”.

No ano em que Rina Sawayama fez acontecer faixas como “XS” e “Comme Des Garçons”, Frimes chega pra servir o que tanto consumimos do mercado gringo e prova, mais uma vez, o quanto está a frente do nosso cenário atual, soando como um nome que tem tudo pra fazer história.

Fugindo do isolamento, festa brasileira de ‘pc music’, Trophy, fará sua primeira edição virtual no ZOOM

Com saudade de uma festa, né minha filha?

Como não é novidade pra quem acompanha minimamente os noticiários, o mundo está no meio de uma pandemia em que, para nos mantermos saudáveis e diminuirmos ao máximo o número de transmissões, a ordem é ficar em casa.

Pensando nisso, não tardou até que artistas e DJs apostassem nas “lives” pelo Instagram, Facebook e Youtube para continuarem trabalhando e, também, entretendo seu público, que agora dará um passo ainda maior nessa nova forma de usufruir das festas e shows em tempos de isolamento.

Realizada em São Paulo desde o ano passado, já tendo passado pelos clubes Orfeu, Alberta #3 e ZIG duplex, onde acontece atualmente, a festa de pc music Trophy, produzida por Guilherme Tintel e Janaína Duarte, foi além e no próximo dia 24 fará a sua primeira edição totalmente virtual pela plataforma ZOOM.

+ SAIBA MAIS NO EVENTO DO FACEBOOK

O site e aplicativo, até então utilizado para reuniões corporativas, se tornou uma das principais alternativas para esses tipos de eventos a distância, tendo um grande diferencial em relação aos outros serviços de transmissão ao vivo: com ele, todos podem compartilhar suas telas em tempo real, não apenas assistindo a transmissão, mas, sim, participando, assim como faria na vida real.



Referência para a festa brasileira, alguns dos maiores exemplos de eventos bem sucedidos na plataforma são do Club Quarentine, uma casa noturna virtual, que nasceu dentro do site e, com foco no público queer, têm realizado festas toda semana, já tendo contado com a apresentação de artistas como Charli XCX e Pabllo Vittar.

No Brasil, outro destaque recente foi a Boate aZoom, idealizada pelo DJ e produtor Omulu, que apostou na plataforma para uma edição virtual da sua festa itinerante, Arrastão, na qual tocou com o também produtor Sydney Sousa.



Com foco na chamada ‘pc music’ e tendências e novidades da música pop, a “cyber” Trophy conta com um evento no Facebook, onde concentram todas as informações sobre a festa, incluindo uma senha que será anunciada somente no dia do evento, dando acesso a sala onde todos poderão se encontrar e curtir juntos, apesar do isolamento.

No Spotify, a playlist “Não uso drogas, ouço PC Music”, dá uma prévia do que os DJs costumam tocar por lá:

Do Soundcloud para o Coachella: quem serão os representantes da “PC Music” no festival

Falta pouco mais de dois meses para a edição deste ano do Coachella, mas, na última quarta-feira (02), o festival já adiantou a escalação musical completa dos seus dois finais de semana e, com algumas positivas surpresas, as principais performances do evento ficarão à cargo de Childish Gambino, Tame Impala e Ariana Grande.

Em meio a rumores sobre uma performance surpresa de Rihanna e um convite recusado por Kanye West, que não aceitou se apresentar no palco convencional do festival, a edição de 2019 ainda trará nomes como Solange, Janelle Monáe, The 1975, Diplo, J Balvin e do girlgroup sul-coreano Blackpink. Mas nossa atenção MESMO, se voltou para os nomes ainda menores do cartaz: os representantes da chamada “PC music”.

Como já falamos por aqui algumas vezes, a PC Music é um subgênero da música pop, que carrega influências que vão do europop 90s ao bubblegum bass e música japonesa, e nos últimos anos teve sutis aparições nos trabalhos de alguns artistas bem conhecidos, como foram os casos de Madonna e a sua “Bitch I’m Madonna” e Charli XCX em faixas como “Vroom Vroom” ou sua recente “1999”, com Troye Sivan.
De 2018 pra cá, outros artistas conhecidos viraram sua atenção para o estilo e, futuramente, ainda devem explorá-lo em seus novos trabalhos, incluindo divas como Rihanna e Lady Gaga.

No Coachella, por sua vez, serão três os representantes deste estilo entre as atrações do festival: uma das suas principais produtoras e indicada ao Grammy, SOPHIE; a banda britânica Kero Kero Bonito e o duo inglês Let’s Eat Grandma.

Uma das maiores apostas da PC Music para este ano, a produtora londrina SOPHIE é também uma das principais difusoras do gênero entre as grandes estrelas. Ela é o nome por trás dos trabalhos de Charli XCX neste estilo e também foi quem trabalhou com Diplo na faixa “Bitch I’m Madonna”, de você sabe quem. Em 2017, esteve em estúdio com Rihanna e, atualmente, também produz músicas para o novo disco de Lady Gaga, que deverá ser revelado ainda neste ano.



Como intérprete, lançou em 2018 seu disco de estreia, “Oil of Every Pearls Un-Insides”, com o qual garantiu a sua primeira indicação ao Grammy, sendo também a primeira mulher trans nomeada na história da premiação.

Com influências que vão do j-pop (pop japonês) ao dancehall, o som do trio Kero Kero Bonito é resultado do background multicultural de seus integrantes: a vocalista nipoinglesa Sarah Bonito e os multinstrumentistas londrinos Gus Lobban, que também atende pelo projeto paralelo Kane West, e Jamie Bulled.



Em sua discografia, possuem dois registros: o chiclete e eletrônico “Bonito Generation” (2016), onde mais se aproximam dos outros trabalhos inspirados pela PC music, e o recente “Time n’ Place” (2018) em que, além dos sons eletrônicos, aderem também aos violões e guitarras, alcançando um som mais “cru”, que provavelmente ditará o rumo do seu show no festival.

Let’s Eat Grandma, por sua vez, é um duo britânico formado pelas amigas de infância Rosa Walton e Jenny Hollingworth. Com um som psicodélico e baita experimental, elas exploram do rock eletrônico ao pop em suas mais destrinchadas camadas, como podemos ouvir em seu disco mais recente, “I’m All Ears”, presente entre os nossos favoritos de 2018.



Já aclamadas por veículos como NME, The Guardian e Pitchfork, as meninas têm tudo pra levar os sons da PC music para outro nível no palco do evento, sendo ainda uma boa aposta para se tornarem um nome frequente nos festivais que sucederão o grande Coachella.

Todas as artistas mencionadas por aqui se apresentarão nas sexta-feiras do Coachella, dias 12 e 19 de abril, ao lado de outras novidades do pop, como Rosalía, Gorgon City e as moças do Blackpink, com o rapper Childish Gambino como ato principal. De certo, um dia pra ficarmos atentos e não perdemos nenhuma atração de vista.

Ouça nossa playlist de PC Music na Deezer ou Spotify:

Vai ter PC music no novo disco de Lady Gaga?

Lady Gaga tá de olho em quem tem produzido coisas diferentes na música pop e, enquanto trabalha no seu novo álbum, sucessor do “Joanne”, vem se aproximando de alguns nomes que prometem trabalhos promissores, ainda que criar expectativas nunca seja das melhores ideias.

Um dos nomes que mais nos deixaram animados desde que a cantora começou a revelar detalhes sobre essa nova era é da produtora, cantora e compositora SOPHIE. A londrina chamou a atenção de outras cantoras pop após trabalhar com Charli XCX no EP “Vroom Vroom” e, daí em diante, esteve ao lado de algumas artistas grandes, como Madonna (“Bitch I’m Madonna”) e Rihanna (elas trabalharam para o álbum “ANTI”, mas as faixas foram descartadas).

Tanto com Charli quanto em seus trabalhos solos, um dos diferenciais no trabalho de SOPHIE é a imersão na chamada “PC music”, um subgênero que passeia entre o europop dos anos 90 e j-pop, numa proposta sonora e visual futurista. Em ascensão, principalmente pela internet, o estilo já foi explorado também por nomes como Britney Spears (“How I Roll”), Ariana Grande (“Quit”), Camila Cabello (“Love Incredible”), Carly Rae Jepsen (“Super Natural” e “Happy All The Time”) e (“Nights With You”, “Porsche”, “3AM” e “9”).



Quando publicamos um editorial sobre o estilo aqui no blog, nós dissemos que o passo definitivo da PC music para o mainstream dependeria de alguma cantora grande disposta a investir de vez no subgênero e, ao que tudo indica, parece que esse momento chegou.

Além de SOPHIE, a lista de nomes com quem Lady Gaga tem dividido estúdio ainda inclui Bloodpop, produtor de “Perfect Illusion” e de hits como “Sorry”, do Bieber, o produtor alemão de música eletrônica Boys Noize e o compositor Justin Tranter, que esteve por trás de alguns dos maiores hits pop de 2015 e 2016, incluindo trabalhos com artistas como Selena Gomez, Cardi B e Janelle Monáe.

Vale lembrar que não é de hoje que a hitmaker de “Dancin’ In Circles” é chegada em trabalhar com novinhos do pop. Em “The Fame”, ela colaborou com Skrillex, que remixou seu single “The Fame”; em “ARTPOP”, ela esteve por trás da ascensão de Zedd e Madeon e, com “Joanne”, também começou a sua parceria com Bloodpop, que segue ao seu lado nesta nova fase.



Pra quem quiser ir se familiarizando com a PC music desde já, nós temos essa playlist maravilhosa disponível no Spotify:

Charli XCX e Anitta se encontram no mashup “Malandra In The Morning”

Chegamos com o hino, rapaziada!

Charli XCX não sai do estúdio e, pelos próximos meses, já prometeu revelar mais um monte de faixas inéditas. Mas o que ela provavelmente não esperava era ganhar uma parceria com a brasileira Anitta, que aconteceu no mashup “Malandra In The Morning”.

A brincadeira aconteceu no canal do Youtube ‘Tufos Mashup’, que levou os vocais de Charli em “5 In The Morning” para as batidas do Yuri Martins e Tropkillaz em “Vai Malandra”. E o mais legal é que, só pra variar, a mistura ficou MUITO boa.

Olha só:



Anitta e Charli XCX são contratadas da mesma gravadora, né? Quem sabe mais pra frente não rola uma parceria real? A Charli, a gente já sabe que topa.

Recentemente, quem também caiu no funk graças a internet foi a produtora londrina SOPHIE, responsável por alguns dos trabalhos da Charli XCX com PC Music, como o EP “Vroom Vroom” e várias faixas das mixtapes “Number 1 Angel” e “Pop2”.

Duas faixas do novo disco da cantora foram remixadas pelo brasileiro Omulu, se transformando nesses batidões da porra:



Apoiamos mais misturas de funk com PC Music, sim.

Seu guia definitivo sobre PC Music, a tendência para a música pop de 2017

Quando o dubstep alcançou a camada mainstream da música pop, o público já não sabia o que esperar da próxima tendência para as rádios, visto que o subgênero incorporava da música eletrônica ao rock, com agressivas combinações de samples que, em muitos casos, soavam como se alguém tivesse esbarrado em vários móveis pela casa e registrado toda a barulheira.

Nisso, ainda me lembro de quando o G1 apresentava as atrações do Lollapalooza 2015 e, numa matéria especial, apresentou o quiz: “Skrillex ou barulho de São Paulo?”. E alguns sons realmente davam margem para dúvida.

Na tendência seguinte, entretanto, o que vimos foi a música pop voltar alguns passos, abrindo mão das batidas em excesso para o minimalismo do tropical house, influenciado por vertentes da música jamaicana, caribenha e latina.

Nesta leva, alguns dos nomes que levaram a melhor foram Major Lazer, trio de música eletrônica encabeçado pelo produtor Diplo, Justin Bieber e Rihanna, além de produtores como Felix Jaehn, responsável pelo remix que levou para as paradas “Cheerleader”, do cantor OMI, e Seeb, que assinou a versão hit de “I Took A Pill In Ibiza”, do Mike Posner.



Apesar dessas músicas terem sido lançadas entre a metade de 2015 e começo de 2016, a febre tropical resistiu e, até então, segue revelando outros sucessos, como a parceria do trio Clean Bandit com Anne-Marie e Sean Paul, “Rockabye”, atualmente no topo das paradas britânicas, e a recente colaboração de DJ Snake com Bieber, “Let Me Love You”, mas como toda tendência, ela começou a saturar e, com isso, fica a dúvida quanto ao que será a próxima aposta da indústria. E a resposta, por sua vez, pode ser a absurda e exuberante PC Music.

Encabeçada pelo londrino A.G. Cook, a gravadora independente PC Music foi fundada em 2013, como uma forma de reunir outros produtores que estavam explorando o subgênero e revelá-lo como um só projeto ao público, assinado por Hannah Diamond, Danny L Harle, GFOTY, Lipgloss Twins, Thy Slaughter e EASYFUN.


De sua sonoridade ao visual, o trabalho parece uma mistura dos exageros pop dos anos 90 com o que eles imaginavam que seria a realidade do futuro, resultando numa estética minimalista, porém excêntrica, com os usuais refrãos chicletes da música pop e instrumentais que parecem ter saído de algum programa do Windows 99 (ou daqueles computadores e teclados para criança, que você provavelmente teve em algum momento de sua infância). E isso, pelo incrível que pareça, funciona perfeitamente bem, acompanhado ainda de vocais “pitchados” (modificados para soarem mais agudos) e diversas combinações de samples e sintetizadores.



O nome “PC Music” expressa a ideia das músicas feitas por computadores, como uma oposição às grandes gravadoras, que hoje lidam com o desafio de ter seus grandes artistas e produtores dividindo espaço com nomes novos e independentes nas paradas, rádios e serviços de streaming.

O primeiro trabalho revelado pelo selo foi a coletânea “PC Music, Vol. 1” (2015), que reuniu os feitos de seus produtores e serviu como uma grande introdução ao que estava por vir. Nessa compilação, os destaques ficaram para as faixas de Hannah Diamond, “Every Night” e “Attachment”, além de outras para as quais empresta seus vocais, como “In My Dreams”, do Danny L Harle, e “Keri Baby”, com A.G. Cook.



O diferencial desse trabalho começou a atrair atenção de outros músicos para o projeto e quem não perdeu tempo para se aproximar foi Diplo, que levou as batidas de SOPHIE outro precursor do estilo, para a música “Bitch I’m Madonna”, presente no álbum mais recente da cantora, “Rebel Heart” (2015).



No ano seguinte, foi a vez de Charli XCX se interessar pela novidade, resultando no EP “Vroom Vroom”, também produzido por SOPHIE, com colaborações de A.G. Cook, Hannah Diamond e, entre outros nomes, o sueco Patrik Berger, que já assinou músicas como “Dancing On My Own”, da Robyn, e a parceria da XCX com Icona Pop, “I Love It”.



O breve sucesso foi o suficiente pra que o selo desse seu passo seguinte com o lançamento de sua segunda coletânea, “PC Music, Vol. 2”, agora com vocais de Carly Rae Jepsen (“Super Natural”), Noonie Bao (“Monopoly”) e da chinesa Li Yuchun (“Only You”), revelando um pouco mais de suas influências, que passeia pelo eurodisco noventista, punk-rock inglês e até pop japonês.



Por fora das coletâneas, A.G. Cook e SOPHIE apostaram ainda na estreia da cantora QT, que se chama Hayden Dunham fora dos palcos e, inicialmente, estava apenas em busca de uma música para a divulgação de sua bebida energética, mas gostou da conexão que sentiu com a música e, após o single “Hey QT”, seguiu nos estúdios para trabalhos futuros, assinada pela gravadora XL Recordings, que já revelou nomes como Adele, MIA e The White Stripes.



Depois de Diplo, que chegou a lançar um remix de “Hey QT”, outro produtor que se interessou pela PC Music foi Skrillex, e ele até tentou contratá-los para a sua gravadora, mas sem sucesso.



Charli XCX, após o EP “Vroom Vroom”, começou a produzir seu novo álbum e, em 2017, deve revelar outros trabalhos com os produtores desse selo, incluindo uma parceria com a cantora japonesa Kyary Pamyu Pamyu, chamada “Crazy Crazy”, e Carly Rae Jepsen, em paralelo às gravações do seu novo disco, também emprestou sua voz para músicas inéditas de Danny L Harle, que deverão ver a luz do dia pelos próximos meses.



Com os contatos de Hannah Diamond, A.G. Cook, SOPHIE e Danny se expandindo, será uma questão de tempo até que alguma cantora mais famosa aceite o desafio de introduzir a PC Music nas rádios e, nesse período, outros músicos também deverão se inspirar na sonoridade desses trabalhos. É provável que no próximo ano o subgênero assista sua ascensão definitiva e, na ausência de um adjetivo melhor, isso tem tudo para ser bem louco.

No Spotify, preparamos a playlist “Não uso drogas, ouço PC Music”, com canções que cumprem uma boa apresentação ao gênero.  Ouça e siga abaixo:


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