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Estes foram os vencedores do Oscar 2018

Aconteceu ontem a 90ª edição do Oscar e, apesar da data pedir uma grandiosa premiação, tudo beirou ao ordinário. Com mais de três horas, a celebração nunca pareceu tão massante e repetitiva como antes. Em contrapartida à formula, algumas coisas realmente funcionaram, como a jogada com o jet ski e os discursos curtos. Ah!, Frances McDormand rendeu um dos momentos mais fodas de todas as edições, né?


Mas não estamos aqui para dar um resumão de toda obra, e sim para falar dos vencedores.

Surpreendentemente, a última edição do Oscar foi bem divida, com geral levando pelo menos uma estatueta. Por conta disto, "A Forma da Àgua" levou somente quatro prêmios: Melhor Filme, Direção, Trilha Sonora Original e Design de Produção. "Dunkirk", de Christopher Nolan, entra em seguida com três estatuetas: Montagem, Mixagem e Edição de Som.


Fora os dois mais premiados, os outros destaques ficam também para Jordan Peele levando para a casa o prêmio de Melhor Roteiro Original, sendo o primeiríssimo negro a receber em 90 edições. "Uma Mulher Fantástica", produção chilena, se tornou o primeiro filme protagonizado por uma mulher trans a ganhar um Oscar, sendo ele de Melhor Filme Estrangeiro. 

Você pode conferir todos os vencedores abaixo.

Melhor filme

“Me Chame Pelo Seu Nome”
“O Destino de uma Nação”
“Dunkirk”
“Corra!”
“Lady Bird: É Hora de Voar”
“Trama Fantasma”
“The Post: A Guerra Secreta”
“A Forma da Água”
“Três Anúncios Para Um Crime”

Melhor ator

Timothée Chalamet, “Me Chame Pelo Seu Nome”
Daniel Day-Lewis, “Trama Fantasma”
Daniel Kaluuya, “Corra!”
Gary Oldman, “O Destino de uma Nação”
Denzel Washington, “Roman J. Israel, Esq.”

Melhor atriz

Sally Hawkins, “A Forma da Água”
Frances McDormand, “Três Anúncios Para Um Crime”
Margot Robbie, “Eu, Tonya”
Saoirse Ronan, “Lady Bird: É Hora de Voar”
Meryl Streep, “The Post: A Guerra Secreta”

Melhor ator coadjuvante

Willem Dafoe, “Projeto Flórida”
Woody Harrelson, “Três Anúncios Para Um Crime”
Richard Jenkins, “A Forma da Água”
Christopher Plummer, “Todo o Dinheiro do Mundo”
Sam Rockwell, “Três Anúncios Para Um Crime”

Melhor atriz coadjuvante

Mary J. Blige, “Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississippi”
Allison Janney, “Eu, Tonya”
Lesley Manville, “Trama Fantasma”
Laurie Metcalf, “Lady Bird: É Hora de Voar”
Octavia Spencer, “A Forma da Água”

Melhor direção

“Dunkirk,” Christopher Nolan
“Corra!,” Jordan Peele
“Lady Bird: É Hora de Voar,” Greta Gerwig
“Trama Fantasma,” Paul Thomas Anderson
“A Forma da Água,” Guillermo del Toro

Melhor animação

“O Poderoso Chefinho”
“The Breadwinner”
“Viva: A Vida é uma Festa”
“O Touro Ferdinando”
“Com Amor, Van Gogh”

Melhor roteiro adaptado

“Me Chame Pelo Seu Nome,” James Ivory
“O Artista do Desastre,” Scott Neustadter & Michael H. Weber
“Logan,” Scott Frank & James Mangold and Michael Green
“A Grande Jogada,” Aaron Sorkin
“Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississippi,” Virgil Williams and Dee Rees

Melhor roteiro original

“Doentes de Amor,” Emily V. Gordon & Kumail Nanjiani
“Corra!,” Jordan Peele
“Lady Bird: É Hora de Voar,” Greta Gerwig
“A Forma da Água,” Guillermo del Toro, Vanessa Taylor
“Três Anúncios Para Um Crime,” Martin McDonagh

Melhor fotografia

“Blade Runner 2049,” Roger Deakins
“O Destino de uma Nação,” Bruno Delbonnel
“Dunkirk,” Hoyte van Hoytema
“Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississippi,” Rachel Morrison
“A Forma da Água,” Dan Laustsen

Melhor documentário de longa-metragem

“Abacus: Small Enough to Jail”
“Faces Places”
“Icarus”
“Last Men in Aleppo”
“Strong Island”

Melhor documentário de curta-metragem

“Edith+Eddie”
“Heavens is a Traffic Jam on 405”
“Heroin(e)”
“Knife Skills”
“Traffic Stop”

Melhor animação de curta-metragem 

“Dear Basketball”
“Garden Party”
“Lou”
“Negative Space”
“Revolting Rhymes”

Melhor filme estrangeiro

“Uma Mulher Fantástica” (Chile)
“O Insulto” (Lebanon)
“Desamor” (Russia)
“Corpo e Alma”(Hungary)
“The Square: A Arte da Discórdia” (Sweden)

Melhor montagem

“Em Ritmo de Fuga,” Jonathan Amos, Paul Machliss
“Dunkirk,” Lee Smith
“Eu, Tonya,” Tatiana S. Riegel
“A Forma da Água,” Sidney Wolinsky
“Três Anúncios Para Um Crime,” Jon Gregory

Melhor edição de som

“Em Ritmo de Fuga,” Julian Slater
“Blade Runner 2049,” Mark Mangini, Theo Green
“Dunkirk,” Alex Gibson, Richard King
“A Forma da Água,” Nathan Robitaille
“Star Wars: Os Últimos Jedi,” Ren Klyce, Matthew Wood

Melhor mixagem de som

“Em Ritmo de Fuga,” Mary H. Ellis, Julian Slater, Tim Cavagin
“Blade Runner 2049,” Mac Ruth, Ron Bartlett, Doug Hephill
“Dunkirk,” Mark Weingarten, Gregg Landaker, Gary A. Rizzo
“A Forma da Água,” Glen Gauthier, Christian Cooke, Brad Zoern
“Star Wars: Os Últimos Jedi,” Stuart Wilson, Ren Klyce, David Parker, Michael Semanick

Melhor direção de arte

“A Bela e a Fera” 
“Blade Runner 2049″
“O Destino de uma Nação”
“Dunkirk”
“A Forma da Água”

Melhor trilha sonora

“Dunkirk,” Hans Zimmer
“Trama Fantasma,” Jonny Greenwood
“A Forma da Água,” Alexandre Desplat
“Star Wars: Os Últimos Jedi,” John Williams
“Três Anúncios Para Um Crime,” Carter Burwell

Melhor canção original

“Mighty River” de “Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississippi,” Mary J. Blige
“Mystery of Love” de “Me Chame Pelo Seu Nome,” Sufjan Stevens
“Remember Me” de “Viva: A Vida é uma Festa,” Kristen Anderson-Lopez, Robert Lopez
“Stand Up for Something” de “Marshall,” Diane Warren, Common
“This Is Me” de “O Rei do Show,” Benj Pasek, Justin Paul

Melhor Figurino

“A Bela e a Fera”
“O Destino de uma Nação
“Trama Fantasma”
“A Forma da Água”
“Victoria and Abdul”

Melhores efeitos visuais

“Blade Runner 2049”
“Guardiões da Galáxia Vol. 2”
“Kong: A Ilha da Caveira”
“Star Wars: Os Últimos Jedi”
“Planeta dos Macacos: A Guerra”

Melhor maquiagem e cabelo

“O Destino de uma Nação”
“Victoria e Abdul: O Confidente da Rainha” 
“Extraordinário”

O Oscar nem é tudo isso

Dias atrás fui com a minha mãe assistir “A Forma da Água”, vencedor de quatro categorias no Oscar 2018, incluindo a mais cobiçada da noite: Melhor Filme. Fui na estreia, animada. As expectativas estavam altas. Minha mãe, contudo, não sabia muito sobre do que se tratava o longa, mas foi mesmo assim. Passados 40 minutos de filme, ela vira e diz “acho que vou embora”. Pergunto o porquê e ela diz “nossa, estou odiando esse filme”. Peço para ela ficar até o final e assim ela, claramente entediada, fica.

Quando saímos da sessão, a primeira coisa que ela diz é “nossa, que filme chato”. Minha resposta é: “não sei como não gostou, está indicado a várias categorias no Oscar!”. Numa das minhas reflexões inúteis sobre a vida pensei nesse episódio e em como meu argumento para justificar que o longa era bom foi infeliz. Ela, em momento algum, disse que o filme era ruim tecnicamente. Apenas que era chato. E qual é o problema disso?

O Oscar conta com uma criteriosa (e complexa) votação para escolher os indicados e vencedores da premiação. Não vou me estender muito porque o negócio é bem complicado – e não vou entrar no mérito do justo ou injusto, da realidade e do que seria ideal –, mas um dos processos de escolha pede que os mais de 6 mil membros da Academia elenquem, numa lista, dos que mais gostaram até os menos prediletos. Obviamente os critérios que os levam a escolher filme X em detrimento de Y não são banais (pelo menos espera-se que não sejam). Tudo conta; inclusive, mesmo que numa discreta parcela, os gostos ou conceitos pessoais.

A arte, feliz ou infelizmente, não é como um esporte, que quem faz mais gols, cestas ou pontos, ganha. Então, se não há consenso nem dentro da Academia, que é composta por figurões do mercado cinematográfico, por que minha mãe tem que ter a mesma opinião que eu sobre "A Forma da Água"?

Algo curioso sobre o não-gostar de certo filme é que as pessoas que apreciam tal obra sempre rebatem e tentam explicar porque as que não gostam estão erradas. Com música, pelo menos do que tiro de minhas experiências pessoais, é diferente. Eu, por exemplo, odeio a música “Evidências” com todas as minhas forças. Tenho a infelicidade de ouvi-la em quase todo karaokê, churrasco e fim de festa. É a hora em que todos se abraçam e cantam a todo pulmão este clássico sertanejo e eu só manifesto, para todos à minha volta, o quanto odeio esta canção. A não ser que Freud tenha uma explicação mais profunda para o meu desgosto por “Evidências”, eu, que me conheço há 23 anos, não tenho justificativa alguma para isso. Eu simplesmente não gosto e ponto. Nunca fui indagada por isso.

Porém, com filmes, principalmente aqueles "de arte", o “porquê” é quase inevitável e ai da pessoa que se embananar nos argumentos de resposta. "Ele(a) não entendeu o conceito", dizem. Porque, afinal de contas, não existe a possibilidade de entender o conceito e simplesmente não gostar, não é? Abro, ainda, um parêntese: quantas vezes não criamos pré-conceitos sobre alguém pelo gosto cinematográfico? “É fã de Star-Wars? Ih, deve ser um(a) daqueles(as) nerds bitolados(as)”. “Para gostar de filme baseado em livro do Nicholas Sparks tem que ser aquelas pessoas bem melosas”. Pense bem. Você já fez isso. Eu, pelo menos, já fiz e aproveito esse texto para fazer um mea culpa por todos que julguei, mesmo que inconscientemente, pelo gosto (ou não) por certos filmes ou figuras do cinema.

Mas voltando ao Oscar: por que é tão importante termos os mesmos gostos daqueles que integram a Academia? Precisamos mesmo comprar tudo o que ela nos vende? A resposta é não. O Oscar, mesmo sendo controverso, ainda é a mais importante premiação do cinema e por isso carrega tanto peso e responsabilidade, mas não deve moldar quem somos ou o que gostamos. Ninguém é melhor ou pior por gostar ou não de certas produções. O guilty pleasure não deveria ter o guilty no nome; somente o pleasure. Tudo bem eu, até hoje, gostar da saga "Crepúsculo". Minha mãe continua não gostando de "A  Forma da Água" e deixou isso claro enquanto assistíamos à premiação, já que toda vez que o longa aparecia como um dos indicados à determinada categoria ela dizia "nossa, esse filme é muito chato". E tá tudo bem.

E se os indicados ao Oscar 2018 fossem músicas?

Chegou o dia mais esperado do ano pelos cinéfilos! Dia de Oscar, bebê. E nós aqui do It Pop já estamos preparando o nosso guarda-roupa de gala e estendendo o tapete vermelho na porta da casa. Como um bom leitor, você deve saber que a gente curte música tanto quanto cinema, e então pensamos: o que colocar na playlist antes de chamar a galera para assistir à premiação? E melhor: e se alguns dos indicados a Melhor Filme fossem, ao invés de filmes, músicas da mesma temporada?

Claro que não vamos deixar vocês de fora dos nossos delírios. Saca só a lista que a gente preparou:

Me Chame Pelo Seu Nome (Call Me By Your Name)

Não foi difícil encontrar músicas que se conectassem com o filme dirigido por Luca Guadagnino e estrelado por Timothée Chalamet e Armie Hammer; afinal, canções sobre paixões adolescentes e impulsos sexuais movimentam boa parte da indústria fonográfica. Nossa escolha foi "My My My!", do queridinho indie-pop Troye Sivan. Vamos combinar que o cantor super combina com o filme, né? Qualquer canção dele se encaixaria na trilha musical, e a letra de "My My My!" não poderia ser diferente. Vale lembrar que "Mistery of Love", música de Sufjan Stevens para o romance, está concorrendo à estatueta de Melhor Canção Original.

Lady Bird: A Hora de Voar (Laby Bird)

Troye está para "Me Chame Pelo Seu Nome" tanto quanto Lorde está para "Lady Bird". Alguma dúvida de que as músicas da cantora neozelandesa, que geralmente escreve sobre liberdade e amadurecimento adolescente, não se encaixam na trajetória da nossa querida passarinha? Tanto "Green Light" quanto "Homemade Dynamite" definem bem a personalidade de Christine "Lady Bird" McPherson (Saoirse Ronan), protagonista do longa, mas optamos por essa última para representá-lo. Afinal, "Now you know it's really gonna blow"...

Dunkirk (Dunkirk)

"Que tiro foi esse, viado? Que tiro foi esse que tá um arraso?!" são palavras que podem descrever "Dunkirk", longa-metragem de guerra dirigido por Christopher Nolan e que concorre hoje à noite a oito Oscar. Sim, para ele nós escolhemos "Que Tiro Foi Esse", da funkeira Jojo Maronttinni, que é fenômeno na web. Favorito nas categorias de Mixagem de Som e Edição de Som, o filme é tiro e bomba para todos os lados. Como não conectá-los?

Trama Fantasma (Phantom Thread)

Ambientado na Londres dos anos 1950, o filme de Paul Thomas Anderson traz um relacionamento para lá de complicado como temática principal. Com uma fotografia que, para fortalecer as barreiras entre os protagonistas, explora cores frias e cenários gélidos, é justo que o filme converse (ao menos em termos líricos) com "Cold", música da banda Maroon 5 que tem participação do rapper Future. Os versos "With every breath you breath / I see there's something going on / I don't understand why you're so cold" não deixam a gente mentir.

A Forma da Água (The Shape of Water)

Okay, escolher uma canção cujo título é basicamente igual ao original do filme é bem óbvio. Mas, se você não acha que a letra da vencedora do Grammy "Shape of You", de Ed Sheeran, se encaixa com "A Forma da Água", mesmo com os versos "I'm in love with the shape of you / We push and pull like a magnet do / Although my heart is falling too / I'm in love with your body", que lembram o poema recitado ao final do filme (mas de forma menos romântica), pode ficar com "Escama só de peixe, uai!", trecho cantado pela MC Loma e As Gêmeas Lacração no megahit "Envolvimento". Quem disse que era complicado achar música para o filme recordista de indicações em 2018?

Três Anúncios Para Um Crime (Three Billboars Outside Ebbing, Missouri

"Olha o que você me fez fazer, xerife Bill!" é uma frase que poderia muito bem sair da boca de Mildred Hayes, personagem de Frances McDormand (favorita ao Oscar de Melhor Atriz) na violenta dramédia do diretor Martin McDonagh. Passeando em temas como justiça, moralidade, opressão policial e um pouquinho de caos, o tom de deboche do filme (e algumas de suas cenas) nos fez lembrar de "Look What You Made Me Do", da nova bad girl Taylor Swift. Reputação na mídia é, inclusive, um ponto em comum entre as duas.

E aí, a nossa seleção faz sentido? Quais as sugestões para os filmes "Corra!", "O Destino de Uma Nação" e "The Post - A Guerra Secreta"? Compartilhem conosco nos comentários!

***

Ah!, em nosso Twitter, estaremos fazendo uma cobertura bem gostosinha do Oscar, prontos para comemorar "A Forma da Água" recebendo o premio de Melhor Filme, viu? No blog, depois rola a lista completa dos vencedores.

Saíram os indicados ao Oscar 2018 e “A Forma da Água” apareceu em todas as categorias possíveis

Foram divulgados hoje, 23 de janeiro, os indicados a 90ª edição do Oscar, o maior prêmio do cinema, que acontecerá no dia 04 de março nos Estados Unidos.

“A Forma da Água” lidera com o maior número de indicações, 13, incluindo a categoria mais importante da premiação, Melhor Filme. Logo em seguida temos “Dunkirk” com 8 indicações e “Três Anúncios Para Um Crime” com 7.

Os destaques nas categorias de atuação ficam com Meryl Streep em Melhor Atriz por “The Post: A Guerra Secreta”, sua 21ª indicação, se tornando a atriz mais indicada de todos os tempos, além da primeira indicação de Daniel Kaluuya por “Corra!” e Timothée Chalamet por “Me Chame Pelo Seu Nome”, ambos em Melhor Ator.

A categoria de direção, diferente do Globo do Ouro, teve uma grata surpresa com a indicação de Greta Gerwig por “Lady Bird: É Hora de Voar”, sendo a quinta mulher na história a ser indicada para esse prêmio.


Confira todos os indicados abaixo e comece a torcer pelo seu favorito:

Melhor filme
“Me Chame Pelo Seu Nome”
“O Destino de uma Nação”
“Dunkirk”
“Corra!”
“Lady Bird: É Hora de Voar”
“Trama Fantasma”
“The Post: A Guerra Secreta”
“A Forma da Água”
“Três Anúncios Para Um Crime”

Melhor ator
Timothée Chalamet, “Me Chame Pelo Seu Nome”
Daniel Day-Lewis, “Trama Fantasma”
Daniel Kaluuya, “Corra!”
Gary Oldman, “O Destino de uma Nação”
Denzel Washington, “Roman J. Israel, Esq.”

Melhor atriz
Sally Hawkins, “A Forma da Água”
Frances McDormand, “Três Anúncios Para Um Crime”
Margot Robbie, “Eu, Tonya”
Saoirse Ronan, “Lady Bird: É Hora de Voar”
Meryl Streep, “The Post: A Guerra Secreta”

Melhor ator coadjuvante
Willem Dafoe, “Projeto Flórida”
Woody Harrelson, “Três Anúncios Para Um Crime”
Richard Jenkins, “A Forma da Água”
Christopher Plummer, “Todo o Dinheiro do Mundo”
Sam Rockwell, “Três Anúncios Para Um Crime”

Melhor atriz coadjuvante
Mary J. Blige, “Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississippi”
Allison Janney, “Eu, Tonya”
Lesley Manville, “Trama Fantasma”
Laurie Metcalf, “Lady Bird: É Hora de Voar”
Octavia Spencer, “A Forma da Água”

Melhor direção
“Dunkirk,” Christopher Nolan
“Corra!,” Jordan Peele
“Lady Bird: É Hora de Voar,” Greta Gerwig
“Trama Fantasma,” Paul Thomas Anderson
“A Forma da Água,” Guillermo del Toro

Melhor animação
“O Poderoso Chefinho”
“The Breadwinner”
“Viva: A Vida é uma Festa”
“O Touro Ferdinando”
“Com Amor, Van Gogh”

Melhor roteiro adaptado
“Me Chame Pelo Seu Nome,” James Ivory
“O Artista do Desastre,” Scott Neustadter & Michael H. Weber
“Logan,” Scott Frank & James Mangold and Michael Green
“A Grande Jogada,” Aaron Sorkin
“Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississippi,” Virgil Williams and Dee Rees

Melhor roteiro original
“Doentes de Amor,” Emily V. Gordon & Kumail Nanjiani
“Corra!,” Jordan Peele
“Lady Bird: É Hora de Voar,” Greta Gerwig
“A Forma da Água,” Guillermo del Toro, Vanessa Taylor
“Três Anúncios Para Um Crime,” Martin McDonagh

Melhor fotografia
“Blade Runner 2049,” Roger Deakins
“O Destino de uma Nação,” Bruno Delbonnel
“Dunkirk,” Hoyte van Hoytema
“Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississippi,” Rachel Morrison
“A Forma da Água,” Dan Laustsen

Melhor documentário de longa-metragem
“Abacus: Small Enough to Jail”
“Faces Places”
“Icarus”
“Last Men in Aleppo”
“Strong Island”

Melhor documentário de curta-metragem
“Edith+Eddie”
“Heavens is a Traffic Jam on 405”
“Heroin(e)”
“Knife Skills”
“Traffic Stop”

Melhor animação de curta-metragem 
“Dear Basketball”
“Garden Party”
“Lou”
“Negative Space”
“Revolting Rhymes”

Melhor filme estrangeiro
“Uma Mulher Fantástica” (Chile)
“O Insulto” (Lebanon)
“Desamor” (Russia)
“Corpo e Alma”(Hungary)
“The Square: A Arte da Discórdia” (Sweden)

Melhor montagem
“Em Ritmo de Fuga,” Jonathan Amos, Paul Machliss
“Dunkirk,” Lee Smith
“Eu, Tonya,” Tatiana S. Riegel
“A Forma da Água,” Sidney Wolinsky
“Três Anúncios Para Um Crime,” Jon Gregory

Melhor edição de som
“Em Ritmo de Fuga,” Julian Slater
“Blade Runner 2049,” Mark Mangini, Theo Green
“Dunkirk,” Alex Gibson, Richard King
“A Forma da Água,” Nathan Robitaille
“Star Wars: Os Últimos Jedi,” Ren Klyce, Matthew Wood

Melhor mixagem de som
“Em Ritmo de Fuga,” Mary H. Ellis, Julian Slater, Tim Cavagin
“Blade Runner 2049,” Mac Ruth, Ron Bartlett, Doug Hephill
“Dunkirk,” Mark Weingarten, Gregg Landaker, Gary A. Rizzo
“A Forma da Água,” Glen Gauthier, Christian Cooke, Brad Zoern
“Star Wars: Os Últimos Jedi,” Stuart Wilson, Ren Klyce, David Parker, Michael Semanick

Melhor direção de arte
“A Bela e a Fera”
“Blade Runner 2049″
“O Destino de uma Nação”
“Dunkirk”
“A Forma da Água”

Melhor trilha sonora
“Dunkirk,” Hans Zimmer
“Trama Fantasma,” Jonny Greenwood
“A Forma da Água,” Alexandre Desplat
“Star Wars: Os Últimos Jedi,” John Williams
“Três Anúncios Para Um Crime,” Carter Burwell

Melhor canção original
“Mighty River” de “Mudbound: Lágrimas Sobre o Mississippi,” Mary J. Blige
“Mystery of Love” de “Me Chame Pelo Seu Nome,” Sufjan Stevens
“Remember Me” de “Viva: A Vida é uma Festa,” Kristen Anderson-Lopez, Robert Lopez
“Stand Up for Something” de “Marshall,” Diane Warren, Common
“This Is Me” de “O Rei do Show,” Benj Pasek, Justin Paul

Melhor Figurino
“A Bela e a Fera”
“O Destino de uma Nação
“Trama Fantasma”
“A Forma da Água”
“Victoria and Abdul”

Melhores efeitos visuais
“Blade Runner 2049”
“Guardiões da Galáxia Vol. 2”
“Kong: A Ilha da Caveira”
“Star Wars: Os Últimos Jedi”
“Planeta dos Macacos: A Guerra”

Melhor maquiagem e cabelo
“O Destino de uma Nação”
“Victoria e Abdul: O Confidente da Rainha”
“Extraordinário”

Crítica: palhaços, luzes neon e cocaína sustentam o mito por trás de "Bingo: O Rei das Manhãs"

Todos os anos, no segundo semestre, começa o mata-mata para selecionarmos o indicado brasileiro ao Oscar de "Melhor Filme Estrangeiro". Depois do fiasco que foi a escolha de "O Pequeno Segredo" em 2017 ao invés de "Aquarius", o que maculou o andamento dos bons filmes indicados nos anos anteriores ("O Som Ao Redor" em 2014, "Hoje Eu Quero Voltar Sozinho" em 2015 e "Que Horas Ela Volta?" em 2016), voltamos aos trilhos com "Bingo: O Rei das Manhãs" para a vaga de 2018.

Apesar de ter influência distante dos grandes nomes da categoria, como os favoritos "Loveless" (Rússia), "Uma Mulher Fantástica" (Chile), "The Square" (Suécia) e "120 Batidas Por Minuto" (França), "Bingo" tem um poderoso reforço: foi comprado pela gigante Warner Bros na distribuição mundial. Com promoção em grandes sites de cinema americanos, o filme tem ganhado destaque na corrida e estreará internacionalmente no pico de atenção dos votantes. Uma indicação ainda é sonhar alto, coisa que não temos desde 1999 com "Central do Brasil", porém, com indicação ou não, é um filme que merece ser visto.
Imagem promocional da campanha internacional de "Bingo", destacando críticas positivas e o BAFTA de Rezende.

"Bingo" é dirigido por Daniel Rezende, montador indicado ao Oscar e vencedor do BAFTA (o Oscar britânico) por "Cidade de Deus" (2002), um dos principais motores para a divulgação internacional do longa. A obra retrata a vida, a ascensão e a queda de Bozo - ou Bingo (Vladimir Brichta) na versão cinematográfica, já que "Bozo" é uma marca registrada americana -, o palhaço mais famoso do país e apresentador do programa que dominava as manhãs da década de 80 - o "Programa do Bozo".

A produção em si carrega uma dualidade do próprio Bingo: parece uma obra recheada de palhaçadas (e, de fato, é), todavia, há uma crueza dos bastidores da vida de Augusto Mendes, o homem por trás da maquiagem. Ator de pornochanchadas, ele cai nas graças do estrelato ao convencer um produtor americano de que deveria ser o personagem título na versão brasileira da franquia. A cena, feita em sua essência igual ao que realmente aconteceu, mostra Augusto xingando o produtor (em português) enquanto toda a equipe cai na gargalhada. Mesmo sem entender o que ele falava, o produtor o contratou pelo rebuliço causado. No mínimo, curioso.


Então entramos num dos motes mais expressivos do filme: os corredores da produção de um programa de televisão. Numa era pré internet, mundo digital e computadores, tudo era feito no braço. O longa mostra os ensaios do Programa do Bingo, e, ao mesmo tempo, dá uma amostra do caos que é filmar um programa ao vivo. A diretora, Lúcia (Leandra Leal, nossa pérola do cinema), se descabela tentando fazer com que todos os milhares de detalhes saiam dentro dos conformes.

Mas e quando o apresentador é uma variável instável? Bingo começa seguindo o roteiro à risca, e desde já percebe: traduzido direto do original americano, aquele texto jamais fará sucesso no país. Após fracassadas tentativas dentro do molde que Lúcia insiste em que ele se enquadre, Augusto vira o rei da anarquia e começa a tocar o programa à sua maneira, para o bem ou para o mal, adicionando o jeitinho brasileiro na rigidez americana. Se o texto dizia para as crianças obedecerem o papai e a mamãe, Bingo gritava "façam bagunça!".


Temos aqui um retrato dos absurdos da televisão brasileira na década de 80. Visando bater de frente com a audiência, Augusto traz Gretchen (a única personagem efetivamente real do filme, interpretada por Emanuelle Araújo) para dançar o hit "Conga Conga Conga" ao vivo. Com um vestido curtíssimo que, a cada rebolada, subia cada vez mais, ela performa no meio das crianças, que pulam felizes ao som do cântico que fez Maria Odete ser quem a rainha dos memes que hoje é. Completamente inapropriado, o evento é um reflexo dramático fiel do que rolava nesses programas - não podemos esquecer do clássico "Short Dick Man" no palco da Xuxa em 1995. E nesse solo fértil do politicamente incorreto liberado para alcançar o pico de audiência, Augusto é o deus da sociedade do espetáculo.

No topo do mundo, sendo o rosto mais amado pelas crianças do país, há um binarismo na vida do protagonista: por contrato, ele não pode revelar a identidade por trás do Bingo, fazendo-o ser o anônimo mais famoso do país. Se no início do estrelado a fama e os prestígios eram o apogeu de Augusto, tudo foi pouco a pouco soando amargo por não ter, de fato, esses prazeres em suas mãos, e sim nas mãos de Bingo. A maquiagem, uma verdadeira máscara, se torna uma prisão, vislumbrada pelo público quando, ao ganhar um prêmio, Augusto, apenas em sua imaginação, deseja subir ao palco e tirar toda a maquiagem para ter o reconhecimento pessoal que merece.


A união dos tormentos e delírios dessa fama torta é composta com muito sexo, álcool e cocaína. O homem não mantém mais o pique de gravações e, viciado, só consegue sustentar as cinco horas seguidas do programa à base do pó, culminando numa das melhores cenas do longa, quando ele vê seu nariz sangrar graças à droga ao vivo, no meio do palco.

Inversamente proporcional ao seu próprio estrelato, Augusto vê seu relacionamento com o filho se diluir quando o menino diz que o pai é o único que brinca com todas as crianças, menos com ele. Muito mais que os entorpecentes, ele estava viciado na fama. Numa cena bastante emblemática, o pai quebra uma televisão que mostrava - numa alucinação - ele mesmo tentando em vão tirar a maquiagem do Bingo, como se ela estivesse permanentemente presa em seu rosto. Filmada com um falso plano sequência belíssimo, todo o momento demonstra o quanto aquele símbolo do sucesso se tornou o pior pesadelo de Augusto. Como diz a campanha internacional do longa, palhaçadas podem custar sua alma.


"Bingo: O Rei das Manhãs" trata-se de uma cinebiografia correta, com começo, meio e fim bastante redondos (o final é desnecessariamente formulaico, inclusive), fotografia e design de produção no ponto e uma força imagética memorável ao unir as cores aberrantes do universo do palhaço com o submundo depressivo que é sua vida por trás do nariz vermelho, encaixando-se no molde de ascensão e queda que tanto vemos em outros filmes do tema.

A obra é, também, uma viagem (por vezes macabra) à cultura da celebridade e como ela afeta o ser humano e as relações com as pessoas ao seu redor, carregado com bastante louvor por Vladmir Brichta. Num país recém saído da ditadura, Bingo era um símbolo de expressão além dos limites, dentro e fora da tela. Ao mesmo tempo em que humaniza, Rezende mostra os machismos, assédios e vícios de um homem que ajudou a moldar a televisão brasileira à base de boçalidade, 70% de inspiração e 30% de uísque. O Brasil não é mesmo para quem está começando.

Precisamos falar sobre Greta Gerwig e seu filme “Lady Bird” na corrida para o Oscar

Agora é a vez de Greta Gerwig, que estreia na direção com o longa "Lady Bird". Para quem não a conhece, a atriz, diretora e roteirista norte-americana estreou na telona em 2006 no filme “LOL”, de Joe Swanberg. Desde então, atuou em produções como “Jackie”, história da mulher do presidente Kennedy dias após seu assassinato, e “Frances Ha”, deliciosa história sobre uma jovem de 20 e poucos anos perdida em seus anseios e sonhos. Esse último do qual também co-assina o roteiro com seu namorado Noah Baumbach.

Os dois, aliás, estabeleceram uma relação amorosa e profissional madura, que podemos ver em obras incríveis como “Mistress America” e o próprio “Frances Ha”. Por essa relação, já foi chamada de “musa” para Noah por veículos de comunicação norte-americanos, e a melhor resposta para isso foi: “Lady Bird”, um filme aprovadíssimo (100% no site de críticas Rotten Tomatoes, com o maior número de críticas positivas) logo em sua estreia como diretora, com o primeiro roteiro totalmente independente.

Greta em "Frances Ha", 2013.

A aprovação é tão alta que o longa já é cotado como um dos favoritos para o Oscar, levando o nome de Greta ao topo do cinema mundial, além da possibilidade da cineasta concorrer em Melhor Direção e Roteiro.  

“Lady Bird” conta a história de Christine McPherson (Saoirse Ronan), uma adolescente de classe média da cidade de Sacramento na Califórnia que se chama de “Lady Bird”, recusando o nome de batismo. Tudo isso pelo relacionamento complicado com sua mãe, Marion (Laurie Metcalf), uma enfermeira cansada com o dobro de trabalho em casa depois que seu marido Larry (Tracy Letts) perde o emprego.

A personagem tem o sonho de ser a mais espetacular da escola, ser a protagonista no teatro e ir para grandes universidades da costa leste, mas tem notas medianas e uma família quebrada. Nas palavras de Greta, “um filme sobre querer deixar um lugar, e secretamente uma carta de amor para esse lugar. E é um filme sobre uma filha, que secretamente é sobre a mãe”. Parece que todos ligam para as mães em prantos quando os créditos sobem.

Ainda sem data de estreia do Brasil, o longa está em cartaz nos Estados Unidos. Por enquanto vamos esperar ansiosos por esse concorrente forte ao Oscar 2018 com o trailer legendado da produção.




Foi o que a gente pediu: Warner começa campanha de "It - A Coisa" ao Oscar 2018

"It - A Coisa" é, até o momento, o melhor blockbuster de 2017, não tem como negar. A produção de Andy Muschietti conquistou o público — e Stephen King! — ao postar em tensão, horror gráfico e um leque de personagens incríveis. O sucesso também foi refletido na bilheteria gigantesca do filme, se tornando a maior para o gênero. O hit é real, mores.


Embora "Mulher-Maravilha" pareça ser a grande aposta da Warner ao Oscar 2018, o estúdio também está investindo em uma campanha para o filme protagonizado pelo mozão Bill Skarsgard. A produção tentará 14 indicações, incluindo Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Roteiro Adaptado. Se o hype se manter forte, é bem provável que o longa-metragem receba pela menos uma indicação e talvez até a ganhe. Tamo falando de você Melhor Roteiro Adaptado. É #1 sem duvidas.

"It - A Coisa" é a readaptação da obra de Stephen King de mesmo nome. O filme traz a história de Bill e seus amigos que procuram encontrar George, irmão de Bill, desaparecido há tempos. A tensão cresce quando os meninos descobrem um terrível palhaço que altera sua forma de acordo com o medo de suas vítimas envolvido no desaparecimento.

Margot Robbie está sedenta por um Oscar e "I, Tonya" é a prova disso

Princesa do cinema, Margot Robbie é uma das novas acionistas da sétima arte e salvação de "Esquadrão Suicida". O ícone ficou conhecido por Hollywood após sua pequena participação no incrível "O Lobo de Wall Street", de Martin Scorsese. De lá pra cá desencadeou alguns projetos no cinema e finalmente deve mostrar todo seu potencial como atriz em "I, Tonya" e quem sabe receber alguma indicação ao Oscar.

Na produção, a atriz interpreta Tonya Harding, uma famosa patinadora olímpica e boxeadora dos anos 90. Harding "ganhou os holofotes" e teve sua carreira indo de mal a pior quando foi acusada de estar envolvida no ataque da também patinadora Nancy Kerrigan, agredida no joelho por um cassetete. No fim, foi descoberto que o marido de Tonya, Gillooly — vivido por Sebastian Stan —, e seu segurança arquitetaram o crime buscando eliminar obstáculos na carreira da patinadora. Bizarro.

Um trailer para maiores surgiu na rede mundial de computadores ontem e gente, Margot tá 10/10. O vídeo minucia o caso em mais de dois minutos, apostando nas caras e bocas da atriz de "Golpe Duplo" e muito palavrão. O Oscar é real, mores.

Confere aí.



Nos Estados Unidos, "I, Tonya" chega aos cinemas em dezembro, pertinho da temporada em que os filmes sedentíssimos por Oscar estreiam. Aqui no Brasil o filme ainda não tem data para sair, porém é provável que chegue aos cinemas brasileiros em janeiro.

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