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Karol Conká manda recado em seu novo single “Mal Nenhum”: “não é sobre mim, toda essa amargura ai”

Karol Conká lançou nesta quinta (24) seu novo single “Mal Nenhum”, no qual, com uma batida de hip-hop sombria somada à percussão do pagodão baiano (valeu, ÀTTOXXÁ), canta sobre se manter forte e consciente de si, em meio a lutas internas e externas. Eu olhei e gritei: LETRISTA!

“Sem essa, não tô com muita pressa. Mal nenhum vai me pegar!”

Com a Produção de Rafa Dias – (a.k.a RDD), membro do grupo ÀTTOOXXÁ, a nova música é parte do seu terceiro álbum, que a rapper vem produzindo desde que saiu daquele reality show... você sabe qual. “Mal Nenhum” foi a forma que ela encontrou de expor suas reflexões sobre todo o hate que sofreu desde que deixou a casa mais vigiada do país. 

Uma pausa para parabenizá-la por todo o visual dessa nova era. Tá tudo lindo demais, gente! 

O estúdio tem sido o maior refúgio de Karol refúgio e, por isso, seu próximo disco promete ser seu trabalho mais pessoal. Parte do processo de produção desse material já foi mostrado em seu documentário “A vida depois do Tombo”, e a gente também já pôde ouvir um pouquinho do que ela tem feito com “Dilúvio”, single anterior que viralizou no TikTok. 

Mais uma canetada da Mamacita! Novo single aprovado? Mais um sucesso pro aplicativo de dancinhas? Ficamos de olhos!

“A vida depois do tombo”, o racismo por trás da rejeição e Karol Conka explicada através de “Karoline”

“Eles querem meu sangue na taça, eu até acho graça”, canta Karol Conka em “Kaça”, faixa que abriu os trabalhos do seu último disco em parceria com o músico Boss in Drama, “Ambulante”, e serviu também de música-tema para a abertura da sua docussérie para o Globoplay, que retratou os dias que sucederam a sua eliminação do Big Brother Brasil 21, “A vida depois do tombo”.

Protagonista de uma das passagens mais controversas dessa edição, Conka foi eliminada com 99,17% dos votos em um paredão triplo: a maior rejeição da história do reality mundialmente. E o clima de final de copa do mundo, com direito à comemoração em bares lotados em plena pandemia e prédios vibrando ao som de insultos racistas e “panelaços” faz parte das cenas reunidas pela produção, que busca explorar o outro lado da artista e sua pessoa física, Karoline, que entrou para o programa de olho na exposição de um dos maiores formatos da emissora e saiu com sua vida e carreira viradas de cabeça pra baixo.

Ao longo dos quatro episódios, com cerca 30 minutos, Karol resgata cenas de sua polêmica participação e expõe também desafetos além da competição: fora os ex-BBBs Carla Diaz, ‘Bil’ Arcrebiano e Lucas Penteado, são citados os produtores Nave e Drica Lara, com quem trabalhou em faixas de seu primeiro disco, “Batuk Freak”, e Zegon, do Tropkillaz, que produziu hits como “Tombei” e “É o Poder”. As músicas, mais famosas de seu repertório até aqui, foram impedidas de tocarem na série e renderam uma cena em que a artista, direto de seu estúdio, lamenta: “Essas músicas são minhas. Eu convidei essas pessoas para produzi-las.”

Flora Matos, rapper de Brasília com quem Karol possui uma treta de anos, também é lembrada após uma cena em que a artista conta sobre um caso entre elas para Lumena, ainda dentro do reality show. A fala é sucedida pela explicação de uma antiga produtora da rapper de “Pretin”, que diz estranhar a versão da história. Em seguida, a produção afirma que Flora se recusou a participar do documentário.

Boa parte dos nomes citados são, segundo a própria artista, judicialmente proibidos de tocarem em seu nome e vice-versa. Pelo Twitter, seus antigos produtores chegaram a tecer comentários sobre sua passagem pelo programa, mas sem citarem seu nome. Publicações são destaque na tela, frisando o nome de cada um dos ex-colaboradores, que voltaram a tocar no assunto após a estreia do documentário.

Nave, com quem a rapper trabalhou em seu primeiro disco, quer contar a sua versão da história. “Oito anos, quase uma década. Pensei que tinha acabado essa assombração, mas vamos lá: dou ou não a minha versão da história? Com imagens?”, perguntou em suas redes sociais, com uma enquete em que 88% dos votos pediram para que, sim, o outro lado fosse exposto.

Integrante do Tropkillaz, com quem a artista colaborou em hits como “Tombei” e “É o Poder”, o DJ Zegon se disse surpreso com o tanto de informações falsas na série. “Nunca tivemos briga judicial no nosso encerramento, só procurar no site dos tribunais. Não neguei nenhuma autoria minha no documentário. O Tropkillaz em comum acordo, sim. As outras músicas também, outros co-autores também negaram. Música é uma parceria e sociedade. Simplesmente não aceitamos participar.”

O impedimento das músicas rendeu críticas por parte do público, que comparou o caso com episódios recentes como de Taylor Swift, que está em processo de regravação de todas as suas músicas após a disputa de suas “masters” com o empresário Scooter Braun, mas Zegon explica: “Nunca impedimos execução em shows, pública ou qualquer lugar. Muita gente falando o que não sabe.”

O disco “Batuk Freak”, atualmente indisponível nos streamings, já chamava a atenção pela disputa entre seus compositores desde antes das polêmicas envolvendo a artista no reality show. Em fevereiro, o G1 publicou o artigo “Karol Conká omite nome de parceiros em 'Tombei' e outros sucessos na internet”, se referindo aos trabalhos que ficaram de fora da trilha sonora do documentário.

Tretas musicais de lado, a premissa de “A vida depois do tombo” é permitir que Karol Conka seja explicada através da sua história por além dos palcos. A relação conturbada com ‘Bil’ e Carla Diaz são acompanhadas por relatos envolvendo as situações de racismo que marcaram a sua infância e adolescência, dos problemas com a autoestima desde o seis anos de idade à tentativa de combater a violência numa postura mais incisiva, adotada a partir dos 14, ainda na escola em Curitiba.

Já sua trajetória com Lucas Penteado, rapper e ator que protagonizou algumas das situações mais sensíveis dessa edição, é associada também com o passado do relacionamento da artista com seu pai, que travava uma luta contra o alcoolismo. Karol Conka conta que o comportamento de Penteado com a bebida acionava esses gatilhos que a desestabilizavam.

Aos moldes de um “juízo final”, erros são expostos em grandes telões que rodeiam Conka numa sala fechada, sem espaço pra que os olhos possam fugir, enquanto, capítulo após capítulo, a rapper é informada sobre a recusa de cada um dos convidados a reencontrá-la. Dois dos momentos mais emocionantes, inclusive, ficam para os que toparam aparecer: primeiro, e pessoalmente, a sua parceira de reality, Lumena Aleluia, que aceita revisitar sua participação no programa e reconhecer erros sem titubear; por fim, através de um vídeo enviado para a produção, Lucas Penteado, que fala pouco, mas emociona com um poema sobre fé e perdão. “Você não tem que falar comigo, não. Tem que conversar com Deus”, diz para a rapper.

Por fim, a produção encerra ao som de “Dilúvio”, música que a artista já vinha trabalhando desde antes do reality, mas retomou a composição para falar também sobre a experiência no programa e a rejeição sofrida. “Eu preciso transformar isso em arte.”

***

Numa edição em que houveram tantos episódios problemáticos, é simbólico que os eliminados com maior resistência ao perdão do público sejam os participantes negros. Enquanto Karol Conka precisou passar por toda a programação da emissora se desculpando e, com esse documentário, buscando se explicar para conquistar o perdão dos que ainda não o deram, o cantor Rodolffo, da dupla com Israel, por exemplo, não precisou mostrar o mínimo arrependimento sobre seu episódio de racismo contra o professor João Luiz para se manter no topo das paradas.

Mas, também pela pressa em reescrever essa narrativa, o documentário peca pela superficialidade, deixando passar pontos relevantes e, principalmente, trazendo à tona questões que, sem a oportunidade de ouvirmos todos os lados, parece injusto sequer nos sentirmos na posição de opinar.

Entre seus acertos, ficam a contextualização do racismo, esquecido numa situação em que foi crucial para definir o lado da opinião pública e a intensidade com que reagiram a sua passagem pelo programa, e a lembrança de que por trás da figura pública ainda existe uma pessoa real, que não termina com o fim das matérias que revisitam suas ações e reações tidas como crimes inafiançáveis.

O tempo cumprirá um papel essencial no amadurecimento dessas ideias, e faria a diferença para uma visão muito mais sóbria dos fatos se revisitados com mais calma, mas a participação de Conká no BBB terminou, logo, não cabe a nós a decisão sobre a sua final. Que ela possa se expressar nos palcos, onde sempre soube mostrar a que veio e, longe da exposição de um reality show, nunca passou nem perto de ser cancelada.

Potência tripla: Karol Conka, Gloria Groove e Linn da Quebrada preparam single

Foto: Helena Yoshioka/ Divulgação
Para quem está sentindo falta de novidades das divas Karol Conka, Gloria Groove e Linn da Quebrada, se prepare, porque vem aí “Alavancô”. A música foi gravada no início de julho no estúdio Red Bull Music, no centro de São Paulo, e pensada especialmente para ser apresentada no primeiro dia do Rock in Rio, no dia 27 de setembro.

A ideia de unir as três veio de Zé Ricardo, produtor que já havia trabalhado com Karol e Linn e que é o diretor artístico de um dos palcos do Rock in Rio. Sem dar muitos spoilers sobre a faixa, o produtor definiu o single como um misto entre tango, funk e hip-hop.

Ao G1, Karol disse que a música é sobre auto-estima e estar bem consigo mesmo. “A música fala sobre a gente se sentir à vontade na pele que habita e sobre não se importar com a visão ou opinião de pessoas limitadas”, disse ela ao portal.

E enquanto esse single não vai ao ar, as cantoras já estão gerando expectativa nas redes sociais. O fã clube de Gloria Groove reuniu alguns Stories dos bastidores da gravação da faixa e colocou em um vídeo no Youtube. Dá uma olhada:



Agora só nos resta esperar!

“Nossa Que Isso” une Karol Conka, MC Rebecca, Djonga e WC no Beat para o carnaval

Numa das temporadas mais concorridas do cenário nacional pelo título de “Hit do Carnaval”, teve quem apostasse nas vésperas das festas e bloquinhos para revelarem suas apostas para este ano.

Nesta sexta, 22, chega o novo single do Tropkillaz que reuniu o mesmo time de “Vai Malandra”, Anitta e MC Zaac, com a participação de J Balvin em “Bola Rebola”, e, no mesmíssimo dia, quem também quer seu lugar ao sol é o produtor WC no Beat, que apostará em “Nossa Que Isso”, com vocais de Karol Conka, MC Rebecca, Djonga e MC Rogê.

A mistura é inusitada, mas mescla muitos acertos: Karol teve com um dos seus maiores hits “Tombei”, que antecedeu o lançamento do disco “Ambulante”, apresentado no ano passado, e recentemente lançou a deliciosa “Saudade”; MC Rebecca é pupila de Ludmilla e uma das revelações do funk em 150BPM, sendo a dona de hits como “Ao som do 150”, “Cai de Boca” e “Coça de Xereca”; Djonga é um dos maiores nomes da nova geração do rap brasileiro, aclamado pelo disco “O menino que queria ser Deus”, e MC Rogê também é uma figura em ascensão, com hits como “Toma, Toma, Tá”.


WC, por sua vez, é um dos precursores da reunião musical entre o trap, o rap e o funk. Seu disco de estreia, “18k”, tem participações de nomes como MC Lan, Hariel, Cacife Clandestino, Xamã, Gaab e Luccas Carlos. Todos muito expressivos entre a nova geração dos fãs dos gêneros.

Para “Nossa Que Isso”, o próprio produtor tem prometido um “trapfunk para o carnaval” e, sem tempo a perder, lançará a música acompanhada do videoclipe, que estreará com exclusividade na atração “TVZ”, da Multishow.

Nesta corrida pelo topo do carnaval, já concorrem Lexa (“Só Depois do Carnaval”), Pabllo Vittar (“Seu Crime” e “Buzina”), Gloria Groove (“Coisa Boa”), Anitta (“Terremoto”) e Kevin O Chris (“Vamos pra gaiola”), só pra citar alguns.


Em tempo real, estamos atualizando nossas apostas com a playlist “Quem viver, verão”, disponível na Deezer e Spotify:

Karol Conká? Ludmilla? IZA confirma parceria feminina em seu disco de estreia

Atualmente promovendo seu novo single, "Ginga", em parceria com Rincon Sapiência, IZA tem grandes planos para 2018 e o maior deles é o lançamento de seu primeiro disco, "Dona de Mim". Sem data para ser revelado ao mundo, mas rodeado de expectativas, o material vem pouco a pouco ganhando mais informações, e uma delas chegou nesta quarta-feira (28), em uma recente entrevista, onde a cantora revelou que seu álbum contará com uma parceria feminina. 


Depois de soltar essa informação, mas nos deixar sem nenhum detalhe ou dica, a internet fez seu trabalho e reuniu potenciais nomes: Karol Conká e Ludmilla. Conexão já tem: IZA se apresentou em fevereiro na festa de lançamento do clipe de "Solta a Batida", mais recente single da Ludmilla, onde se encontrou com Karol, que também performou no evento.

Com Karol Conká, o resultado pode ser bastante interessante. Depois de experimentar um pouco mais do pop, ela agora deve retornar ao rap com seu próximo lançamento, "Cabeça de Nêgo", uma releitura da música de mesmo nome do rapper Sabotage. Seria bem legal vê-la trazer um pouco mais da áurea de seu "Batuk Freak" ou de coisas como "Tombei" para um trabalho de IZA. Ludmilla também seria uma boa ideia. IZA vem com uma proposta de fazer um pop com cara de Brasil, e não há nada mais brasileiro do que um bom pop-funk, como o que Lud faz. 



Mas já que IZA não nos deu nenhuma dica, tá liberado ser Alice, né? É sempre válido lembrar que ela e Anitta fazem parte da mesma gravadora e tem interagido bastante nas redes sociais. IZA inclusive substituíra Anitta no comando do programa "Música Boa Ao Vivo", do Multishow. Alguém que não podemos descartar. 

Enquanto a gente não sabe quem é essa artista feminina misteriosa, já podemos nos animar com o que de fato sabemos: o "Dona de Mim" está finalizado e conta com colaborações de Pablo Bispo, compositor por trás de "Pesadão", "Sua Cara" e "K.O.". Sobre o disco, IZA disse que ele trará uma mistura de ritmos.


“Esse álbum tem muita coisa diferente. Tem uma música que é meio trap com rap, outra que é blues com trap, uma que é sofrência com arranjo de cordas... São muitas sonoridades diferentes”.


Ok, IZA, você tem toda a nossa atenção. Pode liberar esse disco logo, por favor? A gente agradece.

Karol Conka recria música de Sabotage, “Cabeça de Nêgo”, em seu single de retorno

Esqueça “Tombei”, “É O Poder” e “Lalá”! Karol Conka finalmente deu início aos trabalhos com seu novo disco, “Ambulante”, e para esse próximo passo de sua carreira, deixou pra trás todos seus singles anteriores, até então produzidos em parceria com o duo de música eletrônica Tropkillaz.

Ainda sem previsão de lançamento, o disco “Ambulante” traz a produção executiva de Boss in Drama, com quem a rapper colaborou em faixas como “Lista VIP” e “Toda Doida”, e, apesar de não integrar o álbum, sua nova fase terá como primeira amostra a faixa “Cabeça de Nêgo”, uma releitura para a música de mesmo nome do rapper Sabotage, também homenageado em sua capa:


Como entrega a arte desse novo single, “Cabeça de Nêgo” deve trazer os vocais originais da canção, com Sabotage e Instituto, além dos versos de Conka e um novo arranjo.



Anteriormente, a artista já havia expressado sua admiração pelo rapper em forma de música com “Boa Noite”, onde saúda o legado de sua carreira, afirmando: 

“Salve, Sabotage, MC de compromisso! Cumpre seu papel no céu, que aqui a gente te mantém vivo”.


“Cabeça de Nêgo” não só marca a volta de Karol Conka, como também deve representar seu retorno ao hip-hop, passado os últimos singles, que exploraram a sua presença pela música pop. A faixa será lançada no dia 6 de abril.

Azealia Banks é só amor com os brasileiros: “Eu amo Anitta, Pabllo Vittar, Karol Conka e Ludmilla”

Azealia Banks está prestes a lançar seu novo disco, o aguardado “Fantasea II: The Second Wave”, e após revelar a tracklist desse trabalho, aproveitou um bate-papo com seus fãs pela internet, pra se redimir em relação a última polêmica que se envolveu com os brasileiros.

Na época, a rapper foi acusada de ser elitista, após uma declaração envolvendo as favelas brasileiras e o acesso a internet, em tempo que também se tornou alvo do machismo, racismo e misoginia dos brasileiros, que não ficaram atrás nas ofensas.

A conversa começou quando um fã perguntou se ela gostava de Anitta, e sua resposta foi a seguinte:

“Sim, ela é linda! Eu também amo Pabllo Vittar, Ludmilla e Karol Conka. Eu amo a maneira como os artistas pop brasileiros têm tanto orgulho e solidariedade por seu país. O povo brasileiro, em geral, tem uns puta corações e sorrisos genuínos! Quando eu vejo fotos da Pabllo, ou Anitta, ou Ludmilla sorrindo, eu posso sentir essa energia radiante, especialmente Pabllo, ele tem uma alma linda. Eu o adoro.”

Relembrando o bate-boca que aconteceu no começo de 2017, a rapper afirmou:

“Quando eu fiz aquelas piadas sobre ‘lan houses’ e favelas, não foi por mal. Uma de minhas amigas brasileiras me disse pra falar isso na época e foi uma piada que soou pejorativa, o que não era minha intenção. Fiquei muito envergonhada na época, mas olho pra trás e rio da situação e de mim mesma, por tentar entender o que vocês estavam falando. Essa minha amiga tem um senso de humor meio impertinente, assim como eu, mas ela é legal.”

Na mesma conversa, ela também afirmou que quer voltar ao Brasil, não só para shows, mas conhecer nossas outras cidades. “Eu amaria ir para aí nas férias e viajar ao redor para ver pessoas diferentes. Estou muito interessada nesta cultura fora das [grandes] cidades.”

Precisa de muita água para descer essa farofa da Karol Conka com Boss In Drama

Karol Conka tocou o foda-se para os que ainda não questionando se teremos rap no seu novo disco, “Ambulante”, e sob a produção do Boss In Drama, mandou seu recado da forma mais direta possível: ela farofou.

O termo “farofa” tem sido utilizado como uma maneira de classificar produções pop genéricas, diminuindo-as pelas fórmulas mais-do-mesmo e feitas para atingir as massas, e tanto assumindo o erro quanto tentando inverter o sentido pejorativo da palavra, a cantora de “Tombei” toma as críticas para si e com muito orgulho. Sou a única pessoa que eu quero agradar. Se ainda não entendeu, hoje eu quero é farofar. Eu farofei.

Essa não é a primeira vez que Conka se une ao Boss In Drama. A dupla conquistou um público significativo com sua primeira colaboração, a releitura de “212”, da Azealia Banks, em “Toda Doida”, e se manteve nas pistas com a mistura de Raul Seixas e Charli XCX na insossa “Lista VIP”, mas em sua terceira parceria, eles repetem erros não cometidos em faixas como “Tombei”, “Gandaia” e outras já lançadas pela rapper, que já soube dosar pop com rap sem perder suas singularidades.

“Farofei” é apelativamente radiofônica e utiliza de artifícios velhos para isso. O instrumental é descaradamente inspirado em “I Am The Best”, um dos maiores hits do grupo coreano 2NE1 entre o público ocidental, enquanto a letra se apoia em versos repetitivos e, consequentemente chicletes, com o refrão se resumindo ao preguiçoso bordão da vez.



Quando lançou “Tombei”, com Tropkillaz, Karol Conka trilhava um caminho promissor. A mistura de trap e funk com música pop, inspirado no que Major Lazer, Skrillex e outros DJs já vinham fazendo na gringa, era uma versão abrasileirada do que já dançávamos com Rihanna e Beyoncé, somada à uma puta letra feminista e empoderada, mas nas músicas seguintes, tudo isso se perdeu.

Não há nada de errado em ser pop e, principalmente se tratando de uma artista negra e feminista, disposta a usar sua música para discutir sobre causas sociais e empoderar as minorias, queremos mais é que Conka se torne cada vez maior, alcançando ainda mais espaços e fechando vários e vários contratos publicitários, mas além de tudo isso, ainda queremos vê-la com discursos fortes, que tragam mensagens além do mero entretenimento para as massas, da forma como ela já provou saber fazer.

Pela letra de “Farofei”, arriscamos dizer que ela e seus produtores não se importarão muito com o que dissermos, comprando a máxima de que “quem gostou, gostou. Quem não gostou, paciência”. Deixa eu cuidar de mim, não preciso dos seus conselhos. Mas, levando em consideração que nem todas as críticas partem de pessoas incomodadas por seu sucesso, esperamos que em algum momento ela se lembre do poder que tem em mãos. Não vou fugir de mim, só quero diversificar. Afinal, tudo o que sobe, desce – ou melhor, tomba. E ela pode mais do que isso.  

Já que é pra farofar, Karol Conka revela prévia de seu novo single com Boss In Drama, “Farofei”

Deu pra perceber que a Karol Conka tá bem despreocupada em agradar quem fica na torcida por algum trabalho aos moldes do seu último álbum, “Batuk Freak”, né? E a tendência, desde o sucesso de “Tombei”, é vê-la arriscar fórmulas cada vez mais comerciais.

Seu novo single, sucedendo “Tombei” e “É O Poder”, conta com a produção do Boss In Drama (mesmo de “Toda Doida” e “Lista VIP”), e unindo o útil ao agradável, trará uma resposta aos que estão sentados esperando uma música mais levada para o rap, com uma ironia que já começa no seu título: “Farofei”.

A estreia da música nova de Conka tá marcada pra essa sexta-feira (03) no Spotify e, em suas redes sociais, ela já revelou uma pequena prévia. Segura a farofa:


Tanto visual quanto musicalmente, é perceptível o quanto Karol Conka veio se inspirando em nomes da música internacional, principalmente Nicki Minaj e Rihanna, que são exemplos presentes no mercado do hip-hop e R&B, enquanto também se aventuram vez ou outra pelo mundão pop.

O disco de estreia da cantora se chama “Ambulante” e, atualmente, segue sem previsão de lançamento, com produção executiva do Zegon, que trabalhou com ela nos primeiros dois singles e integra o duo Tropkillaz.

Vídeo: Allie X canta trechinho de Ludmilla e traduz “Tombei”, da Karol Conka, para o inglês

A gente quer colocar a Allie X numa caixinha e levar pra casa, gente!

A cantora canadense já está no Brasil, para fazer um show hoje (09) em São Paulo, no Teatro Mars, e nessa semana participou de um bate-papo com Federico Devito, transmitido ao vivo pela Vevo Brasil, no qual arriscou trechos de hits das brasileiras Ludmilla e Karol Conka, falando sobre as artistas nacionais que foi apresentada.


Quando questionada sobre o que já havia escutado da música brasileira, Allie lembrou de “Bom”, da Ludmilla, mas não se lembrava o nome da cantora, então cantarolou a faixa, que faz parte do álbum “A Danada Sou Eu”. Em seguida, ela falou que também tinha uma rapper e, após avisarem que deveria ser Karol Conka, traduziu “Tombei” para o inglês: “I fall down and I slay”, hahahaha! Que maravilhosa, gente!

Neste momento, que acontece a partir dos 21 minutos do vídeo abaixo, contaram que a Ludmilla havia interagido com ela pelo Twitter e ela aproveitou pra convidar a cantora para seu show, dizendo que também tinha escutado “Sim ou Não”, da Anitta.

Dá só uma olhada:


A gente tá amando demais essa mulher, sério! Só ressaltando: o show dela acontece na noite desta sexta (09) em São Paulo, no Teatro Mars, e caso você ainda não tenha comprado seu ingresso, corre que dá tempo!

Aproveitando, leia também nossa entrevista com essa linda e, no nosso Instagram, aproveita pra sentir aquela invejinha do bem e deixar o seu like na maior selfie que você respeita:


Tombou!

MC Carol, Karol Conka, Solange e uma conversa sobre o feminismo negro

Na última quinta-feira (6), MC Carol e Karol Conka se declararam “100% feminista”! Se você ainda precisava ter certeza, é porque não conhece muito bem a carreira ou a trajetória de vida dessas mulheres incríveis. Ambas são mulheres negras, que saíram do subúrbio de suas cidades – Carol é de Niterói e Conka, de Curitiba – e resolveram soltar a voz no funk e no rap, de longe os meios mais machistas da cena musical brasileira. Essas mulheres poderosas não são de poucas ideias: suas músicas vêm cada vez mais carregadas de discursos políticos, principalmente sobre pautas como feminismo e negritude.

Carol Bandida sempre teve postura de mulher independente, que não leva desaforo para casa e não se rebaixa diante de ninguém. Inclusive faz seu namorado, que é o maior otário, lavar suas calcinhas. Deixa muito claro para o mundo que é linda e gostosa, grita aos quatro ventos se for preciso e ninguém a convencerá do contrário. O discurso feminista é nítido! Apesar de que, para as mulheres negras periféricas, essa é a realidade diária de suas vidas: não é só uma nomenclatura, mas uma necessidade vital de sobrevivência.

Em suas últimas músicas, Carol tem deixado um pouco de lado o tom debochado para dar espaço para a revolta com uma sociedade racista, machista, elitista e excludente. Em “Não Foi Cabral”, ela pede desculpas a professora e dispara a verdade sobre a história do Descobrimento do Brasil, que não foi pacífica e bonita como nos é ensinado na escola, mas marcada pelo sangue, medo e o saqueamento completo das terras, riquezas e culturas dos índios.

Já em “Delação Premiada” (que, como “100% Feminista”, quem assina a produção é o Leo Justi) o assunto é a disparidade violenta no tratamento da polícia, que tem uma cartela de cor e classe para classificar quem é bandido – muitas vezes sem sequer perguntar –, além de relembrar muitos casos sem solução que cada vez mais aumentam a lista dessa instituição truculenta e genocida. Agora em “100% Feminista”, em parceria com a Karol Conka, ouvimos sobre a violência contra a mulher e a misoginia, que nos fere fisicamente e psicologicamente, inviabiliza, invisibiliza, machuca, aprisiona e mata mulheres todos os dias ao redor do mundo.



Karol Conka rouba a cena com seu jeito despojado, seu estilo ousado e o cabelo rosa que é sua marca registrada. Começou se apresentando no circuito do hip hop curitibano e foi conquistando seu espaço no mainstream até conhecer o produtor Nave, que deu um empurrão produzindo seus primeiros trabalhos e depois seu álbum “Batuk Freak” (2013), de forma independente. Ganhou de vez a atenção dos holofotes quando assinou o selo Buuum da Skol Music e lançou os singles “Tombei” (2015) e “É o Poder” (2016), com produção da dupla Tropkillaz. Em seus trabalhos sempre deixou claro que o lugar da mulher é onde ela quiser! Nessa nova música, MC Carol e Karol Conka se colocam enquanto mulheres negras, de “cabelo duro”. Fortes, porém frágeis; independentes e destemidas.

Fica impossível não se conectar automaticamente com outra mulher negra e ouvir, em meio ao batuque do samba e os riffs de guitarra, a ameaça empoderada da denúncia de uma violência doméstica: “Você vai se arrepender de levantar a mão para mim”. Ela mesma, A Mulher do Fim do Mundo, Elza Soares. Um dos nomes dentre os muitos mencionados na parceria feminista das negras que levam o mesmo nome. Anote e mergulhe nas pesquisas: Aqualtune e Dandara dos Palmares, líderes quilombolas na luta contra a escravização da população negra; Carolina Maria de Jesus, uma das primeiras escritoras negras da história do Brasil; para mencionar algumas mulheres ilustres que são imprescindíveis para o movimento feminista negro. Voltando para o mundo da música, tivemos Nina Simone, cantora, compositora e ativista pelos direitos civis dos negros norte-americanos; a voz da inquietação de quem sofre na pele com o racismo e suas mazelas.



Ao longo dos anos, muitas mulheres perseveraram para que a voz do feminismo negro não fosse silenciada. Atualmente, o movimento vem lutando para manter acesa a fresta de luz que vem conquistando com muita garra, insistência e afrontamento. E que instrumento melhor que a música para ecoar nosso grito de resistência ainda mais forte? Um dos últimos lançamentos internacionais que abordou o assunto com perfeição foi o álbum “A Seat at the Table”, da Solange. De uma forma precisa e até divinal, o último disco dessa garota do Texas multifacetada é o pacote completo: uma sonoridade musical absurdamente apaixonante, com participações de nomes de peso – como Lil Wayne, The Dream, Kelly Rowland e Kelela – combinadas às mensagens profundas de empoderamento negro. Solange diz que “você tem todo o direito de estar bravo" com o racismo e avisa para os outros “não tocarem em seu cabelo” afro. Ela não fica à sombra da irmã, Beyoncé! Tem seu brilho próprio, que de tão grande, pode até ofuscar alguns olhares preconceituosos. Lastimável que seu trabalho não foi reconhecido nem ovacionado da mesma maneira como foi, e ainda é, o Lemonade.



Já em terras tupiniquins, não podemos deixar de falar do trabalho brilhante da Tássia Reis em seu último disco “Outra Esfera”. De Jacareí para o mundo, é perceptível que a rapper se despiu de toda timidez e veio escancarar tudo que andava engasgado na garganta. “Ouça-me” é um pé na porta do silenciamento sofrido pelas mulheres negras e o grito da ancestralidade de quem nunca mais vai se calar. Ela avisa: “A revolução será crespa, (...) não podem conter”. Em “Da Lama / Afrontamento”, com a rapper Stefanie, ao ouvir chega a ser possível enxergar a imagem da desigualdade da vida na periferia e que a realidade das pessoas negras é uma tentativa constante de nadar contra a maré. É maravilhoso como tanto o trabalho da Karol Conká e da MC Carol quanto o da Tássia Reis são capazes de atingir desde o povo da periferia até uma parcela da população que desfruta de muitos privilégios – mas se desconstrói (diariamente) para ser consciente – com o mesmo diálogo.


Sabemos que ainda há muita resistência dessa sociedade racista e machista, mas a resistência do povo negro é de uma ancestralidade muito cheia de força. Seguimos, nem um passo atrás! E para isso, enaltecemos o trabalho das tantas mulheres negras formidáveis que existem mundo afora; seja na música, na televisão, na academia ou em qualquer outro espaço dos quais nos são negados. Viva, Janelle Monae! Viva, Djamila Ribeiro! Viva, Preta Rara! Viva, Jéssica Ellen! Viva, Luana Hansen! Viva, Andreza Delgado!

Um viva à todas as mulheres negras que existem e resistem! <3

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