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Os 35 melhores singles de 2017

2017 foi um grande ano para a música e podemos provar.
“Tempos difíceis te farão questionar porque ainda tenta”, cantou Paramore em “Hard Times”. Numa época em que política e outras questões sociais passam por uma fase tão turbulenta, a música teve um importante papel para nos desligar um pouco de tudo isso e, na mesma medida, também nos despertar.

Em tempos de streamings, os singles assumem a posição de transmitirem essas mensagens com a urgência que pede o fã da música atual e, inevitavelmente, são as faixas que têm algo a mais para dizer que terminam se destacando ao longo dos doze meses que fizeram 2017.

Esses são os melhores singles do ano:

35. Clean Bandit, “Symphony (feat. Zara Larsson)”



Grandiosa em todos os sentidos, “Symphony” reafirma a importância do Clean Bandit e essa improvável mistura entre as músicas clássica e eletrônica para o cenário atual, também dando espaço de sobra para Zara Larsson, mais uma vez, brilhar. A perfeita sinfonia moderna. - NA

34. Calvin Harris, “Slide (feat. Frank Ocean & Migos)”



Disposto a se reinventar, Calvin Harris apostou no “chill out”: uma mistura de funk com sintetizadores ao estilo anos 80, que cria toda uma atmosfera veranesca. Se suas novas músicas foram “sonoramente projetadas para fazer você se sentir incrível pra caralho”, como ele mesmo disse, ao escutar “Slide”, a parceria inusitada com Frank Ocean e Migos, podemos dizer que seu objetivo foi alcançado. - NA

33. Anne-Marie, “Ciao Adios”



Não queremos viver em um mundo em que essa faixa não foi o maior smash hit dos últimos cinco anos. - GT

32. Lady Gaga, “The Cure”



Talvez essa música tivesse passado despercebida se fosse uma parceria da Hailee Steinfeld ou qualquer outra cantora pop descoberta depois de 2015 com alguma dupla de música eletrônica americana em busca de seu primeiro hit na parada global do Spotify, mas ter sido lançada por Lady Gaga fez toda a diferença, certo? - GT

31. Snakehips, “Don’t Leave (feat. MØ)”



Distante das mãos de Diplo, com quem colaborou nos hits “Lean On” e “Final Song”, MØ retoma a sonoridade pop alternativa de seus trabalhos anteriores, agora sob a produção do Snakehips, claramente inspirada no som de Flume, que ditou a tendência marcada por hits como “Closer”, dos Chainsmokers, e “Never Be Like You”, do seu próprio repertório. “Don’t Leave” é sentimental, dançante e explosiva na mesma medida. - GT

30. P!nk, “What About Us”



Uma faixa que poderia passar batida como apenas mais uma investida fora do timing no tropical house, se não fosse a sua importante composição. Deixando sua marca no tão comentado pop-político de 2017, P!nk mandou seu recado ao presidente americano ao questioná-lo sobre “todos os planos que acabaram em desastre”. Tudo isso de uma forma imponente e envolvente, como só ela poderia fazer. - NA

29. Shawn Mendes, “There’s Nothing Holding Me Back”



Depois de ficar estagnado em sua zona de conforto, Shawn Mendes parece ter finalmente aprendido a absorver o melhor de seus trabalhos anteriores, ao mesmo tempo em que consegue experimentar e, mesmo que minimamente, arriscar. O resultado? A melhor música de sua carreira (até aqui). - NA

28. Carly Rae Jepsen, “Cut To The Feeling”



Não contente em ter lançado um dos melhores álbuns pop dos últimos anos, “Emotion”, e, um ano mais tarde, um dos relançamentos mais importantes da década, “Emotion: Side B”, Carly Rae Jepsen também fez com que o mundo aclamasse uma música lançada para uma animação que praticamente ninguém assistiu. “Cut To The Feeling” resgata a euforia pop que esperamos para ver de volta às paradas desde o primeiro dia de nossas vidas. - GT

27. Bruno Mars, “That’s What I Like”



Justin Timberlake nunca será. - GT

26. Paramore, “Hard Times”



Os tempos podem ser difíceis, mas isso não significa que precisamos parar de dançar. “Hard Times” é irônica na medida certa: enquanto lamentam e questionam se vale a pena tentar, Hayley e sua trupe reinventam o som do Paramore, provam que são muito mais do que aquela banda pop-punk dos anos 2000 e, exatamente por isso, continuam passando por louvor ao teste do tempo. - NA

25. Kelly Clarkson, “Love So Soft”



O amor de Kelly Clarkson pode ser suave, mas a batida é pesada. Após uma luta de anos com sua antiga gravadora, e de ser finalmente contratada por outro selo, a cantora conseguiu lançar o disco dos seus sonhos e um dos melhores de sua carreira. A mistura de pop com soul que resgata suas raízes texanas em “Love So Soft” é a prova disso. - NA

24. Miley Cyrus, “Younger Now”



Vivendo o clichê da vida que imita a arte, Miley Cyrus se encontra com os dilemas de sua Hannah Montana e a busca por uma identidade própria aos olhos públicos. Entre hits, fracassos e, dentro de um gênero reinado por ícones camaleônicos, críticas pelas mudanças de sua personalidade, a cantora surge plena e segura de si, enquanto canta que “ninguém permanece o mesmo”. Apesar de amarmos as porralouquices que renderam as eras “Bangerz” e “Dead Petz”, também é inspirador vê-la tão confortável com o que se tornou agora. - GT

23. Arcade Fire, “Everything Now”



A hipérbole pop do Arcade Fire e sua fase “Everything Now” foi capaz de dividir opiniões até mesmo de seus fãs mais fiéis, mas não deixa dúvidas quanto a relevância e grandiosidade do que se tornou uma das maiores bandas da atualidade, mesmo que eles estejam sampleando “Dancing Queen” em pleno 2017. - GT

22. Bloodpop®, “Friends (feat. Justin Bieber)”



Justin Bieber teve alguns dos principais hits da era “Purpose” produzido por Bloodpop, então nada mais justo do que devolver esta parceria, desta vez fazendo o nome do produtor acontecer. “Friends”, apesar de soar simples demais nas primeiras audições, é daquelas faixas que crescem a cada ouvida e, facilmente, garante o seu posto entre um dos melhores acontecimentos pop do ano. - GT


21. Charli XCX, “Boys”



O pop em sua perfeição. - NA

20. Rita Ora, “Anywhere”



#JUSTICEFORRITAORA. - GT

19. Fifth Harmony, “Angel”



O ano foi de muitas mudanças para o Fifth Harmony. Sem sua quinta integrante e cada vez mais inspiradas pelo hip-hop e R&B que, em outrora, consagrou girlbands como Destiny’s Child e TLC, o grupo até conseguiu lançar um de seus melhores trabalhos. “Angel” é sexy, precisa e envolvente, enfim, nos mostrando a tal harmonia que tanto procuramos em seus trabalhos anteriores. - GT

18. Lana Del Rey, “Lust For Life (feat. The Weeknd)”



O lado piegas de Lana Del Rey, somado ao sexy e propriamente pop de The Weeknd, é o que dita a grandiosidade de “Lust For Life”, faixa esta que faz justiça a conexão que os dois disseram ter musicalmente antes mesmo de se conhecerem. Daquelas parcerias que não vamos nos incomodar caso se repita mais e mais vezes e que, definitivamente, deveria ganhar um Grammy por cada um de seus segundos. - GT

17. Ariana Grande, “Everyday”



Talvez um dos novos nomes que chegou mais perto de se equiparar à safra de cantoras como Rihanna, Beyoncé, Lady Gaga e Beyoncé, Ariana Grande, com toda certeza, tem muita coisa para nos mostrar, mas fez um trabalho excelente com o disco “Dangerous Woman” e, neste ano, ainda colheu seus frutos ao som da deliciosa “Everyday”. Future, o que tenho a ver. - GT

16. Luis Fonsi, “Despacito (feat. Daddy Yankee & Justin Bieber)”



A gente sabe que antes de Justin Bieber, “Despacito” já era um hit fora dos EUA, mas não dá pra negar que, com o canadense, a música pode ultrapassar ainda mais barreiras. E felizmente, afinal, mesmo após o cansaço por todo o sucesso, continua sendo uma música incrível e que, dos acordes iniciais à desacelerada do seu refrão, nos dá uma boa razão para desejar que a música latina possa ir ainda mais longe em 2018. - GT

15. Camila Cabello, “Havana”



Mais do que um smash hit que tomou o final de 2017, “Havana” tem alma: enquanto se reconecta com suas raízes cubanas, em meio a uma composição simples, porém eficiente e essencialmente pop, Camila Cabello finalmente parece se encontrar com a artista que quer ser – e que nós, com certeza, queremos ver. - NA

14. Taylor Swift, “Look What You Made Me Do”



A letra pode ser bobinha e sobre um assunto que, definitivamente, ninguém aguenta mais ouvir. Mas, ao lado de Jack Antonoff, Taylor Swift conseguiu alcançar um dos momentos mais imprevisíveis e interessantes de sua carreira, com uma sonoridade que, apesar do sample de “I’m Too Sexy”, nos lembra mesmo é do nome que fez escola para a música pop atual: Britney Spears. - GT

13. Selena Gomez, “Bad Liar”



Do sample de “Psycho Killer” aos vocais, aqui melhores aproveitados do que nunca, “Bad Liar” é um passo promissor para a carreira que já ia bem de Selena Gomez. Mais uma vez, a cantora se torna um exemplo de que, para impressionar e ser artisticamente levada a sério, não é preciso abrir mão da sua identidade ou soar chata demais para a música pop. - GT

12. J Balvin, “Mi Gente (feat. Willy William)”



“Mi Gente” pode soar como apenas mais uma música dançante, mas, no mesmo ano em que Donald Trump assumiu a presidência dos EUA e expôs, entre outras coisas, seu preconceito contra o povo latino, é libertador ter J Balvin cantando para os quatro cantos do mundo que sua “música não discrimina nada e é assim que vamos romper as barreiras”. - GT

11. Katy Perry, “Chained To The Rhythm (feat. Skip Marley)”



Foram muitas as vezes que Katy Perry flertou com o pop oitentista, dos synths do hit “Teenage Dream” a “International Smile”, do seu disco “Prism”, mas para abrir a era “Witness”, a cantora entrou de cabeça na sonoridade com o pop-político de “Chained To The Rhythm”, uma crítica ironicamente dançante sobre a sociedade atual e para onde estamos indo, que caminhou na contramão de tudo o que foi tendência para as rádios deste ano. - GT

10. Little Mix, “Touch”



Por toda sua discografia, Little Mix trabalhou para se mostrar gradualmente mais maduro e poderoso. Com uma produção impecável e um refrão chiclete e explosivo, que usa e abusa de toda a harmonia do grupo, a sexy e divertida “Touch” é o ápice dessa construção. - NA

09. Demi Lovato, “Sorry Not Sorry”



Os últimos anos foram de muitas reafirmações para Demi Lovato, mas foi em seu último disco, “Tell Me You Love Me”, que a cantora parece, enfim, ter encontrado um ponto de equilíbrio entre a maturidade que conquistou nos últimos anos pessoalmente com o que é capaz de nos oferecer musicalmente. Do arranjo aos vocais, o R&B sexy e sem remorsos de “Sorry Not Sorry” conquista facilmente o título de trabalho mais interessante e maduro de toda a sua carreira. - GT

08. Major Lazer, “Sua Cara (feat. Anitta & Pabllo Vittar)”



Major Lazer foi um nome de peso para a formação do pop brasileiro como conhecemos hoje. Da Anitta a Ludmilla, passando por Valesca, Lexa e, inclusive, Pabllo Vittar, não tem um nome que não tenha sampleado ao menos uma faixa do trio e, neste ano, tê-los virando o jogo e se inspirando na música brasileira, foi pra inevitavelmente morrer de se orgulhar. “Sua Cara” parte de uma inspiração no samba, principalmente carnavalesco, somado aos elementos eletrônicos já usuais nas últimas investidas de Diplo e sua trupe. O resultado é uma faixa que, ao longo do ano, não deixou ninguém parado. - GT

07. Kesha, “Praying”



Uma balada poderosa sobre perdão, fé, recomeço e acreditar em si mesmo, apesar das adversidades. É muito mais do que uma resposta ao Dr. Luke, é uma lição de vida de alguém que passou por muita coisa, descobriu quem era e quanta força tinha dentro de si neste processo e, depois de tudo, ainda foi forte para compartilhar sua história e verdadeiros sentimentos com a gente. Só podemos agradecê-la pelos ensinamentos. - NA

06. Logic, “1-800-273-8255 (feat. Alessia Cara & Khalid)”



São raras as vezes que músicas com mensagens importantes também se tornam grandes hits. Felizmente, esse foi o caso de “1-800”. Com uma abordagem cuidadosa, porém bastante honesta sobre depressão e suicídio, a parceria entre Logic, Alessia e Khalid consegue nos arrepiar do início ao fim e prova, mais uma vez, algo que sabemos, mas muitas vezes esquecemos: uma música pode fazer a diferença. - NA

05. Dua Lipa, “New Rules”



Segundo o dicionário Merriam-Webster, a palavra do ano foi “feminismo”, tanto pelo aumento na procura do seu significado, quanto pelo impacto que ela teve em 2017. Na música, isso também foi refletido na voz de muitos nomes femininos, e um dos melhores exemplos foi a cantora Dua Lipa e as suas “New Rules”, que nos ensinaram da forma mais dançante e veranesca possível como se livrar daquele relacionamento lixo. Missão cumprida. - GT

04. Kendrick Lamar, “HUMBLE.”



Se Kendrick Lamar tem algo a nos dizer, o mínimo que devemos fazer é sentar e ouvi-lo. “HUMBLE.” é gritante, agressiva, apoteótica e, mesmo assim, chega na humildade, só pra reforçar o fato de que o cara é um dos maiores porta-vozes da comunidade negra dentro de uma indústria que tanto insiste em embranquecer todos os gêneros musicais possíveis. - GT

03. Lorde, “Green Light”



Lorde pode não ter causado o mesmo impacto de outrora com o disco lançado neste ano, “Melodrama”, mas quando lançou “Green Light”, um suspiro de esperança em meio ao turbulento 2017 que vivemos, nos deu um dos melhores momentos musicais do ano e ainda permitiu que dançássemos. - GT

02. Harry Styles, “Sign Of The Times”



Um clássico instantâneo. - NA

01. RIHANNA



Mesmo sem lançar um disco neste ano, Rihanna garantiu que teríamos algumas boas músicas por meio de suas parcerias, e que parcerias!, precisamos dizer. Sejam hits ou faixas que sequer foram singles, todas as músicas com a participação de Rihanna lançadas em 2017 foram algumas das melhores músicas lançadas em 2017, de forma que essa posição não poderia ser de outra pessoa, senão da voz de “Wild Thoughts”, “Lemon”, “Loyalty.”, “Selfish” e “Nothing Is Promised”. - GT

***

Esta é a parte em que colocamos uma playlist do Spotify com todas as músicas acima reunidas:


Textos por Gui Tintel e Nathalia Accioly, com colaboração de Guilherme Calais.
disqus, portalitpop-1

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