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Os 35 melhores discos de 2017

QUE ANO.
Da Lorde ao Kendrick Lamar, passando por Kesha, SZA, Demi Lovato, Kelly Clarkson, entre tantos outros nomes, fica difícil olhar para trás e dizer que 2017 não foi um ótimo ano para a música.


Mesmo em um período tão turbulento, a música nos serviu como uma necessária válvula de escape e, desta forma, o ano de Trump presidente também foi o ano das mulheres na música, o ano da dominação latina, o ano das grandes parcerias e, por fim, o ano de todos esses discos aí embaixo.

Esses são os melhores álbuns de 2017:

35. Calvin Harris, “Funk Wav Bounces, Vol. 1”



Funk, disco, eletrônica. Cabe tudo no “Funk Wav Bounces Vol. 1”, a reinvenção de Calvin Harris. Disposto a se desafiar (e a fazer você se sentir bem pra caralho), o produtor chamou um time de peso, com Katy Perry, Ariana Grande, Nicki Minaj e muitos outros, e apostou em músicas perfeitas para ouvir em um dia de verão, pegando uma praia e olhando para o mar. - NA

34. Vince Staples, “Big Fish Theory”



Uma das grandes revelações do último ano, “Big Fish Theory” mostra porque, apesar de novo, Vince Staples está pronto para jogar como gente grande. - GT

33. Mura Masa, “Mura Masa”



Disco obrigatório para qualquer pessoa que se sinta entediada com o pop atual. - GT

32. Lil Yachty, “Teenage Emotions”



Se Kanye West e will.i.am tivessem um filho, ele provavelmente seria este disco. - GT

31. Kelly Clarkson, “Meaning of Life”



Passado o contrato com sua antiga gravadora, que não a deixava explorar novas sonoridades, Kelly Clarkson agora se vê diante de uma infinidade de possibilidades, e resolveu começar fazendo o que sempre quisemos vê-la fazer: pop com influências de soul. Ao ouvir o “Meaning Of Life”, só conseguimos pensar o quão bom seria ter conhecido essa Kelly antes. - NA

30. Fergie, “Double Dutchess”



Ao lançar seu álbum visual autointitulado, Beyoncé transformou a indústria musical e elevou os padrões do que é ser uma diva pop. A volta de Fergie com o lançamento da experiência visual “Double Dutchess”, onde a cantora conta, em 13 videoclipes, a história dos momentos mais sombrios de sua vida, não nos deixa mentir. - NA

29. Kehlani, “SweetSexySavage”



Dizer que Kehlani é apenas doce, sexy e selvagem é pouco - ela é milhares de mulheres em uma, às vezes até ao mesmo tempo. Essa capacidade de explorar suas mais diversas facetas, tudo isso ao som do melhor do R&B contemporâneo, é o que transforma o “SweetSexySavage” em uma viagem sobre o que é, de fato, ser mulher.  - NA

28. Drake, “More Life”



Na era dos streamings, Drake segue os passos de Chance The Rapper e Kanye West e subverte o significado tradicional de lançar um álbum com a playlist “More Life”: disco lançado apenas digitalmente e que, se tratando de uma playlist, pode passar por mudanças ao longo do tempo, sejam elas inclusões de novas faixas, exclusões de velhas, remanejamentos na tracklist e contando. Em um dos momentos mais bem sucedidos de sua carreira, a primeira versão deste trabalho reflete um cuidado que, apesar da correria que o rapper está atualmente, explica o porquê dele ser um dos nomes mais vendáveis do rap atual. - GT

27. Zara Larsson, “So Good”



Da voz aos arranjos, “So Good” é o “Music Of The Sun” de Zara Larsson: nem de longe é o melhor que ela pode fazer, mas com certeza mostra o potencial dessa que é uma das principais apostas da nova música pop. Mal podemos esperar pelo seu “Loud”. - NA

26. Paloma Faith, “The Architect”



Disposta a não escrever sobre amor, “The Architect” é, como Paloma Faith descreve, um “registro sobre observação social”. Ao prestar atenção nas pessoas e na forma como reagem as mais variadas situações, ela criou um disco honesto e envolvente - um compilado de histórias, cantadas sobre as mais diferentes perspectivas, ao ritmo do melhor do pop britânico. - NA

25. Foster The People, “Sacred Hearts Club”



“Sacred Hearts Club” é um disco que reflete o amadurecimento da Foster The People, em tempo que também demonstra o envelhecimento da banda e, com ele, a mudança de suas influências. Para a felicidade dos fãs, tudo isso acontece sem que eles deixem de soar como eles mesmos. Um acerto raro para bandas que trilharam um caminho semelhante nos últimos anos. - GT

24. Sam Smith, “The Thrill of It All”



Ninguém conta histórias como Sam Smith. O “The Thrill Of It All” é mais um exemplo de como, com sua voz poderosa e mágica, ele consegue nos levar exatamente para o momento que quiser, e nos fazer sentir todas as emoções dessa viagem.

23. Khalid, “American Teen”



Em mais um exemplo de disco pós-Frank Ocean, o pop e R&B de Khalid caem como uma luva para uma geração de homens cada vez mais aberta a compreender, reconhecer e falar sobre as suas vulnerabilidades. Sob a produção de Joel Little, mesmo por trás do álbum de estreia da Lorde, “American Teen” nos apresenta o cantor sem medo de ser quem é e em busca daqueles que se identifiquem com os sentimentos que canta. Extremamente relacionável. - GT

22. Bleachers, “Gone Now”



Passado o disco de estreia “Stranger Desire” e o projeto derivado do álbum, “Terrible Thrills, Vol. II”, o nome principal da banda Bleachers, Jack Antonoff, se viu por trás dos lançamentos de algumas das maiores cantoras pop da atualidade e, ainda assim, encontrou tempo para nos dar mais uma dose da sua sonoridade tão singular em “Gone Now”. - GT

21. St. Vincent, “MASSEDUCTION”



- NA

20. Jaden Smith, “SYRE”



“Eu sou uma lenda viva”, canta Jaden Smith na faixa “Icon”, de seu álbum de estreia, “SYRE”. O verso, por mais pretensioso que pareça, faz sentido quando você imerge na experiência do disco como um todo, que bebe da fonte de Kanye West e, especialmente, nomes da nova safra do rap, como Kendrick Lamar, A$AP Rocky e Frank Ocean, te prendendo do início ao fim, seja pelos versos ágeis do garoto ou pelos arranjos que se esforçam para soarem o mais épico possível. - GT

19. Arcade Fire, “Everything Now”



A hipérbole pop do Arcade Fire e sua fase “Everything Now” foi capaz de dividir opiniões até mesmo de seus fãs mais fiéis, mas não deixa dúvidas quanto a relevância e grandiosidade do que se tornou uma das maiores bandas da atualidade, mesmo que eles estejam sampleando “Dancing Queen” em pleno 2017. - GT

18. Cashmere Cat, “9”



Em seu disco de estreia, “9”, o produtor Cashmere Cat reuniu The Weeknd, Kehlani, Ariana Grande e outros nomes de peso para cravar o seu nome na contramão de tudo o que conhecemos como música pop e a experiência final não poderia ser melhor. - GT

17. Tove Lo, “Blue Lips”



É louvável que, mesmo não tendo uma grande recepção do público com seu “Lady Wood”, Tove Lo tenha tido comprometimento o suficiente para lançar a parte II que prometeu - e tudo com a mesma qualidade de sempre. - NA

16. P!nk, “Beautiful Trauma”



Mais do que saber que o amor é uma droga, em todos os sentidos da expressão, P!nk é uma das poucas pessoas que conseguem traduzir de forma irônica, divertida e exata não só o ato de amar, mas o de ser e de viver, apesar dos altos e baixos. Em “Beautiful Trauma”, ela mais uma vez faz isso com maestria, e enquanto o amor for relevante, ela também será. - NA

15. Miley Cyrus, “Younger Now”



Miley Cyrus extravasou sobre tudo o que reprimia em sua personalidade na era “Bangerz” e, musicalmente, foi ainda além no disco seguinte, “Dead Petz”. Mas foi na calmaria e depretensão de “Younger Now” que a cantora se permitiu crescer ainda mais, no que, certamente, é um dos momentos mais sóbrios e promissores de sua carreira. - GT

14. JAY-Z, “4:44”


Mesmo na era da superexposição, JAY-Z e Beyoncé mantiveram o privilégio de serem algumas das poucas pessoas capazes de verdadeiramente abrirem o jogo sobre o que se passa por trás de suas cortinas. Na poético e autobiográfico “4:44”, Jay reflete e confessa sobre suas traições, a treta pública com Kanye West e a reprimida homossexualidade de sua mãe, ao som de arranjos cuidadosamente construídos sob samples de Nina Simone, orquestras e mais um pouco. Grandioso é a palavra. - GT

13. Charli XCX, “Number 1 Angel”



Por trás de hits como “I Love It”, do Icona Pop, “Fancy”, da Iggy Azalea, e “Boom Clap” e “Break The Rules”, do seu próprio repertório, Charli XCX se viu pressionada a emplacar novos hits com seu próximo álbum, sucessor de “Sucker”, e transformou esse cenário numa explosiva fase um passo à frente de qualquer coisa que você espere ouvir nas rádios com a mixtape colaborativa “Number 1 Angel”. - GT

12. Lana Del Rey, “Lust For Life”



Com os EUA em colapso, Lana Del Rey poderia facilmente ter recorrido a sua “vontade de estar morta” e feito um disco extremamente pessimista. Na contramão, surgiu o “Lust For Life”, um álbum que literalmente fala sobre o desejo de viver. Ela pede benção ao país (e todas as mulheres bonitas que vivem nele), fala sobre amor jovem e puro e diz que, se os Estados Unidos já sobreviveram a guerras, eles vão sobreviver ao momento atual. O melhor pop político possível. - NA

11. Tyler, The Creator, “Flower Boy”



Quando lançou o disco “Melodrama”, a cantora neozelandesa Lorde afirmou que Frank Ocean trouxe uma nova forma de fazer música quando apresentou o seu “Blonde” e, um ano mais tarde, ao som de Tyler The Creator e o introspectivo “Flower Boy”, não dá pra negar que a menina estava certa. - GT

10. Paramore, “After Laughter”



Apesar da sonoridade e estética à la anos 80, o Paramore soa mais atual do que nunca em “After Laughter”. Abordando temas como ansiedade, medo e insegurança, por trás da geração que se vê estagnada e não pode se prender ao passado, sem saber o que lhe reserva o futuro, a banda cria algumas de suas melhores composições, daquelas que, esteja você entre os seus 20 ou 30 anos, dificilmente não se identificará. A principal conquista deste novo trabalho, entretanto, não é a representação dos “millenials”, mas, sim, o fato de que, após mais de uma década na estrada, o grupo soube se reinventar com louvor e provar que ainda têm muito o que explorar pela frente. - NA

09. Halsey, “hopeless fountain kingdom”



De trip-hop ao indie pop, tudo com muita influência de Rihanna, as marcas da personalidade de Halsey no “hopeless fountain kindgom” aparecem mesmo na composição. Ela aproveita o melhor de seu primeiro disco, “Badlands”, e constrói uma narrativa extremamente amarrada sobre um término de namoro turbulento: todas as músicas se conectam e, quanto mais fundo mergulhamos no trabalho, mais referências encontramos. Um passo certeiro para não só se estabelecer na indústria após o sucesso de “Closer”, como também definir sua identidade musical. - NA

08. Taylor Swift, “reputation”



Ao lado de Jack Antonoff e seus produtores de longa data, Max Martin e Shellback, Taylor Swift encontrou no pop e seus dramas a maneira perfeita para nos fazer dançar enquanto narra a sua versão sobre o que todos especularam ao longo dos últimos anos. Sua “reputation” não poderia melhor. - GT

07. SZA, “Ctrl”



A musicalidade de SZA e seu disco de estreia por uma major, “Ctrl”, é tão complexa e cheia de camadas que dificilmente conseguiríamos limitá-la a um só gênero de uma maneira realmente justa. Toda essa versatilidade e autenticidade é o que constrói a atmosfera tão única do disco, que passeia do R&B ao indie-rock com uma leveza que só poderia ser guiada pelos vocais de uma das maiores revelações do ano. - GT

06. Harry Styles, “Harry Styles”



Em seu primeiro trabalho solo, Harry Styles tinha uma grande missão: provar que era mais do que um ex-One Direction. Mas ele foi além: inspirado em David Bowie, Prince, Fleetwood Mac e tantas outras lendas do rock, criou um disco que, mesmo com um pé nos anos 70, soa extremamente atual e, o mais importante, nenhum pouco forçado. Assim, Harry acabou se definindo completamente como artista, de forma que não só fica cada vez mais difícil enxergá-lo como o membro de boyband que um dia foi, como mal podemos esperar para ouvir mais de seus trabalhos individuais. - NA

05. Demi Lovato, “Tell Me You Love Me”



Demi Lovato nunca hesitou em mostrar o quanto amadureceu e aprendeu com tudo o que passou nos últimos anos, mas esse mesmo amadurecimento ainda custava a alcançar sua música, por muito tempo desperdiçada em tentativas de emplacar algum hit genérico com fórmulas do momento. Felizmente, “Tell Me You Love Me” é o álbum em que ela se desprende dessa preocupação e, enfim, nos entrega o seu melhor trabalho até aqui. - GT

04. Dua Lipa, “Dua Lipa”



Dua Lipa é uma grande promessa do pop, mas somente quando escutamos seu disco de estreia que temos a real dimensão disso. Aos 21 anos e influenciada por estrelas como Katy Perry e P!nk, que marcaram sua adolescência, Dua passeia pelo melhor do ritmo atualmente, de forma divertida e despretensiosa, com muita atitude e personalidade, enquanto dita novas regras e explode nossas mentes. O pop está salvo. - NA

03. Kesha, “Rainbow”



Após viver o pior momento de sua vida, Kesha encontrou forças para, não só se reerguer, como lançar o melhor trabalho de sua carreira. Honesto, visceral, emocionante e, claro, desbocado, “Rainbow” é uma volta às origens da cantora, que cresceu influenciada pelo country, ritmo que consagrou sua mãe, a compositora Pebe Sebert. Quanto mais chegamos ao fim desse arco-íris, mais leve o coração de Kesha fica, do jeito que ele era quando, um dia, a cantora foi apenas uma criança de Nashville. Uma jornada sobre perdão, fé, amor próprio, passado e como viver apesar dele. - NA

02. Kendrick Lamar, “DAMN.”



Enquanto os americanos perdiam tempo ouvindo hits de rappers brancos, Kendrick Lamar se preparava para mudar o jogo mais uma vez. Se “To Pimp a Butterfly” colocou o nome do rapper no topo, “DAMN.” chegou para consagrá-lo um dos maiores da sua geração e fez isso da melhor forma possível. - GT


01. Lorde, “Melodrama”



Um dos inevitáveis melhores discos do ano, o segundo passo de Lorde pode não contar com a mesma atenção que ela encontrou quando era a próxima grande-coisa-pop, mas nos leva de encontro a mesma intérprete e compositora talentosa que, aos 16, colocava o mundo aos seus pés, agora para nos contar que está mais amadurecida do que nunca e, independente dos números, segura em continuar fazendo a sua arte valer mais do que ser ouvida ou comprada, mas, sim, sentida. - GT

Textos por Gui Tintel e Nathalia Accioly, com colaboração de Guilherme Calais.
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